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ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ - úɴɪᴄᴏ

Sinto-me cada vez mais nervoso com essa ideia idiota que enfiaram na minha cabeça semana passada. Que eu tinha um certo interesse por Lee Minho - um garoto que sentava no fundo da sala, barulhento, popular e atlético - era óbvio para todos, não só para meus amigos como todo o resto da sala. Somente Minho não sabia.

Ou pelo menos, fingia perfeitamente que não sabia.

Perceber que a cada dia que passava eu entrava mais na "linha da amizade", me deixava ansioso. Ultrapassar essa linha após estar completamente dentro dela, seria algo mais do que difícil, seria impossível.

Resumindo, eu seria para sempre o cara da friendzone.

Sim, aqueles caras insuportáveis de filmes de romance adolescentes, que não sabem dizer logo o que sentem e ficam lá, vendo a pessoa que ama se apaixonar por outra pessoa, e só pode torcer pela sua felicidade.

Se tornar o cara da friendzone era algo impensável para mim, preferia pular da janela da escola.

Por causa desse pequeno problema - talvez não tão pequeno assim - meus amigos me aconselharam a chama-lo para um encontro e dizer o que sinto. Mas como fazer isso quando estou vendo o Lee ser rodeado por admiradores nem um pouco secretos, que ficam dando em cima dele na maior naturalidade do mundo?

A única coisa que posso fazer nessa situação constrangedora - super constrangedora - é ficar ao lado de Minho, sorrindo sem graça enquanto me controlo para não revirar os olhos e sair reclamando. Chama-lo em um encontro era irrealizável, ele vivia no seu círculo de amigos atletas e, muito deles, detestáveis. Se eu já tinha vergonha quando tínhamos nossos poucos momentos a sós, imagina rodeado de atletas mais bombados do que deveriam ser no último ano do ensino médio?

Inclusive, não ia nem um pouco com a cara de um baixinho bombado, amigo de Minho, muito suspeito.

Onde já se viu um braço daquele tamanho? Sinceramente, parecia mais um tronco de uma árvore.

Voltando para o assunto, antes que me desvie de novo.

Não acho que entre tantas opções caindo - rastejando - aos seus pés, ele escolheria dar uma chance logo a mim. Ainda mais que o Lee tinha uma certa fama de rejeitar tudo e todos, não queria ser mais uma de suas rejeições.

Eu não podia negar que os olhares que Minho me davam era algo de arrepiar até a alma, porém, mesmo ele rejeitando muitas pessoas, ele tinha a fama de ser um puta de um sedutor. Vai que ele estava só me seduzindo por diversão?

Muito obrigado, Ariel do paraguai, mas não cairei nas suas artimanhas.

Talvez eu já tenha caído à tempos nos seus encantos, mas prefiro acreditar que meu autocontrole é melhor do que a sedução do meu eterno crush do fundão.

Teve diversas frases ditas por ele que cheguei a cogitar a ideia de ser uma indireta meio direta para mim, mas depois caí na real e vi que estava me iludindo.

O cara da friendzone será para sempre o cara da friendzone. Mesmo que eu não admita, eu já era esse maldito cara.

- Que tal irmos no cinema hoje à noite? - um dos brutamontes ao lado de Minho perguntou.

- Podem ir, eu não vou - Minho respondeu se espreguiçando - Tenho jantar de família hoje.

- Ah, vamos! Quero levar minha gata.

- Se for assim, eu levo o meu também. - Seo Changbin, o baixinho bombado que eu disse antes, respondeu.

- Nem pensar! Você não vai levar o "Channie".

- Por que não?

- Porque vocês dois juntos são insuportáveis.

Antes que começasse mais umas das estressantes brigas entre eles, Minho se desvencilhou do meio deles e me puxou junto.

- Não quero ouvir mais uma briga, okay? Vou para o refeitório. - ele me olhou e perguntou baixo, para que só eu ouvisse - Já comeu?

- Ainda não.

- Então vamos! Tchau, bando de tagarelas.

Agradeci mentalmente por estar saindo do meio daqueles brutamontes, para melhorar, saindo junto com Minho, que segurava minha mão.

Para falar a verdade, odiava o Seo, pelo simples fato - não tão simples, na minha opinião - de ele ter roubado um pouco da minha comida, no primeiro dia em que nos conhecemos e fomos comer juntos no refeitório. Guardo rancor até hoje, só não digo porque tenho amor a minha vida, não estou afim de levar um mata-leão por um braço que parece mais uma tora, obrigado.

A única coisa boa nisso tudo, era que tinha conhecido mais o Lee, que antes de virar o maldito amigo dele, só sabia o superficial. Minho tinha uma ótima relação com seus pais, mas o seu irmão materno, Felix, o odiava por receber "mais atenção". A típica inveja de irmãos.

Até porque, Lee Minho, apesar de pegador na escola, era muito inteligente e tinha as melhores notas da sala. Mas Felix era um tipo de "arruaceiro", era o famoso visitante que toda sala tem. Matava aula para andar de skate com um cara cabeludo, que também era um visitante da sua sala.

Minho vivia caindo na briga com esse cabeludo, para ele parar de fazer o irmão faltar às aulas, mas a porrada não resolvia, ambos apanhavam igualmente, e quem batia era Felix.

Esse garoto com um skate na mão é perigo, não se enganem com sua cara de anjo, esse menino é um demônio agressivo.

Minho me levou até uma mesa vazia, me sentei no banco e olhei para a fila que se formava para pegar comida.

- Eu pego para você, pode ficar aqui. - Minho falou sorrindo.

- Vai trazer duas bandejas ao mesmo tempo? E isso pode?

- Dou meu jeito, a tia do refeitório é amiga da minha mãe.

Revirei os olhos mas sorri, Minho saiu entrando na fila. Quando eu fiquei sozinho, ouvi passos correndo na minha direção, me virei e vi Bangchan alegre, se sentando - praticamente se jogando - no banco ao meu lado.

- E aí? Chamou ele?

- Ainda não!

- Como assim ainda não? Han Jisung, deixe de ser medroso e chama logo para um encontro.

- Fala mais baixo, filho da puta.

- 'Tá bom, caralho. Mas chama ele logo, quer ficar nisso para sempre? "Best friend forever"? Logo vão usar um colarzinho combinando com essa frase.

- Minho não usaria isso...

- Duvido, se tu pedisse, ele compraria e usaria.

- O que quer insinuar com isso?

- O óbvio? Anjinho, olha aqui para o pai, Minho gosta de você, mas não admite para ficar com essa pose de pegador. Tem que ter iniciativa de algum lado, cacete. Pede ele em namoro logo.

- Aprendeu a xingar agora? Vou contar para o seu namorado bombado.

- Cala a boca, idiota. Changbin me disse que Minho tem uma queda, tipo queda de penhasco, por você. Aproveita, besta.

- Agora saí, Minho 'tá chegando! - expulsei Bangchan, que saiu emburrado, mas me incentivando a chamar Minho para um encontro.

Minho voltou com duas bandejas, como falou que faria, e a colocou em cima da mesa, na minha frente, e se sentou ao meu lado. Comemos por um tempo em silêncio, até começarmos a conversar.

- Bangchan estava aqui? - ele perguntou casualmente.

- Estava, só para me dizer besteiras.

- Ah, faz tempo que não converso com ele, desde aquela briga.

- Ele não guarda rancor, juro.

Minho riu sem graça. Me lembrei automaticamente daquele icônico episódio do Lee brigando com Bangchan, uma briga na base da porrada mesmo.

O contexto foi: Bangchan teve um relacionamento secreto com Felix - não tão secreto, todos sabiam, menos Minho - durou por algumas semanas, estavam bem felizes, até Changbin entrar na jogada. Digamos que aos poucos o amor do Bang para o Felix foi se esvaindo, até ele perceber que gostava do Seo. O Lee ficou muito mal na época por causa da separação, e Minho só descobriu do relacionamento do seu irmão com Bangchan após se separarem, mas aí ele já estava namorando com Changbin. Então Minho imaginou que seu irmão estava naquele estado porque Bangchan estava o traindo abertamente.

Resultado: muita porradaria na frente do portão da escola, e tendo Felix e Changbin tentando separar as duas feras agarradas no chão.

Uma das brigas mais épicas que a escola já teve. Que foi a somente dois meses atrás.

- Bom, mas eu ainda tenho vergonha, então não converso com ele. - ele riu e mudou de assunto - Hoje à noite eu estou livre.

- Não disse que tinha um jantar com sua família hoje?

- Eu menti, não queria ir com eles para o cinema.

- Mas eles não são seus amigos?

- São, mas só na escola, fora parecemos completos estranhos um para o outro. E prefiro que continue assim.

Achei estranho ele ter falado isso tão repentinamente, mas talvez só quisesse me contar que havia mentido para seus amigos. Mas uma vozinha lá dentro da minha cabeça dizia que era uma indireta bem direta.

- Minho? - perguntei antes que minha coragem fosse com deus - Quer sair hoje à noite? Sair comigo, no caso... Mas se quiser ir sozinho, tudo bem, eu...

Parei antes que continuasse a falar. Calado eu consigo ser um ótimo poeta, que desbanca a carreira de Shakespeare, mas falando, Shakespeare levanta do túmulo e me chuta para o caixão.

- Sair? - ele diz sorrindo - Okay, eu passo na sua casa às oito, pode ser?

- Claro! Estarei te esperando... Esperando para sairmos... Às oito.

Assenti freneticamente, fazendo com que Minho risse do meu nervosismo bem aparente. Amaldiçoei a mim mesmo por não conseguir agir como uma pessoa decente quando estava nervoso. Alguém me enterra a sete palmos do chão, por favor? Agradeço desde já.

- Estou indo então... Tchau Minho, até! - falei rapidamente, me levantando.

- Não vai terminar sua comida?

- E-Eu estou sem fome! - mentira, estava morrendo de fome, mas ao mesmo tempo de nervosismo.

Não disse mais nada, temia que deixasse algo vergonhoso escapar, então saí do refeitório rapidamente, sem olhar para trás e ver a expressão de Minho. Com certeza estava confuso, mas fazer o quê? Eu também estou confuso!

Eu praticamente corri o caminho todo de volta para casa, animado e nervoso. Quando cheguei, mal falei com meu pai, que estava lendo, sentado no sofá. Entrei no meu quarto, onde finalmente me deixei soltar toda empolgação que estava reprimindo.

(...)

- Pai! - chamei enquanto descia as escadas, depois de tomar uma belo banho e me arrumar para o meu encontro.

- O que foi, esquilinho? - o maldito apelido que ele me chama desde a infância...

- Vou sair hoje.

- Com seus amigos?

- ... Minho, Lee Minho.

- Filho do Hanjeo? - ele pareceu animado com a ideia - Não sabia que era próximo dele.

- Somos... Amigos.

- E sabe o horário que vai voltar?

- Prometo que antes das onze!

Meu pai sorriu e me abraçou.

- Meu esquilinho está ficando responsável!

- Chega de ser meloso!

Me desvencilhei do abraço apertado do meu pai e sorri, sem graça. Olhei o relógio pendurado na parede - relógio de vaca, bem brega mesmo - estava quase na hora. Fiquei mais ansioso do que já estava e me sentei no sofá, me sentindo desconfortável em todas as posições que estava, até resolver me deitar, assim ficava bem melhor. Mas me levantei rapidamente, não queria bagunçar meu cabelo novamente.

Quando ouvi o barulho de um carro parando na frente da minha casa, só faltou vibrar de felicidade, mas tentei me controlar melhor, ia ser esquisito se eu ficasse dando risinhos de felicidade durante todo o encontro.

Eu ia parecer um maluco.

Abri a porta, vendo Minho caminhar até mim, com aquele maldito sorriso que me fazia derreter, e consequentemente arrancar um sorriso bobo meu. As vezes encarar esse Lee era impossível, só de olhar em seus olhos já sentia minhas mão suarem e tremerem.

Lee Minho, sabia que é uma covardia ser tão perfeito?

- Oi, Sungie. - ele fez carinho no meu cabelo.

- O-Oi, Minho.

- Pedi para que me chamasse de Lino, já somos próximos, Sungie.

- Okay, Lino. - falei seu apelido, sorrindo mais do que antes - Você está... Muito bonito.

E não era mentira. A calça jeans justa deixava suas pernas mais marcadas, e a camisa branca, com manga longa e um casaco azul por cima.

- Você que está... Bonito não, maravilhoso. - ele disse com um sorriso maroto.

Okay, como se respira? Alguém me segura, vou desmaiar.

- Obrigada... Vamos?

- É, vamos...

Nós dois rimos um pouco, para amenizar o clima e saí com Minho, indo em direção ao seu carro, quando me virei para trás, meu pai acenou para mim e sorriu, fechando a porta em seguida.

Entramos no carro, que tocava uma música melódica, mas estava muito baixo para que eu conseguisse saber qual era.

- Gosto de música assim. - comentei fechando os olhos, apreciando a melodia.

- Eu sei, por isso coloquei.

- Sabe?

- Você vive ouvindo essas músicas, então presumi que gostava.

Agora sim eu estava sorrindo, e muito. Não sabia que Minho prestava atenção nas coisas que eu gostava, lembro de tê-lo deixado escutar música junto comigo somente três vezes, mas nessas três vezes ele percebeu o padrão das músicas que eu escutava.

Se bem que não era a primeira vez que ele conseguia presumir certo as coisas que eu gosto, teve vezes em que ele acertou as minhas comidas favoritas no refeitório, por isso sempre buscava para mim. Sempre que me dava algum presente, seja de aniversário ou qualquer outra comemoração, ele sabia exatamente o que me dar. Ele conseguia ser observador e lembrar das coisas que eu gosto perfeitamente.

Após esse começo, conseguimos prosseguir uma conversa agradável enquanto estávamos no carro, deixei que Minho escolhesse o lugar que iríamos jantar, então só aproveitei a pequena viajem.

Minho parou o carro na frente de um restaurante, que para mim, era muito chique, percebi nesse momento quem ia pagar, era ele, porque se fosse comigo, eu correria do restaurante sem pagar um centavo sequer.

Saí do carro, e esperei Minho chegar ao meu lado para entrarmos juntos. Ele havia reservado uma mesa, então fomos levados para uma mesa longe das demais em uma sala privada, para que tivéssemos privacidade. E isso só me deixa mais nervoso.

Me sentei, com Minho sentado na cadeira a minha frente. O desconforto veio novamente, fizemos nosso pedido e ficamos em um silêncio temporário, só esperando quem iria tomar a iniciativa da conversa.

Se conversar está difícil, imagina pedir em namoro? Aí, Bangchan, eu te mato por enfiar essa ideia na minha cabeça.

- Como seu irmão está? Não o vejo à bastante tempo. - tentei puxar uma conversa.

- Meu irmão? - ele perguntou confuso, por eu ter tocado nesse assunto repentinamente - Eles está bem, suas notas estão caindo e fica o dia todo com o Hwang.

- Já conversou com ele sobre isso? Ele precisa maneirar um pouco.

- Falei com ele, mas não me escuta. Mas enfim, vamos mudar de assunto?

Aceitei mudar de assunto e voltamos a conversar sobre coisas aleatórias, qualquer uma que vinha na cabeça. Sinto que nunca ri tanto ou sorri durante minha vida.

Minho tem esse efeito em mim, de me deixar incrivelmente boiola.

- Por que me chamou para sair hoje? Queria me dizer alguma coisa? - Minho me perguntou, como se estivesse guardando essa pergunta, entusiasmado pela resposta.

- Bom... Eu queria... Sair com você, para ficarmos sozinhos, sempre ficamos rodeados de pessoas.

- E teria um motivo especial para querer conversar comigo a sós? - ele sorriu ladino.

- Não... Só queria... - tentei pensar em alguma coisa, mas minha mente se encheu de gelo e neve, como se a Elsa tivesse passado por lá rapidinho.

Vai fumar neve, Elsa. Me deixa em paz.

- Bom, se você não quer falar nada, então eu falo, pode ser? - ele adotou uma expressão séria, que me fez ficar tenso - Eu achei que você tinha um outro motivo, ainda acho, na verdade, mas se não quiser falar qual é, eu digo o motivo de ter aceitado esse encontro.

Comecei a ficar apreensivo, e o que eu sempre faço nessa situação é comer ou beber alguma coisa, então peguei o copo com suco na minha frente e bebi um pouco, para aliviar minha ansiedade do momento. Funcionou? Não, nem um pouco.

- Ano passado, quando eu entrei na mesma sala que a sua, sempre era reservado, ficava no fundo e não falava muito com ninguém, então lembro de ter ficado aliviado e agradecido quando você veio falar comigo. - ele sorriu enquanto falava, se lembrando - Depois disso, ansiei para que viesse conversar comigo nos próximos dias.

"Lembro também de ter ficado extremamente magoado quando você parou de falar comigo, não sabia o porquê disso, e achei que era culpa minha, que ninguém conseguia me aguentar por mais de uma semana, por causa da minha personalidade. Tentei mudar para ganhar mais amigos. Falei para mim mesmo que não seria mais aquela pessoa de gênio difícil, que nunca admite estar errado."

"Me forcei a ser quem eu não era, mas com isso, atraí muitas pessoas, que agora queriam ser meus amigos, mas eu não me sentia nem um pouco feliz com isso. Para mim algo faltava, só não sabia o quê. Até que nos juntamos para fazer um trabalho em dupla, e pude finalmente conversar com você novamente. Aí eu descobri o que faltava."

"Percebi que desde o início, eu tinha feito tudo aquilo para chamar a atenção, mas era a sua atenção, porém, não conseguia sentir ou ver seus olhares para mim, sequer uma só vez. Até que seu amigo, Bangchan, começar a ficar próximo de Changbin, com isso, ele o apresentou para mim, mesmo que já nos conhecêssemos, senti como se tivesse o conhecendo naquele momento."

"Passamos a conversar, ficar mais próximos, mas não importava o quão próximos, não conseguia ficar feliz com aquilo, era pouco. A sua amizade é pouco para mim, eu quero mais do que só uma amizade."

Fiquei processando tudo por muito tempo, nunca imaginei que Minho nutria sentimentos por mim por todo esse tempo, desde o ano passado. Me achei um idiota por não ter percebido, por só ter me afastado, mais e mais dele, achando que minha presença era um incômodo para ele. Minho era extremamente quieto naquela época, e eu era um grande tagarela, que ficava enchendo seu saco por horas. Achava que isso o estressava, então me afastei, para que ele pudesse conversar com outras pessoas.

Mas para conseguir amigos, ele mudou completamente a sua forma de ser. Abaixei a cabeça, para fitar minhas mãos, evitando contato visual.

- Eu não imaginava que você...

Me atrapalhei em continuar, ao sentir meu rosto ser segurado e levantado, para que meu olhar se encontrasse com o de Minho. Ele estava em pé, com a mão direita o apoiando na mesa, enquanto a esquerda segurava meu queixo. Quando firmamos o contato visual, Minho deixou que um sorriso genuíno tomasse conta do seu rosto, mas o que me pegou desprevenido foi ver uma lágrima descendo por seu rosto. Me levantei apressado.

- Você está se sentindo mal? - perguntei preocupado, mas ele negou com a cabeça.

- Eu estou bem, mais do que jamais estive.

- Então por que...

Senti a mão de Minho, anteriormente na minha bochecha, descer para minha nuca e me puxar para si, mas não colou nossos lábios, somente ficamos assim, próximos um do outro, intercalando nossos olhares para os olhos e os lábios, respirando de forma descompassada. Não entendi porque ele não havia dado a iniciava do beijo, então eu mesmo acabei com a distância entre nós, com um selinho mais que demorado, mas que logo virou um beijo. Estávamos respirando pesadamente, mas não queríamos nos separar, até que a falta de ar foi insuportável e tivemos que desgrudar nossos lábios.

Quando percebi o que havia feito, me senti mais ansioso do que nunca, e sabia como eu era nervoso, então me virei e andei até a saída dessa sala privada, mas senti meu braço ser segurado por Minho, quando já estava próximo da saída.

- Minho, eu tenho que ir, prometi que chegaria cedo em casa, eu...

Ele me prensou contra a parede, não me dando escapatória, o encarei, mas foi a minha pior decisão.

- Você não quer ir, eu sei. Tem algo para me falar, não é?

Sim, eu tinha, era agora ou nunca, não é?

- Minho... Faz um tempo que quero falar isso, e vou aproveitar esse momento então.

- Diga.

Reuni toda a minha coragem que me sobrou.

- Você quer namorar comigo?

Minho abriu um sorriso convencido e me beijou novamente, com mais desejo e amor do que antes, como se essa fosse a sua resposta.

END

Tentei escrever tudo em primeira pessoa, pois sou acostumada a narrar em terceira, e tentei adotar uma escrita mais "cômica", mas enfim, sinto muito se ficou uma bosta.

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