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Capítulo 05 - Diamantes são os melhores amigos de uma garota

 Diamantes, diamantes 

Eu não quero dizer qualquer pedra 

Mas diamantes, são os melhores amigos de uma garota 

Diamonds Are A Girl's Best Friend - Marilyn Monroe 

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Eu observei Mary se dirigir à porta, me deixando para trás atordoado. O que acabou de acontecer? 

Eu acordei pronto para ser demitido e quando menos espero eu estou noivo? E noivo da minha assistente, a filha do meu chefe que eu passei o último ano me esforçando para ver apenas de maneira profissional!? 

— Você não vem, Peter? — Mary voltou a perguntar parada junto a porta aberta. 

— Vamos, Marianne — Eu caminhei até ela. 

Em uma coisa ela tem razão, não será ruim ter uma noiva tão bonita quanto ela. 

— Sabe, você vai ter que parar com isso de me chamar de Marianne — Ela deu um sorriso vitorioso — Como meu futuro marido, você precisa ser menos formal. 

— Você estava esperando isso, não é, Mary? — Eu revirei os olhos.

— Eu precisei te pedir em casamento para fazer você me chamar de Mary - Ela zombou enquanto voltávamos para a sala de reuniões — Agora vamos lá Pitra, hora de agir como um casal apaixonado. 

— Não passou nem perto dessa vez, Mary — eu não pude evitar o sorriso de chegar em meus lábios ao ouvir mais uma tentativa falha. 

Sei que ela faz isso para me provocar. Era simplesmente impossível que ela não tivesse aprendido a pronúncia correta de meu nome. 

Ela abriu a porta e imediatamente a discussão entre os Navruz e os advogados foi encerrada, sua atenção se voltou para nós quando voltamos a nos sentar. 

— Srtª Navruz, nós estávamos conversando. Nos diga, quando foi que o Rozanov te pediu em casamento? — Damon Bells questionou enquanto o Sr e a Srª Navruz nos observavam. 

— Ontem. Depois que eu saí do nosso almoço Peter e eu nos encontramos com Willian McAdams, como forma de comemorar o sucesso da reunião ele me pediu em casamento — Ela respondeu naturalmente. 

A garota nem piscou ao mentir. 

— E onde está o anel, Mary? — a Srª Navruz se manifestou. 

— Anel? — Mary balbuciou, mostrando que a pergunta a pegou de surpresa. 

— Sim, anel. Sabe, aqueles com diamantes que geralmente oferecem para a mulher quando fazem o pedido — o pai dela explicou — Espero que o Rozanov tenha escolhido um anel digno da minha princesa. 

— O anel... bem, ele...

— Eu errei o tamanho — Eu expliquei com tanta naturalidade quanto Mary — Ficou grande, então ontem depois do expediente, enquanto ela foi a um restaurante com as amigas eu fui até a joalheria para ajustá-lo. 

— Acho que isso encerra o assunto — sua mãe se virou para os advogados — Resolvam tudo em relação ao novo visto do Rozanov. 

— Imediatamente, Srª Navruz — Gavin concordou, ainda que contrariado. 

— Terminamos então? — Mary se levantou sorrindo. 

— Vocês dois ficam — A Srª Navruz ordenou. 

— Mãe, nós precisamos trabalhar — Mary suspirou voltando a se sentar enquanto os advogados deixavam a sala. 

— Porque nós não ficamos sabendo de nada disso, Mary? — ela foi direto ao ponto assim que ficamos sozinhos na sala. 

— Bem, nós contaríamos quando eu tivesse o anel — ela encarou a mãe. 

— Eu não entendo o motivo de esconder isso de nós Mary! — elena exclamou — Nós nem desconfiávamos e temos que descobrir dessa maneira! 

— Eu desconfiava — Omar declarou, recebendo um olhar atravessado da mulher. 

— Mãe, eu sinto muito — Mary suspirou — Eu achei que vocês... 

— Achou que nós faríamos o que, Marianne? — Elena a interrompeu — Nós nunca nos intrometemos em sua vida amorosa.

— Eu sinto muito, A culpa foi minha. Eu pedi para Mary manter o segredo — Eu declarei ao notar o embaraço dela. 

Aquela situação parecia tê-la reduzido a uma garotinha perdida. — Porque você faria isso, Rozanov? — o Sr Navruz me avaliou. 

— Eu não sabia como vocês reagiriam em saber que eu e Mary acabamos nos envolvendo — Eu expliquei — Então pedi que ela mantivesse segredo. E também gosto de manter minha vida privada longe de fofocas, e era o que aconteceria se isso viesse a tona. 

— Isso é ridículo — Ela reclamou — Mary sabe bem... 

— Eu sei, mas ele não! — Mary interrompeu reassumindo o controle — Ele não conhece realmente os dois, não teria como saber que vocês não se importariam com isso. 

— Você teria — elena insistiu. 

Eu me contentei em observar em silêncio aquela disputa. Eu não estava acostumado a ver Mary com seus pais. 

— Ok, já foi, temos algo mais importante para descobrir — Omar interferiu mexendo no celular — Quanto tempo vai demorar até o anel ficar pronto, Rozanov? 

— Eu não sei ao certo, talvez dois dias — Eu respondi calculando mentalmente um período adequado para conseguir um bom anel. 

— Qual joalheria? — Ele continuou ainda mexendo no celular. 

— Cartier — Eu respondi automaticamente, me lembrando da joalheria praticamente ao lado da editora.

— Excelente — Omar declarou animado — É só entrar em contato, avisar que é para minha filha e tenho certeza que você o terá até amanhã. 

— Eu não tenho pressa, pai — Mary arregalou os olhos. 

— Você com certeza vai querer estar com seu anel no jantar de noivado, querida. 

Jantar de noivado? Ele disse jantar de noivado? 

— Pai, do que você está falando? — Mary perguntou com cautela. 

— Eu estou organizando seu jantar de noivado — Ele ergueu o celular, fazendo a garota praticamente engasgar — O que você acha do Four Seasons? 

— Você perdeu o juízo? — Ela se levantou seguindo até onde ele estava, observando a tela do celular. 

— É só um pequeno jantar — Ele se justificou — Edgar fez um para Allie. 

— Um pequeno jantar para setenta pessoas? Omar! — Mary praticamente gritou com o pai. 

— Apenas nossos amigos mais próximos, querida — Ele se justificou. 

— Amigos mais próximos? — Ela o encarou — Quem é esse tal de Tahirah Felton? 

— É uma amiga — Ele deu de ombros. 

— Amiga de quem? Minha que não é! 

Enquanto Mary questionava cada um dos nomes da lista, eu sentia o olhar constante de Elena sobre mim. Eles realmente não se incomodaram nem um pouco com o fato de eu me casar com sua filha? Não pensam que estou me aproveitando dela ou tentando dar um golpe na grande fortuna da família? 

O que são essas pessoas? 

— Omar — Ela interrompeu a discussão dos dois — Pyotr e Mary precisam voltar a trabalhar, porque vocês não combinam tudo a noite? 

— Sua mãe tem razão, Mary. Você ainda precisa trabalhar — Ele declarou — Nós decidimos tudo em casa. 

— Vamos, Peter — Mary veio em minha direção enquanto eu me levantava — Temos muito o que fazer hoje. 

Nós voltamos em silêncio até o escritório atraindo alguma atenção enquanto passávamos. Aparentemente a notícia se espalhou. Eu me joguei na minha cadeira enquanto Mary fechava a porta atrás de si. 

— E então — Ela sorriu — Você precisa me arrumar um anel, Peter. 

— Eu vou cuidar disso — Eu respirei fundo pensando em como eu poderia arrumar um anel de noivado em tão pouco tempo. Bem, isso é o mínimo que eu posso fazer por ela, considerando tudo o que ela está arriscando por mim — Como isso vai funcionar, Mary? 

— Bem, acho que nada precisa mudar realmente — Ela se sentou na minha mesa com uma expressão pensativa — nós continuamos da mesma forma, mas agindo como um casal na frente das pessoas. 

— Mary, você tem certeza sobre isso? — Eu perguntei novamente — Eu não quero atrapalhar seus planos. 

— Eu não tenho plano nenhum, Peter — Ela deu de ombros — como meu pai diz, meu namorado é o trabalho, eu não tenho tempo pra isso.

Eu a observei por um tempo, como uma mulher dessas pode estar solteira? Ela realmente não tem interesse em ninguém? 

— Mas se for o caso, eu não me importo se você sair com outra pessoa — Ela deu de ombros — A única condição é que não seja da minha lista de conhecidos. 

— Desculpe? — Eu perguntei surpreso. 

Ela também não vai se importar com isso? Essa mulher é real? 

— Eu não quero ninguém que me conheça me olhando achando que está passando a perna em mim — Ela franziu o cenho — Seria desconfortável. 

— Mais alguma regra? 

É claro que eu nunca sairia com alguém que a conhecesse. Seria pura falta de respeito com alguém que está se esforçando tanto para me ajudar. 

— Você precisa parar de me ligar de madrugada — Ela gemeu — Eu preciso dormir. 

— Desculpe. Eu vou tentar, mas não prometo — Eu ri.

— Acho que isso já é alguma coisa — Ela suspirou conformada. 

— Como está minha agenda hoje, Mary? 

— Só tinha essa reunião pela manhã — Ela pulou para o chão. 

Ela estava parecendo uma garotinha vestida daquela maneira, mas apesar de sua aparência transmitir inocência, seus olhos ainda tinham aquele brilho travesso de sempre.

— Mary, nós não vamos realmente ter um jantar de noivado para setenta pessoas, não é? — Eu questionei preocupado. 

— Você tá maluco? Ele vai ter sorte se conseguir convidar setenta pessoas para o nosso casamento! 

— Menos mal — Eu sorri me levantando — Eu vou sair, qualquer coisa você me liga? 

— Onde você vai? — Ela questionou com curiosidade. 

— Minha noiva precisa de um anel — Eu pisquei para a garota recebendo um sorriso contido em troca. 

— Eu gosto de coisas douradas — Ela cantarolou seguindo em direção à porta — O tamanho do anel é dezesseis. 

— Mais alguma dica? 

— Me surpreenda, Peter — Ela mordeu o lábio inferior ainda sorrindo. Essa é uma das manias que ela tem que me enlouquecem. 

Como é que eu acabei noivo de uma mulher assim? Mesmo que não seja pra valer, Deus sabe que vai ser difícil controlar minha imaginação. 

— Obrigado Mary, por tudo — Eu me aproximei depositando um beijo carinhoso em seu rosto, a pegando de surpresa. 

Seu perfume floral cítrico invadiu minhas narinas, fazendo com que eu respirasse fundo antes de me afastar, para absorver mais daquele aroma. 

— É melhor eu voltar ao trabalho, Pete — Ela me olhou um pouco encabulada — Boa sorte.

Eu saí do escritório, seguindo em direção aos elevadores. Halley não parou de me observar nem um minuto, mas não falou nada. Eu entrei no elevador assim que as portas se abriram, encontrando Derek Baker ali. Ele era um dos editores de Stan e não gostava muito do fato de eu ter me tornado editor chefe, sendo que entramos na empresa juntos. 

— Rozanov — Ele cumprimentou. 

— Bom dia — Eu respondi de forma indiferente. 

— Fiquei sabendo da novidade. Parabéns — Ele comentou. 

Eu gostaria que ele apenas permanecesse calado, não queria pensar que todos já estavam sabendo de nosso noivado. E tampouco me importava sua opinião sobre o assunto. 

— Obrigado. 

— Pegar a filha do chefe é uma ótima maneira de crescer na empresa — Ele zombou. 

— Baker — Eu rosnei. 

— Estou falando sério cara, dessa vez você foi realmente esperto. Quanto tempo até sua próxima promoção? — Ele gargalhou. 

O elevador chegou ao andar em que ele ficaria, fazendo com que eu me sentisse aliviado enquanto ele saia. 

— Pelo menos ela é gostosa... — Ele continuou enquanto saia do elevador. 

Eu senti vontade de agarrá-lo pelo pescoço e puxá-lo de volta. Quem ele pensa que é para se referir a ela dessa forma?

Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa a porta se fechou. 

Eu respirei fundo, me encostando na lateral do elevador. Acho que terei que me acostumar com isso, com todos pensando que estou a usando para conseguir uma promoção. Nós teremos sorte se conseguirmos um pouco de paz daqui pra frente. 

Eu saí do prédio aliviado por estar livre dos olhares acusadores que me seguiam. Eu segui diretamente até a joalheria, na expectativa de conseguir o anel o mais depressa possível. Quanto antes Mary estiver com ele em seu dedo, menos perguntas vão surgir. 

Eu parei na vitrine da joalheria, olhando alguns modelos. Qual anel seria digno de Marianne Navruz? Alguns me chamaram a atenção, mas todos pareciam simples demais. Ela gostaria de algo simples? Eu quero presenteá-la com algo que ela realmente goste de usar. 

Entrei na loja, me sentindo um pouco deslocado, olhando tudo em volta. Eu nunca esperei estar nessa situação, jamais cheguei em um ponto onde pensasse em pedir qualquer uma das mulheres com quem namorei em casamento. No entanto, aqui estou eu escolhendo um anel para alguém com quem eu nunca me envolvi. 

— Olá, meu nome é Riley. Posso ajudar? — Uma jovem sorridente se aproximou de mim. 

— Peter. Desculpe, Eu estou procurando um anel para minha noiva — Eu sorri um pouco sem graça, decidindo me apresentar com uma versão Americana de meu nome. 

 Observei o cômodo elegante, sem saber exatamente como começar minha busca. 

— Sua noiva? — Ela me lançou um olhar curioso.

— Sim, eu já a pedi em casamento, mas não tinha um anel — Eu sorri coçando a cabeça — E no fim, acabamos falando para os pais dela que o anel não serviu. 

— Não era mais fácil contar apenas quando vocês tivessem o anel? — A garota riu. 

— Não foi uma opção — coloquei as mãos no bolso, ainda com aquele sorriso sem graça estampado em meu rosto. 

— Vamos Peter — Ela me guiou até os mostruários — Vamos encontrar o anel perfeito para sua garota. Como ela se chama? 

— Marianne... Mary, ela odeia que eu a chame de Marianne — Eu comentei a seguindo. 

— É um belo nome — Ela sorriu — Você tem alguma ideia em mente? 

— Sim, quero um anel em ouro — Eu ponderei me lembrando de suas recomendações. 

— Ouro — Ela observou alguns momentos — Eu tenho alguns em ouro branco e platina... ouro amarelo não tenho tantos modelos. O que você me diz desse? 

Ela apanhou um anel dourado que tinha uma grande gema de diamante retangular no meio, rodeado de outras gemas menores. 

— Eu não sei, Mary não costuma usar joias chamativas — Eu comentei pensativo — Acho que deveria ser algo menor. 

Ela sempre usava colares e brincos discretos, porém eu nunca vi como ela se veste fora do ambiente de trabalho.

— Menor — Ela repetiu observando os outros anéis — E esses? Um solitário é sempre uma boa escolha. 

Ela me ofereceu dois, eu os peguei, observando bem. Ok, Mary parece gostar de coisas simples, mas isso está simples demais 

— Não, esses não estão à altura dela — Eu suspirei decepcionado — ela precisa de algo especial. 

— Ok, nada muito chamativo e nem muito simples — A garota mordeu o lábio inferior enquanto olhava em volta — venha comigo. 

Eu a segui em direção a outra sala onde mais alguns mostruários estavam expostos, ela foi até um dele retirando dois anéis. Nenhum deles atraiu minha atenção. 

— Você não quer ver nenhum outro anel? De platina, ouro branco? — ela sugeriu — Eu tenho alguns lindos. 

— Ela quer de ouro — Eu insisti desapontado enquanto ela buscava nos mostruários. 

Será que não vou conseguir o anel aqui? 

— Aqui, eu acho que esse será perfeito — Ela declarou — É uma bela peça. 

Ela me mostrou o anel com cuidado. 

— Você acha que ela vai gostar desse? — Riley perguntou esperançosa. 

— Eu gostei — um sorriso mínimo surgiu em meus lábios quando o peguei em minhas mãos para observá-lo melhor.

Ele era de ouro, totalmente detalhado e incrustado com pequenos diamantes em toda a sua extensão, uma gema maior estava em destaque no centro. Por um momento, eu pude imaginá-lo no dedo de Mary. 

— E então, achamos o anel para Mary? — Riley sorriu esperançosa enquanto eu ainda observava o anel. 

— Sim, definitivamente é esse— Eu o devolvi sorrindo. 

— Eu vou pedir para o meu gerente fechar a venda — Ela me ofereceu um sorriso aberto. 

Eu continuei observando os anéis enquanto Riley resolvia tudo com o gerente. 

— E como você vai fazer o pedido, Peter? — ela me surpreendeu ao questionar aquilo enquanto eu estava distraído, sem notar sua presença. 

— Eu já fiz o pedido — eu franzi o cenho. 

— Você não pode fazer um pedido sem um anel e simplesmente dar o anel depois — Ela reclamou — Vamos, a garota merece um pedido completo. 

— Um pedido completo? 

— Sim, agora com o anel! — Ela insistiu — então, como você fez o pedido? 

— Hmmm, nós fechamos um bom negócio ontem. Nós trabalhamos muito nisso e eu estava tão animado por ter dado certo que a pedi em casamento — Eu tentei me lembrar da história que Mary contou.

— Um pedido de casamento deveria ser algo romântico — Ela ralhou — Principalmente com esse anel, parece que vocês simplesmente fecharam um acordo. 

Bem, teoricamente foi exatamente isso o que aconteceu. Mas como eu poderia ser romântico se eu não sinto nada por ela? Eu sou grato por tudo o que ela está fazendo e somos amigos, mas eu não penso nela de forma romântica. 

Mas Riley poderia ter razão? Mary merecia um pedido adequado com o anel? Ela esperava isso? Minha mente se prendeu naquela questão até que o gerente se aproximou, finalizando a compra. Eu fiz tudo de forma mecânica, ainda me perguntando se deveria ou não fazer um pedido. 

Mary disse que essa era a chance dela de realizar o sonho do pai de levá-la ao altar. E se ela quisesse um pedido de casamento? 

— Pense no pedido, Peter — Riley sorriu enquanto eu saía com a pequena sacola vermelha — Se ela merece esse anel, ela merece um bom pedido. 

Mary com certeza merece esse anel, e apesar de não conhecê-la tão bem, ela sempre me surpreende. Hoje mais uma vez ela provou isso com essa história de casamento. Eu não pensaria nessa solução nem em um milhão de anos. Ela, além de pensar, ainda se dispôs a abrir mão de sua liberdade e entrar em um casamento que sabe que terminará em divórcio. 

Tudo por ter considerado minha situação injusta! 

Caminhei até o prédio da Navruz Publications, imaginando qual seria meu próximo passo. Eu faria um pedido formal? 

Tirei a pequena caixa de couro vermelha com detalhes dourados da sacola e a guardei no bolso do paletó enquanto subia para o escritório. Agradecendo mentalmente por ter pego o elevador vazio.

— Olá, Sr. Rozanov. Bem vindo de volta — Halley sorriu assim que as portas do elevador se abriram. 

— Srtª Dawson — Eu cumprimentei a recepcionista sem me deter seguindo diretamente para meu escritório. 

— Você só pode estar de brincadeira! — Eu ouvi a voz de Mary antes mesmo de abrir a porta. 

O que está acontecendo? 

Entrei em sua sala, a encontrando sentada ao lado de seu pai no pequeno sofá de dois lugares que tinha ali. Os dois discutiam sobre um assunto ainda desconhecido para mim. 

— Eu? — Ele reclamou — Você não está sendo nem um pouco razoável! 

— O que está acontecendo? — Eu atraí a atenção dos dois. 

— Rozanov, estava esperando por você — o homem sorriu. 

— Nós não vamos ter uma festa de noivado — Mary se apressou em dizer.

— Festa? — aquela informação me surpreendeu. 

Eu pretendo ser o mais discreto o possível em relação a isso, e ele quer dar uma festa? 

— Apenas uma pequena reunião entre amigos — Omar se justificou — Apenas os cinquenta mais próximos. 

— Eu aceito no máximo um jantar para dez pessoas — Ela reclamou. 

Eu me coloquei ao seu lado, observando aquele embate entre os dois, imaginando se seria ou não adequado emitir alguma opinião.

— Dez pessoas?! — ele a encarou horrorizado — Como eu poderia fazer algo assim? Impossível! 

— Nós não vamos dar uma festa, Velhote — Mary rosnou — Peter e eu queremos manter a discrição, não é? 

— Claro — Ela estava certa, mas em uma disputa entre ela e o pai eu não ousava interferir. 

— Quarenta pessoas — Ele contrapôs — Quarenta pessoas é praticamente um jantar familiar. 

— Quinze — Ela retrucou. 

— Trinta e cinco — Ele sorriu 

— Quinze — Mary cruzou os braços, se mantendo firme. 

— Tudo bem — Ele suspirou — Mas eu escolho o restaurante! 

— Sexta feira — Ela avisou, aparentemente decidiu deixá-lo vencer nessa — Não amanhã. 

— Sem problemas. Eu vou fazer o melhor pra minha garotinha — Ele se levantou — Rozanov, devemos ter uma conversa em breve. 

— Pai — ela gemeu. 

— Mary, isso não está em discussão, eu vou ter a mesma conversa que tive com todos os seus namorados — Ele se dirigiu a porta recebendo um olhar suplicante da garota — Mas isso pode esperar, agora preciso entrar em contato com os convidados. 

Nós observamos o homem sair em total silêncio, até que Mary se voltou em minha direção.

— Você demorou — ela me ofereceu um sorriso fraco. 

— Não foi tão fácil quanto eu pensei — Eu admiti — Mary, podemos conversar? 

Aquele parecia o melhor momento para tirar minhas dúvidas sobre a indecisão em fazer ou não um pedido formal, mas ela não parecia tão disposta assim. 

— Se for sobre nós, eu posso ter uma folga? — Ela gemeu escondendo o rosto entre as mãos — Eu estou respondendo perguntas sobre esse assunto desde que você saiu! Eu não sabia que seria tão cansativo. 

— Desculpe por te colocar nessa situação — Eu respondi sem graça. 

Ela é mais sociável que eu, com certeza está precisando lidar com muito mais do que Derek Barker. 

— Apenas vamos trabalhar e fingir que tudo é como antes? — Ela me olhou esperançosa — Nós podemos voltar a tocar nesse assunto na sexta, até lá nada mudou. 

Aquele plano era simplesmente ridículo, mas eu sabia que dá maneira que ela estava, era inútil discutir. 

— Minha agenda ainda está livre? — Eu questionei. 

— Sim, está. 

— O que você acha de tirarmos o dia de folga? Você pode descansar e ninguém vai reclamar — Eu sugeri — Você parece estar realmente precisando de uma pausa em toda essa loucura. 

Mary se levantou com um olhar realmente cansado, se aproximando de mim. Ela me envolveu em um abraço, descansando a cabeça em meu peito, fazendo com que eu ficasse momentaneamente tenso com aquele gesto. 

Eu me permiti relaxar um pouco e retribui seu abraço. Eu não posso deixar esse tipo de coisa me pegar desprevenido, teoricamente nós somos um casal agora, devemos agir como tal. 

— Obrigada, Peter — Ela respirou fundo — Eu realmente estou precisando. Você não faz ideia da enxurrada de perguntas que eu enfrentei aqui. 

Algo me diz que isso é apenas o começo.

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