09| ANSWERED
- Dark Side
N O N O
(...)
• H a r r y •
"Vejamos, um remédio para enxaqueca e antidepressivos..." Um homem robusto com uma aparência que transparecia cansaço por estar a atender-me ás uma da manhã verificava os respectivos preços pelos medicamentos.
"São dez dólares." Fechou as mãos , as apoiou no balcão e franziu os lábios em espera do dinheiro. Assenti, meti as mãos no bolso e retirei a carteira pegando o esperado.
"Estão aqui!" Entreguei-lhe e peguei os medicamentos agora em uma sacola com uma pequena estampa do nome da farmácia.
"Aqui tem doze dólares senhor. " Alegou mostrando-me uma cédula de dois dólares.
"Gorjeta por estar a atender-me bem a esta hora." Disse-lhe e desloquei-me até a saída do recinto sem esperar por vossa resposta.
Ao abrir a pesada porta de vidro com uma placa vermelha escrita "aberto" e logo senti alguns indesejáveis pingos molhados de neve caírem sobre meus cabelos. Estava a nevar por toda Nova Iorque, e ao contrário de Dallas este horário ainda estava a ter constantes movimentos de carros. Observei algumas pessoas a passearem pelas ruas. Havia um rapaz e uma rapariga a beijar-se constantemente, transparecem ter dezasseis a dezassete anos, com certeza haviam saído às escondidas. O que fez lembrar-me dos meus tempos de namoro com minha doce Angie durante a faculdade. São tantas recordações daquela magnífica época de início de amor, tão jovens e apaixonados, tudo após isso em minha mísera vida são apenas momentos vagos. Meu anjo sempre foi a mais bonita, e naquela época ela amava-me, hoje já nem sei.
Sacudi imediatamente os cabelos e desloquei-me até o restaurante em frente a farmácia a qual eu me encontrava. Estávamos em um sítio qualquer no Queens, pois resolvemos fazer uma breve parada para comer.
Deixamos o jato há alguns quarteirões atrás e os capangas do Tony vieram buscar-nos com os luxuosos e bem arejados carros do Walker. Eu optei por hospedar-me no Casablanca ao invés da mansão do Tony nos Hamptons. Ora pois teria de aguentar sua orquestra de tombos por conta do cognac, seu desfilar de roupões de dormir escandalosos comprados nas elites francesas, e seu desabafo de um alcoólico que costuma usar expressões em francês. Por outro lado, Tony tem a melhor estante com bebidas alcoólicas existentes no mundo.
Porém opto por ficar longe de todos eles, pois com certeza vão fazer a mansão do Tony de pub. Já frequentei muitos, mas após conhecer o meu anjo, não vejo beleza e outras coisas em outras raparigas. Apenas nela. Eu não posso trai-la...
ela é meu mundo.
Recordo-me de certa vez que fui jantar na casa dos Goulding, e seu pai desteva-me ,destava o facto de sua única filha ser minha, desteva-me pelo facto de meu pai ter tomado uma de suas propriedades na qual ele plantava uvas , apenas por ter atrasado um mês aluguel. Ele tinha cabelos castanhos com algumas concentrações grisalhas e olhos verdes. Possuia um exemplar porte de empresário. Era um homem inteligente e frio, não costumava demonstrar afeto à Destiny nem a minha Angie. A Sra. Goulding era uma mulher muito bela, suponho que em sua juventude deveria ter sido deslumbrante feito meu anjo. Destiny tinha longas madeixas castanhas como Angie e incríveis olhos azuis.Era uma mulher responsável e cuidava bem da família, porém muito submissa, obedecia tudo que seu marido ordenava
No jantar o Sr. Goulding me perguntou quais eram minhas intenções com sua filha e eu respondi casar-me com ela.
Carl não perdeu tempo de proferir que se Angie tivesse o mesmo fim mísero que minha mãe, a resposta seria não. Lembro-me ter ficado furioso e ter respondido que comigo sua filha não teria um fim mísero feito suas terras. Ele expulsou-me de lá e proibiu meu anjo de ver-me. Só que meu amor fugiu para os braços, como irá acontecer novamente.
Abri a porta um bocado mais leve que a anterior e adentrei-me no local, que possuia um forte odor de produtos de limpeza e bacon frito.
"Oooh sejas bem vindo ao BaconBar com as melhores tiras de bacon de Nova Iorque!" Um homem fantasiado de bacon gigante com um chapéu dos tempos de faroeste por cima berrou com um sotaque alemão fazendo uma constrangedora dança. Assenti espantado e aborrecido.
"Deseja uma mesa?" Cutucou-me com seus cotovelos.
"Não, estou com eles." Indiquei a mesa com Andrew, Niall, Dylan e Liam.
O Bacon assentiu e logo foi chamado por um homem, que creio que seja seu chefe por Müller. Dei de ombros e desloquei-me até a respectiva mesa. Niall ingeria um hambúrguer com demasiadas tiras de bacon e batatas, Andrew comia um taco, Dylan e Liam apenas bebiam café.
Sentei-me em suas cadeiras acolchoadas de um tom vermelho e depositei a sacola com os medicamentos sobre a mesa.
Passei as mãos sobre a cara em sinal de cansaço.
"Não vai comer?" Perguntou Andrew.
"Não tenho fome." Respondi e olhei ao redor.
"Aqui vende comida mexica..."Niall se dirigiu a mim.
"Não estou nem aí." Respondi o cortando. Odeio que se metam em minhas decisões.
"Onde está Tony, Jordan, Tyler e toda gente?" Perguntei confuso.
"Tony e os outros optaram por um cozido de frutos do mar nos Hamptons. " Liam respondeu desprezando as necessidades de ser considerado um magnata dos outros.
Rolei os olhos com tamanha besteira.
"Tony pediu para que fôssemos para a mansão para nos informar de algo." Niall proferiu.
"Que merda ele tem para falar agora?" Bufei.
Senti Dylan rolar os olhos com meu comentário enquanto ria em deboche.
"Tem algo de errado com seus olhos, caro Dylan?"
"Mas é claro! Tu estás a reclamar quando tu mesmo nos arrastou para cá! Ao invés de Tony ter ficado em Dallas para focar mais na neutralização de Carter e ele preferiu ter escutado tua imbecil teoria de coração partido. Tu achas que eu não sei que tu estás aqui realmente pela filha do vendedor de vinhos, que na tua cabeça de psicopata ela te pertence. " Cuspiu as palavras.
"Eu psicopata? Tu matas pessoas Dylan, tu mataste tua esposa pelo seguro dela. Tu és tão miserável quanto. Tu só precisava de inteligência para saber que se continuássemos no Texas seríamos aniquilados pelo merda do Malik. Só tu sendo burro o suficiente para achar que neste estado Tony teria como ter com Carter. Ao menos neste instante poderíamos ter uma pausa para recuperar as forças. E achas que eu não sei que darias tudo para ter tido esta idéia apenas para Tony lhe considerar alguém necessário. " Gargalhei ao responder.
" Eu não preciso do consentimento nem da ajuda do sr.Walker, mas tu não podes dizer isso não é mesmo? Precisou do Tony para sair da cadeia, porque nem seu milionário pai sentiu sua falta. Sua amada fugiu de tu! E claro que o Tony pode ter com o Carter, temos suficientes armamentos para tal. Poderíamos produzir um ataque nuclear se quiséssemos. E não coloque meu caso de Lauren no meio." Grunhiu travando seus punhos. Lauren sua falecida esposa.
Gargalhei em desprezo com sua péssima performance em discussões.
"E se tu tiveste na cadeia...Tony iria perguntar quem é tu? O fantasma da equipa, o que deseja mais que tudo ser eu. Tu Dylan não sabes mesmo fazer cálculos? Nossa base foi atacada, perdemos nossas munições, pois ao contrário de ti, Carter é inteligente. Torne-se alguém para seus pais, depois venha discutir comigo." Gesticulei com as mãos em sinal de desprezo.
"Claro discutirei contigo quando estiver dando um amasso na boca da Angie." Riu-se.
Senti o sangue ferver, mordi os lábios enquanto tentava controlar-me. Suspirei profundamente enquanto o encarava a rir de minha cara. Sem pestanejar dei um soco na mesa fazendo com que as batatas de Niall caíssem sobre os cabelos de Andrew.
"A merda do meu cabelo!" Berrou Andrew.
"A merda das minhas batatas!" Berrou Niall.
De imediato lancei o copo de café quente do Liam em sua cara.
" Desgraçado!" Dylan se levantou rapidamente com mão no respectivo local queimado, enquanto se sacudia agoniado com o ardor em sua bochecha direita.
" Não fale da minha Angie!" Virei a mesa sobre ele.
"Harry!" Liam advertiu furioso.
"Liam!" Repondi no mesmo tom de voz.
"Andrew!" Dylan gritou pelo copo de água.
"Dylan!" Andrew respondeu.
"Bacon!" Niall berrou , fazendo-nos olhar confuso. Logo notamos o ser fantasiado de um bacon do faroeste.
"Senhores ordeno que se retirem antes que chamo a polícia." O sotaque alemão prevaleceu firme e arrogante.
Levantei meti meu abrigo por cima dos ombros e peguei a sacola. Fizemos o que pediu e seguimos para fora do BaconBar. Bufei e chutei uma lata de sardinha amassada. Meus olhos logo encontraram Dylan a contorcer-se de dor. De imediato pulei sobre o seu pescoço e soquei-lhe a cara. Ele logo retirou a mão da queimadura e a levou até a outra bochecha a qual eu lhe dei um soco. Instantaneamente apertei-lhe o local vermelho em carne viva, o fazendo berrar de dor. Dylan meteu sua mão em minha cara tentando afastar-me de sua queimadura. Pressionei minha unha até rasgar aquela camada queimada.
"Não fale da minha Angie! Tu nuncas irá encostar um dedo nela!" Grunhi com os dentes travados, enquanto espremia minha unha.
Dylan posou sua mão exatamente sobre meu nariz e o virou para trás, fazendo-me arfar com a dor. Larguei sua ferida sentindo o sangue escorrer-me. Ele de imediato empurrou-me fazendo-me cair sobre as latas de lixo.
"Desgraçado!" Os olhos de Dylan enchiam-se de lágrimas de fúria.
Levantei-me e puxei meu nariz quebrado para o lugar e disse-lhe rindo:
" Já estás a chorar bebé?"
Ele correu até mim feito um touro e cabeceou minha barriga, fazendo-me ficar sem ar.
"Chega!" Niall berrou entrando no meio e acabou por levar um soco de Dylan que o deixou inconsistente.
Aproveitei e envolvi meus braços em seu pescoço enquanto o enforcava. Durante meu ato lembro-me de meu imbecil pai nunca ter me dado atenção, de ter me deixado apodrecer na cadeia. Recordei da mãe que nunca tive, do amor de minha vida que me deixou.
"Harry solta-o!" Liam disse.
Perdas! Minha vida se resume a perdas. Todos vão embora quando eu mais preciso.
"Harry solta-o!" Liam berrou.
Senti Dylan ficar mais fraco e sem ar, ele estava a perder a vida em meus braços.
"Harry solta-o" Berrou novamente.
Senti um imenso baque de algo de metal contra a minha cara, a fazendo formigar, fazendo-me sentir uma tontura instantânea que fez cair contra a calçada sem forças.
"Merda!" Berrei enquanto espremia minhas mãos no local magoado.
Ao abrir os olhos notei que Andrew havia metido a lixeira contra minha cara.
"Levanta daí Dylan! Vem vamos cuidar desta droga de ferida nesta sua merda de cara!" Liam empurrou Dylan com a cara queimada, entrando em uma Ferrari a frente.
"Anda logo Styles! Já deu!" Andrew adentrou no carro.
Levantei-me aos poucos, apoiando os cotovelos no chão para criar forças. Logo senti o vômito escorrer por meus lábios, causando uma forte dor em meu estômago.
" Mas que merda!" Sentei-me na calçada e limpei minha boca com um pano qualquer em meu bolso.
Um dos capangas do Tony pegou Niall inconsistente e meteu no carro sem qualquer delicadeza.
O mesmo ofereceu a mão para ajudar-me. Se estivesse em boas condições até negaria, mas não estou.
Segurei sua mão enquanto ele guiava-me até o carro, puxei o cinto enquanto ele fechou minha porta e sentou no banco do condutor.
Logo já estávamos em movimento pelas ruas, e aos poucos Niall foi recobrando a consciência.
"Deixe-os no Casablanca. E me leve para os Hamptons. " Andrew ordenou.
"Senhor, o Sr.Walker ordenou que levássemos todos para os Hamptons!" O condutor disse calmamente.
"Não vês que ambos não estão em condição! Se citar o nome do Styles, Tony irá entender!"
Optei por dar de ombros com aquele cometário.
"E quanto ao outro carro?" Perguntou o condutor que eu assemelhava ao Arnold Schwarzenegger.
"Não importa!" Andrew respondeu originando um maravilhoso silêncio.
Logo saímos do condado de Nova Iorque, denominado Queens. E já se podia ver a Time Square. Creio que dormi durante todo percurso.
(...)
"O check-in dos senhores já foi feito. O quarto de ambos e na cobertura. " Uma rapariga avisou-nos com uma formalidade quase imperceptível para minha cabeça magoada.
Se estivesse em boas condições eu já haveria matado o Andrew.
Niall feito um zumbi andava pelos corredores do Casablanca.
"Nossa não me sinto tão mal assim desde a festa da vovó para comemorar a independência dos Estados Unidos." Falou enquanto entrávamos em um elevador.
"Ficaste bêbado na festa da sua avó?" Disse sem forças.
"As senhoras de nossa rua gostavam de um bom whisky..." Sorriu com a lembrança.
O elevador abriu e saímos. Ao entrarmos no quarto, senti uma insana dor em minha cabeça o que fez-me cair de joelhos.
"Merda! Merda! Merda!" Grunhi puxando meus cabelos.
" O que houve com tua cabeça?" Perguntou deitando-se sobre sua cama e já depositando o seu computador sobre ela.
"Andrew meteu-me a lixeira." Sentei-me na beira de minha cama.
"A sério Styles?" Niall desatou-se a rir de minha desgraça.
"É sério." Apertei meus olhos.
Ele logo olhou-me com cautela e guardou o riso,
"Estás a rir de que? Levou uma droga de um soco e ficou inconsistente. " Falei enquanto tentava conter a dor.
" Dylan estava tomado pela raiva." Defendeu-se.
" Aquele desgraçado! Quebrou a droga de meu nariz! Acho que os remédios para enxaqueca nem vão funcionar. " Praguejei.
" Ele cortou tua testa! Posso passar um medicamento caseiro aí!" Se ofereceu.
Olhei-o com espanto e repugnância.
"Estás a gozar-me a cara? Não vou deixar que passe algodão em minha testa feito uma rapariga!"
"A qual é Styles? Preferes ficar com esta dor e essa política patética de masculinidade ou ter uma boa noite de sono e um óptimo dia amanhã?" Ligou seu computador.
"Prefiro esta política patética de masculinidade!" Respondi.
Ele olhou-me com desprezo e desgosto.
"Sejas breve com esta droga!" Sentei-me dando por vencido.
"Foi a vovó que ensinou-me fazer. Serve para várias coisas. " Niall retirou um pequeno pote da mochila com um conteúdo gelatinoso verde . Abriu a tampa , molhou o algodão no mesmo e o passou em minha testa.
Novamente o que me fez pensar:
O que traria um rapaz tão gentil e inteligente para esta merda de caminho?
Niall teria tudo para se formar em Oxford, entrar para FBI e casar-se com uma rapariga maravilhosa. Não entrar em um caminho que a consequência é a morte.
" O que te trouxe aqui?"
" Ham? " Respondeu-me concentrado.
" Tu sabes para esta merda toda. Trabalhar para o Tony. Vender drogas. "
Ele encarou-me por instantes desejando não ter de responder esta pergunta. E por fim suspirou:
" Está vendo esta imensa janela em nosso quarto?" Indicou o dedo com o algodão. Assenti.
" Vês toda esta imensidão, essas luzes , estes prédios...Não são bonitos?" Assenti observando a beleza de Nova Iorque de madrugada.
"Vês a beleza de uma cidade, mas não vê a tristeza dos moradores. O mundo é assim,Styles. Tão imenso e bonito e ao mesmo tempo tão deplorável.O mundo é de aparências. Tudo é vaidade de uma vida perfeita..." Semicerrei os olhos em sinal de precisão.
" Eu nasci na Filadélfia, um bocado perto daqui. Eu morava com a minha mãe em um local bastante humilde e simples. Não tínhamos condições para nada. Muitas vezes tínhamos que abrir mão do que comer para pagar as contas. Enquanto meu pai ganhava demasiado dinheiro com suas ações na bolsa de valores e eu o idolatrava por isto. Eu achava aquilo a felicidade verdadeira. Uma casa em Beverly Hills, mansão nos Hamptons. Enquanto na verdade não era nada disto. Eu desprezava minha mãe, a achava uma perdedora e resolvi morar com meu pai aqui em Nova Iorque. Um ano mais tarde minha mãe faleceu de cancro nos pulmões, o que deixou-me destruído, nem sequer tive tempo de me despedir..." Niall novamente cessou os movimentos em minha testa.
"Eu sinto muito. " Disse.
"Não sinta. Meu pai desprezava-me e ele foi assassinado em minha frente por ter assassinado uma família apenas para comprar seu terreno para construir um Shopping em Malibu. Quando soube daquilo, eu percebi que as pessoas não são realmente o que parecem. Elas usam máscara de felicidade, e escondem seu lado escuro. Enquanto minha mãe lutava para sustentar-nos e continuava a sorrir, meu pai por perder alguns míseros dólares já o aborrecia. Por isto abandonei toda a herança de meu pai morto e fui para Dallas morar com a vovó. Só que eu não sentia-me bem, sentia-me culpado. E não queria usar máscaras feito meu pai. Eu queria ser o que eu era. Eu fugi de casa durante uma madrugada há sete anos e nesta noite encontrei Tony e ele convenceu-me a ir com ele. Eu escolhi este caminho, porque é um caminho doloroso, como eu me sinto por dentro. Não quero que me achem feliz quando eu sou triste. " Suspirou após terminar e voltou a passar o algodão em minha testa.
"Talvez tenha razão!" Franzi os lábios.
Ficamos em silêncio até:
"Droga Niall ! Aí está bastante magoado!" O repreendo.
"Oh! Achas que tenho as mãos da Angie!" Balbuciou.
Angie...eu tinha de encontra-la só assim seria feliz. Droga! Só queria saber como ela estava. Só queria dar-lhe um beijo, abraça-la. Ter de volta a coisa mais amável que eu consegui nesta vida. Tão linda! Dói-me tanto não poder fazer nada para acabar com esta distância.
Ao menos sei que ela está em Nova Iorque.
Porém algo me vem a memória? Será que ela continua mesmo aqui? Será que ela não fugiu durante esses cinco anos para outro sítio? Carolina do Norte? Filadélfia? Moristown?
Ou até mesmo as paradas que o ônibus faz de Dallas até Nova Iorque. Ela poderia ter parado em qualquer outro sítio antes. Em uma cidade pequena? ou uma cidade grande ?
Novamente a incerteza e o desespero de nunca mais a ver cobriu-me. Levantei-me bruscamente da cama, empurrando Niall para longe. Sentia meus músculos se contraírem e minha cabeça explodir.
"Não!" Berrei enquanto puxava meus cabelos e derrubava todos os objetos ao redor.
Senti minhas bochechas queimarem, eu estava a fazer algo que há anos era desconhecido para mim.
Eu estava a chorar.
A chorar feito um bebé. Sentia meus olhos arderem enquanto apertava minha cabeça magoada.
Meu estômago se contorcia e eu sentia a droga de um vazio
Chorar por ter perdido tudo, chorar por não ter nada.
"O que foi cara? Nossa! Tu estás a chorar?" Niall perguntou incrédulo.
"Sim eu estou a chorar. Porque tudo que o Dylan disse-me era verdade. O meu pai abandonou-me na cadeia. A Angie a coisa mais valiosa para mim desapareceu. Será que eu sou realmente o vilão?" Sentei em um banco a esfregar-me o cabelo freneticamente.
Niall permanecia boquiaberto ao ver minhas lágrimas, era como se estivesse vendo o um super herói da Marvel.
" Eu fui burro Niall! A Angie pode ter parado em qualquer outro lugar há cinco anos! Ela pode estar em qualquer outro sítio, e eu não posso sair por aí por conta de uma merda de acordo. Eu posso nunca mais a encontra-la. Eu a amo tanto! Eu não posso viver sem ela! Eu simplesmente não posso!" Suspirei antes de continuar:
"...ela é tudo o que eu tenho. "
Limpei as lágrimas indesejadas e cocei as têmporas.
" Ah! Com isto não se preocupe. Sei que é estanho cara! Mas eu gosto de tu, o considero como um grande amigo. Mesmo que me odeie. Eu pesquisei o antigo telefone da Angie e o seu antigo número foi cancelado no dia 25 de julho de cinco anos atrás e no mesmo dia foi comprado um chip no nome de Carl Goulding..."
Senti meu sorriso aumentar inesperadamente.
"Continue..." Incentivei.
" Eu estive a rastrear. Porém não foi com precisão, porque meus aparelhos de última linha ficaram na base que foste explodida. Ele se situa em algum lugar recentemente próximo a Time Square. "
"Niall tu eres um gênio!" Sorri. Ela voltaria a ser minha.
" Eu sei! Eu sei! E eu pesquisei o nome de alguns apartamentos pequenos, de solteiro e de um custo acessível para tu procurares. " Entregou-me a lista.
" Também arranjei-te um emprego de zelador em um liceu primário próximo para tu conheceres mais a região. "
"Obrigado! A propósito não odeio-te!" Disse-lhe.
"Não há de que! Se ela é sua verdadeira felicidade vá atrás!"
"Eres um gênio! Mas tu sabes se alguém perguntar se esta conversa existiu vou nega-la até a morte. "
" Eu já imaginava. "
Olá meninas(os) , desta vez eu postei mais rápido não foi? Mereço comentários hahahha.
Algumas notas para vocês:
1 - O liceu primário é o liceu do Edward.
2 - Este capítulo eu havia o achado um lixo, mas após terminar eu o adorei.
3- O próximo capítulo é um dos meus favoritos. É incrivelmente fofo.
4- E por favor de coração cometem o que acharam desta conversa de Niall e Harry.
Só isso, Beijos.
Xxmariana
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