O Gato
Mais um dia como todos os outros. Num domingo onde casas estavam cheias e as ruas vazias. Mas todos os dias as ruas estavam vazias em Ônus.
Apenas o ruído do vento. Vento bem calmo; vento que levava pequenas folhas de uma árvore enorme que vivia em frente à casa do Senhor Pedro Jesus. Um senhor de pouco mais de 60 anos. Que sempre vivia resmungando dos gatos e os maltratava. Banhava pequenos pedaços de carne com solda cáustica. Pra matá-los. Era um senhor cruel. Cruel desde o nascimento. Mas o que mais odiava e alimentava sua crueldade era o seu ódio aos gatos. Ele odiava os pobrezinhos.
Ele estava reclamando mais uma vez em sua sala. Reclamando da vida. Dos carros que ele queria ter. Porém; nunca pôde ter. Dizia que era porque a vida era injusta. Bom. Eu não achava que era injusta. Não com ele. Afinal, ele não fazia nada demais para mudar aquela realidade que ele julgava ruim.
Ele não merecia minha visita. Não mesmo. Mas é meu trabalho visitar os miseráveis e me alimentar da sua ansiedade na glória e na desgraça de seus inimigos.
Fiquei pensando em como me apresentar. Então me apresentei na forma de um gato preto. Bati com as pequenas patas do animal na vidraça para avisá-lo de minha chegada. Ele olhou com um olhar de chatice. E pegou uma vassoura que estava próxima a ele e atirou em cima de mim. Quando saltei sobre. E disse em uma voz bem diabólica:
- Pedro. Pedro; por que me persegue? É tão difícil controlar- se entre os grilhões?
- Quem está aí? Não tenho medo de usar a arma que tenho aqui. Vá embora antes que eu te mande embora desse mundo - falou o senhor com uma mão em uma pequena enxada. Próxima a porta que ligava a cozinha à sala.
- Acalme-se. Olhe para sua janela.
O senhor tremendo tanto e tentando mostrar o quão corajoso era. Que cena. Era cômico de tão trágico.
- Estou aqui para lhe fazer uma proposta.
Aquele velho olhou e não acreditou no que estava vendo. Tanto que tentou me atacar mais uma vez. E mais uma. Até que me cansei e parti pra cima dele e disse mais uma vez "Estou aqui para lhe fazer uma proposta"
Já vi pessoas ruins. Sádicas, psicopatas, sociopatas e todo tipo de patologia psicológica. Mas aquele senhor merecia uma surra.
Depois de muitas tentativas. Ele se dispôs a me ouvir. E lá se foram várias horas.
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