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03| A SWEET CONVERSATION

- Dark Side

T E R C E I R O

(...)

• A n g i e •

Edward dormia semelhante a um anjo em meu colo. Meus dedos acariciavam seus cabelos lisos, enquanto ele estava a respirar profundamente.
Estávamos deitados no sofá , embrulhados em cobertor bem quente, já que estavas a nevar lá fora.
Nova Iorque estavas um alvoroço de carros, por causa da nevasca, gerou um engarrafamento.
A Tv estavas ligada em um canal de culinária. Onde eu estava a aprender a fazer doces para meu Edward e para Olívia.
Estavas a entreter-me com o apresentador, até lembrar-se de qual data era hoje.

O aniversário do Harry.

Meu coração começou a palpitar mais rápido, estavas a parecer que ele abriria a porta do apartamento a qualquer instante.
Senti-me o medo invadir minhas veias , comecei a soar frio.
Não sei o verdadeiro motivo, não o parabenizo há míseros cinco anos.
Só lembro-me de uma vez que esqueci seu aniversário , foste a primeira vez que magoou-me.
Ele disse-me que eu era a única que não podias esquecer-se de seu grande dia. Segundo ele , foi o dia que minha alma gêmea nasceu:

Harry

"Desculpa-me Hazz! Eu esqueci-me, não voltarás a acontecer." Implorei em meio as lágrimas. Nunca tinha visto-o tão furioso.

" Tu não podes esquecer-se. Eu sou sua alma gêmea, sua cara metade. Tu nasceste para mim, esqueceu-se?!" Berrou empurrando-me contra a parede. Pressionou seu corpo contra o meu. Aquilo era tão estranho para mim, Harry estavas a assustar-me.

" Do que és que tu estás falando?" Minha voz saiu em um fio.
Ele começou a falar de 'alma gêmea' faz uns dias. Aquilo equivocava-me.

Parece que minha pergunta o deixou mais furioso do que já encontrava-se.
Ele agarrou meu pescoço , assuntando-me por completo. Não estavas a acreditar que o homem que eu mais confiava estavas a enfocar-me.
Ele o apertou com tanta força, que eu pensava que iria morrer a qualquer instante. Sentia a falta de oxigênio em meu cérebro. Agarrei em suas mãos, tentando tirá-las de meu pescoço.
Mas a fúria em seu olhar era notória.

"Desculpa meu amor!" Sussurrei pingando uma lágrima nas grandes mãos de Harry, naquele momento achei que seria meu último suspiro.

Mas ele soltou-me, senti meu corpo em contato com o chão.
Abri a boca, necessitando de todo ar possível. Deito ao piso de madeira, em minha insignificância. E só ouvi o som da porta de meu apartamento.

Ele havia saído.

Depois disso, eu parei para pensar.
Eu não acreditava no que ocorreu, ele enforcou-me?! Ele iria matar-me, eu o amava tanto. O que aconteceu com ele?
Ele tornou-se um monstro. E á partir daquele instante eu odiava-no.

Como sofri nas mãos daquele homem.
Recordo-me de ter tentado separar-me dele naquela semana. Eu não acreditava no que ele havia feito. Uma rapariga inocente.
Tentei fugir dele , disse-lhe que estavas tudo acabado entre nós, passei uma semana no Alabama a visitar minhas primas.
Ele ficou desesperado, e foste atrás de mim. Agarrou-me os cabelos e trouxe-me a força para casa, onde pela primeira vez socou-me a cara.
Depois chorou-se arrependido.
Depois todos os socos, tapas , ficaram piores, e depois já não era mais nada, após ele usar aquilo.

Neste instante tentei entreter-me com outra coisa, esta lembrança era demais para mim.
Edward remexeu-se em meu colo, fiz o mesmo para que ele não fique desconfortável.
Levantei-me manga de minha blusa, e vi algumas marcas.

Oh Angie, para de torturar-se.

Rapidamente abaixei a mesma, e passei a concentrar-me no Crème Brulée que passava no canal de culinária.
Sempre foi um doce que desejava aprender a fazer.

(...)

Acordei com barulho de alguém batendo palmas. Palmas?!
Abri os olhos lentamente , esperando meus olhos adaptarem-se a luz.
Olívia estavas a bater palmas para acordar-me junto ao Edward.
Logo dei-me conta que dormi no sofá.
Espreguicei ,bocejei e depois sentei-me a olhar o profundo nada.
Olívia não deu-se por vencida e estalou seus dedos em frente minha cara.

"Já acordei!" Murmurei.

Tive uma noite maravilhosa, o sofá és mesmo confortável.
Edward abriu seus pequenos olhos , sentou-se , bocejou e depois abraçou-me.

" És tão lindo,meu pequeno rapaz!" Beijei-lhe as bochechas.

" Pequeno não mamá , grande rapaz!" Corrigiu-me.

Ele levantou-se em um átomo e foste abraçar Olívia, ela lhe fez um bocado de cócegas.
Sorri!
Queria que Edward tivesse uma figura paterna, ele nunca questionou-me sobre o pai, mas um dia eu sei que vás.
Levantei-me, fiz um rabo de cavalo, desloquei-me até a cozinha. Senti um cheiro delicioso e doce.
Notei que Olívia havia feito waffles.

" Tia Olly, waffles obrigado!" Agradeceu-lhe Edward entusiasmado.

Peguei dois pratos , coloquei um waffle para meu filho e um para mim.
Derramei a calda de chocolate escaldante,os olhos de Edward brilharam com tal.
Coloquei seu prato sobre a mesa junto ao meu.
Logo nos sentamos.
Olívia olhou para o relógio e pegou sua bolsa instantaneamente.

" Olívia tens aula hoje?" Pergunto.

Hoje és sábado, acho que não deverias ter.

" Não. O professor de gramática chamou-me para tomar um pequeno-almoço junto á ele." Disse envergonhada.
Esbocei um sorriso malicioso.

" Juízo!" Adverti , ela rolou os olhos e saiu pela porta.

" Então mamá , qual és o nosso programa para hoje?" Perguntou-me Edward.

Todo o sábado meu filho e eu fazemos algo. Ás vezes pedimos pizza e jogamos Crazy Dance, ou jogamos Monopoly, Clue. Qualquer jogo que venha nos entreter. Ou comemos tacos, na Time Square tens um maravilhoso .

" Não sei! Posso pedir uma pizza e tentar fazer um Crème Brulée como sobremesa e podemos jogar Xbox, que tal?" Disse por fim.
Edward pareceu pensativo.

" Não mamá , não quero pizza! Quero um hambúrguer do Mc Donalds." Propôs.

" Ok, pedimos a Tia Olívia para ir comprar quando voltares." Mordi um pedaço de meu waffle.

" Não mamá , eu quero sair de casa. Podemos ir até a casa de hambúrguer?!" Propôs.

Fiquei pensativa, até entendo o Edward, ele quase não sai de casa por conta do medo que eu tenho. Mas se o....queres saber!

" Vamos sim! E quando voltar comemos o Crème Brulée e jogamos Xbox." Um sorriso Sincero formou-se em sua cara.
Ora pois , para uma mãe , um sorriso de uma filho e um dos tesouros mais valiosos.

(...)

Olhei os armários da cozinha de Olívia, afim de encontrar os ingredientes necessários para o Crème Brulée .
Sorri ao encontrá-los.
Peguei oito ovos, um saco de açúcar refinado e os outros ingredientes precisos.
Peguei um recipiente , misturei as gemas, o açúcar refinado e a baunilha. Em seguida desloquei-me até o balcão,onde peguei o creme de leite e o acrescentei a mistura , até a mesma tornar-se homogênea.
A levei ao fogo em banho maria, e remexi até que tornar-se um fina camada, que dava-me água nos lábios.
Os distribui em seus pequenos recipientes e os coloquei na geladeira.
Bem, seria no máximo cinco horas.
O tempo que vou ao Mc Donalds com o Edward e jogamos Clue.
Desloquei-me até o quarto de banho, despi-me , relaxei um bocado na água morna.
Minha temperatura estava um bocado elevada por conta do calor do fogão.
Enrolei-me na toalha, estiquei-me um pouco para desligar o chuveiro.
Peguei uma escova que estavas sobre a pia, penteei meus cabelos e depois os sequei com o secador.
Fui até meu quarto e o de Edward, onde vesti uma calças gangas e um camisola rosa. Coloquei um sobretudo por cima, os amarrei na cintura.
Fiz uma maquilhagem simples e fui ter com Edward.
Ele encontrava-se deitado a assistir um episódio de Scooby-doo.

" Anda vamos ,pequeno ! Temos que nos sair." Vi um sorriso formar-se em seus lábios.

Edward deu um salto e correu até o quarto de banho.
Voltei para o quarto, onde escolhi duas peças de roupa para ele.
Logo o mesmo veio enrolado em uma toalha e abraçou-me.
Sai do quarto a pedido do mesmo, já que segundo a ele, raparigas não podem ver rapazes nus.
Coitado!

(...)

Pegamos um taxi que nos conduziria até o Mc Donalds.
Edward passou o caminho inteiro a falar de como gostava dos hambúrguer de lá.
Sorri ao vê-lo extremamente contente com este simples ato meu.
Segurei sua pequena mão.
Logo avistamos o gigantesco "M" que fica no alto do estabelecimento.
Abri a porta, paguei o táxi.
Ajeitei os cabelos esvoaçados de Edward.
Beijei-lhe a testa.

"Mamá, Pará! Queres me fazer pagar vergonha!" Me repreendeu.

Soltei uma gargalhada estrondosa para o ouvido de quem estavas ao redor.

" Olha só , ainda és espalhafatosa!" Levou a mão a cara.

Logo meus olhos bateram contra um mesa vaga. Coloquei Edward para sentar-se e fui até a fila fazer os nossos pedidos.

"Ficas bonitas a sorrir!" Alguém sussurrou em meu ouvido. Senti meus pelos arrepiarem-se.

"Oh Chris és tu! Queres matar-me!" Levei a mão ao peito. Ele gargalhou.

"Não tenho culpa se tua gargalhada contagiou-me!" Ele fitou-me com seus profundos olhos azuis.

"Oh nossa! Foste tão alta assim?" Senti um rubor em minhas bochechas.
Ele assentiu. Naquele momento percebi o quanto era bonito. Tinha cabelos castanhos e um barba castanha mal feita.

Hum Sexy!

Balancei os cabelos repreendendo-me com aquele tipo de pensamento.
Porque na verdade, depois do Harry, sinto-me totalmente presa a ele. Como se não conseguisse fugir. E estou tão livre, mesmo passando cinco anos, mesmo ele estando a quilômetros de mim, ele em Dallas e eu a cá em Nova Iorque, ainda sinto-me como se ele estivesse atrás de mim a cada instante.

" O que vieste fazer a cá? " Perguntei-lhe, mas logo notei que este local era público , ele poderia vir aqui a qualquer instante.

"Não és óbvio, vim comer!" Riu-se com as mãos dentro do bolso de seu abrigo.

"Oh sim! que pergunta idiota esta a minha!" Rolei os olhos com aquilo.
Logo um silêncio constrangedor ocupou lugar. Exibi um sorriso reconfortante e virei-me para a atendente.

" O que vai pedir senhora?" A rapariga ruiva com o crachá escrito Jessica, atendeu-me.

" Um cheddar e um cheese buguer , mais batata e duas Coca Colas."
Ela assentiu e logo repetiu meu pedido para os funcionários da cozinha.
Peguei a ficha que a mesma e dera, e fui para a outra fila.

Logo peguei meu pedido e fui sentar-me no local marcado por Edward. Chris estavas a procurar um lugar para sentar-se, mas todo o sítio estava cheio.

" Chris, quer se sentar conosco?" O convidei. Notei um sorriso esperançoso em seus lábios.

" Sim, porquê não?!" Deslocou-se para o banco ao meu lado.
Chris cumprimentou Edward e deitou-me um olhar curioso.

" Estás muito bonita para alguém que vem apenas à um Mc Donlads!" Observou.
Senti o sangue concentrar-se em minha bochechas.

" Minha mamá és bonita." Advertiu Edward com a boca suja de mostarda.

" Obrigada Chris, és muito gentil!" Sorri envergonhada.
Meu coração estava a começar a palpitar mais rápido por ele. Talvez a vida estaria dando-me uma segunda chance. De amar e ser amada.

" O que gostas de fazer?" Subitamente perguntou.

" Não sei, acho que subir no terraço de um prédio e olhar os carros a passarem pela rua." Disse por fim.

" Nossa! Por quê?" Espantou-se.

" Acalma-me." Concentrei a atenção em minhas batatas.

" És uma rapariga muito diferente das outras Angie!" Apertou minha mão,

Ri-me um bocado. Mal sabe ele que gostaria de ser como elas. Ter a vida normal, um rapaz que ame-lhe de uma forma saudável. Que lhe de carinho e amor, e não seja possessivo e possua uma desejo doentio por ti. Que te dê uma família feliz, e não marcas por todo seu corpo.

" Qual sua cor favorita?" Chris havia notado o silêncio constrangedor entre nós, e então o quebrou.

" Rosa." Respondi sorrindo e observando Edward tão concentrado em seu cheese-burguer.

" Isso és bem comum!" Mordeu seu hambúrguer.

" Qual sua flor favorita?" Limpou o canto da boca.

" Adoro as rosas." Sorri ao lembrar quão bela elas são.

" Qual seu maior medo?" Aquela súbita pergunta fez meu coração palpitar mais depressa. Meu maior medo era ele, era ele voltar a magoar-me, era ele encontrar-me aqui em Nova Iorque, era ele obrigar. -me a ficar com ele. Senti meus olhos aquecerem com as lágrimas.

" Ei Angie, se não estiver bem, não responda." Chris acariciou meu braço.

" E...escuro. É isso aí, tenho medo de escuro!" Gaguejei encolhendo os ombros.
Chris pareceu desconfiado , mas deu de ombros.

" Agora pergunte-me algo Angie, senão vou estar semelhante a um intrometido. " Levantou as mãos em redenção.

" Ok! O que mais gosta de fazer?" Dei-me por vencida.

" Conversar com as pessoas." Sorriu e mordeu seu hambúrguer.

" Cor favorita?" Ajeitei o meu abrigo.

" Verde." Riu-se e mordeu uma de suas batatas.

" Sempre gostou de história? " A matéria cujo ele dava aula.

" Não. Até o décimo ano odiava!" Assumiu.

" Frase de um pensador favorita?" Perguntei-lhe com um ar de curiosidade.

" ' A imaginação é mais importante que o conhecimento.' Albert Einstein." Completou com um certo orgulho presente na voz.

" Por quê?" A minha curiosidade era notória.

" Sempre fui um miúdo com bastante imaginação!" Admitiu.
Sorri, de certa forma Chris estava a encantar-me.

Terminamos nossas refeições e fomos para a saída. Senti a brisa gélida de Nova Iorque inundar-me, arrepiando meu pelos .
Edward estavas a rir com as besteiras que Chris dizia.

" Então ficamos por aqui." Se recompôs para despedir-se de mim.

" É..." Sorri envergonhada.

" Queres sair comigo amanhã à noite?" Coçou a nuca.

Sua pergunta pegou-me de surpresa. Eu não sabia o que dizer. Ele estavas a ser tão querido. Talvez eu estivesse com medo do Harry, mas isso não iria abalar-me mas. Eu mereço ser feliz como qualquer outra rapariga.

" Sim Chris, eu quero!"

Obrigada pelos belos comentários e pelos votos lindos! Obrigada meninas e muito importante para mim! Eu sei que a história estás meio café com leite, mas as tendem a melhorar para nós e piorar para a Angie a partir do capítulo 6. Eu peço por favor comentem, isso estimula! E se quiserem que eu leia a fic de vocês! Mandem mensagem!
Comentem
XxMariana. :)

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