Imaculado
No meio do nada
vários pensamentos me assaltam,
diversas ideias me ocorrem,
mas tudo para na minha dor de cabeça.
Dentro dela todas as situações acontecem
e tudo me é permitido:
os acessos estreitos e claustrofóbicos,
desejos libertinosos, excessos.
No meio do nada
caminho infladamente pelas ruas de uma cidade de luz
inexistente dos mapas;
percorro noites inteiras, boêmias,
ruas medonhas e desertas,
paisagens perversas.
Calo as palavras do poema com gestos obscenos,
soberbos;
dou gargalhadas escandalosas, indigestas,
sufoco cada partícula em mim que ainda me resta.
Continuo caminhando por esses lugares que desconheço,
os pés sangrando a terra no sangue, o corpo em declínio,
a mente, um sorriso delirante.
Sob as luzes desse lugar profano, me torno imaculado
e me salvo de mim mesmo.
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