Poema de Novembro
É quando me perco nas árvores altas,
galhos secos e folhas mortas das manhãs de novembro.
Antigamente eu me perdia em setembro,
em suas tardes bucólicas, nas ausências,
nos poemas e rimas que não existiam.
Nas feridas que não cicatrizavam, mas não doíam.
Era feito de silêncios perturbadores,
de paciência sem recompensa, longas horas de nada,
somente o tempo se consumando em meu peito.
Não houve acenos.
Foi então quando me ausentei de mim mesmo,
e parti sozinho para as montanhas
e penhascos que eu hospedava;
Levei comigo apenas algumas pedras nos bolsos,
e uma flor com espinhos na boca.
Desde então eu nunca mais ouvi falar de mim.
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