
[13] - INVESTIGAÇÃO
BECKY FALLON
Estávamos na casa de Max, decidimos dormir aqui porque era mais perto do que a casa de Onze.
— Preferem qual? — mostrou os dois quadrinhos.
— Não sei. — respondi.
— Também não. — Onze respondeu se ajeitando na cama.
Billy e Heather realmente haviam assustado a gente há algumas horas atrás.
— Ei. Não precisam mais se preocupar com isso, tá legal? — Max segurou nossas mãos.
— Isso não faz sentido. — falei suspirando.
— O que?
— A Heather. — respondi. — O sangue. O gelo.
— A Heather tava com febre, então tomou um banho gelado, mas tá melhor agora. — Max explicou. — Só pode ser isso. Eu não sei de onde veio aquele sangue, mas... a gente viu ela. Nós três vimos ela. A Heather tá muito bem.
— Mas e quanto ao Billy? — On indagou.
— O que tem ele?
— Ele parecia errado. — a garota respondeu.
— Errado é meio que normal pra ele. — Max deu de ombros. — Mas é bom saber que não é um assassino, isso sim seria um saco.
Ela riu nos fazendo dar uma risada nasal.
Onze olhou o quadrinho da mulher-maravilha.
— Quem é essa? — se sentou.
— Viu? É por isso que você não pode andar só com o Mike o tempo todo. — a ruiva disse. — É a Mulher-Maravilha. O nome dela é princesa Diana. Ela é da Ilha Paraíso, que é uma ilha escondida que só tem mulheres guerreiras Amazonas.
———
— Na escuta? Isso é um alerta vermelho. Repito: isso é um alerta vermelho. Max! Tá na escuta? Isso é um alerta vermelho. — acordamos ouvindo a voz do Lucas no Walkie-Talkie.
A ruiva pegou o objeto e desligou o mesmo, não demorou um minuto e logo o telefone começou a tocar.
Resmungamos e Max se levantou para atender.
— Ah, só pode tá de brincadeira. Eu tô dormindo. Não me enche!
Ouvimos a voz do Mike quase em um sussurro, não escutamos nada pois não dava para ouvir. Mas se Max continuou escutando o mesmo, era porque alguma coisa estava acontecendo.
— Que?
— O que ele disse? — Onze perguntou vendo Max largar o telefone.
JESSIE FALLON
Minhas pernas tremiam e batiam no chão freneticamente, eu estava nervosa, estava com medo do que poderia acontecer, as imagens não eram por algo bobo.
Era um aviso, mas para o quê?
Temos um espião russo entre nós e essas imagens, esse ano está sendo pior que o passado e retrasado — me falaram o que aconteceu — e bem, para mim é bem pior.
— Tudo bem? — Steve perguntou colocando a mão em minha coxa fazendo minhas pernas pararem de tremer.
— Aham. — assenti.
— Não parece, você está bem nervosa. — Claire disse.
— Eu estou bem.
— Me escutem. — Dustin chamou a atenção o de todos. — Aquele cartão ali abre a porta, mas, infelizmente, o russo que guarda o cartão tem uma arma gigante. Não sei o que tem na sala ou nas caixas, mas eles não querem que ninguém encontre.
— Deve ter um jeito de entrar. — Robin comentou cruzando os braços.
— Olha, então... eu posso apagar ele.
— Apagar quem, Steve? — Claire indagou.
— O guarda russo. — o garoto ao meu lado respondeu. — O que? Eu pego ele por trás, boto pra dormir e roubo o cartão. É fácil.
— Não ouviu a parte da arma gigante? — o Henderson perguntou.
— Sim, Dustin, eu ouvi. E é por isso que eu ia chegar de surpresa.
— Ah, por favor, me conta e seja sincero. — Claire sorriu se aproximando do irmão. — Você alguma vez ganhou uma briga?
Ela sorriu de lado.
— Olha, foi uma vez...
— Duas. Jonathan. Um ano Antes. — Dustin respondeu.
— Como é que é? — perguntei olhando o Harrington. — Você brigou com o Jonathan?
— Peraí, essa não conta.
— Por que não conta? Pareceu que ele acabou com sua raça. — o Henderson respondeu.
Arregalei os olhos encarando o Steve.
— E o que você fez pra essa briga acontecer? — indago.
— Ué? Por que eu?
— Porque conheço o Jonathan.
— E você não me conhece?
— Ele era o maior babaca ano retrasado. — respondeu Claire. — Fez algumas merdas pra Nancy e... Aí!
Claire colocou a mão no local aonde havia acabado de ganhar um beliscão de Steve.
— É, mas ele já pediu desculpas e hoje parou de ser babaca.
— Um pouco. Ele ainda é. — Dustin respondeu.
— Isso pode dar certo. — Robin disse se levantando e todo mundo encarou ela.
A vimos sair e ir pra parte da frente aonde atendemos os clientes e pegar um pouco de dinheiro de um pote.
— Robin! Robin, ei! O que vai fazer? — Claire perguntou indo atrás da mesma.
— Preciso de grana.
— Metade disso é nosso. — a Harrington respondeu. — Onde vai?
— Dar um jeito de entrar na sala! Um jeito seguro. E, enquanto isso, vendam um sorvete, se comportem e vê se não apanhem, tá? Eu volto rápido.
Logo a garota sumiu de nosso campo de visão se misturando entre a multidão.
Olhamos para o lado e vimos Dustin lamber a concha de Steve que tinha resto de sorvete.
— Ah, Dustin! — puxou a mesma da mão do garoto. — Qual é, cara. A minha concha.
BECKY FALLON
Eu, Max e Onze já estávamos na casa Wheeler e começamos a ouvir o que os meninos tinham para falar.
— Eu achei que não fosse nada no começo. Na verdade, eu acho que só não queria acreditar. Eu senti primeiro vendo o Dia dos Mortos.
— Teve um apagão naquela noite.
— Depois eu senti de novo, no campo, perto da fazenda Nelson no dia seguinte. Depois de novo e ontem perto do Castelo Byers.
— E qual é a sensação? — Max perguntou.
— Parece que... Sabe quando a gente desce na montanha-russa? — indagou.
— Sei.
— Sim.
— Sim. — respondi.
— Não. — Onze respondeu.
— É como... se tudo dentro do seu corpo afundasse de uma só vez, mas... é pior. O seu corpo... fica frio e você não respira. Eu já senti isso. Sempre que ele tava por perto.
— Sempre que quem tava perto? — Max perguntou.
— O Devorador de Mentes. — Will respondeu.
— Becky, a Jessie falou sobre algo relacionado? — Mike indagou e eu neguei com a cabeça.
— Espera... ela apenas falou que estava tendo pesadelos, com gritos e um shopping pegando fogo. Não dava para ver o que era direito porque estava embaçado. Ela disse que era apenas um pesadelo, mas todos os dias se repetiam e às vezes ela parava, como se tivesse vendo mais outra coisa, mas aí ela voltava ao normal e dava uma desculpa.
— Eu fechei o portal. — On olhou para mim e para Will.
— Eu sei, mas... E se ele não foi embora? E se nós trancamos ele aqui com a gente? — o Byers perguntou olhando On que parecia preocupada.
Will pegou um pedaço de papel e colocou na mesa que havia no centro do porão e começou a desenhar.
— Esse é ele. Ele inteiro. Mas, aquele dia no campo, parte dele se prendeu a mim. A minha mãe tirou ele de mim. — disse passando a mão no papel em cima do desenho fazendo o mesmo ficar manchado de preto. — Aí a Onze fechou o portal.
Ele virou o papel deixando a parte sem nada pra cima.
— Mas a parte que estava em mim, e se ainda estiver no nosso mundo? — logo ele passou a mão manchada no papel. — Em Hawkins.
— Eu não entendi. Os demo-cães morreram quando a On fechou o portal. — Max explicou. — Se o cérebro morre, o corpo morre.
— Nós não podemos arriscar. Temos que supor o pior. O Devorador de Mentes voltou.
— É. E, se ele voltou, vai querer se prender a alguma pessoa de novo. Um novo eu.
— Um novo hospedeiro. — Lucas completou.
Max, On e eu nos olhamos logo lembrando de Billy.
— Como nós sabemos que alguém é o hospedeiro?
JESSIE FALLON
— Eu acho incrível o que a gente consegue com vinte dólares no cartório da cidade. — Robin disse colocando o mapa do shopping na mesa. — Starcourt Mall. A planta completa.
— Nada mal. — Dustin sorriu.
— Tá. Nós estamos aqui, na sorveteria. E aqui é onde queremos chegar. — apontou os lugares.
— Eu não tô vendo nenhuma entrada. — Steve respondeu.
— Não tem. Se você pensar somente em portas.
— Dutos de ar. — falei.
— Exato. — a Buckley sorriu.
— Pelo visto, a sala secreta precisa de ar como qualquer outra sala. — a garota pegou uma canetinha e marcou no mapa. — E esses dutos de ar vai vindo até aqui.
Ela circulou a sorveteria e então olhamos para o duto de ar que havia na sala.
Steve abriu o mesmo e iluminou dentro.
— É, sei lá, gente. Não sei se você cabe aqui dentro, não. Eu acho bem apertado.
— Vai caber. — Dustin disse e Steve desceu as escadas. — Confie em mim. Sem Clavícula, lembra?
— Hã? Como é que é? — Layla perguntou confusa.
— Ah, ele... É, ele tem uma doença doida. Cri... É crito... Isso aí, sei lá. Ele não tem ossos. Aí se dobra que nem o Gumbo. — Steve explicou.
— Quer dizer "Gumby". — Robin corrigiu.
— Quase certeza que é Gumbo. — o Harrington sorriu falsamente.
— Steve, cala a boca e me empurra.
— Tá bom. — o mais alto foi até Dustin e empurrou ele.
— Os pés não, burrão. Empurra minha bunda.
— Que?
Comecei a rir e então Steve me encarou e revirou os olhos.
— Pega na minha bunda, eu não ligo. — exclamou. — Anda! Com força! Com força!
— Tô empurrando!
— Para de brincar com as minhas pernas.
— Não tô brincando. Tá difícil de pegar. — o garoto respondeu.
— Vai logo! — Dustin gritou.
— Vou te jogar pra dentro, ok?
— Vai me jogar?!
— Um, dois...
— Aí, merda!
— Funcionou?
— Marinheiros. — me virei para trás e vi Erica. — Olá, marujos do convés. Ahoy!
Olhei a garota e então sorri de lado já tendo uma ideia incrível em mente.
— Cadê vocês com as minhas amostras grátis?
BECKY FALLON
Estávamos atrás de um carro observando o clube, Max estava com o binóculos e observava Billy.
— Não sei, não. Eu tô achando ele bem normal.
— Normal? — Lucas perguntou. — Quantas vezes já viu ele de camisa no corpo?
— É, ele tá meio estranho. — a ruiva respondeu.
— Mais que meio. Ele entrou numa banheira com gelo. O Devorador de Mentes gosta de frio. — Mike respondeu. — Fora tudo que a On viu.
— Mas ele tá relaxando na piscina, que é a coisa menos devoradora de mentes que existe. — Max respondeu.
— Não necessariamente. — Will começou. — O Devorador de Mentes, ele se esconde. Ele só me usava quando precisava de mim. É como se você dormisse. E aí, quando ele precisa... ele ativa.
— Peraí, então... a gente espera ele ser ativado? — a Mayfield indagou.
— Não. — Mike respondeu. — E se ele machucar alguém?
— Ou matar alguém.
— Não podemos arriscar. Temos que descobrir se ele é o hospedeiro.
Mike se afastou.
— Aonde você vai? — On indagou.
— Tive uma ideia. Só garotos.
— Tá falando sério? — perguntei.
— Confie em mim nessa.
Revirei os olhos e encarei On e Max.
JESSIE FALLON
Erica observava o duto iluminando o mesmo com a lanterna.
— Hum... — ela desligou a lanterna e desceu a escadas. — É, sei lá, hein...
— Não sabe se cabe aí? — Claire perguntou.
— Não, eu caibo sim. Eu só não sei se eu quero entrar. — a Sinclair respondeu se apoiando na mesa.
— Você é claustrofóbica? — Layla questionou.
— Eu não tenho fobias.
— Tá bom, então qual é o problema? — Steve indagou de braços cruzados.
— O problema é: eu ainda não vi onde isso vai ser bom pra Erica.
Steve suspirou e me encarou e depois olhou Claire e Robin.
———
Já estavam praticamente todos os sorvetes para Erica em cima da mesa, logo Steve chegou com uma banana Split.
— Mais calda, por favor. — pediu empurrando o pote para o garoto novamente. — Vai logo.
O Harrington pegou e se levantou bufando, logo ele voltou para a sorveteria.
— Tá bom. Tá vendo aqui? Esse é o caminho que você vai fazer. — Layla explicou. — É só esperar o último entregador ir embora hoje, aí você abre a grade, entra na sala e abre a porta.
— E vocês descobrem o que tem nas caixas? — a Sinclair indagou.
— Exato. — respondi.
— Uhum. Significa que o guarda tá armado? — a garota questionou.
— Sim, mas ele não vai tá lá. — Dustin respondeu.
— E as armadilhas?
— Armadilhas? — Claire perguntou.
— Lasers, espinhos na parede?
— Pera aí. — soltei um riso nasal.
— Sabem no que eu acho que vai dar esse plano sem graça de vocês? Menor de idade em perigo.
— A gente vai falar com você por rádio o tempo todo. — Robin explicou.
— Ah, ah, ah! — a garota negou. — Menor de idade em perigo!
— Erica. Oi. — Dustin sorriu. — A gente acha que esses russos querem fazer mal ao nosso país. Muito mal. Você não ama o seu país?
— Ninguém escreve "América" sem "Erica." — a garota respondeu.
— Ah, estranho, mas isso é verdade. Então, se não quer ajudar a gente, ajuda o seu país. Ajuda os seus queridos compatriotas. Ajude a América, Erica. — o Henderson sorriu.
— Hum. Uh! Me deu até um arrepio. — Dustin sorriu de lado. — Ah, foi do milk-shake não, não do seu discurso. Sabem do que eu mais gosto desse país? Capitalismo. Vocês sabem o que é capitalismo?
— Sabemos. — respondemos.
— Quer dizer que temos um sistema de mercado livre. Ou seja, as pessoas recebem pelos serviços dependendo do valor das suas contribuições. O que tá parecendo é que a minha capacidade de caber naquele duto ali é muito, muito valiosa pra vocês. Então, vocês querem minha ajuda? Esse USS Caramelo vai ser o primeiro de muitos. E eu quero ganhar sorvete grátis... para sempre!
Olhamos a garota que comia a cereja.
oioi leitores, como vão?
espero que tenham gostado do novo capítulo!
essa Erica hein, tô amando ela com o pessoal :)
vou amar mais ainda nos próximos capítulos, e espero que vocês também gostem!
o que tão achando da Layla? Bem, ela é uma personagem importante pro desenvolvimento de DARK então espero que gostem dela
Até o próximo capítulo!
Beijos!
votem e comentem se puderem, me ajuda bastante!
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