A prova
Era bizarro que alguém tão maior; mais forte e capaz do que eu; pudesse sentir tanto medo; mal tinha 1 cm enquanto a pessoa aos prantos tinha mais de um metro e meio; o medo deixa as pessoas burras e tolas. E isso era no mínimo hilario de se ver.
Depois de muito pânico de muita gritaria; e discórdia; finalmente a moça se acalmou! Eu realmente odiava aqueles gritos. Me incomodava muito.
- Se acalme. Eu venho em paz; e venho lhe trazer uma proposta que com toda certeza lhe deixará bem mais animada do que estava agora
- E quem disse que estou animada?
- Eu fui muito saudosista; deixe-me lhe dizer a proposta que tenho
- Isso está parecendo um daqueles contos fantasiosos que os pais contavam para os filhos quando estavam fazendo mal criações; mas continue.
- Eu tenho três tarefas para lhe pedir, se você cumprir todas com sucesso; você poderá me pedir qualquer coisa; que será realizado. Qualquer pedido independente de ser possível ou não!
- Eu não cairia numa dessa! Qual a garantia de que esteja falando sério? Que não irá fugir depois de eu realizar todas as suas tarefas e vontades!
Ela realmente me pegou; antes todas as pessoas estavam tão cegas pela ideia de poderem fazer qualquer coisa que nunca tiveram a menor inteligência em dizer algo assim. Eu realmente estava gostando disso!
- Fique com esta moeda; ela é um bem extremamente raro em seu planeta; e um grama desse material poderá mudar a vida de qualquer pessoa. É um bem muito importante para mim; de verdade. Confie em mim; eu não estaria em uma forma tão esplendorosa se a causa não fosse dignar!
Ela olhou para mim; e para aquela moeda por muito tempo. Parecia estar pensando em algo de errado para dizer. Mas não vinha nada. Então num passe de mágica ela assentiu com a cabeça.
- Finalmente! – gritei determinado.
- Agora sem enrolações; primeira tarefa!
- Como pode ver; eu sou uma abelha; mas não nasci como uma; ou seja, eu não tenho a essência de uma; não produzo mel e nem sou boa em grupos! Preciso que pegue um mel extraído direto de uma colmeia!
- Isso é bizarro! Você não pode simplesmente pedir para que alguém coloque o braço e sua vida em risco porque você quer provar um melzinho!
- Não existe a opção de eu mudar a tarefa; vá é faça
- E se eu simplesmente não quiser fazer essa tarefa?
- Você simplesmente morre! – É obvio que eu menti.
Pela primeira vez eu a vida engolir em seco; ela percebeu que pelo meu tom de voz eu não estava brincando, eu a mataria com facilidade; mas naquele dia em especial eu estava mais preocupado em ocupá-la.
- Agora vá! – sou mandão, é assim mesmo.
E ela ficou um pouco receosa novamente; mas percebeu que não tinha opção e foi a caminho do seu guarda-roupa para vestir algo mais pesado e que lhe garantisse alguma segurança. E eu a acompanhei.
- Você não irá comer; filha? - Disse aquele senhor que eu tinha visto na noite passada; ele era pai dela
- Não; pai. Tenho algumas tarefas por agora!
- Filha; não me diga que você irá andar de novo pelo mato? Existem seres cruéis que caçam. Um tal de seres humanos. Tome cuidado!
- Pode deixar! Tomarei todo cuidado
- Te amo - Falou o senhorzinho que, bom, com todo o respeito era meio complexado.
- Também te amo, pai.
E fomos juntos nessa jornada! Eu estava ansioso do lado dela; estava sobre o seu ombro. Apenas observando ela se afastar aos poucos de sua casa. Era realmente algo bem interessante; viajar sobre os ombros de alguém;
- Eu irei para a o monte Torre velho; lá tem muitas abelhas; vamos encontrar a primeira colmeia; pegar o mel e irmos embora; sem qualquer gracinha; okay? - ela me disse com um tom meio superior
- Você está no comando capitã! - Falei com tom meio débil, mas ela entendeu.
Eu juro que eu comecei a sentir a tensão quando entramos naquele matagal dos infernos; era realmente sufocante; você via verde por todos os lados; árvores grandes e pequenas; e flora dos infernos! Mesmo para mim. Que já havia me aventurado em lugares sufocantes; eu odiava com todos os demônios possíveis aquela sensação de estar dentro de um matagal!
- Estamos chegando, se acalme
- Amém.
Logo próximo a chegada do pico eu vi uma enorme colmeia; Era brilhante; tocando no ombro daquela jovem moça; eu via todo o seu passado de trauma com abelhas e colmeias. Quando era mais nova, decidiu pegar um pouco do mel das abelhas que estavam no quintal de sua antiga casa. Houve um alvoroço de abelhas e buuuh! Todas estavam em cima dela; destruindo todas as barreiras de ética de filmes! Estavam matando-a! Quando sua mãe se lançou sobre ela; e recebeu todas as picadas no lugar de sua filha! Aquilo foi cruel. E nunca mais ela desejou mel!
Mas eu desejava!
Ela olhou para sua mochila. Cordas; ferramentas e muito protetor; roupas pesadas que cobriam o pescoço; e um capacete que ela colocara em cima de uma touca que tinha pegado de seu pai.
Ela estava pronta, lançou a corda e em um segundo; cabrum! Derrubou toda a colmeia com só um golpe; ela foi de encontro com a mesma e a golpeava; com várias facadas e enquanto diferia as facadas gritava!
- Malditas! Malditas; Malditas abelhas! Vocês levaram minha mãe e eu levarei o seu maldito mel!
Ela rasgava a colmeia com um ódio! No começo era receio que se transformou em ódio e que por fim se transformou em prazer; resumindo. Vingança.
Depois de tanto bater e gritar. Ela extraiu a placa que continha o que eu precisava. E depois de muita gritaria. Fomos embora. E deixamos ali. Toda a fúria e libertação de uma humana. Que se sentia muito mais leve! E que sabia que foi longe demais; mas que precisava daquilo. Cada golpe era a alma que tremia!
Depois de caminhamos muito; ela no caso. Paramos e me deu aquilo que eu queria. O mel! Que por céus; era maravilhoso!
E realmente aquele dia foi cheio. Tempestuoso; mas proveitoso e libertador. Para aquela moça que depois de anos de negação. Provou o mel pela primeira vez!
O fim.
Após, termos lutado com muita determinação e provado da vitória, a pobre jovem estava exausta, ofegante e parecia estar prestes a desmaiar, foi uma aventura, estávamos saindo em direção a sua casa quando demos de cara com alguns caçadores, eles estavam com um animal que a caça estava banida, e a crueldade em Ônus para quem não cumpria suas normas era algo gigantesco, os homens ficaram apreensivos, foi quando tiveram a ideia de nos atacar, dentro da visão deles, se estivéssemos mortos não poderíamos os incriminar por tal culpa, matar em Ônus era algo ruim de se fazer, mas a pena era menor do que a caça àquele animal em especifico, que eu não sabia ao certo ao que associa-lo, parecia uma mistura de pato com pequenas patas de coelho. Estranho.
Foi em um piscar de olhos e os homens a atacaram, como eu estava na forma de uma abelha, eu não poderia fazer nada, sempre tive a regra do universo clara para mim, eu não deveria interferir, porém o ímpeto de matar era algo que parecia secundário, eles queriam fazer com a adorável jovem. Algo leviano. E isso era gritante no olhar do homem grande com a barba malfeita e de odor duvidoso. Eu não conseguiria olhar para aquilo com a mesma apatia. Eu e ela tínhamos vencido as abelhas, mas o mal que estava sendo apresentado aqui era muito maior, perigoso e determinado ao mal. O homem. Foi com um salto e suas duas mãos na têmpora de nossa jovem que o home repugnante a pegou, o outro veio em seguida tentando tirar as suas roupas, ela se debatia. Pedindo por socorro. Foi quando ela se lembrou do que o seu pai havia lhe dito, em nenhum momento ele pediu para ela se cuidar das cobras, dos ursos, mas sim dos homens. Aquilo era mórbido de ver. A quão repulsiva era a humanidade entendi o porquê de odiá-los tanto, porque eu achava Ônus detestável e ao mesmo tempo entendi que eu estava fazendo parte de tudo ali, se por algum momento eu simplesmente concebesse a ideia de permitir que aquilo acontecesse na minha frente.
Socorro!
Socorro!
Ela gritava, sem forças e com homens grandes em cima dela, foi quando sem ao menos pensar me transformei em um urso gigante e no calor do momento eu deferi um golpe nas costas do homem que a atacava e puxei com força o segundo. Começou uma luta.
Eu lutava contra dois caçadores, porém a força deles nada era ante a minha presença, que lançando o meu corpo sobre eles consegui esmagar as costelas do homem repulsivo e com um segundo ataque consegui quebrar o pescoço de seu amigo. E ali eu estava. Com dois corpos mortos, entendo que no calor desse momento a minha punição viria em seguida.
A moça estava caída, quando veio um estrondo do céu. Parecia até um festival de luzes, mas não havia nada para admirar, apenas a punição vinda em minha direção.
- Porque quebrastes o meu conselho e interferistes em meus caminhos, você será punido, Morpheus, tu que és irmão de Hades e Mefisto, serás condenado, assim com estes foram, a andar em uma rua árida e sem vida, sendo obrigado a fazer o povo de Ônus a sonhar e se falhastes novamente, a sua existência será destituída de todas origens e camadas desse universo que eu criei.
E foi assim que vi meu corpo sumindo como um sopro, toda a minha grandeza estava evaporando, e um véu branco tomou posição sobre o meu rosto e desde então, fui condenado. Tive como obrigação, ser o sonho de cada alma em Ônus e os infectar com essa praga até que após todos os infectados entenderem o que eles estavam passando de fato, e sobre a verdadeira importância do sonhar e a liberdade, causarem uma grande revolução destruindo todo um Estado corrompido e a minha condenação, que me impedia de passear entre eles, se tornou a redenção deles.
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