⚕ 25 ⚕
➯ ⚕ Harry
Fiquei simplesmente devastado. Em questão de minutos, ao ver Draco desabar em minha frente, todo meu ressentimento se transformou em culpa. Eu estava sendo um idiota por não perceber que não era a única vítima daquela situação toda.
Por isso, naquele mesmo dia, implorei pela ajuda de Zabini para encontrar uma forma de Draco Malfoy me perdoar.
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➯ ⚕ Draco
Depois de toda aquela descarga de sentimentos que joguei para fora, meu dia terminou péssimo.
Voltei para o dormitório antes do jantar acabar e me aninhei embaixo das cobertas apenas querendo que o dia acabasse logo. Mas minha sorte não era muita, já que a porta do quarto fora aberta e um Theodore preocupado apareceu.
— Dray, tudo bem? — Nott se aproximou da cama com cuidado e se sentou na ponta do colchão, fazendo carinho nos meus cabelos. — Quer me contar o que aconteceu?
— Hu-hum... — Murmurei balançando a cabeça negativamente.
— Chega pra lá. — O castanho falou enquanto se colocava embaixo das cobertas e o obedeci, vendo-o se deitar ao meu lado. — O que te faria sentir melhor?
— Eu não reclamaria de um abraço agora. — Murmurei em um tom baixo e fui envolvido pelos braços de Theodore.
— É por causa do Potter, não é? — Theo questionou enquanto fazia carinho em meus fios loiros. — Eu não entendo essa sua obsessão por ele, eu nunca te trataria dessa forma.
— Theo... — Me afastei um pouco para olhá-lo nos olhos, meio sem jeito. — Você e eu, não vai rolar.
Em poucos segundos vi as bochechas do garoto corarem e ele desviou o olhar parecendo envergonhado.
— Desculpe, Malfoy. — O castanho soltou o ar pelas narinas de um jeito desconcertado. — Amigos, certo?
— Amigos, Theo. — Sorri e fechei os olhos, sentindo como se o peso do mundo estivesse em minhas pálpebras.
O sono não demorou a vir e, depois de algum tempo conversando com o garoto Nott, acabei adormecendo ao seu lado.
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— Draco, acorda! — Escutei a voz de Zabini e resmunguei, cobrindo meu rosto com o cobertor sem ao menos abrir os olhos. — Anda logo, coisa preguiçosa!
— Não adianta, Blas. Eu já tentei acorda-lo de toda maneira. — Foi a vez de Theodore falar.
Simplesmente aceitei meu destino cruel e abri os olhos, me sentando sonolento na cama.
— Bom dia, né? — Blaise disse com ironia enquanto se apoiava em sua vassoura, ele e Theo já vestiam o uniforme do time de quadribol da sonserina.
— Bom dia é o caralho... — Rebati mau humorado enquanto me levantava e me dirigia ao banheiro.
— Ih, grosso. — Nott resmungou. — Caiu da cama, Malfoy?
— Não. — Fiz sinal de silêncio para os dois e fechei a porta. — Não fala comigo ainda.
Tomei um banho rápido e ajeitei meu cabelo sem muita preocupação, afinal ele estaria bagunçado de um jeito ou de outro no final da partida.
Dessa vez, Sonserina e Lufa-lufa jogariam disputando a final entre as casas, era um jogo muito importante.
Depois de estar devidamente vestido e sem mais nenhum vestígio de sono, segui para fora da suíte e encarei os meninos.
— Não é meio cedo pra já estarem usando o uniforme? — Questionei ao verificar as horas em meu celular.
— Harry quer repassar algumas jogadas com o time antes de entrarmos em campo. — Explicou Zabini, enquanto digitava algo em seu próprio aparelho. — Sabe como é, coisa de capitão.
Revirei os olhos. Não bastava nos fazer treinar a semana inteira? O desgraçado queria nos matar?
— Está bem, mas vamos logo, ou eu vou colocar meu pijama e voltar pra minha cama quentinha e macia. — Digo ao pegar minha Nimbus 2000 e abro a porta do quarto.
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Assim que adentramos o campo de quadribol franzi as sobrancelhas, estranhando o fato de algumas pessoas já se acomodarem nas arquibancadas. Estranhei mais ainda o fato de Potter, o maldito capitão, não estar ali ainda.
— Isso é sério? Cadê o Potter? — Questionei irritado, apertando o cabo da vassoura enquanto o procurava com os olhos pelo local. — Ele não nos fez acordar mais cedo para nada, não é?!
— Oh... — Blaise sorriu olhando por cima do meu ombro e franzi ainda mais as sobrancelhas.
Me virei imediatamente, curioso com o que o fazia sorrir tão orgulhoso. Continuei confuso, vendo Harry pousar com sua vassoura a alguns metros de mim no campo, colocando sua varinha em sua garganta para que todos pudessem escuta-lo. O que esse idiota está fazendo?
— Um, dois, três, quatro! — Theo gritou para a banda bruxa que normalmente animava os jogos e eles começaram a tocar uma batida.
— Did I mention, that I'm in love with you?... ( Já falei, que estou apaixonado por você? ) — Potter começou a cantar, me fazendo arregalar os olhos e minhas bochechas começaram a esquentar de vergonha. — And did I mention, There's nothing I can do... ( Já falei, que não há nada que eu possa fazer? )
Eu queria me enfiar em um buraco na terra de tanta vergonha. Harry estava cantando em frente à todos, sem ao menos disfarçar que se tratava de mim.
— And did I happen to say? I dream of you every day. But let me shout it out loud, if that's okay... ( E ocorreu de eu dizer, que sonho contigo todo dia? Mas deixe-me gritar, se estiver bem ) — Harry correu pelo campo, já que a plateia presente gritava dando apoio.
— I met this boy that rocked my world like it's never been rocked and now I’m living just for him and I won’t ever stop... ( Conheci um garoto que abalou meu mundo como nunca antes, agora só vivo em função dele e nunca vou parar ) — O moreno cantou, agora vindo em minha direção em passos vagarosos. — I never thought it can happen to a guy like me... ( Nunca pensei que isso poderia acontecer com um cara como eu )
— But now look at what you’ve done... ( Mas agora olhe o que você fez... ) — Harry se ajoelhou, me fazendo encará-lo incrédulo e tirou uma caixinha de veludo preta do bolso. — you at got down on my knees... ( você me colocou de joelhos... )
Eu ainda o encarava atônito. Harry estava louco? Ele estava se declarando publicamente em frente à escola toda! Minhas mãos foram parar em minha boca, tentando esconder o sorriso incrédulo que se formava em meus lábios.
— Draco... — Potter sorriu, abrindo a caixinha e revelando um belo anel prateado com brilhantes de esmeralda. — Quer casar comigo?
— Essa é a coisa mais ridícula que já fizeram. — Falei ainda em choque, rindo bobo. — É claro que eu aceito!
O sorriso de Harry aumentou e ele se levantou, me capturando em seus braços. O garoto me beijou de uma forma doce, quase como se sua vida dependesse disso, sem vergonha alguma em fazer isso em frente a todos.
Enlacei o pescoço do moreno, enquanto ele abraçava minha cintura e só consegui escutar toda a plateia vibrar, logo separando nossos lábios para rir.
— Meu amor por você é ridículo. — Harry sussurrou em meu ouvido, sorrindo de orelha a orelha e colocou o anel em meu dedo com delicadeza.
— Eu também te amo. — Sussurrei de volta sem esconder minha alegria.
Me virei em direção aos nossos amigos e exibi o anel de brilhantes me segurando para não soltar um gritinho animado.
— Pans, e-eu... — Zabini começou a gaguejar para a garota e ela abriu um sorriso maroto.
— Fica quieto. — A Parkinson agarrou o rosto de Blaise entre as mãos e o puxou para um beijo entre sorrisos.
Todos vibraram mais ainda, inclusive Harry e eu, batendo palmas enquanto os dois coravam instantaneamente.
— Vamos vencer esse jogo, pessoal! — Harry gritou animado, sem tirar os olhos dos meus.
E ali eu sabia, havia encontrado o amor da minha vida.
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