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Lost

— Insuportável, é isso que você é! — Como resposta à minha indignação o ruivo apenas riu e me olhou daquele jeito... Que me fazia querer avançar em seu pescoço.

— Acalme-se Violet. — Meu irmão entrou em minha frente barrando meu caminho.

— Não me pertube Tarquin. — Bufei. — Me deixe passar.

— Onde pensa que vai à essa hora?

— Para o jardim, para o bosque, para qualquer lugar longe o bastante daquele espurco de cabelos de fogo. — Ele segurou o riso diante de mim.

— Como uma autoridade da Corte Estival pode perder a postura por causa de uma simples brincadeira de um de nossos amigos?

— Lucien não é meu amigo. — Falei firme. — Não o suporto. Quero que suma de minha frente.

— Ei, ei, se comporte. — Respirei fundo. — Sabe bem o motivo de estarmos aqui, não trate mal o amigo de Tamlin.

É lógico que eu sabia o motivo de eu estar ali. O Grão-Senhor da Corte Primaveril estava mesmo contente com seu casamento que até resolveu me convidar. Mas esse casamento não era um que eu queria assistir. Nem esse, nem qualquer outro. Cerimônias são chatas, sem sal, sem graça. O que há de divertido em assistir toda aquela baboseira?

E para piorar a situação eu tinha — infelizmente — que aturar Lucien, isso pelo fato de eu não ter outras pessoas para me acompanhar se não meu irmão.

Desde a primeira vez que o conheci, em uma festa em minha Corte, já percebi qual era seu tipo. E não gostei.

— Por quê você sempre vê defeitos em todo mundo?

— Diferente de você eu tenho um bom dedo para escolher quem merece minha atenção e minha amizade. — O mais alto cruzou os braços com um olhar desafiador. — Já cansei de você também. — Passei por ele indo a caminho do lado leste do salão, onde as únicas coisas que valiam a pena estavam.

A comida.

Tortas, empadas, bolinhos, biscoitos doces e salgados, coquetéis com e sem álcool e várias outras variedade de guloseimas e bebidas.

Peguei um pratinho e comecei a colocar um pouco de cada coisa que via. O lugar estava lotado de pessoas para meu azar. Nunca fui alguém que gostasse de festas e tumulto, diferente de Tarquin e Cresseida, por isso grande parte dos outros Grão-Senhores descobriram minha existência à pouco tempo. E pelo que pude perceber, minha existência não é algo que chamou a atenção deles, então me deixaram quieta.

Todos, menos um.

A primeira vez que Lucien Vanserra se dirigiu a mim eu quis dar meia volta, mas Cresseida me segurou no local, insistindo na minha socialização.

Mas essa “socialização” não foi bem a partir do momento em que Lucien me observou de cima a baixo algumas vezes. Não havia maldade no seu olhar, mas... Curiosidade, diversão, como se eu fosse um alvo fácil para gracinhas.

Naquele dia, Lucien se apresentou para mim e Cresseida falou de mim. Não sei por que raios. Depois daquilo sempre me via ficava falando e falando, sobre meus gostos estranhos, minha personalidade e o mais chato era o apelido...

— Ei gordinha. — Fechei os olhos com força e respirei fundo tentando ignorar aquela voz se aproximando.

— Cresseida quando eu te pegar... — Resmunguei entredentes. Aquele era o apelido que meu irmão e minha prima haviam me dado por na adolescência eu ser mais gordinha. Mudei um pouco conforme fui crescendo, mas continuo tendo um corpo mais avantajado do que Cresseida.

— Eu sabia que viria para cá. — O encarei.  — Não me entenda mal, é só que as pessoas costumam comer quando estão estressadas.

— Não estou estressada.

— Não? — Se inclinou para frente se aproximando de meu rosto, uma das longas mexas vermelhas caíram sobre seu olho bom, o olho metal relusia me encarando. — Por que vejo fogo em seus olhos azuis... — Seu olhar desceu por um curto momento parando em meus lábios, mas ele logo os voltou para cima e deu um passo para trás. — E rubor em suas bochechas.

— Você não vê nada. Raposa caolha. — Meu insulto deveria irrita-lo, mas ele riu. Como se me provocar o tirasse do tédio.

Me virei para trás e o corpo de alguém esbarrou no meu, o coquetel que até então estava na minha taça entornou um pouco em meu corpo.

— Oh, sinto muito. — A sacerdotisa daquela Corte, Ianthe, me entregou um lenço. — Sinto muito senhorita.

— Não tem problema. — Suspirei e comecei a me limpar. Ianthe olhou para trás de mim e caminhou na direção de Lucien enquanto me afastava. Me virei para trás e vi o quão próximos os dois estavam. Havia algo entre os dois pelo visto.

Encarei meu pratinho de comida e me dirigi até a mesa de Cresseida, e por lá fiquei por um bom tempo.

[ ♪ ]

Música alta, vozes alteradas e eu empacada no mesmo lugar que sentei. Dessa vez, nem Cresseida se importou de me pertubar pra ir dançar junto com ela, ou pior ainda, arrumar qualquer macho presente para me fazer companhia.

No fundo eu não a culpo por estar assim.
Depois que a maldição foi quebrada Cresseida resolveu aproveitar a vida, a beleza e a elegância que o Caldeirão lhe deu. Vê isso como uma nova oportunidade de viver, sem Amarantha, sem mortes, sem ruínas.

Enquanto meu irmão foi levado Sob a Montanha fui escondida pelos oficiais de minha Corte. Fiquei escondida na cidade subterrânea durante anos, sem magia, seu contato com pessoas. Era apenas eu e...

Me levantei da cadeira e saí a passos apressados para fora. No jardim respirei fundo e tentei esquecer aquelas lembranças, mas o sentimento de solidão e fraqueza não saía de mim.

Comecei a andar pelo jardim até próximo à uma varanda, parei numa boa distância pois havia alguém lá. Era Lucien, de costas para mim escorado no meio muro encarando algum lugar.
Eu queria me afastar, eu deveria me afastar, mas continuei andando em sua direção até silenciosamente parar ao seu lado.

Ele não me olhou quando falou
— Gostou tanto da festa que resolver fugir da cerimônia?

Sua voz apesar de baixa se destacou naquele ambiente silencioso.

— Não curto muito essas coisas.

— Essas coisas? Como casamentos? — Não respondi. — Até imagino você correndo de seu noivo quando se casar.

— Palhaço. — Resmunguei e fiz menção de me afastar, mas ele colocou sua mão por um breve momento em meu pulso.

— Fique por aqui. — A diversão e a provocação de sua voz havia sumido. Não consegui entender a expressão de seu rosto, mas fiquei ali.

— Por que está aqui?

— Sou amigo de Tamlin...

— Não digo aqui na Corte Primaveril, mas aqui... Nesse jardim mal iluminado, estando sozinho.

— Vim... Observar o céu. — Olhei para cima, o céu estava estrelado e com poucas nuvens.

— Gosta das estrelas? — Perguntei após observá-lo durante alguns segundos. Lucien deu um sorriso fraco.

— Elas tem um significado para mim. — Nunca imaginei que algum dia veria Lucien assim, falando num tom nostálgico, com o olhar tão...

Perdido.

Eu queria perguntar mais e saber qual era esse misterioso motivo que o levava a ficar tão sério. Ele não parecia o Lucien que eu "conhecia".

— Vai deixá-la constrangida. — Não sabia exatamente o que dizer, então resolvi comentar qualquer coisa para quebrar o clima estranho.

— O quê?

— A estrela ficará com vergonha de tanto você a encarar dessa forma.

Lucien abriu um sorriso de canto.

— Acha meu olhar tão atraente que tirarei dos eixos até uma estrela? — Merda, não foi isso que eu quis dizer.

— Eu não diria atraente. Talvez... Intimidador.

— Te deixo assustada quando a olho assim? — Seu corpo se virou por completo na minha direção. — É por isso que não gosta de ficar perto de mim?

— Eu? Com medo de você? — Ele esperou uma resposta sem desviar seu olhar do meu. Respirei fundo e passei uma mão por meus cabelos os jogando para trás. — É desconfortável. Você me deixa desconfortável.

— Não pareceu isso quando você veio atrás de mim e puxou conversa

— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua?

— Faz parte do meu charme. — Dei uma pequena risada, a cara que Lucien fez para mim me fez ter arrependido disso.

— Vou voltar para dentro. — Falei e me afastei, antes que ele conseguisse fazer algum comentário.

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