Vida por um tiro
Era alívio em ver meu pai ali, bem. Abracei-o e suspirei aliviada
- Ainda bem que chegou, estava preocupada! - Reclamei, um pouco mais tranquila.
- Desculpe pela demora, minha filha. É que Stanley quando começa a falar, não para mais. - Suprimi o riso. - Conversamos que nem vi a hora passar.
- Tudo bem. Só estou feliz por não ter acontecido nada. - Admito. Ele beija o topo de minha cabeça.
- Agora vá se arrumar que vamos jantar. - Avisa sorrindo e subindo a escada em direção a seu quarto.
Subi para o meu. Tomei banho e vesti uma roupa simples, porém confortável. Passei um pouco de maquiagem, nada exagerado e desci. Finalmente conheceria um pouco aquele lugar. Estava animada para irmos logo.
Meu pai já estava me esperando.
Fomos até o carro e assim que saímos ele disse que tinha que passar no banco para trocar um cheque. Concordei e fomos para lá, primeiro.
***
Quando chegamos no banco, só tinha umas 3 pessoas em nossa frente. Quando chegou nossa vez, o inesperado aconteceu. As pessoas estavam aflitas, algumas cochichavam nos ouvidos de outras e olhavam para uma direção. Segui os olhares delas e levei um susto. Dois homens encapuzados entraram armados anunciando o assalto. Eu gelei, enquanto os bandidos se aproximavam.
Um deles foi até as outras pessoas roubá-las, enquanto o outro se aproximava de mim.
- Passa a grana! - Ordenou.
- Eu...eu não tenho moço. - Falei sentindo uma lágrima escorrer.
- Passa tudo o que tem, agora! - Gritou, nervoso.
Entreguei meu celular para ele, que era a única coisa que eu tinha levado.
Depois ele roubou meu pai também.
De repente escuto o barulho de um carro de polícia se aproximando, alguém tinha chamado a polícia.
Quando os policiais entraram e eu pensei que tudo ia acabar.
Um dos assaltantes apontou a arma pra minha cabeça.
- Não machuca ela. Por favor, leve a mim. - Meu pai pediu.
- Cala a boca coroa! - Um deles esbravejou.
- Eu lhes dou tudo o que quiserem, mas solte-a. - Estava desesperado. - Por favor, leve-me no lugar dela. Não a machuque. - Implorou.
- Se não calar, vou meter uma bala no meio da cabeça dela e depois na sua. - Avisou. Ele calou-se, completamente desesperado e perdido. Um dos policiais tentou se aproximar, mas o bandido ameaçou apertar o gatilho e logo ele se afastou.
Fiquei com pena do meu pai. Nunca o vi daquele jeito, tão desesperado. Mas também, eu o entendia perfeitamente. Eu era tudo o que lhe restou. Se eu estivesse em seu lugar, também não saberia como lidar. Mas infelizmente, eu também não estava em uma boa situação no momento, na verdade era ainda pior que a dele. As pessoas apenas nos fitavam, também desesperadas. Não sei se era por temer suas próprias vidas ou por me verem naquela situação, que com certeza, elas não estavam acostumadas a ver ninguém assim.
Maravilha, eu estava completamente ferrada. Senti um misto de pânico e preocupação invadir meu corpo. E agora? O que eu faria? Senti que minha vida estava na mão daquele cara e que ele não teria medo algum de tirá-la a qualquer momento. Eu sem dúvidas, estava ferrada.
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