Contraste
No contraste da madrugada, minha alma se liberta
e percorre paisagens diversas -
bucólicas, agnósticas,
e por hora, perversas.
Eu só sei do meu sofrimento,
de palavras mortas que repito a mim como um mantra;
eu só sei do meu sofrimento quando ele me espanca,
me humilha em meus sentimentos
e me cala nas horas em que o mundo está em silêncio.
É quando os dias se arrastam
e então se perdem em sequências confusas na minha cabeça;
são inevitáveis essas sequências na minha cabeça.
Eu costumo morrer
um pouco mais
nas manhãs em que o dia começa
e o sol ilumina os cantos remotos da minha existência
só para me mostrar ainda menor.
Minha insignificância é neutra,
mas eu não sei mais viver sem ela
ao lutar contra os meus demônios
e encarar as sombras do meio-dia
que se alojam dentro do meu coração.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro