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Capítulo 8

— Naomi? Você está bem? – perguntou Luna preocupada ante o súbito empalidecer da companheira.

— Desculpe... não... queria... te... interromper...

A moça tentava falar, mas as palavras começaram a se embolar no instante em que seu olhar se ausentava e ela se curvava de dor, abraçando os joelhos. Luna lançou-se na direção da jarra de água aos pés da cama apenas para constatar que havia restado muito pouco, mas, ainda assim, verteu ao copo. Após, amparando a cabeça de Naomi, levou-o a seus lábios embranquecidos verificando que aquela quantidade não seria o suficiente para tirá-la da crise. A garota tinha espasmos incontroláveis que iam aumentando em frequência e intensidade e Luna, ciente de que não era um bom sinal, saiu em busca de ajuda. Voltou com mais dois cuidadores, espíritos evoluídos que seriam o equivalente aos médicos. Ambos, um homem negro e uma mulher índia, analisaram Naomi durante algum tempo e enquanto a mulher posicionava as mãos sobre a jovem que ainda se contorcia, o homem pediu gentilmente que Luna deixasse o quarto pois precisariam de muita concentração e energia para ajudá-la.

Mesmo depois que a porta se fechou suavemente, Luna ainda ficou parada no corredor. Condoía-se por Naomi e ao mesmo tempo, ainda se sentia um pouco zonza ante às memórias que havia acabado de dividir com a moça. Por mais que muito houvesse se passado desde a Espanha, por mais que houvesse trabalhado, estudado e entendido tudo o quanto lhe havia acontecido na vida terrena e após, lembrar-se daquela existência sempre lhe causava algum impacto. Certamente porque aquela fora a ocasião derradeira que os trouxera até ali. Haviam se encontrado em muitas outras vidas como no Egito, já livre do jugo romano; na Ilha de Páscoa, entre o povo chamado Rapa Nui ou na China antiga, na época da dominação Mongol, porém, apesar das dificuldades, encontrá-lo era sempre como encontrar a paz, um porto seguro, um lar onde ela sabia que poderia se instalar sem qualquer receio...Era o encaixe perfeito, como a figura do Yin-Yang, a junção da perfeição divina entre duas partes da mesma centelha divina.

Com esses pensamentos, Luna começou a caminhar pelo corredor em direção à saída. Do lado de fora, havia um imenso jardim margeando um lago repleto de patos, cisnes e outras aves que cantavam felizes enquanto voavam em bando sobre as copas das árvores. Fechando os olhos, Luna procurou se concentrar apenas nas lindas memórias que possuía na tentativa de afastar o leve ardor que sentia nas mãos naquele momento, junto a um formigamento que também lhe tomava os pés. Aquela sensação a havia acompanhado por anos a fio quando acordara naquele plano, um sentimento que havia lhe custado muito dominar e subjugar não só pelo incômodo que lhe causava atualmente, mas pelas lembranças que lhe trazia da vida que acabara de revelar à Naomi. Não! Depois de tudo o que enfrentara para chegar até ali não se permitiria regredir novamente! Não deixaria que aquelas sensações de seus primeiros dias ali voltassem a lhe dominar; não depois de tudo o que já havia passado, de todas as vidas que já havia ajudado a colocar no rumo certo.

Enquanto debatia consigo mesma tentando afastar todos aqueles pensamentos confusos, viu como se um raio de sol intenso saísse de dentro de nuvens grossas e escuras. Não, não era o tempo que havia mudado ali e com um sorriso aliviado, entendeu o que era. Fechou os olhos mais uma vez e deixou-se guiar por aquela sensação de amor, um amor incondicional daqueles capazes de tomar seus semelhantes no colo e os embalar, como a uma criança. O tipo de abraço capaz de dizer que tudo ficará bem e que só é necessário confiar. Gestos assim, tão puros e desinteressados que apenas os seres iluminados daquele plano, feitos do mais puro amor divino são capazes de provocar a quem está disposto a recebê-los. Luna apenas deixou-se envolver naquele abraço protetor que a envolvia com um singelo toque em sua fronte. Tão sutil e ao mesmo tempo, tão poderoso de alguém que fora sua estrela guia em todo o tempo que passara naquele plano.

— Mais calma? – perguntou irmão Anselmo em seu tom sereno de sempre.

— Sim. – respondeu Luna com confiança.

Ele sorriu bondosamente enquanto segurava ternamente as mãos da jovem entre as suas.

— Venha. Vamos caminhar um pouco. Pode ser que o tratamento de Naomi demore um pouco.

Luna deixou-se conduzir pelo braço de seu mentor que a levava para o gramado. Um pouco mais à frente, crianças jogavam bola ou brincavam de correr vigiadas amorosamente por adultos que eram seus cuidadores no alojamento próximo dali, exclusivo para esses espíritos tão puros. Era curioso, até, ver o quanto de luz emanava daquelas criaturinhas tão pequenas em tamanho e tão grandiosas em espírito. Luna não se cansava de observá-los.

Logo abaixo de onde estavam, algumas pessoas em círculos faziam movimentos sincronizados com os de seus instrutores, gestos calmos e fluídos, mantendo seus olhos fechados em pura meditação. Aquele era um recanto de paz, sossego e alegria. Não havia falsidade, mentiras ou engodo, pois todos o que chegavam aquele lugar já haviam se despido destas características humanas mantendo apenas o melhor de si. Ao mesmo tempo, porém, era fácil identificar seus graus evolutivos pela cor de suas vestes.

Os recém-chegados, como Naomi, utilizavam uma bata azulada ou esverdeada já que estas cores indicavam que o espírito ainda se curava dos males que sofrera em sua última estadia terrena; a seguir, vinham os espíritos com suas vestes lilases e rosadas que eram pessoas que já haviam evoluído em relação ao estado em que haviam chegado aquele plano, como Luna; e então os espíritos que usavam batas de cor creme como era o caso de grande parte dos cuidadores e socorristas e por fim, os seres mais evoluídos e mais próximos do grande Mestre, mentores e guias, como irmão Anselmo, com suas vestes imaculadamente brancas. Fora isto, ainda havia os anjos que, além das vestes brancas, sempre estavam acompanhados de uma energia diferente de todo o resto. Suas asas eram translúcidas e tão brilhantes quando eles as abriam que chegavam a ofuscar.

Enquanto caminhavam, Luna não cansava de observar o arco-íris em tons pastéis que se descortinava à sua frente, embalado pelos gritinhos de felicidade das crianças e o canto das aves.

— Como foi sua última missão? – indagou o irmão, fitando um grupo de crianças ao longe.

— Graças ao Mestre consegui levar o assistido para o caminho traçado. – respondeu Luna com alegria.

Ser assistente, por vezes, podia ser uma função bem frustrante, já que muito do resultado de suas missões dependia do livre arbítrio dos assistidos. Sentia o coração apertar-se quando, apesar de todos os esforços, eles continuavam a se desviar do caminho pois Luna, após tantas experiências, sabia como aquilo terminaria sem sequer poder interferir. Giancarlo, por exemplo, se tivesse embarcado naquele avião teria morrido, mas não só isso. Em seu caminho, ele já tinha a missão de criar a neta que ficaria órfã anos mais tarde após um acidente de carro ceifar a vida de seus pais. Sem o apoio do avô, a alma daquela garota se perderia em uma vida de vícios e crimes e Giancarlo deixaria de cumprir a missão que lhe fora destinada para subir mais um degrau em sua evolução: guiar a neta para o caminho do bem.

— Isto é sempre muito bom. Embora em planos diferentes, não deixo de acompanhar seu progresso com alegria, minha criança. Acredito que alguns, no seu lugar e após tantos séculos, já teriam desistido. – observou irmão Anselmo com leveza. Aquele elogio encheu-lhe o coração de alegria.

Era um trabalho duro; os efeitos colaterais, horrorosos; mas conseguir levar uma missão até fim compensava com alegria tudo o mais. Aliás, aquele era um sentimento comum entre os assistentes que encontrara em sua jornada e o que os fazia seguir adiante na confiança de que estavam cumprindo o seu propósito.

Naquele instante, ambos alcançaram um grupo que havia se instalado à sombra de uma árvore. As pessoas estavam sentadas no chão acompanhando atentamente o que o palestrante, anjo Natanael, que estava em pé e conservava suas asas recolhidas, dizia em seu tom calmo e sereno, mas ainda assim, impregnada daquela energia tão peculiar:

— O caminho da evolução nunca é plano e reto, mas cheio de curvas e obstáculos. Às vezes, surgirão alguns atalhos para testar nossa fé e é nesse momento que devemos olhar para dentro de nós mesmos e nos questionarmos: qual é o tipo de caminho que eu desejo seguir? O mais fácil e o mais curto? Ou o mais penoso e longo? – seus olhos azuis fixavam-se em cada uma das pessoas que estavam ali. — É aí que entra o nosso livre-arbítrio. Vejam, meus irmãos, nosso Mestre misericordioso tem um plano traçado para cada um de nós, porém, cabe a nós decidirmos se prosseguiremos nele ou não, utilizando nosso livre arbítrio. É ele quem irá mostrar o nosso verdadeiro ser, a nossa essência. Ainda que o caminho mais longo seja cheio de pedras, vamos pensar em colher cada uma delas para construir nosso castelo! Ainda que em nossa estrada haja tempestade, vamos abrir nossos olhos para encontrar o abrigo às margens do caminho. Até mesmo a chuva é necessária para tornar a terra fértil e revelar as belezas de um glorioso jardim! Devemos ter firmeza em nosso pensamento e espírito para encontrar, após a curva, o oásis que tanto procuramos. Mas, se por qualquer motivo, optamos pelo atalho, devemos nos preparar para enfrentar as consequências de nossos atos e por isso, irmãos, lhes digo que a ovelha desgarrada arrependida é tão digna do Paraíso quanto aquele que seguiu o caminho que lhe foi destinado. Pois este espírito que se perdeu, um dia foi um ser de luz que se deixou dominar pelas sombras, mas que poderá encontrar novamente o caminho da luz se assim o quiser e sairá ainda mais fortalecido do que entrou pois ele saberá as agruras que isto lhe causou. Devemos nos permitir sentir a presença de nosso mestre, de seu amor, sabendo que ele nunca abandona um filho desgarrado. Ele sempre encontra uma forma de tentar nos direcionar de volta à nossa jornada, mas a escolha final sempre será nossa.

O anjo fez uma pausa para que suas palavras pudessem assentar dentro de cada um dos presentes. Luna lembrou-se de uma das lições de irmão Anselmo assim que chegara àquele plano e ainda não havia conseguido se libertar completamente de sua vida terrena:

"Todo ser humano é feito de luz e de sombras, minha criança. Cabe a cada um escolher qual dos caminhos irá percorrer."

E então, para arrematar seus ensinamentos, o anjo finalizou:

— O caminho, meus irmãos, está traçado, mas não determinado. 

Naquela tarde, quando voltou ao dormitório, encontrou Naomi profundamente adormecida. Seu semblante estava calmo e a cor, pouco a pouco, voltava ao seu rosto onde antes havia apenas dor. O jarro aos pés da cama havia sido preenchido novamente e, de tempos em tempos, Luna lhe oferecia um pouco que ela tomava, ainda inconsciente.

Após se certificar de que a companheira estava bem, Luna também deitou em sua cama na tentativa de descansar um pouco. Definitivamente, aqueles tantos anos terrenos ainda lhe traziam lembranças da matéria, tal como o cansaço. A dor na cabeça não era mais do que uma mera lembrança e assim que fechou os olhos, mergulhou em um sono tranquilo e sem sonhos.

No dia seguinte, Luna acordou com um toque suave em sua mão que espalhava uma sensação agradável por todo seu corpo, como se alguém estivesse aquecendo seu espírito lentamente. Ao abrir os olhos, encontrou irmão Anselmo parado ao lado de sua cama, olhando-a com ternura.

— Vejo que está mais serena esta manhã. – observou ele com seu sorriso bondoso.

— Sim, me sinto muito bem. – confessou Luna, sentando na cama e observando Naomi que ainda dormia.

— Não se preocupe. Ela ficará bem. – disse ele, antes de voltar sua atenção para sua pupila uma vez mais. — Preparada?

Aquela simples palavra fez com que o coração da jovem fosse de zero a mil em um milésimo de segundo. Ele não precisava dizer mais nada pois Luna já sabia sobre o que estava falando.

— Sim. – respondeu com firmeza.

— Muito bem. Então, vamos. Eu a acompanharei.

IrmãoAnselmo se virou para a porta e Luna o seguiu de perto. Finalmente o momentopelo qual tanto ansiava chegara.    


Hello, people!

Sim, o momento do grande reencontro está chegando. "Vocês estão prontas, crianças?"

E como eu AMO de paixão meus leitores fofoletes, óbvio, que tinha que postar capítulo extra, não é? Afinal, foram séculos para este evento! Então..."Sigam-me os bons!"

Ahhh...e não esqueça de clicar na estrelinha se estiver gostando! ;-)

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