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Capítulo 9

(Sarah)

— Paz de Cristo, meninas! Como estão? — Letícia pergunta com um largo sorriso e logo nós respondemos afirmativamente. — Vamos lá, estou ansiosa! — Ela fala e então começa a caminhar alguns metros à frente da casa das meninas.

— Não estou entendendo! É no meio do mato mesmo?! — Mirna pergunta com sua voz fina.

— Calma, vocês vão já descobrir! — Letícia responde sorrindo, então começa a se imprensar em meio às inúmeras árvores.

— Sério que é para nós irmos com você? — Amanda pergunta com uma sobrancelha erguida.

— No meio do mato?! — Mirna repete.

— Não reclamem agora, logo vocês verão que vale à pena. O lugar é realmente in-crí-vel! — Letícia continua com seu sorriso e nos chama com um movimento de mãos.

Decidimos segui-la e ver no que vai dar, e depois de receber uma série de ignoráveis pequenos arranhões nos braços vejo que nossa líder estava absolutamente certa.

— E como vale a pena! — Gabi exclama.

É um amplo espaço cheio de folhas secas pelo chão. Uma árvore gigante toma conta do local — acho que deve ser uma jaqueira — e seus galhos grossos passam muito perto do chão em uma extensão incrível de cerca de vinte metros. Mas o mais lindo não é isso, é a comprida casa de madeira que foi construída sobre eles.

— Meu. Deus! Que coisa mais linda! — Mirna fala com a boca em formato de "O".

— Eu nunca vi uma casa na árvore de verdade em toda a minha vida! — Exclamo sem acreditar em meus próprios olhos. Casa na árvore geralmente é coisa de filmes antigos, então é meio impossível acreditar que estou mesmo vendo uma a alguns metros de distância.

Ela é bem baixa e por isso não precisa de escadas, apenas de um esforço um pouco maior para alcançar seu chão de madeira polida; também não tem portas e janelas, apenas algumas aberturas largas para a passagem de ar. É totalmente simples, mas não deixa de ser encantadora.

— Como você descobriu isso? — Samantha pergunta.

— Quando chegamos estava uma loucura, e eu queria ficar um pouco sozinha com o espírito santo, então imaginei que pudesse ter mais espaço atrás das árvores, só não esperava encontrar isso! — Gargalha. — Pensei que estivesse sonhando!

— Eu ainda estou pensando que é um sonho! — Safira fala e todas nós rimos.

— Enfim... Agora vamos entrar e sentar para começarmos logo. — Letícia fala e entramos na "casinha", logo pegando algumas almofadas coloridas que estão dispostas sobre o chão para que possamos sentar. Nas paredes internas também há alguns arranjos de flores artificiais e alguns quadros com pinturas, o que torna o ambiente muito mais agradável. — Bom, ontem nós estávamos conversando sobre o ministério de coreografar e o compromisso com Deus, então lembrei de um estudo um pouco antigo que eu comecei a fazer e nunca terminei. Separei um tempo ontem para concluí-lo e decidi trazer para vocês, pois acho extremamente necessário, até para que vocês saibam qual o nosso dever com a dança e para quê serve. — Nós concordamos com a cabeça e ela abre sua bíblia laranja, logo pegando uma folha A4 cheia de anotações em preto e azul. — Antes de tudo quero pedir a cada uma que abra em uma passagem. Na ordem. Marjô: Jeremias 31.13; Mirna: Êxodo 15.20; Gabi: 1Samuel 18.6; Amanda: 2Samuel 6.14; Sarah: 2Samuel 6.21-22a; Sama: Salmos 30.11; e Safira: Salmos 149.3. — Ela orienta e espera até que todas nós encontremos. — Marjô, pode começar.

Marjô volta seu olhar para sua bíblia verde. — "Então as moças, os moços e os velhos vão dançar e se alegrar. Eu os animarei e mudarei o seu choro em alegria e a sua tristeza em prazer." — Conclui e olha para Letícia.

— Aqui em Jeremias Deus mostra a sua ação através da dança, trazendo renovo, alegria e prazer. Ele diz que as pessoas vão dançar e Ele as transformará: transformará seu choro em alegria e sua tristeza em prazer. Mas será que isso funciona como uma fórmula mágica?! Basta dançar e toda a sua tristeza e os seus problemas vão sumir?! — Balançamos a cabeça. — Não. — Ela sussurra. — Porque não basta dançar. A dança não é a cura, a dança é um remédio, e o remédio leva à cura; a dança leva à cura, é um meio, e a cura é Cristo. Ou seja, podemos sim chegar até Cristo dançando desde que estejamos realmente o adorando. E aí surge a pergunta: como saber se estamos adorando a Deus com nossa dança? Como saber se estamos tocando seu coração? A bíblia não diz em João 4.23 que Deus está à procura de verdadeiros adoradores que adoram ao pai em espírito e em verdade?! Então aí está a nossa resposta: não basta dançar, temos que dançar verdadeiramente, e através dos nossos passos mostrar que estamos adorando ao Senhor em espírito e em verdade. Meninas. — Ela se inclina. — Vocês querem que Deus as use enquanto estiverem dançando? Querem que o espírito encha a casa e a glória de Deus desça sobre nós e sobre as pessoas que nos estiverem assistindo? Então adorem. Adorem com os passos, adorem com as expressões, adorem com a letra da música, adorem com o seu corpo, com as suas roupas. Adorem não só na hora da coreografia, adorem não só na igreja. Deixem que a imagem de Deus se resplandeça através dos seus atos no dia a dia, na escola, na faculdade, na rua... Em Mateus 5 está escrito que devemos ser sal da terra e luz do mundo, e isso não significa que devemos ser cristãs apenas na igreja, muito pelo contrário: o sal faz diferença é na comida insossa, e a luz brilha mais em meio à escuridão. Então sejam sal por onde passarem, sejam luz em meio ao pecado; sejam diferentes nesse mundo igual e mostrem que vocês têm o brilho do espírito santo na vida de vocês! — Ela sorri e assente com a cabeça para Mirna.

— "A profetisa Miriam, que era irmã de Arão, pegou um pandeiro, e todas as mulheres a acompanharam, tocando pandeiro e dançando."

— Nesse episódio da bíblia o povo de Israel tinha acabado de atravessar o mar Vermelho, então Miriam e as outras mulheres israelitas começaram a dançar, dançar de alegria, de satisfação. Não era uma dança qualquer. Aquela dança mostrava o quanto seus corações estavam felizes e agradecidos a Deus por aquela vitória. E aqui nós aprendemos que dançando também podemos agradecer ao Senhor, que nossos passos podem mostrar para Deus o quanto somos felizardas por termos a sua ajuda e a sua companhia sempre que precisamos. Mais um exemplo da dança como expressão verdadeira dos sentimentos. Sabe, gente, a melhor dança que fazemos é quando ninguém está olhando. E sabem por quê? Não é porque você não fica nervosa ou com medo, é porque seus movimentos são mais sinceros. Quando ninguém está olhando você não se preocupa em impressioná-los ou em chamar atenção, você simplesmente dança e se entrega, simplesmente porque sabe que Deus está ali te olhando, te admirando e dançando com você, recebendo sua adoração porque é sincera. Saber disso é melhor do que qualquer elogio que possamos receber dos homens. — Letícia ri. — Pode ler Gabi.

— "Quando os soldados estavam voltando para casa depois de Davi ter matado Golias, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram para encontrar o rei Saul. Elas cantavam canções alegres, dançavam e tocavam pandeiro e lira."

— Essa explicação é bem pequena, e com ela só quero mostrar que através da dança também podemos homenagear a um homem, que é o caso de quando dançamos no culto de ação de graças ao aniversário do pastor, do dirigente ou de outra pessoa; mas sempre na intenção de dar graças a Deus por tudo: seja pela vitória, pela vida ou por uma conquista, para mostrar que tudo que conseguimos é sob a benção de Deus. Continua Amanda.

— "Davi, vestindo um manto sacerdotal de linho, dançou com todo o entusiasmo em louvor a Deus, o Senhor."

— Desse versículo eu quero tirar dois pontos. O primeiro é que Davi estava sozinho, ninguém estava dançando com ele, ou seja, vemos um exemplo da dança como forma de adoração individual. Não quer dizer que você precise de um público, de um grupo para lhe acompanhar, de um parceiro de dança ou de um professor. Você dança individualmente, por você e por Deus, e para Deus, para que Ele receba sua expressão de louvor; não porque você dança muito bem ou porque quer receber algo em troca, mas porque você reconhece que Ele é santo e digno da nossa adoração. O segundo ponto também parte do fato que ele estava sozinho, não havia ninguém assistindo sua dança de forma crítica ou analisando seus passos e suas expressões faciais e corporais, entretanto a bíblia diz que ele dançou com todo seu entusiasmo; naquele momento ele não se importou se pareceria um idiota dançando sozinho no meio do salão, ele não pensou que "não precisaria dançar porque ninguém estava olhando mesmo"... Ele sabia que a presença de Deus estava com ele, e por isso ele precisava se entregar totalmente: sem medo de errar um passo, sem se preocupar porque alguém iria achar feio e lhe criticar; naquele momento seu único desejo era adorar a Deus com tudo o que possuía, e escolheu a dança para fazer isso. Sim, ele poderia cantar, tocar, recitar um salmo ou criar um novo, mas ele dançou, dançou com toda a sua alma e Deus recebeu. Por quê?! Porque aqueles passos eram verdadeiros, o que ele fez não foi só uma dança, não foi só uma apresentação, foram movimentos sinceros e que vinham do fundo do seu coração. Muitas pessoas não entendem nossa dança, criticam nossas coreografias e nossa movimentação; muitas pessoas acham desnecessário o que fazemos, pensam que é só um showzinho no meio da igreja para entreter as crianças ou divertir os adultos e fugir da liturgia do culto. O fato é que muitas delas ainda não compreenderam que dançar também é um ministério e que podemos tocar o coração de Deus e ser um instrumento em suas mãos para tocar vidas assim como um cantor, um instrumentista ou um pregador. Até porque a bíblia diz que devemos viver em santidade, e tudo o que devemos fazer é para glorificar o nome de Deus. Então dancem mesmo, dancem não só com o corpo, mas com o espírito, sejam cheias do espírito santo e sejam instrumentos de cura e de restauração, levem o amor do Pai através dos seus passos e toquem vidas. Deixem que Deus use vocês, mas para isso, o busquem primeiro. Leiam a bíblia, orem, jejuem, se santifiquem... Meninas, por favor, não façam papel de fariseus na igreja, não mostrem para os outros aquilo que vocês não são, muito pelo contrário, se encham de Deus e ele agirá através de você. — Então Letícia fecha os olhos por um momento e todas começamos a meditar profundamente no que ela está falando; depois ela assente para mim, que logo volto meu olhar para o versículo pelo qual fiquei responsável.

Limpo a garganta com um pequeno grunhido e começo. — "Davi respondeu: '— Eu estava dançando em louvor ao Senhor, que preferiu me escolher em vez de escolher o seu pai e os descendentes dele e me fez o líder de Israel, o seu povo. Pois eu continuarei a dançar em louvor ao Senhor e me humilharei ainda mais diante dele.'"

— Ainda no mesmo episódio, enquanto Davi dançava, Mical o viu dançar e se aproximou, então começou a dizer que ele parecia um louco dançando sozinho daquela forma, e perguntou o que o povo iria pensar ao ver o rei dançando e fazendo aquele papel. Sabe, o comentário de Mical foi tão inferior que Davi poderia simplesmente revirar os olhos e voltar a dançar, como se ela nem estivesse ali, mas ele resolveu deixar tudo bem claro ao dizer que sua dança era para Deus, e que ele se humilharia ainda mais diante dEle, gostando ela ou não, gostando o povo ou não. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, porque em tudo ele procurava agradá-lo, e assim também devemos ser. Que possamos seguir o exemplo de Davi e estarmos sempre focadas em agradar a Deus, não somente aos homens; que nossa dança seja para nos humilharmos diante do Senhor, e não nos orgulharmos diante dos homens. — Letícia respira fundo e sorri. — E eu vou repetir para que vocês nunca esqueçam: nossa dança deve ser um meio para nos humilharmos diante de Deus, e não para nos exaltarmos diante dos homens, certo?

— Amém. — Algumas de nós respondemos.

— Sama, sua vez. — Letícia fala ao olhar para Samantha, que está ao meu lado.

— "Tu mudaste o meu choro em dança alegre, afastaste de mim a tristeza e me cercaste de alegria."

— Muito bem. E mais uma vez vemos a dança como forma de expressar nossa gratidão a Deus, como forma de festejar ao Senhor por Ele nos trazer paz e alegria. E outra vez também vemos como nossa dança deve ser intensa e representativa, representando intensamente nossas emoções e nossos sentimentos para o Senhor. Só espero que esses sentimentos sejam de honra a Deus, e não movimentos sensuais para chamar atenção de algum rapaz ou movimentos mortos e sem vida, onde você dança simplesmente porque a líder te convidou, seu responsável te obrigou ou uma amiga desafiou. Não. Que a dança de vocês mostre para Deus o quanto o amam e o adoram, e o quanto o corpo de vocês é feliz por isso! — Ela ergue as sobrancelhas e encara cada uma de nós, nos deixando pensativas mais uma vez quanto às nossa intenções. — Safira, tenha a honra de ler o último versículo para nós. — Letícia sorri simpaticamente para minha irmã.

— "Louvem a Deus, o Senhor, com danças e, em seu louvor, toquem pandeiros e liras."

— Meninas, por último e não menos importante: eu falei a vocês que devem dançar em agradecimento a Deus por Ele ter feito algo em suas vidas, por uma vitória que Ele lhes deu, dançar pedindo a unção dEle ou homenageando a alguém, mas o mais importante de tudo é que dancem a Ele como forma de louvor simplesmente porque Ele é Deus, e não precisa fazer a sua vontade para ser; Ele é e ponto, acreditem uns ou não. Ele é o nosso Deus e merece nosso louvor e nossa dança. Isso basta.

Assim que Letícia conclui nós começamos a expressar também a nossa opinião sobre o assunto e a contar algumas experiências e aprendizado que tivemos ao longo desses três anos que fazemos parte do ministério de dança.

Depois saímos da casinha e começamos a ensaiar umas coreografias agitadas que tínhamos passado na igreja; e assim ficamos até a hora do almoço.

— Então vocês ficaram ensaiando a manhã inteira? — Ícaro pergunta assim que sentamos em uma nas enormes mesas de madeira do salão.

— Uhum. — Assinto com um barulho já que minha boca está cheia de arroz.

— Vocês são muito fanáticas!

— Não é fanatismo. Nós amamos isso! Aliás é para Deus, e não há mal algum nisso. — Falo. — Fanatismo é passarem a manhã inteira jogando futebol. — Ergo uma sobrancelha e o encaro.

— Ei! — Ele exclama, me dá uma cotovelada e começa a rir. — Temos que nos divertir, beleza?

— Concordo.

— Sarah... — Ícaro me chama depois de uns minutos, fazendo-me virar em sua direção, então ele aponta com a cabeça para a mesa à nossa frente. — Todo mundo do acampamento quer saber o que está rolando entre aqueles três. — Ele diz sério, se referindo à minha irmã e àqueles dois loucos babando ao lado dela em todo lugar. Volto meu olhar para o prato e depois o encaro.

— Seus irmãos matam e morrem por ela, todo mundo já percebeu isso. Só ela que não. — Digo.

— Então fala pra ela, ué. Ela precisa se decidir, não pode deixar que eles fiquem bancando os idiotas na frente de todo mundo!

— Você é o irmão deles. É você quem deve alertá-los!

— E você é a irmã dela. É você quem tem que acordá-la para a vida.

Ficamos nos olhando por uns momentos e depois começamos a sorrir desesperadamente por longos segundos, mas parando logo em seguida.

— Certo. Você fala com eles e eu falo com ela. — Digo.

— Queria que fosse simples assim! Mas não podemos escolher por eles. Os dois gostam dela, vão acabar discutindo.

— Mas um ela tem que escolher. — Afirmo.

— Ou nenhum. — Ícaro diz me encarando, então com uma troca longa de olhares nos entendemos.

— Ok. Ninguém fala nada e eles se resolvem.

— Isso aí, garota! — Ele fala, então voltamos a nos concentrar na comida.

— Minha mãe quer que ela arrume um namorado logo. — Falo depois de um tempo em silêncio.

— Quê?

— A Safira. Mamãe quer que ela namore com alguém daqui. — O encaro, mas ele não diz nada.

— Amo a cor dos seus olhos! — Diz depois de um tempo.

Quê?! — Pergunto com a voz fina enquanto ele continua me encarando.

— Já disse que seus olhos são lindos?

— Você está bem, Ícaro? — Me assusto.

Então ele ri e volta a comer enquanto balança a cabeça. Olho ao meu redor para ver se encontro algo estranho ou alguém suspeito e depois olho para meu amigo novamente. Ainda estou com as sobrancelhas franzidas e me perguntando o que aconteceu aqui quando ele volta a me olhar.

— Que foi? Passou a fome? Se não quiser o purê de batata é só me dar. — Ele diz, mas fico apenas o olhando sem conseguir responder. Levo as mãos ao rosto e fecho os olhos.

— Por que você disse isso? — Pergunto.

— Por que está tão preocupada? Eu apenas disse que seus olhos são bonitos, não disse que estou apaixonado por você, Sarah! — Ele também franze as sobrancelhas. Meu coração está acelerado e eu não consigo parar de pensar no que ele disse. Acabamos passando toda a hora do almoço em silêncio.

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