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17 - Homem de Verdade

Numa noite de quarta-feira, após atender a uma emergência no hospital, Freddy entrou em casa e se jogou no sofá, largando sua mochila de qualquer jeito no chão e suspirando aliviado por finalmente poder descansar.

Apenas alguns minutos tinham se passado quando ouviu passos vindo em sua direção. Focando a audição, percebeu que os passos eram dados por pés descalços. Sorriu, já sabendo de quem se tratava. Allissa nunca se aventuraria pela casa sem suas pantufas, assim, só restava uma alternativa.

— Acredita que tinha me esquecido que estava aqui? — falou quando as mãos compridas de Alexander tocaram seus ombros cansados — Imagina o susto que eu iria tomar quando fosse para o quarto e encontrasse uma pessoa na minha cama. — riu.

— Esqueceu que eu tava aqui quando o hospital te ligou? — o fotógrafo deu a volta no sofá e se sentou ao lado do médico, puxando-o para que apoiasse a cabeça em seu tórax.

— Se eu esqueci? Eu tô tão cansado que apertei o botão errado do elevador e desci no nono andar. — contou Freddy enquanto se ajeitava sobre Alex. Internamente, se perguntava como um corpo magro conseguia ser tão confortável — Se eu errasse seu nome hoje, não seria por causa de alguma amante, mas porque eu tô morto! — brincou.

Alexander riu em resposta à brincadeira do amante e se pôs a acariciar os cabelos curtos dele.

— Enquanto você estava salvando vidas, eu tava surtando porque vou precisar alugar um terno. — comentou — Vai querer comer algo? Posso preparar alguma coisa...

— Não, obrigado. — Freddy respondeu — Pra que precisa de um terno?

— A porra de uma empresa x aí de comunicação... a Freeman's Fairy Tale... um negócio assim... quer fazer uma parceria com a escola de arte, tipo, pra oferecer estágios aos melhores alunos, fazer propaganda, etc... — o fotógrafo explicava — Eu e alguns outros professores fomos selecionados para mostrar os trabalhos que fazemos, assim como os melhores dentre os dos alunos. — suspirou desanimado — Uma merda, sinceramente. — riu — Vai ter uma caralhada de executivo querendo entender por que porra eles deveriam investir o dinheiro deles na gente e, para explicar isso, vou precisar de um terno.

— Um terno e um sabão na língua também, cê num acha? — Fredrick comentou rindo — Se você falar desse jeito com os caras, eles vão sair correndo. — provocou.

— É que... se já não estiver óbvio... eu não queria ter que ir — reclamou Alex — Cê acredita que eu sou o único professor LGBT de toda a escola? Tipo, eles nunca pensaram em representatividade e tal, aí, agora, fizeram questão de me chamar para essa reunião. Tipo, eles não têm coragem de dizer, mas só me querem lá porque o CEO da empresa de comunicação é LGBT... trans, se não me engano.

— E o que o cu tem a ver com as calças? — foi a vez de Freddy indagar por meio de palavrões.

— Como assim? É só usar a cabeça, mozão! — Alex brincou — Eles querem exibir o viado para mostrar que estão cumprindo a cota. A escola é uma das opções de investimento da Freeman's e essa empresa tem todo um histórico com aceitação de minorias e tal... coisa antiga. Aí, meus chefes querem mostrar que valorizam a representatividade étnica e os caralho a quatro para se destacarem na visão do possível investidor. E eu que me fodo tendo procurar roupa... Aliás, quer me ajudar com isso? — Indagou enquanto via Fredrick se afastar de si e voltar a ficar sentado. — Eu não entendo nada de terno...

— Tenho certeza de que você entende melhor do que eu...

— E quando foi que cê me viu usando um terno? — Alexander estreitou os olhos e perguntou com ar risonho — Você que deve manjar dessas merdas tudo, afinal, nunca te vi fora de casa sem, pelo menos, paletó.

— Tá, vou te acompanhar, mas não garanto nada...

E assim foi.

Na manhã seguinte, aproveitando o fato de o médico ter ganhado uma folga por ter atendido a emergência, Freddy e Alex se dirigiram para uma loja de locação de ternos. O ambiente exalava tradicionalidade, exibindo móveis de madeira escura, como era comum em casas mais antigas, e imagens de homens com cabelos muito bem cortados a ostentar roupas e acessórios das marcas mais caras.

Alexander se sentiu deslocado só de entrar. Se lembrava de quando seu pai o levava a lojas como aquela para que escolhessem roupas apropriadas para algum evento da igreja. Seus olhos de artista eram sempre atraídos pelos vestidos de festa exibidos na versão feminina da loja que ficava bem ao lado. Quando manifestava seu interesse por vestidos, levava bronca. Eram enfáticos quando diziam que ele tinha que se interessar somente por "roupas de homem".

No futuro, aprendeu que gostar de moda era "coisa de viado". Coitado, ninguém compreendia que Alex, na verdade, até achava bonitos os ternos, ele apenas não gostava das gravatas e das restrições aos seus movimentos. Era criança. Queria brincar e correr por aí. Ele não conhecia a necessidade de ficar provando que era macho. Lojas de trajes à rigor traziam ao fotógrafo memórias ruins. Lembravam-no das brigas imbecis com sua mãe que dizia que sua vaidade era coisa do demônio.

Outra questão que o deixava desacorçoado era o preço.

O que Fredrick esperava ao escolher uma loja tão careira? Às vezes, gente rica parecia que não tinha noção do mundo além do próprio umbigo. Se o aluguel de um terno x custava dois mil dólares por dois dias, imagine o quanto custaria para comprar?

— Freddy, eu não tenho como pagar isso! — Alexander reclamou baixinho para que apenas o médico pudesse escutar.

— Não tem problema, eu pago para você. — informou tranquilamente, assim, como se dissesse que iria pagar ao amante um café numa lanchonete de esquina.

— Não precisa, muito obrigado. — Alex não quis ser mal educado ao rejeitar a oferta de Freddy — Vamos procurar uma loja mais acessível.

O fotógrafo não estava dizendo "não" apenas pelo fato de o aluguel do terno ser muito caro. Estava declinando da generosidade do amante também por orgulho. Já foi o tempo em que Alexander Lucius Cavanagh aceitava viver às custas de alguém.

— Eu insisto. — para Fredrick, aquela atitude não representava coisa alguma. Estava apenas sendo gentil — Não quero que se preocupe com o dinheiro, pode escolher a peça que quiser. É por minha conta.

— Fredrick, — o emprego do primeiro nome, ao invés do apelido por parte de Alexander, colocou o médico em alerta — peço para que, por gentileza, não me trate como costumava tratar as suas ex-namoradas ou esposas. Eu não preciso e nem quero o seu cavalheirismo.

E lá estava o corte afiado outra vez. Palavras que se comportavam como lâminas. O deus tinha uma língua ferina e cruel.

Freddy se assustou com a reação dura do amante. Ué, havia algo errado com sua atitude? Teria ele ofendido o fotógrafo ao se oferecer para pagar sua despesa?

— Eu... eu não quis ofender... — balbuciou baixinho enquanto via Alexander o olhar sério, esperando uma resposta — E eu não tô te tratando como costumava tratar as mulheres que tive...

— Você não "teve" mulher alguma... — o fotógrafo continuou a reclamação.

— Ah, não começa! — Fredrick se irritou um pouco — Você sabe o que eu quis dizer, assim como sabe que eu só tava tentando ser gentil. — embora fosse uma pessoa pacífica, não tinha paciência para discussões fúteis — Não precisava ser grosseiro comigo, principalmente porque o único problema que estou vendo aqui é o seu orgulho! — também era bastante franco quando se irritava.

Alexander estava para retrucar o médico quando percebeu que um homem se aproximava. Se tratava de um dos elegantes funcionários da loja, que caminhava com um sorriso largo e um tablet nas mãos. O vendedor demonstrou conhecer Freddy, já que parou para cumprimentá-lo e até perguntou como estava indo o trabalho.

Falando sem parar e usando o tablet para mostrar ao médico a nova coleção de relógios que havia chegado à loja no dia anterior, foi, inconvenientemente, se instalando a frente de Alex de forma a ignorá-lo completamente.

— Os relógios são muito interessantes, mas vou deixar para olhá-los outro dia. — Fredrick interrompeu o chatíssimo monólogo do vendedor — Hoje estou aqui para conseguir um terno para o meu... — olhou por cima do ombro do funcionário e fitou a face emburrada do fotógrafo — ... amigo... Ele tem uma reunião importante no trabalho.

O médico quase saiu correndo ao notar a cara com a qual o vendedor olhou para Alexander. O homem mediu o deus de cima a baixo e torceu os lábios num bico que fazia do seu olhar arrogante algo ainda mais vergonhoso e irritante.

— Pois não. Me acompanhem, por favor. — disse e saiu andando para o fundo da loja.

— Vou te esperar no carro. — Alex informou simplesmente e saiu andando na direção oposta da do vendedor. Freddy, por sua vez, ficou de pé, parado como um besta, no meio da loja.

Rodaram em silêncio por mais alguns quarteirões de lojas. Um ainda estava irritado com o outro — Aqui... — o fotógrafo falou, fazendo o médico compreender que deveria estacionar em frente a uma galeria. Saíram os dois andando com as mãos nos bolsos até que Alexander fez a curva e entrou numa loja cujo tamanho ia do pequeno para médio.

A relação entre o número de roupas e o espaço geográfico da loja fazia com que o ambiente ficasse bastante apertado. Era difícil caminhar sem esbarrar nalguma arara que balançava, ameaçando cair e levar todo o estoque daquele pequeno comércio ao chão. Fredrick se sentiu um tanto claustrofóbico naquele lugar, mas decidiu não compartilhar seu incômodo com Alexander que, por sua vez, parecia bem mais à vontade.

Um homem de terno também veio sorrindo até eles, mas, ao contrário daquele da primeira loja, fez questão de dar atenção a ambos os visitantes. O médico se surpreendeu com a gentileza do vendedor e seu queixo quase caiu quando perguntou a respeito dos preços.

Era tudo tão mais barato! Tão mais barato que uma parte de Freddy insistia em ficar desconfiada. Para cobrar preços tão menores, não podiam estar fazendo coisa boa, não é mesmo?

Suas dúvidas foram aplacadas, contudo, quando se pôs a papear com o vendedor enquanto esperavam que Alexander provasse um dos ternos pelos quais tinha se interessado. Aparentemente, a loja recebia seus estoques de uma cooperativa que reunia pequenos produtores do interior do país. Freddy sentiu vontade de contar tudo o que tinha aprendido com o atendente para o amante, mas se lembrou que ainda estava chateado pela forma com a qual Alex tinha falado com ele mais cedo. Ele só não esperava que fosse esquecer de tudo quando visse o fotógrafo sair da área dos provadores.

Lá estava ele outra vez. O deus em toda a sua glória, trajando um conjunto preto de três peças. Fredrick sentiu o coração parar de bater, mas não como na primeira vez.

— Nunca que eu vou usar um colete numa reunião de trabalho! — informou Alexander enquanto se virava no espelho para ver como estava dentro daquelas roupas — Mas até que fica legal usar o conjunto completo. O que acham?

O vendedor começou a dar suas opiniões, mas Fredrick permaneceu parado e de queixo caído, sendo capaz apenas de admirar seu amante a se mover, pleníssimo, no interior das peças que o vestiam tão bem. Mordeu os lábios e sentiu algo em si despertar. Não sabia exatamente o que era e só conseguia pensar no quão atraente Alexander estava naquele momento.

Suspirou baixinho quando o fotógrafo se sentou para provar um novo par de sapatos. Alex não estava com uma das pernas cruzadas sobre o joelho, como costumava ficar. Dessa vez, se encontrava com as pernas bastante abertas, deixando a região da virilha bastante visível, assim como o volume natural de seu pênis sob as roupas. Freddy não compreendeu o porquê de aquela visão tê-lo deixado tão excitado e apenas sofreu calado enquanto assistia seu deus provar mais e mais ternos.

Ao final da tarde, retornaram ao duplex de Fredrick. Foi ali que o médico se surpreendeu ao receber um abraço do fotógrafo por trás.

— Eu sei que fui um cuzão com você hoje... me desculpe. — as palavras eram rudes, mas o tom de Alex era doce.

— Tudo bem... — Freddy não estava realmente chateado para se preocupar com o pedido de desculpas — Me desculpe por ficar insistindo...

— Não tem nada de errado em ser insistente, Fredrick... eu que surtei. — Alex finalizou o abraço e se jogou no sofá, novamente com as pernas abertas, esticando-as para relaxar um pouco — Todos os caras com quem fiquei queriam pagar tudo, sempre! Era bem irritante ter que aceitar depender de outra pessoa... eu me sentia obrigado a dizer sim para o que quer que eles pedissem... era horrível.

— Ah, tem gente que gosta de suprir as necessidades e os caprichos financeiros dos parceiros... — o médico argumentou.

— O que é engraçado é que, nas relações em que eu era o ativo, isso acontecia menos. — comentou o fotógrafo, movendo-se para o lado a fim de que Warren também pudesse se acomodar no sofá.

O doutor achou interessante o comentário do deus. Talvez daí que Alexander tivesse a noção de que estava sendo tratado como uma mulher. Era fato que existia um pensamento machista de que o homem era obrigado pela noção do cavalheirismo a suprir todas as demandas financeiras de suas parceiras e, não apenas isso, havia uma noção obscura de que, se a mulher aceitasse os "presentes" do cara, necessariamente, estaria dizendo que estava disponível para transar com ele.

Infelizmente, haviam muitos homens que pensavam estar "comprando" mulheres ao pagar coisas para elas. Pior ainda era o fato de que mulheres se deixavam ser "compradas" por indivíduos que as viam como simples mercadoria.

A independência financeira para mulheres ainda era uma ideia muito nova na sociedade. Não poderia ser diferente, já que pessoas do gênero feminino só tiveram reconhecido o direito de trabalhar há poucos séculos, no ocidente.

No passado, nada seria mais justo que o homem, sendo o único a ter o direito de trabalhar e herdar os bens de sua família, fosse o provedor de sua namorada ou esposa, considerando que a pobre coitada não teria como se sustentar. Era muito provável que o marido que não tivesse prazer em suprir as necessidades financeiras de sua mulher fosse mal visto e, era provável que daí tivesse vindo o pensamento de que "seria gentil pagar todas as despesas da moça que se quer pegar".

E como, por pura ignorância, muita gente acreditava que homens gays estavam tentando se passar por indivíduos do sexo feminino, não era surpreendente que fossem tratados, em partes, como as mulheres eram.

Até onde aquilo que Freddy considerava ser uma simples gentileza, era, em verdade, o resquício de um comportamento que sugeria a posse e submissão de um ser humano?

Não que o médico fosse obrigado a deixar de ser gentil. Contudo, fazia-se necessária a análise.

Era fato que Freddy nunca tinha se oferecido para pagar as despesas de outro homem. Talvez, agora, isso acontecesse porque estava apaixonado por Alexander, mas o doutor não podia ignorar a possibilidade de, no fundo, estar tratando o amante como se este fosse sua falecida esposa ou uma de suas ex-namoradas.

Leroux já tinha andado inúmeras vezes como passageiro no veículo de Fredrick, mas este último nunca havia se preocupado em dar a volta no carro e abrir a porta para que o melhor amigo pudesse descer. Quando jovem, acompanhou seus amigos para diversos lugares, desde cinemas à locações de trajes como as que tinha visitado com Alexander, contudo, nunca se prontificou a pagar as despesas daquele de quem gostava mais.

Se lembrava de ter se comprometido com o pagamento dos caprichos das moças que tinha namorado, até mesmo de Allissa e das amigas dela, quando elas eram adolescentes e o médico as levava ao shopping. Portanto, talvez fosse seguro afirmar que a questão não era a gentileza, mas o gênero.

Freddy era cavalheiro com mulheres. Não com homens.

Alexander, no entanto, era o ponto fora da curva. Mesmo sendo do sexo masculino, recebia de Fredrick todos os mimos normalmente direcionados às mulheres. Ponderando sobre isso, enquanto o fotógrafo enviava mensagens para o colega de apartamento que dizia estar viajando, o médico considerou que, pelo menos em partes, estava sim tratando seu amante como se este fosse uma mulher.

Como agora resolveria esse problema? Como aprenderia a reagir adequadamente ao fato de que Alexander era um homem? Pois não bastava reconhecer estar apaixonado por ele, tampouco seria suficiente apenas o tratar bem. Era necessário que soubessem respeitar a individualidade, a vivência e os valores um do outro.

Não era justo que Alex, ou qualquer LGBT, fosse reduzido a uma versão alternativa do papel a ser desempenhado pelo que a sociedade entendia como homem e mulher.

Então, por ser ativo, Fredrick Warren era o "homem da relação"? Por ser passivo, Alexander Cavanagh era a "mulherzinha"?

Não!

Ambos eram homens. Suas sexualidades e preferências na cama não resumiam suas identidades e, por consequência, não resumiam suas posições diante da sociedade. Não se tratava de decidir quem pagaria o quê para quem (ou saber quem comeria quem), mas de descobrir as possíveis origens de determinados comportamentos e avaliar se estes não serviam apenas para reforçar as assimetrias de poder entre masculino e feminino que acabavam repercutindo mesmo nas relações não heterossexuais.

Complicado? Pois é, a cabeça de Fredrick estava fervendo!

Por sorte, foi no dia seguinte que a mente do médico descobriu uma solução. Um simples sinal que poderia dar ao deus, para mostrar à ele que o respeitava além das questões românticas.

Seus pensamentos foram estimulados por mais uma visão de um Alexander gatíssimo vestido no terno que alugou. Percebeu o que deveria fazer enquanto ajudava o fotógrafo a amarrar a gravata, notando que se sentia muito mais atraído por seu deus quando este exibia mais características tidas como masculinas, por exemplo, quando se barbeava ou ficava competitivo durante a exibição de algum jogo de seu interesse.

Aquela era uma coisa um tanto engraçada, aliás. Pois, Freddy também achava lindo ver o amante se cobrir de cremes de cuidado para a pele, adorava o observar a ler revistas de moda e arte, com as pernas cruzadas e equilibrando um chinelo pelas alças nas pontas dos dedos dos pés. Era como se Alexander conseguisse ser um amálgama perfeito do que havia de masculino e feminino em uma pessoa.

Ao se encontrar apaixonado por uma alma tão magnífica, Fredrick se pegou desejando explorar e expandir sua noção do que era ser homem. Ou simplesmente, do que era ser.

Notas Finais: Espero que goste da leitura! E, se gostar, vote e comente!

Abraços!

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