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[27] - INVESTIGAÇÃO



JESSIE FALLON

Depois de conversar com Eddie e Connie, saímos para comprar comida para os mesmos e voltamos ao amanhecer.

Steve estacionou o carro perto da cabana, descemos do veículo e caminhamos até o local. Assim que abrimos a porta vimos que os dois adolescentes se assustaram.

— Aí cacete!

— Chegou a entrega. — Becky sorriu mostrando as sacolas que estavam cheias de alimentos e bebidas.

O Munson e a Smith soltaram um suspiro aliviados, dei um sorriso simpático e vi suas expressões relaxarem.

— Vamos lá! A gente tem notícias boas e ruins. — Dustin começou olhando para os dois que estavam sentados no barco comendo os salgadinhos. — Como preferem?

— Ruim primeiro, sempre. — Eddie falou dando um gole no refrigerante.

— Tá. Notícia ruim. A gente ouviu o rádio da polícia com o nosso Cérebro, e eles estão procurando vocês. — vimos os dois ficarem assustados. — Já aceitaram que vocês mataram a Chrissy.

— Eles têm 100% de certeza. — completei  cruzando os braços.

— E a boa notícia? — Connie indagou.

— O nome de vocês ainda não foi divulgado. — Becky disse. — Mas, se a gente ficou sabendo, é questão de tempo até mais gente saber. Quando isso vazar, toda essa gente de cabecinha fechada vai correr atrás de vocês.

— Caçando dois monstros, né? — Connie indagou preocupada.

— Isso aí.

— Que droga.

— Então, antes que isso aconteça, temos que achar o Vecna, matar ele e provar a inocência de vocês. — Dustin tentou aliviar a tensão.

— Só isso, Dustin? Só isso? — o Munson questionou.

— É... Não. É, bem isso.

— Olha, eu sei que isso que o Dustin tá falando parece suberbalela, mas a gente já passou por outras coisas ruins. — Claire disse. — Quer dizer, alguns de nós já passamos mais vezes. Mas a questão é, junto eu acho que a gente consegue.

— É. Normalmente quem ajuda é uma garota com superpoderes. — Steve falou. — Mas isso foi pro beleléu, então...

— Então, na teoria, a gente te meio...

— Meio que...

— Cuspindo ideias. — Max completou.

— É isso aí! — o Harrington sorriu.

— É, mas olha só, vocês não precisam se preocupar com nada.

Eddie e Connie nos encararam com medo e preocupados, ouvi um barulho de sirene de polícia e então nós viramos para trás rapidamente.

— Saco!

— Lona, lona, lona! — apontei para a mesma e os dois se esconderam embaixo da mesma.

Corremos até a janela da cabana e vimos várias viaturas de polícia e ambulância passando pela estrada.

— Que merda aconteceu?

— Vamos ir ver. — Layla disse.

Saímos da cabana depois que avisamos para os dois que iríamos sair e ver o que estava acontecendo, entramos no carro e fomos em direção para onde as viaturas estavam indo.

Steve estacionou atrás de outro carro e logo pude ver a Wheeler conversando com o novo xerife de Hawkins.

— Espera aí, é a Nancy. — falei e saímos do carro, logo observamos a garota que sorriu para nós.

Ela deu um meio sorriso e levantou a mão como se pedisse para esperar a conversa terminar.

Eu assenti tentando passar conforto e observei os policiais em volta da mesma que faziam perguntas para a garota.

———

Estávamos dentro do "condomínio" de casas e trailers — aonde morava a Smith, o Munson e agora a Mayfield —.

— Quer dizer que essa coisa que matou o Fred e a Chrissy é do Mundo Invertido? — Nancy indagou.

— É o que tudo indica.

— A teoria atual é de que ele ataca com um feitiço, uma maldição. Se obedece ordens do devorador de mentes ou só gosta de matar adolescentes, não sabemos. — Dustin explicou.

— A gente só sabe que é uma coisa diferente. — complementei. — Uma coisa nova.

— Ainda não faz sentido.

— É só uma teoria.

— Não, o Fred e a Chrissy não fazem sentido. Pensa. Por que eles?

— Vai ver só tavam no lugar errado. — Claire deu de ombros. — Os dois tavam no jogo.

— E perto dos trailers. — Max disse.

— A gente tá nos trailers... — Layla comentou preocupada. — É... Não é melhor a gente sair daqui?

Olhamos em nossa volta procurando por alguma coisa ou pista.

— Pode ser alguma coisa por aqui. — Nancy supôs. — O Fred ficou esquisito assim que a gente chegou.

— Esquisito como? — Becky indagou.

— Com medo, nervoso, irritado.

— A Chrissy também tava irritada, né, Max?

— É, mas não era aqui. Ela tava chorando no banheiro da escola. — a Mayfield respondeu.

— Os serial killers perseguem as vítimas antes de atacar, né? — Robin indagou. — Vai ver o Fred e a Chrissy viram esse Vecman.

Observei Max e Becky, vi que as meninas haviam ficado em silêncio.

— Vecna. — Dustin corrigiu.

— Não sei vocês, mas, se eu visse um bruxo sinistro monstruoso, eu comentaria com alguém. — o Harrington falou.

— É possível. — Becky afirmou.

— Sim. Eu vi a Chrissy saindo da sala da Kelley. Se você vê um monstro, você não conta pra polícia. Nunca iam acreditar em você. Mas talvez conte pra...

— Terapeuta!

— Isso. — Max disse.

Começamos a andar de volta para o carro, fui em direção ao carro de Nancy junto com a mesma.

— Ô, Jessie! Jessie!

Me virei para Steve e o encarei.

— Onde é que vocês vão?

— Ah, tem uma coisa que Nancy quer conferir, irei junto com ela. — comentei.

— Mas não quer contar pra gente o que é? — o Henderson indagou.

— Vai ser um tiro no escuro, melhor não perder tempo. — a Wheeler disse.

— É... tá bom, vocês estão malucas? Ficar sozinhas com esse Vecna maluco à solta? Não, é perigoso! Vocês precisam de alguém pra... Toma. Eu vou com elas, tá? Leva o carro e fala com a terapeuta.

Steve entregou as chaves para Claire.

— Não quer que eu dirija o carro. — a garota disse.

— Por que?

— Não tenho carteira.

— Por que você não tem carteira?

— Você ainda me pergunta? — a loira indagou.

— Então deixa que a Robin dirige.

— Eu também não tenho carteira, Steve.

— Meu Deus, por que não? — o Harrington já estava perdendo a paciência.

— Eu sou pobre!

— Eu dirijo. — Max falou.

— Não, não! — o Harrington falou. — Qualquer um menos um de vocês!

Ele encarou as três crianças que estavam ali.

— Layla, vai. — o garoto encarou a Rovia.

— Tá bom. Chega! Isso é ridículo. — Robin, Layla e Claire vieram na nossa direção sem paciência, a Buckley pegou a lanterna da mochila do Henderson. — As meninas vão ficar juntas.

Claire deu as chaves para seu irmão e ficaram ao nosso lado.

— Ou você acha que tem que proteger a gente? — a Harrington perguntou.

Steve bufou e então a loira soltou um riso e se virou indo em direção ao carro.

Olhei para Becky e assenti sussurrando "cuidado".

A garota sorriu de lado e depois entrou no carro junto de Max e Dustin.

— Cuidado, hein! — Steve exclamou.

— Quer um babador aí, Harrington? — Dustin perguntou e eu soltei um riso fraco.

Entramos no carro da Wheeler e a garota deu a partida.

———

Havíamos chegado na biblioteca da cidade, saímos do veículo e fomos até a entrada do local.

— Tá, deixa eu ver se entendi. – a Buckley começou. — O tio do Eddie, o Wayne, acha que o Victor Creel fugiu do manicômio Pennhurst e é ele que tá rondando por Hawkins e tá matando essas pessoas?

— Exatamente. — Nancy respondeu.

— Mas o Victor cometeu aqueles assassinatos lá atrás nos anos 50. — Robin disse.

— Foi em 59. — Claire corrigiu abrindo a porta e permitindo que entrássemos primeiro e depois ela.

— Então, os assassinatos aconteceram uns 30 anos antes da Onze e do Mundo invertido, né?

— É. — a Wheeler sorriu e apertou o objeto que ficava na mesa fazendo um barulho alto.

— Então o terrível Victor Creel tem uns 70 anos.

— É.

— Então quer dizer que ele é um vovô assassino — Robin começou. — que fica invisível e faz as pessoas voarem.

— Não faz sentido. — Layla olhou para a Wheeler confusa.

— Eu sei.

— Por isso ela disse que era um tiro no escuro. — a garota ao meu lado sorriu como um agradecimento.

— Eu sei, mas se eu pensei que o tiro no escuro fosse eufemismo. Pra mim, você tinha uma carta garantida na manga pra impressionar a gente depois. Mas isso é realmente um tiro no escuro.

Nancy apertou mais algumas vezes o sininho que estava na mesa.

— Como se fossem snipers vendados depois de girar umas 50 vezes.

Nancy apertou várias vezes o sino já perdendo a paciência com a Buckley ao seu lado.

— Tô indo. — ouvimos uma voz de uma moça, ela deixou a pilha de livros em cima da mesa e se virou para nós.

— Desculpa, a gente tá com pressa. — falei sorrindo simpaticamente. — Posso pegar as chaves do andar de arquivos?

— Claro, só um segundo. — a mulher sorriu.

— Eu pareci grossa ou condescendente? — Robin perguntou se virando para nós.

— Não. — falamos em um uníssono.

— Tá. — ela sorriu. — Desculpa, é que vocês pareceram estar irritadas. Eu sei que vocês não estão num dia bom, sinto muito.

— Ok.

— Se eu falar alguma coisa que incomodar  vocês, eu juro que sei que é defeito meu, minha mãe fala isso todo dia.

Vi Claire segurar a mão da namorada e sorriu para a mesma.

— Está tudo bem, Robin. É sério. — sorriu simpaticamente para a garota e depois viu que a Buckley ficou mais calma.

— Pronto meninas.

a Harrington soltou rapidamente a mão da namorada com certo receio da reação que a mulher iria ter se ela as visse de mãos juntas.

— A chave, divirtam-se.

— É, vamos tentar. — a Wheeler disse.

Peguei a chave e dei um sorriso simpático.

— Muito obrigada. — falei e sai dali junto com as quatro.


oi oi leitores, como vão?

o que acharam do capítulo?

falta mais alguns e terá um capítulo sobre o episódio "Dear Billy" espero que estejam preparados KKKK

ainda vai acontecer muita coisa, tenho pena de vocês (brincadeira amo todos <33

foi isso, até o próximo capítulo!

beijos!!!

votem e comentem, se puderem! <3

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