Capítulo 07 - Mudança de tática
Olá pessoal! Saindo mais um capítulo. Espero que gostem.
Vocês repararam na nova capa da história? Um mimo dado com muito carinho pela minha amiga Camila Moreira e feita pela talentosa e também amiga Dri K. K. Gente! Estou completamente apaixonada pela capa. Foi amor a primeira vista. Obrigada minhas estrelinhas pelo o carinho e amizade.
Boa leitura!
Igor
Fiquei inquieto e ansioso depois do que a Diabinha tinha aprontando. Ela tinha sido muito má comigo. Em questões de minutos Alice conseguiu me levar do céu ao inferno com aquele sexo oral. Sua boquinha engolindo e sugando enlouquecidamente meu pau havia sido fenomenal, porém, a maldita, na hora "H" parou de repente evitando assim que eu gozasse. Na hora fiquei tão aturdido admirando sua audácia que não me manifestei. Realmente não acreditei que ela iria embora me deixando duro e desejoso. Depois que percebi que Alice não voltaria, fiquei sorrindo imaginando sua vibração ao me deixar naquele estado, achando que com essa atitude me pararia. Mal sabia que com isso e juntando o meu lado competitivo atiçou muito mais a minha vontade de possuí-la.
Imaginei que Minha Diabinha não apareceria em meu apartamento, no entanto por via da dúvida, preparei um jantar para dois. Um risoto de vegetais com filé de linguado ao creme de espinafre. Não me ostentava, mas possuía alguns dotes culinários que aprendi desde a época que passei a morar sozinho, e não queria mudar meus hábitos alimentares saudáveis. Para beber, optei por um Sauvignon Blanc, originado de Bordeaux na França, presente do Luís quando esteve passeando por lá com sua loira platinada, apelido carinhoso que dei a sua namorada. Sou apreciador de bons vinhos, e havia escolhido esse em especial devido a Lilian comentar com as meninas da recepção que Alice era filha de um judeu francês. Sim. Confesso que era algo meio piegas, mas queria agradá-la, por isso a escolha.
Alice não imaginava, mas Ana, sua secretária, era minha cúmplice e amiga, devia-me grandes favores e que comecei a cobrá-los. O primeiro foi o número do celular da Minha Diabinha. Como previ, a maldita não apareceu em meu apartamento. Então decidi atormentá-la. Na primeira vez que liguei descobri que ela estava bebendo e deveria ser em algum barzinho com música ao vivo, pois escutei uma música acústica tocando ao fundo. Ela ficou nervosa ao descobrir que era eu ao telefone, e é claro que me aproveitei para instigar e desliguei o telefone sem esperar sua resposta.
Era madrugada e não conseguia dormir, minhas bolas doíam por culpa dela. Claro que me aliviei no banho logo que cheguei em casa, mas não era a mesma coisa, eu a queria. Queria que ela terminasse o que começou, queria que saciasse esse desejo insano de possuí-la que só vinha aumentando depois que começou a trabalhar na Clínica, só assim, minha vida voltaria ao normal. Só depois que ela fosse minha totalmente.
Era madrugada quando enviei uma mensagem provocando-a, e como sempre a diaba não respondeu. Fiquei ali, pensando nela, em como era linda, dedicada, inteligente, carinhosa e atenciosa com as pessoas. Mostrava um lado ingênuo, porém sabia ser provocativa e fodidamente sexy. Alice era uma mulher belíssima, muitos homens doariam toda sua fortuna para tê-la, mas o que a deixava ainda mais linda, era sua pureza, a forma como reagia as situações. Quando ficava nervosa um pequeno rubor se acumulava em sua testa e nas maçãs do seu rosto. Seus olhos que pareciam duas pequenas pedras preciosas brilhante, que iluminava com um brilho único, principalmente quando ficava excitada. Eram nesses momentos que eu me perdia sendo encantando e dominado por ela.
De tanto pensar nela meu pau respondeu automaticamente ao desejo, ficando duro. Sem pensar duas vezes levei uma das mãos até ele e comecei a acariciá-lo suavemente, movimentando minha mão para baixo e para cima. Imaginei Alice cavalgando em cima de mim. Eu precisava que ela sentisse o que eu estava sentindo. Imediatamente com a outra mão disquei rapidamente seu número de celular e aguardei quase que uma eternidade, mas Alice não atendeu. Persistente e querendo importuná-la e mostrá-la o que era capaz de fazer comigo, disquei novamente e Minha Diabinha atendeu no segundo toque. Sua voz foi como um comando e imediatamente voltei os meus pensamentos ao meu consultório, quando ela sugava meu pau deliciosamente.
Aumentei a velocidade da minha mão, estimulando ainda mais minha masturbação. A princípio, Alice se manteve em silêncio, apenas nossas respirações indicavam que a chamada telefônica estava em linha.
— Hum!!! Isso Diabinha, chupa mais forte, não para, vou encher essa sua boquinha linda de porra, estou quase lá, vai! — Não resisti e pronunciei quando senti o líquido pré-ejaculatório entre os meus dedos, gozando segundos depois.
Respirei profundamente recuperando da sensação prazerosa imaginária de encher de minha porra a sua boquinha, e antes mesmo de deixá-la me xingar encerrei a ligação triunfante. Agora nós dois estávamos empatados, mas muito em breve mudaria esse placar.
*******
Na quarta-feira, passei praticamente o dia todo na Maternidade. Os bebês de quatro das minhas pacientes decidiram vim ao mundo no mesmo dia, o que me fez adiar e remarcar algumas consultas. Somente duas pacientes das que estavam marcadas para hoje, pedi que viessem até a Maternidade para fazer alguns exames, pois elas estavam com as gestações avançadas e precisariam de mais atenção.
Já era fim de tarde e eu estava completamente exausto, não tinha parado sequer um minuto do dia e praticamente não dormi, no entanto assim que sai da Maternidade e entrei no meu carro decidi dar uma passada rápida na Clínica. Estava louco para reencontrar a Minha Diabinha, e ver seu rosto perfeito enrubescido ao lembrar-se da noite passada. Sentia-me empolgado e louco para chegar logo, pisei fundo no acelerador logo que sai do estacionamento.
A Clínica ficava a poucas quadras da Maternidade e não demorei mais que dez minutos para chegar. Estacionei o carro na minha vaga e desci seguindo direto para recepção, cumprimentando rapidamente os dois seguranças do turno da tarde.
— Olá Pâmela. Alguma novidade? — Pâmela era responsável por toda a minha agenda. Tipo uma assistente.
— Olá Dr. Igor. Consegui remarcar a maioria das consultas para amanhã e sexta-feira. — Respondeu atenciosa. — Mesmo com toda a loucura que foi hoje por aqui. — Completou.
— Dia cheio?
— Muito. Não paramos um segundo. — Sorriu. — Mas o Senhor precisa de algo? — Questionou curiosa.
— Vim pegar um documento que esqueci no meu consultório e preciso para hoje. — Menti.
Caminhei indo na direção do meu escritório, mas parei no meio do caminho e chamei minha assistente novamente.
— Pâmela, sabe me dizer se a Dra. Alice ainda está trabalhando? — Percebi seu olhar compreendendo que não vim buscar porra nenhuma de documento.
— A Dra. Alice provavelmente se encontra na ala que coordena. — Falou ríspida, mas fingi não perceber.
Sabia que Pâmela nutria sentimentos por mim. Ela era uma morena linda e atraente, me envolveria com ela sem problema algum, se não fosse por dois motivos: primeiro, ela trabalhava diretamente comigo e não seria correto alimentar o sentimento de uma moça que conhecia todos os meus passos. Segundo e o mais importante, Pâmela era noiva de um troglodita anabolizado e eu amava preservar meu corpinho inteiro, sem nenhum osso quebrado.
Agradeci pela sua resposta e caminhei direto para a Ala de Fisioterapia. Logo que adentrei, avistei Ana entretida lendo um livro. Sem perceber marchei silenciosamente até ficar bem próximo a ela. O livro parecia está muito interessante, porque Ana sequer respirava, fixada a leitura. Olhei rapidamente para as páginas do livro, visualizando algumas frases.
— Agora compreendo os ciúmes excessivos do Roberto. — Disse debochado, fazendo-a que fechasse o livro imediatamente e ficando vermelha de vergonha. — Estuda a teoria nos livros eróticos e a prática com seu marido?! Por isso que o meu amigo está magrelo — Continuei falando, segurando-me para não cair na risada. — Dê sustância ao homem pelo menos, Ana.
Ana era casada com meu amigo da época do ensino médio, Roberto. Eles se conheceram através de mim, em uma festa de reencontro da nossa antiga turma da escola. Ana tinha acabado de começar a trabalhar na Clínica e a convidei para ir comigo a festa. Na verdade, minha intenção era de levá-la para cama depois da festa, porém à medida que fomos conversando, criei um afeto de amizade instantânea, levando por água a abaixo meus planos para aquela noite. No entanto, a noite não foi totalmente perdida, durante a festa percebi troca de olhares entre Ana e Roberto. Dei uma de cupido e juntei o casal, que exatamente um ano depois da festa, se casaram, e eu fui convidado para ser padrinho.
— Igor! Seu idiota filho da...
— Ei! Olhe o respeito com o seu cupido e compadre favorito. — A interrompi sem deixar terminar de me escracha.
— Eu devo te considerar muito para aguentar seus desregramentos. — Bradou tentando recompor-se.
— Desregramento? Ainda aprende a falar bonito. — Continuei cutucando-a. — Vou fingir que é um elogio. — Abracei carinhosamente, ao mesmo tempo em que me esmurrava o peito. — Ai! Para. Você me ama que eu sei.
— Infelizmente. — Retrucou atrevida. — Não esqueça que domingo tem churrasco na casa da minha sogra e ela quer que você vá.
Dona Iolanda, mãe do Roberto tinha um carinho por mim, e sempre me convidava para festas ou almoços de domingo.
— Posso levar alguém? — Perguntei de repente.
Nunca havia levado mulher alguma a lazeres familiares. Mas de repente senti essa necessidade de convidar Alice e compartilhar esses momentos. Estranho.
— Você quer levar a minha nova coordenadora? — Inspecionou intrometida.
— Talvez. — Fiz uma careta.
— Desembucha! O que está pegando entre vocês? — Ana exigiu. — Primeiro você me liga tarde da noite querendo, ou melhor, exigindo, o número do celular dela. — Tomou fôlego e continuou falando. — E hoje no refeitório ela ficou toda quieta quando a Isa perguntou por você e disseram que você não apareceria.
Senti meu peito acelerar ao saber que a Minha Diabinha sentiu a minha falta.
— Como ela ficou? — Perguntei curioso.
Ana ficou em silêncio analisando-me por alguns segundos. Seus olhos era uma mistura de surpresa e dúvida. Repentinamente um sorriso irônico surgiu entre seus lábios causando-me um pequeno calafrio.
— Se quer mesmo saber, vá você conferir pessoalmente. — Proferiu com o mesmo sorriso. — Ela está na sala de Pilates. — Apontou com o dedo indicando o caminho.
Agradeci com um aceno e percorri todo o trajeto até onde Minha Diabinha estava. Assim que me aproximei, pensei em bater à porta, entretanto não havia perguntado a Ana se Alice estava com paciente. Sem fazer barulho abri a porta, e a princípio não avistei ninguém, entrei tranquilamente buscando encontrá-la. Era uma sala enorme de uma temperatura agradável, completamente branca do teto ao chão e dois janelões imenso que davam vista para um pequeno jardim. Tinha todos os tipos de aparelhos e acessórios para desempenhar exercícios de Pilates e RPG. Um pouco mais a frente vislumbrei-a, estava deitada sobre um colchonete alongando-se. Fique estático admirando sua flexibilidade misturada a sua beleza. Alice estava suada, vestia uma calça legging preta e um top comportado cinza. Sua barriga lisinha mostrava um pequeno piercing em seu umbigo. Meu pau vibrou em expectativa. Desejava ardentemente beijá-la, sentir o sabor do seu mel, vê-la gemer regozijando de prazer.
Continuei parado no canto, unicamente venerando-a, aguardando-a. Mesmo sem eu ter feito qualquer barulho, algo fez com que ela me notasse naquela sala, e vi quando buscou-me, até que nossos olhos se encontraram, e neles vi desejo e medo. Ela permaneceu calada. Quieta. Esperando que me pronunciasse, mas pela primeira vez na minha vida eu não sabia o que dizer a uma mulher.
Porra! Eu só precisava contemplar aquela escultura perfeita na minha frente. Conhecer cada detalhe e sensibilidade do seu corpo.
— Eu tive algumas emergências hoje. Agora que pude voltar para Clínica. — Consegui proferir. — Sentiu minha falta? — Interroguei abrindo um pequeno sorriso irônico.
— Ah! Você não estava na Clínica? — retrucou cinicamente.
Ah! Baby. Se você pensa que me destratando conseguirá me afastar de você, o efeito está sendo ao contrário.
— Nem percebi. — Deu de ombros, recolhendo o colchonete do chão e guardando em uma estante.
— Que pena. — Disse me aproximando vagarosamente. Chegando bem próximo para que pudesse sussurrar meu hálito próximo ao seu ouvido. — Porque eu senti muito a sua falta... — Prendi minhas mãos a sua cintura, apreciando a maciez e quentura da sua pele. —... Principalmente depois de me masturbar imaginando gozar deliciosamente na sua boquinha atrevida, Minha Diabinha. — Finalizei, sentindo a tensão em seu corpo.
— Igor! — Choramingou quase que inaudível. — Aquilo foi ridículo e grotesco. — Falou tentando transparecer chateada.
De forma ágil, virei seu corpo para que ficasse de frente para mim. Encaixando seu corpo totalmente ao meu. Apesar de ser alta, Alice era uns dez centímetros mais baixa do que eu.
— Você não gostou? — Indaguei elevando seu queixo para que me olhasse nos olhos.
— A... Achei imaturo. — Respondeu visivelmente nervosa.
Eu vibrava por mexer com seus estímulos.
— Mentira! Eu tenho certeza que você não conseguiu dormir porque ficou excitada e toda molhadinha. — Rebati, beijando castamente cada canto dos seus lábios.
— Igor, precisamos conversar. — Disse, em meio aos beijos que estralava em lábios macios.
— Fale.
— Não podemos continuar desse jeito. Isso é errado e, a qualquer momento interferirá nos nossos trabalhos. E eu não quero perder o meu emprego. Eu não quero ser apontada como uma de suas amantes. Isso é ridículo, Igor. — Cuspiu as palavras rapidamente sem parar para respirar.
— Concordo com o que diz. — Respondi sucinto.
— Concorda? — Perguntou surpresa, enquanto mordiscava seu lábio inferior.
— Claro. Não podemos ficar assim às escondidas. — Confirmei, desfazendo com o polegar um franzido que se formava em sua testa. Sem entender do que eu falava.
— Eu não compreendo. — Falou com uma voz doce.
Minha vontade era rasgar sua pequena roupa e possuí-la, mas me segurei. Tinha tomado uma decisão de repente para que a fizesse confiar em mim.
— Alice, vamos começar tudo de novo?
— Co... Como?
— Eu te desejo, Alice. Não vou mentir que eu te quero na minha cama para possuí-la e te encher de prazer. — Fui sincero, e acabei a surpreendendo. — Nesse instante estou completamente duro, tentando me controlar para não te foder em cima de algum colchonete. — Rocei meu membro em sua barriga para que sentisse o quão excitado estava. — Também sei que você me deseja. Seus olhos e seu corpo não nega, Alice.
— Igor, aonde você quer chegar com tudo isso? — Perguntou incrédula.
Abracei ainda mais forte, a deixando na ponta dos pés. Trazendo seu rosto ainda mais para perto do meu.
— Quero fazer conforme manda o figurino. Quero cobiçá-la, paquerá-la, cortejá-la, levá-la para jantar, irmos ao cinema, boates. — Era isso que os casais faziam não é? — Se preferir, podemos ficar sentados no sofá dando uns amassos e curtindo um ao outro, ou podemos brincar de médico. Minha brincadeira favorita. — Despejei, deixando tanto ela como eu pasmo pelo que tinha acabado de falar.
— Vo... Você quer na... namorar comigo? — Perguntou espantada saindo dos meus braços.
Até eu estava espantado. Eu a queria na minha cama. Namorar? Eu não tinha tanta certeza, mas nesse jogo eu tentaria jogar todas as cartas até me saciar.
— Igor Salazar não namora. Todos sabem e comentam aqui na Clínica. — Afirmou.
— Tem sempre uma primeira vez.
— Isso não dará certo, Igor. Você é cafajeste demais. E...
— Pelo menos, me deixe te mostrar. — A interrompi sem deixá-la terminar de falar.
— Isso não é um jogo?
— Diabinha. — Murmurei fechando os olhos e respirando profundamente reabrindo meus olhos em seguida. — Quer sair amanhã comigo? Vamos jantar e você escolhe o local.
— Amanhã não posso. — Informou.
— Não pode desmarcar?
— Não. É um compromisso com minha mãe.
— E na sexta?
— Você não pode. É aniversário do Dr. Leonardo. A Isabela comentou hoje no refeitório.
Droga! Tinha me esquecido completamente do aniversário do Leo. Eu não poderia fazer essa desfeita com eles, principalmente com a Isa. Amanhã ela teria sua consulta de rotina comigo. Há pouco mais de um ano, Isa vinha tentando engravidar e esse mês ela estava esperançosa. Amanhã faríamos os exames. E se Deus quiser, Dr. Leonardo receberia um dos melhores presentes de sua vida.
— Vem comigo. — Pedi.
— Não. A Isabela me convidou, mas estou há pouco tempo na Clínica. Não me sentiria a vontade. E, também não chamaria isso de um encontro, principalmente com tia Lilian conosco. — Ela estava certa.
— Sábado?
— Vou sair com meu irmão. E já tinha combinado há dias com ele, infelizmente não posso desmarcar. — Pronunciou sem graça.
— Tem algum horário na sua agenda para mim? — Dei de ombros já ficando estressado. Nunca foi tão difícil batalhar por uma mulher.
Haja paciência! Esse negócio de namoro mal emendou e já estou saturado.
— Domingo estou livre.
— Ótimo! Domingo temos um churrasco para ir. — Falei de supetão. A levaria para o almoço na casa da mãe do Roberto.
— Mas...
— Não terá ninguém conhecido. Se esse é o problema. — Mentira, teria sua assistente, Ana, mas ela não precisava saber disso agora. Gravei mentalmente de lembrar-me de avisar a Ana que não comentasse com ninguém sobre o churrasco. — Depois poderíamos fazer algum passeio. Você decide.
— Tudo bem. — Concordou sem se queixar para o meu alívio.
Segurei sua mão puxando-a de volta para meus braços, no entanto antes que agarrasse e devorasse sua boca com a minha, Minha Diabinha desviou-se.
— Você prometeu se comportar, Dr. Igor. E Isso inclui se comportar, principalmente aqui na Clínica. — Avisou com um sorriso diabólico recolhendo sua bolsa que estava pendurada e saindo às pressas da sala me deixando sozinho.
Ah Diaba! Farei tudo o que você quiser, mas se prepare para quando eu te pegar.
*******
Depois que Alice deixou-me largado e fugiu da sala de Pilates, a ficha caiu e fiquei em pânico com a atitude que havia tomado. Até agora não entendia o que diabo eu tinha sugerido. Cortejá-la? Quem ainda fazia isso no século XXI? Se eu comentasse com um dos meus amigos, com certeza, eles não acreditariam que essa proposta tinha partido de mim. Então, para não enlouquecer decidi espairecer. No mesmo instante saquei o meu celular e liguei para Fernando e Gabriel os chamando para sairmos e curtir uma noite e quem sabe encontrar algumas mulheres. Se a partir de domingo eu teria uma namorada, precisaria ter minha despedida de solteiro antes de selar o compromisso.
O que não ocorreu, quer dizer, saímos e estávamos bebendo e colocando os papos em dia, mas a tal da despedida de solteiro não rolou. A tal Princesa do Gabriel apareceu estragando de certa forma meus planos. Nenhuma mulher naquele barzinho chamava minha atenção pra falar a verdade. Eu só queria uma mulher, e ela estava muito ocupada me dizendo não.
Agora entendia o porquê de o meu amigo estar tão interessado na sua Princesa. Ela era uma morena alta e belíssima. Tinha um corpo de torcer o pescoço dos homens por onde passava e aparentava ser despojada e muito divertida. Conversamos rapidamente e gostei dela. Seu nome era Sarah e era estudante de arquitetura.
— Esse é o amigo que te falei para apresentar a sua melhor amiga. O que acha? O moço é bem apanhado? — Gabriel perguntou a Sarah alisando e beijando seu ombro carinhosamente.
— Acho que o moço faz o tipo dela. — Respondeu analisando-me. — Pelo que a conheço ela te achará interessante.
— E pra mim? Não tem nenhuma outra amiga? — Fernando instigou.
— Quero só ver a Larissa saber que você está interessado em conhecer as amigas da Sarah. — Gabriel caçoou, me fazendo rir.
— Cuidado, poderá ficar de castigo. — Avisei zoando.
Fernando e Larissa namoravam há pouco mais de um ano e ambos morriam de ciúmes um do outro.
— Deus me livre! Se a Larissa descobre que estou sequer pensando em um rabo de saia é bem capaz de eu amanhecer morto em algum lugar com a boca cheia de formiga. — Fernando proferiu referindo-se a sua namorada.
Fernando e eu fomos amigos na infância. Quando meu pai faleceu, minha mãe decidiu vender a casa em que morávamos e comprar um apartamento num bairro mais distante. Acabamos perdendo contanto durante vários anos, nos reencontrando recentemente através da Isa. Fernando era professor de dança, e Isa era uma de suas alunas.
— Essa é das minhas. — Sarah retrucou olhando diretamente para Gabriel.
— Acho que isso é algum aviso, Gabriel. Comporte-se ou então... — Fernando debochava.
— Sarah, me fale da sua melhor amiga. Fiquei interessado. — Pedi.
Mas sabendo que, enquanto estivesse com a Alice na cabeça não conseguiria olhar para outra mulher. Quem sabe essa amiga da Sarah não me ajudaria a saciar a vontade de querer a Diabinha. E tiraria um pouco ela da minha mente.
— Ela é linda, muito mais linda do que eu...
— Impossível, Princesa. — Gabriel disse lhe roubando um beijo. Meu amigo estava parecendo um idiota. Estava já oferecendo um babador a ele.
— Como disse. Ela é linda, inteligente e muito divertida. Terminou um rolo recentemente e está precisando conhecer carne nova. Podemos combinar de saírmos todos juntos. O que acham? — Indagou empolgada.
— Por mim tudo certo. — Gabriel falou.
— Dependendo do dia, é só avisar que chamo a mulher. — Fernando explicou.
Pensei na Alice, em como desejava estar com ela nesse exato momento e não marcando encontro às escuras com outra mulher.
— É, pode ser, vamos marcar, mas será que ela fará meu tipo? Sou exigente também. — Proferi tentando soar com humor, mas sentindo que estava fazendo algo errôneo.
— Cara se ela não fizer o seu tipo vou começar a duvidar da sua fama de pegador que o Gabriel comentou. — Sarah disse animadamente enquanto pegava o celular. — Aqui, o que você acha? De o seu veredicto.
Olharia a foto para disfarçar que estava interessado, mas inventaria uma desculpa para dispensar o passeio em casais. Foi quando peguei o celular que ela me oferecia e baixei os olhos para a tela.
Caralho!
Quase cuspi minha bebida na tela quando olhei a foto. Era a Diabinha, e ela estava muito gostosa vestida apenas com um micro biquíni. Isso só podia ser um sinal, elas eram amigas!
— Deixa eu ver? — Gabriel pediu. Fechei imediatamente a imagem sem poder apreciar mais um pouco da minha fisioterapeuta. Não queria esses marmanjos babando em cima do corpo dela.
— Não. Você já tem sua morena. — Cuspi soando possessivo.
Todos riram com a minha reação, na certa acharam que eu fiquei chocado com a beleza da amiga da Sarah, o que também era verdade, mas o que eles não sabiam é que aquela era praticamente minha futura e primeira namorada, e a mulher que vinha me deixando de pau duro só de pensar nela. Namorada? Cara, eu tô fudido!
Será que irei ficar igual a Luís e Leonardo? Com cara de abobados quando estão com suas respectivas mulheres. Não. Não. Não. Você é Igor Salazar. Mulher nenhuma me dominaria, mesmo sendo a maldita Diabinha.
— Olha. Minha amiga não sabe, mas amanhã faremos um jantar surpresa na sua casa para comemorar seu primeiro emprego remunerado. — Explicou me tirando do devaneio. — Já combinei com meu Moreno Perigoso para ir. Quero que meus amigos o conheçam. — Comentou referindo-se ao Gabriel.
— Amanhã eu não posso. Larissa e eu já temos um compromisso. Fica para a próxima então. — Fernando anunciou, tomando em seguida um grande gole de sua bebida.
— E você Igor? Topa? — Gabriel perguntou.
— Claro. É só dizer o horário. — Disse por fim, empolgado e me sentindo um fudido de um sortudo, já imaginando a reação da Minha Diaba quando me visse chegando a sua casa.
Gostaram? Espero que sim. Até o próximo domingo! Beijos!
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