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Capítulo 03 - Encontre uma mulher, e você Encontrará o amor

  Problemas virão, e eles passarão

Vá encontrar uma mulher,

e encontrará amor

E não esqueça, filho,

existe alguém lá em cima

E seja um tipo simples de homem

Oh, seja algo que você ame e entenda 


Simple Man - Lynyrd Skynyrd

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Eu estava terminando de me arrumar para o trabalho. Dormi um pouco mais que o normal e perdi a hora, o que não era algo comum para mim. Peguei uma gravata preta no closet e segui apressado para a sala. Hoje seria um dia extremamente atarefado, era um péssimo dia para me atrasar.

Estava quase saindo de casa quando me lembrei  dos textos que precisaria levar, com mil maldições correndo por minha mente, eu voltei ao quarto para pegá-los, colocando a gravata e minha pasta em cima do sofá. Assim que tinha tudo o que precisava, saí de casa torcendo para não ser um dos dias em que Mary decide se atrasar para se vingar pela ligação da madrugada.

Eu segui pelo trânsito de Manhattan, desejando, não pela primeira vez, morar mais perto da Editora. Essa cidade é um inferno! 

Felizmente o trânsito não estava tão ruim quanto poderia estar e meia hora depois, eu estava estacionando em minha vaga na garagem da Navruz Publications.

Esperei pacientemente o elevador subir até o Vigésimo quinto andar, imaginando se Mary se atrasaria ou não.

Mary.

No começo eu me senti inseguro em contratá-la, mas não era como se eu pudesse  negar esse favor ao Sr Navruz. No fim, isso foi uma boa decisão — por mais que não tenha sido minha decisão — Mary, apesar do que eu imaginava, não era preguiçosa ou mimada. Ela é inteligente, esforçada, impetuosa, selvagem. Sim, ela também era inexperiente e cometia muitos erros por conta disso, mas ela estava apenas no início de sua carreira e quem não comete erros nessas condições? O que importa é que ela sempre buscou consertá-los da melhor maneira possível.

— Bom dia — Eu cumprimentei a Srtª  Dawson, que estava acomodada em seu posto de trabalho.

Ela se limitou a sorrir e me lançar um olhar divertido, como se soubesse o que me esperava. 

Mary com certeza está planejando algo.

Os funcionários ainda estavam começando a chegar, dessa maneira o movimento no andar ainda era baixo. Eu cumprimentei algumas pessoas por onde eu passava até chegar em meu escritório. A mesa de Mary estava vazia, mas eu pude ouvir sua voz vinda de meu escritório

— They say I'm really sexy, The boys they wanna sex me. They always standing next to me, Always dancing next to me — Eu congelei na porta ao vê-la de costas para mim arrumando minha estante.

Ela usava um macacão branco que evidenciava cada curva de seu corpo.  Eu tentei desviar o olhar, mas aquilo se tornou impossível, principalmente quando ela começou a se abaixar rebolando para pegar outro livro.

Marianne era uma bela mulher, dona de um corpo espetacular no qual eu sempre me esforcei para não reparar por se tratar da filha do meu chefe. Mas como eu poderia manter essa resolução ao notar a marca da pequena calcinha que ela parecia estar usando por baixo daquela roupa?

O que ela está fazendo comigo?!

— Trying to feel my hump, hump, looking at my lump, lump... — Eu me encostei no batente da porta, tentando empurrar os pensamentos impróprios sobre a minha assistente que vieram em minha mente para longe. Eu com certeza adoraria sentir seu rebolado.

Nesse momento ela se virou em minha direção retirando os fones e corando imediatamente. Ver Mary  com vergonha não era algo rotineiro, na verdade ela parecia sempre estar à vontade com qualquer assunto e mesmo quando alguém claramente tentava constrangê-la ela reagia com naturalidade e desenvoltura.

Eu não resisti a provocá-la mais um pouco quando notei que ela não estava olhando nos meus olhos como sempre fazia. Não podia acreditar que ela estava constrangida. A prova disso foi como ela tratou de mudar de assunto e se esquivar assim que me aproximei.

Ela conseguiu me desnortear momentaneamente ao apontar a ausência de minha gravata. Eu me lembrava de tê-la apanhado pela manhã. E também me lembro bem de abandoná-la em cima do sofá. Talvez eu não tenha dormido tão bem quanto eu imaginava.

Mary tentou fugir, mas não pude me impedir de pegar no seu pé por causa do café. Eu tinha certeza que ela se vingaria de mim dessa maneira, porém não permitiria que ela continuasse me evitando. Aquela cena de momentos atrás provavelmente me assombraria mais tarde, mas por enquanto, era melhor mostrar a ela que não havia nada com o que se preocupar.

Ela ficou extremamente satisfeita ao me ouvir chamá-la pelo apelido. Eu sempre me policio para não chamá-la dessa maneira, tentando manter nosso relacionamento o mais profissional possível.

Desde o primeiro momento que a vi, sua beleza me pegou, seus longos cabelos negros emolduravam perfeitamente um rosto que esbanjava beleza. Sua boca bem desenhada, sempre destacada por um batom, um nariz delicado, olhos sedutores e uma pele amendoada completavam o conjunto.

Mas eu não podia encorajar esse tipo de admiração, não quando ela era a jovem filha do homem a quem eu devia todo o meu sucesso profissional e que provavelmente acabaria com ele em um piscar de olhos caso imaginasse o que se passava em minha mente.

Eu observei um envelope em cima da minha mesa, com a letra de minha assistente desenhada ali. O abri imediatamente, me ocupando em ler enquanto ela não voltava. Ela retornou antes do que eu esperava, e ao invés de me entregar a colher, ela mesmo retirou o chantilly do café. 

— Pode deixar, eu faço isso — Eu pedi.

— Tarde demais — Mary me ofereceu um sorriso perigoso antes de levar o chantilly à boca.

Ótimo, mais uma imagem para me atormentar mais tarde. 

Porque ela tem que dificultar tanto meu trabalho de não pensar nela dessa maneira?

— Você se sujou — eu apontei sua boca suja, tentando mudar o foco, Mary passou o dedo indicador no canto da boca tirando o chantilly acumulado ali.

— Não sei qual é o seu problema com isso — Ela colocou o dedo na boca, sorrindo em seguida.

Minha  mente logo seguiu por um  caminho não muito puro.

Ela pelo menos sabe o efeito que causa nos homens?

Eu estava prestes a comentar algo sobre o trabalho e mudar completamente de assunto quando Omar Navruz entrou na sala, nos pegando desprevenidos.

Seus olhos avaliaram rapidamente nossa situação, antes de se focar em sua filha. Ele não parecia satisfeito por encontrá-la ali e deixou claro sua opinião, fazendo com que ela saísse da sala antes de se virar em minha direção.

Espero que ele nunca saiba o tipo de pensamento que eu estava tendo sobre ela momentos atrás.

— Me diz Rozanov, como Marianne tem se saído? — Ele estreitou os olhos.

— Ela tem se saído bem, Sr Navruz — Eu coloquei minha máscara de negócios — Ela é uma boa garota.

— Ela tem feito seu trabalho corretamente? — Ele insistiu — Você sabe que você deve tratá-la como uma funcionária comum.

— Ela faz tudo o que eu necessito de forma eficiente — Eu garanti.

— E exatamente que tipo de coisa você pede para ela fazer? — O homem perguntou com um brilho perigoso no olhar.

— Cuidar da minha agenda, me acompanhar a reuniões, cuidar dos telefonemas — Eu respondi confuso — Esse tipo de coisa.

— Cuidar do seu café? — Ele me encarou.

— Não, aquilo...

— Sabe Rozanov, minha filha sempre foi uma garota animada. Era difícil vê-la em casa nos fins de semana — Ele caminhou até minha janela, observando a vista da cidade — Hoje em dia é difícil até para Allie conseguir tirá-la de casa. Você tem alguma ideia do motivo dessa mudança?

— Marianne está concentrada em sua carreira, acho que ela quer aprender o máximo que conseguir enquanto estiver nesse emprego.

Será que ele pensa que eu estou fazendo com que ela trabalhe demais? Ele mesmo acabou de me ordenar que a tratasse como qualquer outra funcionária.

— É isso que você acha que está acontecendo? Que tipo de coisa ela está aprendendo com você? — Ele se virou para mim com um olhar sagaz — Quanto tempo você acha que vai demorar até eu descobrir o que eu quero saber, Rozanov?

Eu o encarei sem saber exatamente o que responder. O que exatamente eu perdi? Porque certamente perdi alguma coisa.

O homem não ficou mais depois disso.  Ao sair, lançou um olhar reprovador para a filha, fazendo-a corar.

Eu tentei animá-la um pouco, mas achei melhor dar um pouco de espaço a ela. Eu me tranquei no escritório pelo resto da manhã pensando naquela conversa estranha com o Sr Navruz. Ele não teria como saber que as vezes eu tenho pensamentos impuros sobre sua filha, teria? 

Meus pensamentos foram interrompidos por uma chamada. Não pude evitar o sorriso ao ver a foto de minha mãe estampada na tela do aparelho. Eu sentia falta de casa, apesar de fazer apenas algumas semanas desde a última vez que as visitara. Aquela ocasião porém, não foi feliz.  Eu revi minha família, mas preferia não ter voltado para casa por conta do enterro de minha avó.

Ela sempre foi boa comigo e, apesar de ser um pouco diferente, eu a adorava.

Ela foi a primeira a me apoiar quando eu decidi tentar a vida nos Estados Unidos. Minha mãe tinha medo de que não desse certo, mas Dorateya não duvidou do meu sucesso nem um segundo sequer.

Enquanto minha mãe aparecia com maus presságios e minhas irmãs, principalmente a mais nova, se ressentiam por eu não trazê-las comigo, minha avó dizia para eu não me preocupar, seguir meu coração que eu encontraria meu destino.

No fim, apenas quando eu fui contratado pela Navruz publications minha mãe começou a acreditar que eu realmente tinha um futuro aqui e parou de pedir que eu voltasse para casa. Minhas irmãs também se contentaram com minha ausência quando perceberam que se eu realmente me estabelecesse em Nova York elas teriam um lugar novo para passar as férias.

Não que isso já tivesse acontecido, nas poucas vezes que nos vimos, fui eu que voltei para a Rússia.

Eu conversei durante um tempo com yulia, minha irmã mais nova, que queria saber quando finalmente poderia me visitar. Ela era louca para conhecer a cidade, e eu havia prometido que assim que conseguisse o visto permanente ela poderia passar alguns dias comigo, e isso estava perto de acontecer. Seria bom ter a companhia da minha irmã.

Perto da uma hora eu recebi uma ligação de Willian McAdams, um escritor que estávamos tentando contatar para uma entrevista há algum tempo. Ele estava com a tarde livre e aceitaria se encontrar comigo para definirmos alguns termos da entrevista e divulgação do seu novo Romance.

Isso me deixava com um pouco mais de cinquenta minutos para encontrá-lo no restaurante que ele indicou.

Eu procurei Mary e não a encontrei.

Ela já não deveria ter voltado do almoço?

Foi quando me lembrei que o almoço seria com os pais dela. Eu tinha me esquecido disso, e ela poderia passar o resto da tarde ausente.

Bem, ele me mandou tratá-la como uma funcionária comum, não?

Peguei meu celular enquanto digitava uma mensagem para Mary, torcendo para que ela respondesse. Desci até a garagem e estava prestes a telefonar para ela, quando ela me ligou.

— Onde você está? — Eu perguntei ao atender

— Desculpe, minha mãe chegou e estava apressada — Marianne disparou a falar — Eu esqueci de avisar que estava saindo.

— Não importa, onde você está? — Eu entrei no carro, me preparando para sair.

— Agora? No Le Bernardin.

— Eu te pego aí em dez minutos. Me espere na porta — Eu murmurei desligando em seguida.

Por sorte ela está perto.

Eu dirigi o mais depressa possível  até o restaurante, encontrando a jovem como combinado me aguardando na entrada, ela não hesitou em embarcar no carro assim que eu parei.

— Pra onde estamos indo, Peter? — Mary questionou assim que entrou no carro.

— Willian McAdams ligou — lhe lancei um rápido olhar com o canto dos olhos — vamos encontrá-lo.

— Sério? — Ela soou animada.

Marianne estava tentando marcar essa reunião há algum tempo.

— Sim — Eu sorri ao notar o brilho em seu olhar.

Nós chegamos ao restaurante alguns minutos antes do homem. Nós demoramos cerca de duas horas para resolver tudo o que precisávamos antes de encerrar aquela reunião. Assim que deixamos o restaurante, Mary estava eufórica.

— Finalmente nos livramos daquele insuportável, Peter — Ela comemorou quando entramos no carro.

— Não ofenda o autor — Eu a repreendi, apesar de achar graça de sua animação.

— Você não pode negar que ele é insuportável. Nós temos que comemorar — Ela ignorou minha repreensão — Vamos em um bar.

— Nada de bares, Marianne — Eu neguei seguindo para a editora, antes de me lembrar da conversa de antes com Omar Navruz — mas se você quiser, eu posso te deixar em casa.

— Vamos Peter — Ela suplicou — Um drink, é por minha conta. E me chame de Mary.

—  Eu vou te deixar em casa, Marianne — Eu mudei minha direção, seguindo para o Upper East — Você só precisa me falar o seu endereço.

— Você é tão insuportável quanto McAdams, Rozanov — Ela reclamou cruzando os braços me fazendo rir — Pode voltar pra editora. Eu levo a Halley para comemorar comigo.

— Tem certeza? — Eu questionei sentindo a curiosidade queimar em mim para saber a forma como ela pretendia comemorar aquela pequena conquista.

— Já que você não quer comemorar, eu bebo com a Halley  — Ela murmurou — Vamos, Pietro.

— Por favor, isso nem é russo — eu lhe ofereci um meio sorriso, tendo o prazer de vê-la se esforçar para segurar a risada e se manter séria. 

Eu dirigi para o prédio da editora, Mary desistiu de me convidar para sua comemoração.  Nós  subimos em silêncio até o nosso andar, eu a deixei na recepção conversando com a amiga enquanto eu seguia para meu escritório.

Abri meu e-mail uma última vez antes de ir para casa, encontrando ali o aviso de uma reunião com o Sr e Srª Navruz pela manhã.

Aquela informação me surpreendeu.  O que será que aconteceu?

Eu apanhei o envelope que Mary tinha separado de manhã, decidindo trabalhar nele em casa. Ao sair, ela ainda estava conversando com a Srtª  Dawson.

— Hey Peter, Tem certeza que não quer se juntar a nós? — minha assistente sorriu se encostando na mesa da recepcionista — última chance.

— Se divirta, Mary  — Eu me despedi enquanto esperava o elevador, apesar de sentir uma pequena onda de arrependimento me atingir — Até amanhã, Srta Dawson.

Talvez eu devesse me divertir um pouco mais.

— Até amanhã Sr Rozanov — Ela sorriu enquanto eu entrava no elevador.

Eu segui para meu apartamento no Greenwich Village. Aquele era um bom lugar para se morar, e apesar de ser um pouco afastado da editora, eu tinha tudo o que  precisava a uma distância acessível. Estacionei na minha vaga no prédio e subi até o quinto andar, já ouvindo o arranhar as pequenas unhas de Libby no assoalho da minha sala.

Abri a porta sendo recebido com a pequena Welsh Corgi de cores caramelo, preto e branco, latindo e pulando em minhas pernas até que eu a pegasse no colo. Ela odiava passar o dia sozinha, e eu me sentia culpado por deixá-la ali, mas eu realmente não tinha outra solução.

Libby pertencia originalmente a uma ex namorada da época da faculdade.  Ela acabou ficando comigo quando rompemos nosso relacionamento e Chloe se mudou para a Argentina. No começo fiquei meio perdido, a cachorra nem parecia gostar de mim, mas com o tempo nós fomos adquirindo nossa rotina.

Eu a carreguei até a tigela de ração me agachando para enchê-la, observando Libby comer por um tempo. Acariciei sua cabeça enquanto ela comia, antes de me levantar. Talvez eu deva passear um pouco com ela antes de qualquer coisa.

Sim. 

Esse parece um bom plano. Ela me distrai o suficiente, eu não preciso passar noites em bares para me divertir.

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