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Capítulo 08 - Ilustre visita

Olá pessoal, mais um capítulo. Espero que gostem... Demorou, mas saiu.

Música do capítulo: City of Angels - 30 Seconds to Mars

Boa leitura!

Alice

Namorar?

O Igor queria que namorássemos? Até agora estava aturdida, sem acreditar nas suas palavras. Juro! Se outra pessoa me falasse, não acreditaria. Mas eu o escutei perfeitamente pronunciando o pedido. Não vou mentir que o Igor mexe completamente comigo, fazendo meus neurônios pararem de processar, bastava ele estar no mesmo ambiente que eu não conseguia resistir. Seu toque, seus beijos, seu aroma, a forma como me olhava, parecia tão apropriado. Tão certo. Nossos corpos pareciam peças de um quebra-cabeça que se encaixavam corretamente. Como se fossemos íntimos e nos conhecêssemos há décadas.

Por uma fração de segundo que consegui raciocinar, fugi dos seus braços antes que me perdesse em seus beijos, e ficasse totalmente a sua mercê na sala de Pilates. Ainda com as pernas trêmulas e com a respiração ofegante, cheguei ao vestuário feminino da Clínica. Joguei minha mochila no chão e rapidamente me desfiz das roupas do corpo, enfiando-me no banheiro e ligando o chuveiro. Precisava de um banho frio, só assim para ter um pouco de juízo que ainda me restava, e não cometer uma loucura e ir bater em seu apartamento, meu inconsciente estava gritando para tomar essa atitude. Eu precisava pensar nesse lance de namoro, urgente.

Igor estava certo, eu o desejava. E muito. E esse desejo insano só aumentava depois daquele maldito telefonema. Na hora fiquei tão irritada com ele, de como sempre conseguia me desestabilizar. Entretanto, depois do episódio tinha perdido completamente o sono, e involuntariamente comecei a imaginá-lo deitado em sua cama nu, acariciando seu membro totalmente duro, se masturbando, pensando no boquete que eu tinha feito em seu consultório. Da irritação passei instantaneamente a excitação. Eu o queria ali na minha cama, me chupando vorazmente como só ele sabia, saciando minha sede e explodindo meus miolos de tanto prazer. Amanheci completamente frustrada e abusada, algo que mamãe e Dan perceberam devido a minha mudez.

Saí do banho, sequei meus cabelos na toalha e vesti um vestido leve que tinha trazido de reserva. Já passava das dezenove horas. Escutei o meu celular vibrar. Era uma mensagem do Dan, avisando que já estava no estacionamento da Clínica. Juntei todos os meus pertences e enfiei na mochila saindo do vestuário e seguindo direto para a recepção.

Assim que cheguei a recepção avistei minha assistente Ana conversando com tia Lilian.

— Ana, ainda por aqui? — Interroguei curiosa por ainda estar aqui.

— Meu marido está atrasado. — Deu de ombros. — Está preso em um engarrafamento.

Havia acertado com Ana que quando desse seu horário de saída e eu ainda estivesse com meu último paciente, ela poderia ir embora já que dependia do marido que vinha buscá-la todos os dias. Apenas pedi que me enviasse por mensagem de texto os recados e horários dos primeiros pacientes do dia seguinte.

— Tomara que ele não demore. — Desejei. — Todos já foram embora? — Perguntei, mas, na verdade, eu queria realmente perguntar se o Dr. Igor já tinha ido embora.

— Sim. Só restam nós três e os dois seguranças. Daqui a pouco o caseiro aparece por aqui para fechar os portões. — Tia Lilian respondeu. — Você quer uma carona?

— Não. Obrigada! Danilo já está me esperando lá fora. — Expliquei  

Despedi-me de Ana e tia Lilian com abraços e assim que cheguei ao estacionamento corri os olhos na esperança de ver o carro do Igor, mas para minha decepção o seu carro já não estava ali.  

Danilo buzinou achando que eu o estava procurando, acenei com uma mão e fui ao seu encontro.

— Desculpas, te fiz esperar, Dan. — Pronunciei assim que sentei no banco do passageiro.  

— Relaxa Linda! Fiquei aqui trocando mensagens com o bofe. — Disse beijando meu rosto, Em seguida ligou o carro e saiu do estacionamento, adentrando na avenida principal que seguiria direto para o bairro onde morávamos.

— Cadê a Sarinha? — Estranhei sua ausência.

— Quando estava indo buscá-la me ligou avisando que ia se encontrar com o seu moreno. — Sorriu mostrando seus lindos dentes brancos e perfeitos. Na verdade meu amigo era um Deus grego. — A noite promete para nossa garota. — Falou maliciosamente.

— Sortuda filha da puta. — Cuspi, feliz que minha amiga estava se divertindo, porém sentia um pouquinho de inveja, pois também queria estar com o Dr. Devasso da Clínica Alencar.

— Você está precisando transar, Ali. Pensa que não reparei no seu humor hoje mais cedo. — Eu nunca conseguia esconder nada do Danilo e da Sarah, omitir era o máximo que conseguia, eles me conheciam tão bem, principalmente o Dan que era o mais atencioso. — Você pode enganar a tia Laura, mas a mim não. Cospe! Quem está atormentando sua cabecinha? Porque o Valentim eu tenho certeza que não é.

Viu?! Sempre era assim, por mais que omitisse algo, volte e meia o Danilo descobria.

— Não é ninguém em especial.

Mentira! Era um médico metido, convencido e gostoso que estava atormentando tanto em meus pensamentos como pessoalmente desde sábado, e isso me assustava. Bastante.

— Conta outra, Ali. Quem é? Eu conheço? Trabalha na Clínica? — Interrogou curioso.

Respirei fundo sabendo que enquanto não falasse algo, meu amigo não pararia de me perturbar até que desembuchasse de vez.

— É um cara que fiquei na boate no sábado passado. Coincidentemente somos colegas de trabalho. Ele é um dos médicos de confiança da Clínica — Desabafei de uma vez.

— Você transou com ele na boate? — Perguntou, e eu assenti confirmando.

— E na segunda ele me imprensou na porta de uma pequena despensa na Clínica, na terça fez sexo oral em mim debruçada em sua mesa de consultório, na madrugada ligou para mim e se masturbou, e hoje a noite me pediu em namoro. — Continuei soltando tudo como uma necessidade imensa de aliviar essa dúvida que me corroía.

— Caralho! — Xingou chateado. — Quando você pensava em contar pra mim e Sah?

Olhei para o meu amigo e no instante que ele parou em um sinal vermelho, visualizou meu olhar, percebendo que eu estava em uma luta interna comigo mesma. Dan me puxou em um abraço como que com essa demonstração estaria me protegendo em seus braços.

— Eu estou com medo, Dan. — Fui sincera. — Ele é diferente de todos os caras que já me envolvi.  

— Shiii!! Estamos chegando próximo a lanchonete do Zé. Vamos parar lá e pediremos uma rodada de cachorro-quente e conversaremos. Ligue para tia Laura e avise-a para não ficar preocupada. — Falou dobrando na rua seguinte que dava direto para Lanchonete.

Liguei para mamãe e avisei que demoraria a chegar em casa. Pedi que não preparasse nada para o jantar, pois levaria um cachorro-quente. Ela disse rapidamente que tinha falado, com minha irmã, Sandrinha, e que ela amanhã faria as matrículas para os cursos. Lembrei que desde que comecei a trabalhar na segunda-feira, ainda não tinha ligado para o meu pai. Provavelmente ele lamuriaria por não dá atenção suficiente a ele.

Chegamos a Lanchonete do Zé, e Danilo pegou em minha mão e marchou direto para as mesas do fundo que eram mais reservadas e poderíamos conversar sossegados.

— Pronto. Agora me conta tudo desde o começo, Ali. — Inquiriu assim que o garçom tomou nossos pedidos.

Relatei, contando tudo sem deixar escapar nada. Desde a boate, os amassos na Clínica e principalmente a sua fama de amigo fiel, mas mulherengo de carteirinha, o pedido de namoro e o encontro domingo. Dan apenas escutava atentamente. Quando finalizei parecia que tinha tirado um peso dos meus ombros.

— Uau! O cara quer mesmo você. — Soltou espantando, mas sorrindo com malícia.

— O que eu faço? — Implorei por conselho. — Ele mexe comigo, de uma forma que não sei explicar. É mais forte do que o sentimento que nutria por Valentim. E tudo isso está acontecendo de modo relâmpago.

Danilo acariciou e tocou levemente minha mão que descansava em cima da mesa.

— Vai fundo. — Bradou firme. — Eu te conheço, Ali. Quanto mais você fugir, mas indecisa ficará. Então se joga de uma vez e vamos ver no que vai dar.

— Tenho medo de me apaixonar por ele. O Igor não é o tipo de cara que se envolve em relacionamentos. — Exclamei, procurando algo que me fizesse não tomar essa decisão.

— Já pensou que ele também pode se apaixonar? — Retrucou. — Ali, você é linda, inteligente, divertida. Qualquer cara sensato quereria você. Se eu gostasse da fruta, você já seria minha. — Sorri gentilmente.

— Seu amigo Valentim não me quis. — Lembrei-o.

— Mas agora que você o chutou, está louco querendo você de volta. E por falar nele, se bem o conheço, não aceitará muito bem essa concorrência. — Proferiu receoso.

Nosso pedido chegou, comemos e conversando mais um pouco. Depois pedi mais um cachorro-quente para viagem, pagamos e saímos da Lanchonete. Cinco minutos depois Danilo me deixou na porta do meu prédio. Agradeci pelo apoio e carinho e desci do carro.

Entrei em casa e mamãe, como sempre, me esperava no sofá.

— Oi filha! — Levantou-se vindo direto me abraçar.

— Trouxe seu cachorro-quente. — Entreguei a ela, que caminhou para cozinha e a segui.

— Seu pai ligou. Ele está aborrecido por você ainda não ter ligado para ele.

— Imagino que sim. — Amava demais meu pai e sentia muitas saudades. — Amanhã sem falta ligo para ele. Agora em Paris é madrugada e papai acorda muito cedo. — Justifiquei.

— Mas não deixe de ligar, Ali. Você sabe o quanto ele quer participar da sua vida. — Comentou.

Mamãe nunca admitiria, mas, no fundo, ela se arrependia por ter me escondido do meu pai por tanto tempo. Ela sabia que Ely Schneider era um pai excelente e amoroso. E que se ele estivesse participando da minha vida desde o nascimento, muitos problemas teriam sido evitados.

Ficamos conversando enquanto mamãe comia seu cachorro-quente. Gostávamos de dividir e comentar sobre o nosso dia-a-dia. Depois despedi-me dela e segui para o meu quarto. Tirei minha roupa permanecendo apenas de lingerie. Abri meu guarda-roupa e busquei por uma caixa de sapato que mantinha escondida entre outras caixas. Peguei e levei até a cama. Retirei a tampa e visualizei o que estava procurando.

— Olá Jared Leto. Sentiu minha falta? — Indaguei, pegando meu vibrador que tinha apelidado com nome do vocalista da minha banda favorita. — Será que você será capaz de tirar da minha mente certo médico presunçoso?

Corri e tranquei a porta do meu quarto, retornando depois para a cama. Mamãe sabia que eu possuía um vibrador, até sugeri que ela comprasse um também, no entanto a última coisa que eu queria era dona Laura abrindo a porta e encontrando sua filha se masturbando com seu brinquedinho erótico. Seria altamente constrangedor.

Apaguei a luz e liguei o abajur de cabeceira, deixando apenas uma meia luz. Peguei meu celular e fones de ouvidos e tateei escolhendo uma música que emanasse a voz do Jared Leto para facilitar no ato. Optei por uma de minhas músicas favoritas. City of Angels. A letra não era sexy, mas algumas partes falavam sobre o meu momento atual. De como me sentia. E nesse instante "Perdida" era palavra certa que me definia.

Lambuzei meu Jared Leto com lubrificante e deitei-me na cama, o deixando em cima da minha barriga. Comecei a acariciar-me imaginando que era uma fã que tinha sido sorteada a passar um dia com seu ídolo, mas que atração entre os dois tinham sido tão forte que ambos não resistiam e transavam no camarim faltando quinze minutos para dar início do show que encerraria o prêmio.

Retirei meu sutiã e afaguei meus seios deliciosamente, idealizando Jared Leto mamando um seio, enquanto massageava e beliscava o outro. Contudo por mais que eu tentasse pensar na imagem do vocalista do 30 Seconds to Mars, só vislumbrava um sorriso sarcástico e com a pelugem loira escura e olhar sedutor debruçado sobre meu corpo. Sem conter, fantasiei aquele devasso descendo sua mão esguia com dedos longos até chegar em meu núcleo e lentamente afastar minha calcinha para o lado alisando meu clitóris com o polegar, enquanto introduzia outro dedo em meu canal molhado. Não resisti a tanta excitação, peguei meu vibrador e penetrei regozijando a sensação maravilhosa. Como em um filme, minha mente mudou automaticamente de cenário e foi parar na boate, especificamente no Labirinto. Gemi relembrando Igor metendo em mim com força encostada na parede. E aumentei a velocidade das estocadas, sentindo pequenos espasmos em meu corpo, seguindo de um gozo trêmulo e sussurrando o nome do malfeitor que se impregnou na minha cabeça.

— Igor!

******

— Meu Deus! Ana, hoje a Clínica está uma loucura! — Exclamei com a minha assistente, no momento que me despedi do meu quarto paciente atendido hoje.

Eram onze horas da manhã e a Clínica estava a todo vapor em todas as alas. Mal consegui parar para fazer um lanchinho.

— Sim, Dra. Alice. A recepção está uma loucura. Até sua tia Lilian, está dando uma assistência as meninas. — Respondeu.

— O próximo paciente já chegou? — Perguntei, sabendo que minha agenda para hoje estava repleta.

— E o depois dele também já chegou. — Falou sem graça.

— Por favor, Ana. Você poderia pedir na lanchonete um sanduíche natural com um suco? Com certeza não terei tempo para ir ao refeitório. E estou ficando faminta.

— Claro!

— Obrigada. Estou na sala de Pilates. Pode encaminhar o paciente para lá.

Virei-me e caminhei seguindo para a sala.

Havia chegado a Clínica faltando poucos minutos para as oito da manhã. Peguei uma carona com tia Lilian de última hora. Dan havia precisado chegar mais cedo na construtora e eu queria dormir mais um pouco. Então pedi socorro a minha tia. Não via a hora de chegar sábado para ir com Levi em uma concessionaria para escolher um carro seminovo. Queria esperar mais um tempo e juntar mais dinheiro para comprar um carro mais confortável e zero quilômetro, porém estava cansada de depender das pessoas. E como não tinha ônibus que vinha direto para a Clínica, ficava ainda mais difícil de me locomover. Para vir de ônibus eu precisaria sair bem cedo de casa e pegar um ônibus para o centro da cidade e depois outro que parasse próximo a Clínica.

Ainda que involuntariamente, assim que tia Lilian entrou com seu carro no estacionamento da Clínica, corri minha vista novamente à procura do carro do Igor. E lá estava, seu carro, dizendo que do Dr. Devasso já se fazia presente. Mas para minha insatisfação até esse momento não o tinha visto. E muito menos ele tinha vindo me procurar. Fazendo com que minha mente fizesse mil e uma perguntas, como por exemplo: se ele tinha se arrependido do pedido de namoro ou se estava me evitando.

Ainda não tinha parado nem para respirar, quanto mais vagar deliberadamente pela Clínica com a intenção de vê-lo como quem não quer nada e tirar minhas dúvidas. Até a Isabela estava atolada de pacientes. Os estagiários não paravam, ajudando de lá pra cá cada profissional da ala que eu coordenava.

O restante do dia continuou intenso como a manhã. Não vou mentir que eu amava essa agitação. Trabalhar diretamente com os meus pacientes, ver o quanto cada um necessitava, sabendo que podia ajudar e senti-me privilegiada por proporcionar o mínimo de alívio possível.

Hoje mamãe e eu sairíamos para um jantar. Ela queria comemorar pela conquista do meu novo emprego. Tia Lilian havia oferecido o seu carro para que pudéssemos sair sem a preocupação de voltar muito tarde. Combinamos que eu iria para casa com o Danilo, e depois tia Lilian passaria no meu apartamento e deixaria o carro.

Já estava na recepção há cinco minutos esperando por Danilo. Ele me ligou avisando que já estava a caminho. Mesmo curiosa não tinha ido lá fora para verificar se o carro dele estava parado no mesmo lugar que tinha visto pela manhã. Contudo ouvi quando Pâmela atendeu uma chamada e comunicou a pessoa do outro lado da linha que o Dr. Igor não estava mais na Clínica. Eu precisava parar com isso. Estava começando a parecer uma maníaca ridícula. Uma Igormaníaca.  

Escutei o barulho e a buzina do carro do Dan. Cumprimentei as meninas da recepção com um até logo e fui encontrar com meu amigo. Por mais que estivesse desanimada e muito cansada pelos acontecimentos do dia. O trajeto até em casa foi muito animado. O trânsito estava tranquilo e não demoramos muito para chegar.

— Obrigada, Dan. — Agradeci beijando sua bochecha.

— Vou com você. Vou pegar aquela receita de rocambole de carne com sua mãe. — Avisou, descendo do carro e vindo ao meu encontro e seguimos juntos de braços dados.

— Vai cozinhar para o novo paquera?

— Talvez. Se ele merecer. — Danilo retrucou e rimos juntos.

Ele adorava fazer os caras correr atrás dele.

Abrir a porta do apartamento e avistei no aparador perto da mesa de jantar, talheres, pratos e copos que mamãe usava apenas em datas comemorativas. Olhei para o meu amigo e ele sorria faceiro pelo o meu olhar de espanto.

— Surpresa! — Danilo anunciou baixinho beijando minha testa. — Não podíamos deixar de comemorar sua nova conquista, linda.

— Vocês me engaram direitinho. — Soquei seu ombro. — Cadê todo mundo? — Perguntei chamando por mamãe e caminhando para cozinha.

— Calma, Ali. Acho que trouxe você cedo demais. — Escutei Dan falando, mas queria ver minha mãe e abraçá-la agradecendo por esse presente.

— Mamãe, a senhora não me ouviu cha...

Estatelei próximo ao armário ficando imóvel e muda ao deparar com Igor no meu apartamento, na minha cozinha. Ele estava lindo, como nunca o tinha visto. Vestia uma calça jeans escura e uma camisa azul marinho de manga e gola em "V". Seu cabelo estava bagunçado e úmido, e seu sorriso estava inebriante e sedutor. Ele estava em pé próximo a pia de louça com uma faca na mão picando cheiro verde. O que achei muito sexy .

— O... O que... O que... Você faz aqui? — Consegui pronunciar.

— Oi, Diabinha. — Ele soltou a faca e veio até mim, beijando meus lábios castamente. — Vim comemorar a conquista de emprego da minha namorada. — Respondeu, como se já namorássemos há meses.

— Quem te convidou? — Inquiri, e na mesma hora virei-me para Danilo. — Foi você, linguarudo. — Acusei meu amigo, o fuzilando com um olhar.

— Nem me olhe assim. Estou tão surpreso quanto você. — Danilo se defendeu. — À propósito sou Danilo Guerra, melhor amigo da sua... É... Diabinha. — Ele estendeu a mão para Igor se apresentando. Tinha certeza que por dentro estava vibrando com a situação

— Como vai? Sou Igor Salazar. Atual namorado da sua melhor amiga.

— Igor! — Chamei sua atenção.

Ele não podia sair se apresentando como meu namorado, principalmente na minha casa sem a minha mãe saber.

— O que eu fiz? — Perguntou com um sorriso irônico.

— Ali, você já chegou? — Mamãe expressou espantada entrando na cozinha. — Era pra você ter se atrasado mais um pouquinho.

— A culpa foi do Dan. — Incriminei meu amigo.

— Não tia Laura. Sarinha me ligou avisando que podia pegar a Ali e trazer direto para cá. — Danilo se justificou.

— Tudo bem. O importante é que comemoraremos pela sua nova etapa, filha. — Mamãe veio me dar um abraço.

— Onde está a Sarah, mamãe?

— Ela foi com o moreno dela compra uma tábua de frios. Isso há uma hora. — Mamãe explicou.

Quer dizer que finalmente conheceria o tal moreno da boate.

— Nossa filha! Quanta coincidência. O tal moreno da Sarinha é seu colega de trabalho. O Gabriel.

Gabriel? O moreno perigoso que a Sarinha vinha se encontrando desde sábado era o nutricionista da Clínica? Claro! A boate. Igor estava lá, e como são melhores amigos, Gabriel também tinha ido. Agora compreendia como ele tinha vindo parar aqui. Mirei em sua direção e ele me olhava.

— Gabriel ficou pasmo quando descobriu que era você a melhor amiga da Sarinha. — Mamãe tagarelava. — Trouxe até o Dr. Igor para arrumar um encontro a você.

Um encontro? Igor veio aqui para conhecer a amiga da garota que seu amigo esta ficando? Safado! Filho da puta! Mal começamos a namorar e ele já iria me chifrar?

O fuzilei ferozmente, ele percebeu na hora que havia descoberto a sua sem-vergonhice, pois seu sorriso irônico se desfez. Era mesmo um devasso.

— Vou tomar banho e trocar de roupa, enquanto a Sarah e Gabriel não chegam. — Avisei fingindo que ele não estava ao meu lado, pois minha vontade era chutar com muita força o meio de suas pernas.  

— Vá, filha. Os meninos ficam aqui comigo me ajudando. Sabia que o Dr. Igor me ensinou a fazer um molho branco com manjericão de lamber os dedos?! Ele é um excelente cozinheiro.

Aposto que era.

Sorri forçadamente, não queria que mamãe percebesse nada. Ela estava tão entusiasmada com o jantar que somente por ela engoliria esse sapo. Sai da cozinha e não voltei a encará-lo, queria que ele fosse embora. No entanto Danilo notara que algo sério tinha acontecido e que nesse exato momento estava em uma guerra interior.

Peguei uma toalha limpa no armário do corredor e fui para a suíte de mamãe, Entrei no banheiro tirei minha roupa e joguei no cesto de roupas suja. Liguei o chuveiro e entrei de vez. Agindo meio que mecanicamente, peguei uma esponja e derramei sobre ela um pouco de sabonete líquido. Esfreguei com tanta força por todo o meu corpo, como se daquela forma arrancaria a frustração que acumulava dentro de mim.

Como eu podia ter sido tão tola? Eu devia ter ouvidos o que todos falavam dele. Até tia Lilian me alertou. Mas me iludi por causa de um sorriso encantador. Foi melhor descobrir agora do que depois. Com certeza o estrago em meu coração teria sido bem pior.

Saí do banho e sequei-me demoradamente. Caminhei apenas com uma toalha envolta do corpo até o meu quarto. Queria vestir um pijama e dormir, a noite já havia sido estragada, mas não poderia fazer uma desfeita dessas com minha mãe e meus amigos que prepararam tudo com tanto carinho.

Acendi a luz do quarto e me assustei ao deparar com um corpo sentado em minha cama encarando-me seriamente.

— O que faz aqui, Igor? Vaza! — Vociferei.

— Diabinha, eu sei o que está passando nessa sua cabecinha. — Relatou, levantando-se e caminhando até mim.

— Pode parar ai, Igor Salazar. — Quase gritei, mas Igor não deu atenção ao meu aviso e se aproximou o suficiente de mim.

— Eu vim até aqui sabendo que era você, Alice. — Alisou meu rosto. — Quando falei que queria tentar, não menti. Eu quero você.

— Igor, está na cara que isso não dará certo. Vamos parar aqui. — Implorei, me xingando internamente por querê-lo tanto.

— Ontem me encontrei com Gabriel e outro amigo, chamado Fernando. Fomos para um barzinho. Alguns minutos depois, Sarah chegou e começamos a conversar. Ela falou de uma amiga e queria me apresentar. — Ele colocou suas mãos em minha cintura, apertando. — Já estava preparado para dar uma desculpa qualquer para fugir do encontro, quando Sarah me mostrou uma foto sua. Linda e muito gostosa. Não comentei com ela e nem com o Gabriel que era você, Minha Diabinha. Por isso o mal entendido. — Ele me puxou para seus braços abraçando e beijando o topo da minha cabeça.  

— Igor. Essa relação...

— Não. Não fala nada. — Exigiu, colocando os dedos em meus lábios. — Vamos curtir.

Sem esperar, Igor puxou a toalha do meu corpo, me deixando completamente nua.

— Meu Deus! Minha mãe pode entrar aqui a qualquer momento. — Pronunciei saindo dos seus braços e indo até minha cama pegar minha camisola que estava jogada em cima.

Igor permanecia me olhando, venerando meu corpo.

— Porra! Você é realmente linda. — Exclamou deleitando o seu olhar sobre o meu corpo.

Ele passou a chave na porta trancando-a e veio até mim, exalando, luxúria e desejo.

— Igor, não podemos. A qualquer momento alguém pode bater na porta. — Suplicava, mas ele estava determinado a não parar.

Levou uma de suas mãos até o meu rosto e contornou, percorrendo por meu pescoço e descendo até chegar aos meus seios. Meu corpo queimava com seu toque misturado com o seu olhar intenso.

— Você é simplesmente perfeita, Diabinha. — Soltou as palavras vindo me beijar, mas fomos interrompidos por uma batida na porta.

— Ali, se não quiser que aconteça uma tragédia em seu quarto, saiam daí agora. Seu irmão, Levi, acabou de chegar. — Danilo anunciou do lado de fora da porta preocupado.

Merda!

Saltei de supetão para longe do Igor esbarrando na cabeceira derramando tudo que estava em cima. Igor agachou-se recolhendo os objetos que estavam no chão.

— Por favor, Igor. Sai agora. Meu irmão vai surtar se te encontrar aqui. — Clamei, porém ele estava alheio ao que falava.

Comecei a ajudá-lo a recolher, quando peguei a caixa que guardava meu vibrador percebi que o mesmo não estava ali.

Meu Deus! Não permita que ele encontre o meu Jared Leto.

Roguei, mas foi em vão. Igor acabara de pegá-lo e me encarava com uma risada leve e desdenhosa.

— Ora! Ora! Ora! Que dizer que Minha Diabinha se alivia com um Pau de plástico quando tem um bem maior, bem mais viril, que circula sangue muito quente nas veias e louco para estar dentro novamente da sua bocetinha? — Declamou extasiado.

— Sai logo daqui, Igor. — Pedi, tomando meu vibrador de sua mão escondendo a vergonha que estava sentindo, mas, ao mesmo tempo, receosa que o Levi nos pegasse.

— Não fique assim, somos namorados. O que demais pode acontecer? — Perguntou tranquilamente. — Você se masturbou com isso ontem? — Mudou de assunto sem imaginar na desgraça que estava para acontecer.

Vesti rapidamente minha camisola e o empurrei abrindo a porta.

— Depois falamos sobre o que você quiser, mas você precisa ir para sala agora.  — Pronunciei jogando-o do lado de fora do meu quarto. No entanto Igor era insistente e beijou-me puxando para os seus braços entre a porta do meu quarto e corredor.

— Que porra está acontecendo aqui, Alice? — Meu irmão surgiu subitamente. Seu olhar era mortal — Quem é esse idiota? E por que você está seminua com ele em seu quarto?

— Você deve ser o irmão da Alice. Prazer, eu sou o seu cunhado. — Igor disparou de uma vez estendendo uma mão para cumprimentar o Levi.

Fechei os olhos esperando a catástrofe. Que merda Igor!

Obrigada pelos os comentários do capítulo anterior. Procuro sempre responder, mas infelizmente minha semana foi meio louca. Agradeço muito por cada palavra e gestos carinhosos sobre a história do DRA.

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