01| PAIN
- Dark Side
P R I M E I R O
(...)
• A n g i e •
"Acorde meu bebé! Está na hora da escola!" Beijei-lhe a testa de Edward, ele sorriu , mas continuou ao seu doce soninho. Sorri e baguncei um bocado seus cabelos lisos e nada.
"Vejas só , se tu não vens por bem, viras por mal!" Ele riu-se um pouco com minha ameaça.
"Ok! Foste tu que quiseste assim." Enfiei minhas mãos sobe seu cobertor quentinho , até chegar a sua barriga lisa. Comecei a fazer cócegas naquele local, e pude ouvi-lo a gargalhar alto e começar a remexer-se em descontrole em sua cama. Deitei-me meu torso por suas costas , e beijei-lhe a bochecha.
"Chega mamá já vou levantar-me, e pare de beijar-me já sou homem!" Levantou-se da cama com os cabelos desgrenhados. Reparei em seu pequeno e frágil corpo de miúdo de 5 anos.
Parece que foste ontem que o carreguei em meus braços!
Lamentei o quão crescido ele estava. E o pior tão parecido com ele.
Aquele pensamento deu-me náuseas.
Não meu filho não és nem um pouco parecido com ele! Não és!
Meu pensamento saiu em um forma de súplica para comigo mesma.
Edward és tudo para mim, o único que eu tenho , o único que estás comigo, o único que alegra-me. Mas tudo nele faz-me recordar-me dele.
Seu sorriso, seus olhos que são tão verdes quanto, ele também tens duas covinhas em suas bochechas. A única coisa que tens a parecer comigo são seus cabelos castanhos cor de palha.
Tenho a noção que o Edward e uma ligação minha com Harry, sempre vou estar ligada a este monstro.
Por mais que isto seja a verdade, tento esquecer-me dessa fato. Ora pois, o Edward és a coisa mais doce que já consegui, a única coisa pelo qual não arrependo-me de ter namorado aquele ogro.
Edward és minha única família, meus pais eram muito tradicionais , ou seja , expulsaram-me quando eu lhes disse que estava grávida. Fiquei desamparada, a única pessoa na qual eu poderia contar , mesmo ela magoando-me era Harry, só que na semana seguinte ele foste preso, ele passou dos limites, e deu-me a pior noite da minha vida, ele magoou-me tanto. Tenho marcas até hoje,marcas que fazem-me sentir-me uma rapariga feia, cicatrizes que deixam-me horrenda.
Faz-te cinco anos que se passara isto, mas ainda assombra-me em pensamentos.
E se ele voltar?
Esta pergunta rodopiava-me a mente, causava-me calafrios na espinha. Ele voltaria furioso, cruel e mataria-me. Ou até mesmo Edward, ele não acreditaria que o mesmo era seu filho.
Este foste o motivo pelo qual sai do Texas, e mudei-me para um local que ele não sabe que tenho amigos. Caso um dia ele seja solto. Nova Iorque era a única opção para uma grávida com poucas moedas guardadas.
Moro em um pequeno apartamento próximo a Time Square. Não és um local de luxo, és um apartamento um bocado pequeno bem escondido pelo grandes edifícios de Nova Iorque.
Eu o divido com Olívia, uma amiga minha, que quando lhe expliquei minha situação, tudo o que sofri nas mãos de Harry, ela logo deu-se por sentir compaixão e ofereceu-me seu apartamento por uns tempos. Acabei por ficar aqui por cinco anos , já que a mesma não quer nos deixar ir, ela és bastante apegada ao Edward.
Ela não deixa que eu saia de casa para nada, apenas para buscar meu filho no Liceu. Ela acha que assim és melhor, já que Harry não sabe que temos um filho.
Sai de meus devaneios ao ver um ser de toalha do Homem-Aranha circular-se pelo quarto. Os cabelos de Edward estavam encharcados.
" Quer ajuda com os cabelos?" Belisquei seu rabo. Ele riu-se um bocado.
" Não mamá já sou um homem! Sei cuidar-me sozinho." Garantiu-se e beijou-me a bochecha.
" Oh sim, a mamá vai estar a preparar seu pequeno-almoço!" Suspirei e encarei o chão empoeirado.
" Mamá tu és a mulher mais bela deste mundo! " abraçou-me. Senti-me os pelos arrepiarem com o toque gelado e molhado dele.
" A mamá te ama!" Apertei-lhe suas bochechas coradas.
Ele sorriu e correu para arrumar-se.
Alevantei-me da cama e desloquei-me à cozinha.
Olívia encontrava-se sentada lendo um jornal com uma expressão nada agradável em sua cara.
Abri a geladeira, peguei a ovos e bacons para mim e Edward. Peguei um panela, passei um bocado de manteiga em seu fundo, para ficar saboroso,quebrei os ovos e os despejei na frigideira , pude ouvir um pequeno estalo.
" Angie?" A voz que identifiquei como a de Olívia chamou-me a atenção.
" Sim?" Lambi meus dedos melados de manteiga.
" Tenho uma péssima notícia." Alertou-me com uma expressão nada boa.
" Ora pois , Fale!" Ordenei curiosa.
" Segundo ao jornal, a polícia americana vai rever a ficha criminal de presos com mais de cinco anos de cadeia."
" Diga mais Olívia." A incentivei.
" Ou seja , Bastantes chances de seu ex namorado seres livre." Disse com um ar de tristeza.
Meu pulsação aumentou neste instante , após ela terminar a frase , revivi todos os momentos assombrosos do passado. Os cortes, as cicatrizes , o sangue, as lágrimas e principalmente a dor. Medo de tudo voltar a acontecer. Eu sei que ele não esqueceu-se de mim, eu sei de seu doentio desejo de possuir-me, ele ia procurar-me pelo país com fúria, não desistiria até encontrar-me.
Eu não queria sentir o que eu sentia, seus beijos davam-me repugnância, aquela forma violenta na qual preenchia-me os lábios, quando fazíamos amor, ele sempre deixava-me um hematoma , de tanto apertar-me , sinto náuseas ao recordar-se disso.
Odeio-no, odeio-no com todas minhas forças.
" Eu vou morrer!" Sussurrei. As lágrimas começaram a acumular-se em torno de meus olhos.
" Ei Angie, já paraste com isto?!" Limpou-me as lágrimas.
" Aquilo és só uma hipótese, tenho certeza que não vás acontecer, certo?!" Beijou-me as bochechas.
Assenti incrédula, queria tanto poder acreditar.
" Mamá , cadê meus ovos com bancon?" Edward se fez presente na pequena cozinha de Olívia.
" Estás aqui meu filho! " Me recompus e depositei o ovo sobre seu prato. Enxuguei as lágrimas para que não as notasse.
Olívia deu-lhe um um beijo na cara e ele sentou-se ao seu lado.
" Conte pra sua mamá o que contou-me Edward." Incentivou Olívia.
Deitei-lhe um olhar confuso em ambos.
" Tia Olly era pra ser um segredo." Repreendeu-na Edward com uma expressão séria.
" Ora pois agora trate-me de contar-me Mocinho!" Sentei-me junto a eles a mesa.
" Tudo bem! O professor Chris contou-me que tu és a mãe mais bela do liceu, e que era pra mim falar-me sobre ele contigo. Então..." Criou um expectativa.
Chris era seu professor de história, ele és muito bonito, mas não quero envolver-me com ninguém.
" Ele quer ser apenas meu amigo." Queria retirar esta malícia o quanto antes da mente de Edward.
" Não mamá! Tu és tão inocente! Ele quer dar-lhe um amasso!" Berrou obviamente.
" Edward!" Berrei assustada com seu tipo de cabeça. Olívia gargalhou estrondosamente, Edward ficou um bocado sem graça com o que dissera.
(...)
Segurei a pequena mão de Edward enquanto o conduzia até o liceu. Ele parecia estar entretido com seu boneco.
Fiquei a pensar no que Olívia dissera-me na cozinha à uns 30 minutos.
Fazia 5 anos que não via mais a cara de Harry Styles, o filho do grande e imbecil empresário Des Styles. Neste período descobri que ele estavas a envolver-se no mercado negro. Harry sempre fora arrogante com todos, mas comigo quando não estavas irritado , queria que eu lhe desse carinho e amor. Sua prisão foste um escândalo para mídia, ainda mais pelo motivo.
Ninguém nunca mais o visitou, eu não tenho a coragem de vê-lo. Eu tenho medo e ódio de sua cara. Uma cara que um dia achaste a mais bela de todo universo.
Afastei-me daqueles devaneios ao chegar ao liceu. Edward repentinamente soltou-me a mão e correu em direção á seus amigos.
Fui tentar segui-ló, mas logo dei um encontrão com alguém.
" Olá miss Goulding!" Cumprimentou-me Chris o professor de história.
" Olá senhor Herrera! " Respondi-lhe corada ao relembrar da revelação de meu filho.
" Como estás?" Perguntou com um tom galanteador.
" Estou bem! E o senhor?" Respondi-lhe reparando em seus cabelos castanhos e seus olhos azuis.
" Por favor Miss Goulding , chame-me de Chris." Sorriu colocando as mãos dentro do bolso de suas calças apertadas.
" Então o senhor chame-me de Angie." Sorri. Ele assentiu.
" Seu filho és um ótimo aluno, Miss....Angie." Corrigiu-se.
Sei que falar bem de meu filho és um tipo de cortejo.
" Ele fala muito de ti, Chris." Respondi envergonhada.
Ele sorriu. Ora pois devias estar a pensar que seu plano deste certo.
" Que ótimo! Permita-me dizer que estás muito bela hoje!" Admirou-me.
Sorri sarcástica. Bela só por fora, até ele ver-me as cicatrizes em minhas costas , em meus braços, atrás de meu pescoço. Já não acho-me bonita, meu corpo já não agrada mais nenhum homem. Sou horrível. Ele tornou-me horrível.
" Obrigada." Respondi friamente.
Ele ficou um bocado envergonhado com minha resposta.
" Sabes, é... Queria sabe se tu estarás livre sábado ao anoitecer, poderíamos sair para jantar?" Deitou-me um olhar esperançoso.
" Olha , Chris, tu és um doce, mas não dá, acabei-me de sair de um relacionamento. Não estou pronta para entrar eu outro. Sinto muito!" Lamentei. Chris era tão belo, que até doía o cérebro de pensar em rejeita-lo.
" Oh claro, até mais Miss Goulding." Despediu-se apertando minha mão.
Sorri e acenei com a cabeça.
Suspirei , com certeza a Olívia teria matado-me ao saber quem eu dispensei. Mas foste preciso.
(...)
" Tu dispensaste Chris Herrera, o professor mais belo de Nova Iorque?!" Berrou Olívia incrédula com a informação que recebera.
" Olha eu não estou pronta , Ok?" Defendi-me.
" Não estás pronta, ou tens medo dele?" Desconfiou-se.
Congelei por um instante. Medo? Poderia estar com medo do que o Harry estaria a pensar.
Meu silêncio foste sua resposta.
" Ele não vai voltar,ok? Ele não está aqui mas." Ela tentou acalmar-me pousando suas mãos sobre meus ombros pálidos e anêmicos.
Rapidamente senti meus músculos ficarem mais fortes quando sai de meus pensamentos. Olívia abraçou-me com seus braços gordos.
Olívia Rogers, tinha 30 anos, era professora na Universidade de Manhattan. Nunca teve muita sorte com rapazes, então resolveu viver sozinha, segundo ela , ajuda a pensar mais na vida.
Ela tem um corpo desajustado, nem tão gorda e nem tão magra, ou seja tens bastantes curvas ,cabelos encaracolados negros e sardas nas bochechas.
Olívia és formada em psicologia, ou seja , por isso sabe bem como acalmar alguém. Ela és um anjo em minha vida, sabe como aquietar-me quando penso no terrível passado e sabes acalmar Edward , quando o mesmo passa por um crise de asma.
" Eu preciso de um banho!" Sai do meio de seus braços e fui ao quarto de banho.
Lavei minha cara , e notei minha pele anêmica, meus olhos fundos, minha boca esbranquiçada, parecia um morto-vivo.
Despi-me e fitei-me ao espelho.
Como o Chris poderia achar isto belo, quando as visse correria e espalharia para todos minha dor. Havia várias cicatrizes pelo meu braço.
Oh !como eu sou feia! Pensei.
Passei a mão sobre minha feridas e senti as lágrimas começarem a escorrer por minha cara. Eu era tão feia , tão horrível , tão magoada.
Virei-me de costas e movimentei um pouco meu pescoço para enxergar as cicatrizes de minha costas.
Lembrei-me da dor que senti quando as recebi.
Recordei-me de meus 18 anos , era tão feliz , tão linda, tão eu mesma, sem marcas pelo meu corpo.
Hoje sou magra , pálida e anêmica.
Sou um monstro deformado.
Hoje tenho 25 anos, e parece que estou a ponto de morrer de tão fraca.
Entrei no box , tentado relaxar sobe a água quente, tentando esquecer-me de meus problemas, mas foste em vão:
"Desculpa Angie, perdoe-me meu anjo, por favor! Deixei-me cuidar de você."
Afastei-me de seus braços.
" Não me negues meu amor, isso destrói-me , anjo!" Ele pousou a toalha sobre minha testa ensanguentada.
" És tão linda até sangrando." Beijou-me a bochecha.
" És a coisa mais linda que já vi." Beijou-me os lábios com delicadeza.
" Me magoaste outra vez." Minha voz saiu em um fio. Em mal conseguia respirar.
" Perdão! Mas tu tens de ser mais cuidadosa! Mas estás cicatrizes te caem bem, assim qualquer homem poderá ver que pertence a mim." Acariciou minhas duas bochechas.
"Não pertences?" Sussurrou em minha orelha.
Fiquei quieta, não consegui conter meu orgulho. Eu odiava-no.
" Não pertences?" Apertou-me os braços , fazendo-me gritar. Ele estava a ficar cada vez mais furioso.
"Pertenço." Solucei em meio as lágrimas.
" Meu anjo, apenas meu!"
Soltei um grunhido de ódio e de repugnância a ele. Ele estragou-me a vida, minha carreira, tudo!
Sai do banho, enrolei-me na toalha e desloquei-me ao quarto que divido com Edward. A joguei sobre a cama, vesti-me uma calça e uma T-shirt rosa e um abrigo preto. O clima estava quente, mas eu não gosto de mostrar meu corpo a ninguém.
Logo daria o horário de buscar Edward no liceu. Queria seu abraço, o único que acalmava-me. Queria que ele contasse-me como fora seu dia, e se ele conversou com Ally , a miúda pelo qual se diz " apaixonado".
Eu agradeço a Deus por ele ter me dado o Edward, senão seria sozinha , com certeza acabaria mal sem seus risos que alegram-me o interior.
Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e desloquei-me até a sala.
Olívia já havia saído, com certeza para mais um de seus horários de aula.
Fui até a geladeira e peguei uma maçã.
Sentei-me no sofá , para ver um bocado de TV, enquanto esperava dar o horário de buscar Edward.
Eu odeio ficar em casa parada, quando era jovem , eu trabalhava em uma lanchonete e depois de meu turno saía com os amigos do liceu.
Sinto saudades de trabalhar, odeio que Olívia sustente Edward e eu.
Seu salário és ótimo, mas eu não gosto que as pessoas carreguem-me nas costas. Ela não quer que eu trabalhe, pois já trabalhou em um sanatório, e lá conheceu pessoas como Harry, ela sabe que eles são incansáveis, então qualquer pista que eu der, no futuro ele encontra-me.
Mas sou boa em economizar, ainda tenho algumas moedas , quando eu quero comprar algo pra Edward as utilizo.
Ás vezes faço um dinheiro , ajudo o porteiro, as camareiras. Todos eles sabem o que passei, por isso ajudam-me. Sou muito grata à eles.
(...)
O caminho até o liceu foi calmo, era Outono nos Estados Unidos , ou seja , havia muitos cascalhos pelo chão, fazendo-me pisar neles, criando um som nada monótono.
Ajeitei meu abrigo , fechando o zíper bem lá em cima. Coloquei a touca por cima de meu cabelo. Não queria que as pessoas prestassem bastante atenção em minha cara.
Ao avistar o liceu, abaixei-me a touca e fui ter com Edward que estavas a brincar com os amigos de luta.
Quando avistou-me veio correndo em minha direção.
" Mamá !" Berrou com entusiasmo.
Ele rodeou seus braços em volta de minha anca.
" Oi meu amor!" Baguncei seus cabelos.
" Mamá , estes são: Gibson e Daniel, meus melhores amigos. Pessoal está és minha mamá Angie." Apresentou-nos.
" Oi tia Angie!" Cumprimentaram-me os meninos. Sorri para eles.
(...)
Edward logo despediu-se deles e na saída logo tive o prazer de cruzar com Chris Herrera novamente. Ele soltou uma piscadela para mim , sorri em resposta.
Na hora do jantar, Olívia , eu e Edward resolvemos pedir um pizza. Ajeitei a mesa, coloquei uma toalha vermelha sobre a mesma. Cortei pedaços de queijo em cubo com para petiscarmos, peguei uma garrafa de vinho para Olívia e eu, coloquei refrigerante para Edward.
Logo o entregador chegou, Olívia trouxe a pizza e a colocou sobre a mesa.
Cortei um pedaço para mim e meu filho.
Servi o vinho para ela e sentei-me para comer.
Logo começamos a conversar e gargalharmos com nossas histórias.
Edward contou-nos que queria dar um amasso em Ally, o que nos fez gargalhar a noite inteira.
Esses cinco anos estou realmente mais feliz. Eu não quero que esses momentos leves acabem. Ele não pode voltar e estragar tudo isso, não pode.
Ola meninas! Obrigada pelos votos! Espero que gostem! o próximo capítulo tem um P.O.V do Harry. É isso! Beijos!
XxMariana
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