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03

💙 MARCO 💙

Nunca diga "O que mais pode me acontecer na minha vida?". Porque você pode virar eu. Um homem que há menos de vinte e quatro horas estava livre, leve, sem grandes responsabilidades além do trabalho, ainda assim se divertindo como deve ser e, de repente, BUM!

Uma doida que te machucou e te abandonou te diz que você é pai de gêmeos. GÊMEOS! São duas crianças. Isso é óbvio, mas pelo amor de Deus.

Só tenho uma reação para isso e é a que esboçando agora enquanto Guilhermina me olha como se o doido fosse eu! Estou rindo para caralho.

— Marco, se recomponha, garoto! — É Vanda quem briga comigo e só por isso não explodo. — Segura ele, vou sair para vocês conversarem.

Paro de sorrir quando ela se aproxima com o menino chorão nos braços e estendo as mãos na frente do corpo, impedindo que ela se aproxime. Eu nem sei segurar um bebê!

— Toma. Assuma suas responsabilidades — ela fala, batendo em minhas mãos com a sua enquanto tenta acalmar o menino com a outra.

Seguro o bebê nos braços com eles estendidos bem para frente e com o rosto do menino virado para mim. Estou sem saber como reagir. Encaro-o, inevitavelmente procurando alguma semelhança, e fico boquiaberto ao ver que ele de fato se parece comigo.

Ele para de chorar do nada e os olhos verdes e grandes me encaram enquanto tenta puxar a minha barba com os dedos extremamente brancos e gordinhos. A pele dele está avermelhada nas bochechas e não consigo evitar sorrir quando o pequeno Mateo me mostra um sorriso cheio de dentinhos.

— Quanto... Quanto tempo eles têm? — pergunto baixo, esquecendo-me da raiva momentaneamente.

É incrível se enxergar em uma criatura tão pequena...

— Eles têm um ano — Guilhermina responde e eu a encaro de um jeito duro. Noto que estamos só nós dois e os bebês na sala porque a Vanda já deu no pé.

A diaba está sentada, ainda dando de mamar à criatura pequena nos seus braços. Engulo em seco e evito agir como um adolescente ao fitar as veias quase explodindo no seio farto que está todo exposto. Agora entendo o motivo do corpo dela ter mudado tanto! Faz total sentido.

— Você precisa me explicar o que está acontecendo aqui, Guilhermina... — digo.

— Você pode segurá-lo contra seu corpo. Ele não morde. Quer dizer, não sempre — fala, apontando para Mateo, que ainda me encara parecendo meio fascinado comigo. Não posso nem o julgar porque estou igual.

Contra minha vontade e bravo por ter que obedecê-la, puxo o menino para meu peitoral, colocando uma mão abaixo da bunda e a outra segurando a cabeça dele de um jeito completamente desajeitado.

— Ele parou de chorar. Isso é um feito e tanto — diz ela, abrindo um sorriso deslumbrante ao olhar para o filho.

O brilho que ela costumava ter ao me olhar está ali, agora sendo dirigido para o filho. Eu acho que estou sonhando. É isso! Já tive sonhos bem reais assim! É isso. Tudo bem que não envolviam bebês e sim o ato de fazer o bebê em si, mas...

— Juro que eles são seus, Marco. Sei que deve estar pensando que apareci para dar o golpe, apenas para tirar seu dinheiro, mas não foi isso.

— E por que você apareceu então? Por que você me escondeu duas crianças por esse tempo todo, Guilhermina? — pergunto, sentando-me com a criatura que tenta escalar meus ombros. Sinto o corpo pequeno se inclinando para morder minha pele e sorrio quando os dentinhos cravam no meu pescoço. — Ei, seu canibal mirim. Desgruda — murmuro, afastando-o para fitá-lo novamente.

Ele é lindo. Guilhermina tem razão. Mateo realmente se parece comigo.

— Pode trocar? A Luna encheu — ela fala.

Guilhermina se aproxima de mim, com o seio de fora, e me entrega a bebezinha para pegar o pequeno mordedor que estava comigo. Luna é um pouco menor que o irmão, mas eles são bastante semelhantes. Os cabelos loiros idênticos aos da mãe preenchem a pequena cabecinha com os fios bagunçados e compridos. A pele branca também é avermelhada e coradinha como a de Mateo.

De um jeito desajeitado, coloco a pequena no meu ombro enquanto a mãe dela arruma Mateo no outro peito. Porra, se eu não estivesse com tanto ódio no coração, com certeza estaria de pau duro com essas tetas.

Foca, meu amigo! Amamentar não é erótico. Controla o pau.

— Por que você os escondeu de mim esse tempo todo, Guilhermina? Responde! Eles têm um ano, porra. Você aparece aqui me dizendo que tenho dois filhos como se isso fosse normal!

— Me desculpa, Marco. Eu juro que não queria ter feito isso, mas... as coisas saíram do controle e perdi a coragem. Me desculpa — sussurra com os olhos voltando a ficarem marejados.

— Não interessa. Amanhã mesmo iremos atrás de um teste de DNA. Não quero saber das suas motivações. Vou assumir os dois, caso sejam meus, mas quero distância de você e das suas mentiras.

— Marco, eu...

— Não, Guilhermina. Pelo amor de Deus! Não.

Ela abaixa a cabeça e morde os lábios enquanto vejo o pequeno ao seu lado quase caindo no sono. Abaixo os olhos e noto que Luna também dormiu de um jeito bem desajeitado no meu ombro e nem se incomodou com os gritos que estava dando.

Só aí percebo o quão desgastadas e curtas estão as roupas dela. Como se tivesse vestindo algo usado por várias outras crianças. Visto o estado que a mãe dela se encontra atualmente, não duvido que seja essa mesmo a situação.

— Eu vou esvaziar meu apartamento para que você more lá e não vou deixar que falte nada para eles. Fique tranquila. Seja lá qual tenha sido seu plano, você conseguiu.

— Não, por favor. Não precisa gastar muito comigo! Só quero que eles não... Não quero que eles passem fome. Eles já deviam estar comendo nosso alimento, mas fica difícil porque não tenho... condições.

Franzo a testa e analiso seu rosto em busca de mentira, de jogos para me fazer ficar sentido e mexido, mas só vejo uma mulher desesperada. Pela primeira vez me questiono com preocupação pelo que ela passou. Mas não vou dar o braço a torcer e muito menos deixar que Guilhermina veja que estou me importando com ela.

— Tudo bem, Guilhermina. Como você prefere? — pergunto ironicamente e ela abaixa a cabeça.

Desvio os olhos enquanto ela guarda o seio e coloca Mateo no ombro, dando pequenos tapinhas nas suas costas. Ele solta um arroto e um suspiro cansado, mas nem abre os olhos. O gesto me faz rir um pouco.

— Eu estou com vergonha de pedir isso, mas como não quero te fazer gastar muito... Pensei se eu não poderia ficar aqui.

Solto uma risada, esperando que ela pare de brincar com a minha cara e fale de fato a solução que pensou, mas Guilhermina fica calada. É mesmo inacreditável.

— Está brincando, não é?

Tenho vontade de falar que me mudei para não ter lembranças dela no meu apartamento e agora ela quer morar aqui, na minha casa, porém, mais uma vez ficarei quieto. Não quero que ela tenha noção do quanto mexeu com a minha vida inteira.

— Não... Será por pouco tempo. No máximo três meses. Quando eu arrumar um emprego que me permita pagar um aluguel, eu me mudo com eles. Você vai poder vê-los quando quiser e...

— Você só pode estar de brincadeira! — grito e Luna treme no meu braço, abrindo os olhos. — Eu deveria tirar os dois de você por ser tão... irresponsável! Você tirou o meu direito de conviver com os dois! Eu perdi os pequenos detalhes por um maldito egoísmo seu!

— Não grita assim perto dela! — Guilhermina explode e arregalo os olhos ao ver mais um vestígio da mulher que ela foi um dia. Não gosto de nada disso. Não gosto de me sentir mexido com isso. É muito mais fácil odiar essa nova mulher apática.

— Desculpa, bebê. — Sacudo Luna nos braços e aproximo meu rosto do seu quando vejo que os olhos dela são heterocromáticos como os da mãe. — Uau... Seus olhos são lindos, princesa.

Perco-me da realidade mais uma vez, analisando as íris verdes e azuis, misturadas. Só que ao contrário de Guilhermina, que tem um azul e um verde, Luna tem a mistura dos dois em cada olho. É incrivelmente fascinante.

— Eu fiz exame para ver se não era nenhuma doença, mas era apenas hereditário — Guilhermina fala e sorrio para a pequena, que estica a mão, concentrada na minha barba.

Parece que esses pequenos nunca viram alguém barbado na vida. Fico rindo e brincando com Luna, que é toda carismática e sorridente. Esqueço-me dos problemas que terei. Esqueço-me da presença de Guilhermina.

A pequena balbucia e solto uma risada alta, olhando cada pedacinho do seu corpinho, reconhecendo-a como minha filha. É estranho para caralho.

Puta que pariu, eu sou pai! Sou pai de dois aos trinta anos!

Levanto a cabeça e vejo que Guilhermina me observa com lágrimas nos olhos.

— Sempre imaginei essa cena. Como seria se você soubesse... — sussurra e abaixo o olhar.

— Precisamos conversar. Vamos colocar os dois em um dos quartos da casa. Teremos que decidir o que vai ser daqui para frente. Não vou aceitar morar longe deles e perder mais coisa.

Ela acena e se levanta com cuidado, arrumando Mateo nos braços com um carinho que desperta algo dentro de mim. Faço o mesmo com a pequena que está quase adormecendo e a sacudo um pouco até que ela vai fechando os olhinhos únicos e lindos devagarinho, piscando os cílios longos lentamente.

Nós descemos as escadas com cuidado e Vanda aparece, levantando-se do sofá em que estava folgadamente deitada vendo televisão.

— Posso ajudar em alguma coisa? — pergunta, sem dirigir o olhar para Guilhermina.

— Vandinha, meu amor, sei que não faz parte do seu trabalho, mas pode arrumar um lugar para eles em um dos quartos e ficar de olho?

Ela acena e pega a pequena dos meus braços.

— Eu te ajudo — Guilhermina fala e sorri, mas Vanda continua com a expressão séria. Ela é pior que eu no quesito guardar rancor.

Elas andam até o corredor dos quartos e só escuto os passos sumindo no piso de madeira. Passo os dedos pelos cabelos e coço a barba. Onde foi que eu me meti? Prefiro nem responder a esse pensamento porque sei exatamente onde me meti para que isso acontecesse. Ah, eu sabia que a minha tara sem limite naquela mulher ia resultar nisso. Só não imaginava que seriam dois de uma vez.

Guilhermina volta um pouco depois, passando a mão de leve no vestido azul. Ela fica em silêncio e, de repente, ouço o barulho constrangedor da sua barriga roncando.

— Você quer jantar? — pergunto mal-humorado, deixando a cortesia e os bons modos, mais uma vez, dominarem.

— Eu gostaria, se não for incômodo.

— É incômodo, mas você está com fome. — Vejo a pele branca das bochechas ficando vermelha e percebo de quem os gêmeos puxaram isso. Eu nunca tinha reparado antes, até porque ela nunca foi tímida antes. Quando começo a analisá-la por tempo de mais, desvio o olhar e paro de notá-la.

Subo as escadas de novo e espero que ela me siga. Vejo a mesa com as bandejas de comida e coloco em cima da madeira, afastando os papéis com cuidado.

— Ainda está quente — falo e arrumo as coisas sem olhá-la.

Ela se serve e me sinto incomodado porque me lembro de como costumávamos ser. Tudo o que fazíamos continha provocações, bom humor e risadas. Até o simples fato de jantar com Guilhermina era divertido e inesquecível. Ela me ajuda, como costumava fazer, e pega os talheres, entregando-me com um sorriso fraco.

A mulher não se faz de rogada e, assim que o cheiro gostoso invade nossas narinas, Guilhermina come como se o mundo fosse acabar em fricassê. Observo-a sem tocar na minha comida e mais uma vez a preocupação atinge minha mente.

Coloco os dedos das têmporas, pensando que estou de fato lascado porque, mesmo ela tendo feito o que fez, eu jamais deixaria que nada faltasse para ela. Vendo-a comer desse jeito, suspeito que Guilhermina não mentiu e nem exagerou quando disse que estava com medo de que Mateo e Luna passassem fome.

O que aconteceu contigo, Guilhermina?

Ela para de comer quando nota que estou encarando-a.

— Desculpa pela falta de educação, mas usei o dinheiro que tinha separado para pedir comida para pegar um Uber. Você se mudou para um lugar pouco acessível para pobre. Não dá para andar de ônibus e mais de um quilômetro com dois bebês.

— Pode comer — falo seco, cortando o assunto.

Como com calma, sem olhá-la mais nenhuma vez. Quando termino, aproximo-me da jarra de suco e do uísque que Vanda trouxe. Encho um copo de suco de laranja para Guilhermina e estendo para ela, ainda em silêncio.

— Obrigada.

— Quer comer mais? Com certeza a Vanda fez comida para cem pessoas — digo, sem a intenção de puxar assunto. Estou apenas constatando os fatos.

Guilhermina solta uma risada baixa e vira o líquido na boca.

— Estou satisfeita, muito obrigada. Isso é verdade. Você se lembra de quando a gente disse que ia chamar dois amigos e ela fez questão de cozinhar para dez?

Franzo a testa e não respondo. Pego o uísque e volto a me sentar na minha cadeira, de frente para Guilhermina.

— Vou aceitar sua proposta. Você pode ficar aqui, mas... Vou pedir para que evite ao máximo se aproximar de mim — falo. — Se não for nada relacionado aos gêmeos, nem precisa conversar nada comigo. E espero que seja muito rápida a sua estadia aqui.

Vejo um pequeno bico que se assemelha com o de choro se formar, mas ela acena.

— Como preferir... Enquanto você estiver em casa, você não vai me ver se não quiser. Se quiser me dar um quartinho dos fundos, não ligo.

— Deixa disso, Guilhermina. Sem show. Você vai ficar com uma das suítes. Vou pedir para arrumarem um quarto para os bebês também.

— Não precisa! Vai gastar dinheiro à toa. Eles sempre dormiram comigo na cama — ela fala, parecendo aflita.

— Não é muito seguro dormir com os dois. E não se preocupe com dinheiro. Gastarei com eles o que for preciso. Vou pedir para comprarem tudo o que eles precisam. Tenho plena certeza de que você me conhece o suficiente para saber que não darei menos do que o melhor para cada um.

Ela vai para protestar devido à provocação implícita, mas acho que meu olhar duro a impede, pois Guilhermina apenas acena em concordância.

— Muito obrigada, Marco. Podemos fazer o exame quando você quiser.

Aceno mesmo sabendo que nem precisa. Seria impossível se parecerem tanto comigo daquela forma e não serem meus filhos. Marcelo vai amar saber que eu tenho uma boa mira do caralho e fiz logo dois de uma vez.

— Eu vou buscar os meninos para irem... Vai ficar tarde — ela fala, apontando para a porta. — Obrigada por tudo.

— Fica aí. Amanhã você já vai para pegar suas coisas. Não tem necessidade de acordar os dois e sair com eles nesse frio — digo, passando a mão pela barba.

— Tem certeza?

— Sim. Você pode falar com a Vanda para ela te ajudar? Preciso descansar. — Dou a deixa para que ela se retire e ela acena com a cabeça, agradecendo mais uma vez antes de se virar para sair. Vejo a bunda grande e os quadris largos se afastando e meu pau dá sinal de vida.

— Nem se atreva, Zé Ruela — murmuro, olhando para baixo de um jeito duro. — Foi você que me meteu nessa. Tem ideia de que terei um vínculo eterno com a diaba por culpa sua, não é? E nem adianta culpar as bolas!

Solto uma risada de desespero por estar conversando com meu pau e encho o copo de uísque após pegar outra garrafa cheia de dentro do armário. Amanhã tenho trabalho, mas preciso acreditar que isso tudo não é real para não enlouquecer.


Tô apaixonada nesses bebês, é isso. E vocês? Conversem com a tia Naty aqui!

Até sexta, amores 💙

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