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04

Winter's pov:

O professor Park está postado diante do quadro no meio de uma explicação infinita sobre algum assunto, mas minha mente vaga bem distante das vertentes das técnicas de entrevista.

Eu estou ocupada em reunir motivos que justifiquem por que Jimin e eu não devemos mais nos sentar juntas e os anoto em uma lista no verso de um antigo questionário. Assim que a aula acabar, eu vou apresentar meus argumentos ao professor. Não coopera para a realização dos deveres, escrevo. Demonstra pouco interesse no trabalho de grupo.

Mas são as razões que não foram listadas as que mais me incomodam. Achei a atitude de Jimin inquietante e estou apreensiva com o incidente da casa noturna na noite anterior. Não estou tão certa de que Jimin está escondendo alguma coisa significativa, mas não posso deixar de ignorar essa situação.

Ao pensar na possibilidade de Jimin estar envolvida com algo perigoso, retiro dois comprimidos de suplemento de ferro de um fiasco dentro do bolso da frente de minha mochila e os engulo a seco. Eles ficam presos na garganta por um momento, mas acabam descendo.

De soslaio, percebo que Jimin arqueia uma sobrancelha.

Cogito explicar a ela que eu sou anêmica e que tenho de tomar comprimidos à base de ferro algumas vezes ao dia, especialmente quando estou sob pressão, mas mudo de ideia. A anemia não representa uma ameaça à minha vida... desde que eu tome doses regulares do remédio. Não estou tão paranoica a ponto de achar que Jimin quer me fazer mal, mas, de qualquer forma, meu problema de saúde é uma vulnerabilidade e me parece melhor mantê-la em segredo.

— Minjeong? — Jimin chama, e dessa vez, quando olho para ela, vejo curiosidade em seus olhos. — Está tudo bem?

Arqueio uma sobrancelha, um pouco irritada com o ar presunçoso de “sou linda e sei muito bem disso”.

— Por que você está perguntando isso?

Ela está recostada na cadeira, quase jogada, estudando-me com ar de satisfação. Abre aquele sorriso de cafajeste e responde:

— Não sei. Acho que fico curiosa com garotas que são lindas e incompreendidas.

Seus olhos aparentam tamanha intensidade e divertimento que quase me perco neles. Coloco as mãos sobre a mesa, na esperança de parecer mais sob controle do que realmente estou.

— Não seja ridicula.

— Sabe, eu andei pensando... — Ela franze as sobrancelhas e fica com uma expressão levemente séria antes de piscar, recuperando a presunção na expressão. — Acho que isso é um sinal, não?

— Como é? — Pergunto enquanto observo o professor continuar com seu falatório. — Do que você está falando?

— Do fato de que o universo finalmente resolveu cooperar com a gente. Quero dizer, passei vários meses tentando descobrir uma forma de me aproximar de você e agora essa oportunidade finalmente surgiu.

— Não acho que seja nada disso — argumento. — Parece só uma coincidência que tenhamos nos tornado parceiras de aula. Não fique achando que tem algo de especial nisso.

A expressão de prazer em seu rosto indica que ela está se divertindo.

— Então por que os vasos capilares do seu rosto estão se dilatando e você está corando? — Provoca Jimin. — Você sabe que está sendo avaliada. Gosta da atenção, mas não sabe muito bem como lidar com isso.

Nesse momento, o joelho dela esbarra no meu. Afasto-me, sem ousar pensar no que ela quer dizer com esse gesto.

— Não estou corando.

— Está nervosa — continua Jimin. — Passa a mão no braço a fim de desviar a atenção de seu rosto para o corpo, ou talvez para sua pele, ambos bastante atrativos.

Quase engasgo. Ela está me provocando, digo a mim mesma. Não, ela é louca. Eu não tenho experiência alguma em lidar com lunáticas, e isso está na cara. Minha sensação é de que eu passo a maior parte do tempo olhando para Jimin estarrecida e de boca aberta. Preciso de uma nova abordagem se quero manter qualquer ilusão de poder colocá-la em seu lugar.

Apoio as mãos na mesa, levanto o queixo e tento demonstrar que ainda possuo alguma dignidade.

— Que ridículo!

Com muita dissimulação, Jimin estica o braço para as costas da minha cadeira. Tenho a estranha sensação de que é uma ameaça dirigida apenas a mim e que ela não tem consciência ou não se importa como a turma vai encarar isso. Ela sorri, prendendo meu olhar ao seu com tanta intensidade que eu quase acredito que ela construiu um pequeno mundo particular para nós duas, ao qual ninguém mais tem acesso.

Linda, ela diz movendo os lábios sem emitir som.

Prendo meus tornozelos nos pés da cadeira e me inclino para a frente, sentindo o peso do braço dela despencar no encosto. Eu não estou gostando do rumo que as coisas estão levando.

Escuto sua risada baixa antes de voltar a prestar atenção ao professor.

— Amanhã, estejam prontos para debater sobre o tema de hoje.

O professor encerra a aula e Jimin empurra a cadeira para trás.

— Foi divertido. Vamos repetir a dose qualquer dia desses.

Antes que eu possa pensar em uma resposta mais contundente do que simplesmente "Não, obrigada", ela se esgueira por trás de mim e desaparece porta afora.

— Então... — diz Ningning, aproximando-se da minha mesa. — Parece que você e Jimin estão se dando bem, né? Por um minuto pensei que fossem se beijar...

Lanco-lhe um olhar que diz: Não precisa me lembrar disso.

— Tudo bem — ela diz, erguendo as mãos e dando um passo para trás.

— Preciso falar com o professor Park. Encontro você em frente ao seu armário daqui a dez minutos.

— Tudo bem.

Vou até a mesa do professor, que está sentado, debruçado sobre um livro de fotografias.

— Olá, Minjeong — ele diz, sem levantar o olhar. — Em que posso ajudá-la?

— Vim lhe dizer que a mudança de lugares e seu plano de aulas estão me deixando constrangida.

O professor inclina-se para trás e cruza as mãos sobre mesa.

— Gosto da mudança de lugares. Quase tanto quanto gosto do novo projeto de jornalismo que vou realizar em breve.

Coloco uma cópia do regulamento universitário e dos direitos dos alunos sobre o livro.

— Pela lei, nenhum estudante deve se sentir ameaçado enquanto estiver nas dependências da faculdade.

— Você se sente ameaçada?

— Eu me sinto constrangida. E gostaria de propor uma solução. — Como o professor não me interrompe, respiro fundo, confiante. — Eu me ofereço para monitorar qualquer aluno de qualquer uma de suas turmas... se deixar que eu volte a me sentar com a Yizhuo.

— Jimin bem que precisa de um monitor.

Resisto à vontade de bater na mesa.

— Isso vai contra o que estou lhe pedindo.

— Você viu o artigo que ela me entregou? Passei o ano inteiro sem conseguir cooperação por parte dela, mas bastou colocá-la ao seu lado e... Bingo! A nota dela vai melhorar.

— E a de Ningning vai cair.

— É o que acontece quando não dá para olhar para o lado e copiar a resposta certa — ele diz secamente.

— O problema de Yizhuo é a falta de dedicação. Eu posso monitorá-la.

— Nada disso — ele diz, olhando para o relógio. — Estou atrasado para uma reunião. Já acabamos?

Fico em silêncio, tentando encontrar mais um argumento, mas aparentemente eu estou sem inspiração.

— Vamos ver como ficam as mudanças daqui a algumas semanas. Ah, e eu estava falando sério sobre o fato de Jimin precisar de um reforço. Conto com você.

O professor não espera resposta. Começa a assobiar e sai da sala.

\[...]

Às sete da noite, o céu já se tingiu de um azul muito escuro. Fecho o zíper do casaco para me proteger do frio. Ningning e eu nos dirigimos ao estacionamento do cinema, depois de assistir a Possuida. Como já havia visto tudo o que estava em cartaz, precisamos nos conformar em assistir ao mais novo filme de terror urbano.

— Esse foi o filme mais esquisito que eu já vi — diz Ningning, colocando as mãos nos bolos do casaco. — Vamos combinar que não devemos ver mais nada que lembre de longe um filme de terror.

Por mim, tudo bem. Considere que minha parceira da faculdade é cheia de mistérios. Some a isso o fato de que acabamos de assistir à historia de uma possessão demoníaca no cinema. Não é de espantar que eu esteja começando a me sentir um pouco paranóica.

— Dá para imaginar? — Pergunta Yizhuo. — Passar a vida inteira sem ter noção de que você só continua viva para ser oferecida como hospedeiro.

Nós duas trememos.

— E aquele altar? — Ela prossegue, perturbadoramente alheia ao fato de que eu prefiro falar sobre o ciclo de vida dos fungos a discutir o filme. — Por que o vilão esquenta a pedra no fogo antes de amarrar a garota? Eu cheguei a ouvir o chiado da carne queimando.

— Ok! — Praticamente grito, enquanto destranco as portas do meu carro. — Você tem algum outro plano em mente ou podemos ir para casa?

— Ah, certo. Vamos para a biblioteca, preciso devolver alguns livros — Ningning diz, deslizando para o assento do carona. — Você anda muito nervosinha, sabia?

— A culpa é do filme.

A culpa é de tudo o que vem acontecendo na minha vida nos últimos dias.

— Não estou falando só de hoje. Eu percebi — ela diz, com um sorrisinho malicioso — que nos últimos dois dias você tem ficado bem rabugenta depois das aulas do professor Park.

— Fácil. A culpa é da Jimin.

Seu sorriso se alarga e ela passa a mão nos cabelos.

— Preciso admitir: o lado sombrio dela me atrai.

Não tenho desejo algum de admitir, mas Ningning não é a única. Eu sinto uma atração por Jimin que nunca senti por ninguém. Há um magnetismo sombrio entre nós. Perto dela, eu me sinto seduzida pelo perigo. A qualquer momento, parece que ela pode me fazer passar dos limites.

— Depois dessa, fiquei com vontade de... — Faço uma pausa, tentando pensar exatamente o que eu me sinto tentada a fazer mesmo diante de nossa atração por Jimin.

— Vai me dizer que não acha ela bonita? — Ningning provoca. — Se disser, prometo nunca mais tocar no nome dela.

Dou partida no carro. Prefiro focar na estrada a convidar Jimin, mesmo que virtualmente, a participar da nossa conversa. Sentar ao lado dela durante uma hora por dia, cinco dias por semana, é bem mais do que eu posso suportar. Não vou dedicar a ela também as minhas noites.

— E aí? — Insiste Ningning.

— Ela pode até ser bonita, mas eu seria a última a saber. Meu julgamento não é imparcial. Sinto muito.

— O que você está querendo dizer?

— É que a personalidade dela me incomoda tanto que beleza alguma pode compensar.

— Não estamos falando de beleza. Ela é... agressiva. Sexy.

Reviro os olhos.

— O quê? Não concorda? Ou ela não faz o seu tipo?

— Não tenho um tipo — digo. — Não sou uma pessoa tão limitada.

Ningning da uma risada.

— Você, meu bem, é muito mais do que limitada: é presa. Seu leque de possibilidades é praticamente inexistente. São pouquíssimos as garotas da faculdade para quem você daria chance. Se é que existe alguma.

— Não é verdade — pronuncio as palavras de forma instintiva. Só depois de dizê-las me questiono quanto são verdadeiras. Nunca me interessei seriamente por alguém. Isso é assim tão estranho? — Não tem a ver com as garotas. É o... amor. Ainda não encontrei.

— Não estamos falando de amor — Ningning diz, como se fosse uma coisa óbvia. — Estamos falando de diversão.

Arqueio uma sobrancelha, em dúvida.

— Beijar uma garota que eu não conheço, por quem não sinto nada, isso é diversão?

— Você está mesmo me perguntando isso? É muito mais do que beijar.

— Ah — digo com um tom cheio de sabedoria. — Acho que o ego de Jimin já está bem alto sem a minha contribuição.

Estaciono o carro em uma vaga perto da entrada da biblioteca e desligo o motor.

— Você nunca imaginou como seria dar um beijo nela? Nunca deu uma olhada para o lado e imaginou se jogar nos braços de Jimin e encostar sua boca na dela?

Encaro-a com um olhar que eu espero que transmita quanto estou horrorizada.

— Você já?

Ningning sorri.

Fico em silêncio, tentando imaginar o que Jimin faria se soubesse disso.

— Ela não é boa o bastante para você — digo.

— Cuidado — ela brinca. — Assim vou querer mais ainda.

Na biblioteca, caminho por entre as prateleiras de obras de ficção para adultos a procura de uma possível leitura enquanto Yizhuo fala com a bibliotecária. Minutos se passam até que ela venha ao meu encontro.

— Sem querer fazer alarde... — o tom da voz dela sobe inesperadamente. — Mas olhe ali nossa garota.

Devolvo o livro em minhas mãos para a prateleira antes de olhar para a frente. Meu coração acelera dentro do peito. Jimin está do outro lado da sala, na fila de saída. Como se percebesse meu olhar, ela se vira. Ficamos nos encarando por alguns segundos. Sou a primeira a desviar os olhos, não antes de receber um sorriso preguiçoso.

Meu coração bate descompassado e digo a mim mesma que preciso assumir o controle da situação. Eu não vou cair nessa. Não com Jimin. A menos que eu esteja ficando maluca.

— Vamos embora — falo para Ningning.

— Estou tentando ler o título do livro que ela está segurando... — ela diz. — Espera aí... Como perseguir pessoas.

— Ela não está pegando emprestado um livro com esse título.

— É esse ou então: Como ser sexy sem fazer força.

— Shh!

— Fique fria, ela não pode nos ouvir. Está falando com a bibliotecária. Está finalizando o empréstimo.

Ao confirmar a informação com uma olhadela rápida, percebo que se sairmos agora provavelmente a encontraremos na porta. E então eu vou ter que de falar com ela. Desvio minha atenção para a prateleira e começo uma busca cuidadosa por nada, enquanto ela termina de acertar o empréstimo.

— Você não acha esquisito que ela esteja aqui na mesma hora que a gente? — Ningning pergunta.

— Você acha?

— Acho que ela está seguindo você.

— Acho que é coincidência.

Isso não é inteiramente verdade. Se precisar fazer uma lista dos dez lugares mais prováveis para encontrar Jimin numa noite qualquer, a biblioteca pública não está entre eles. Não está nem entre os cem primeiros. Então, o que ela está fazendo aqui?

— Jimin! — Yizhuo finge que está sussurrando. — Você está perseguindo a Winter?

Tampo sua boca com a mão.

— Pare com isso. Estou falando sério. — Digo com firmeza.

— Aposto que ela está te seguindo — Ningning insiste, afastando minha mão. — Aposto também que ela tem histórico de perseguir garotas. Aposto que está cumprindo alguma medida cautelar de afastamento.

Balanço a cabeça, mas um sorriso brinca em meus lábios.

— Pare com isso.

Depois que saímos da biblioteca, dou uma carona a Ningning e então dirijo rumo a minha casa. No caminho, permito que meus pensamentos me levem até Jimin. Ningning está certa: alguma coisa nela é extremamente atraente. E extremamente assustadora. Quanto mais penso, mais me convenço de que há algo de errado... nela. O fato de que ela gosta de me contrariar não é exatamente uma novidade, mas há diferença entre implicar comigo na aula e talvez se dar o trabalho de me seguir até a biblioteca para levar a implicância adiante. Pouca gente faria isso... a não ser que tivesse bons motivos.

Na metade do caminho, começa a cair uma chuva fina das poucas nuvens de neblina que pairam sobre a estrada. A luz dos postes pisca lá no alto, e fico imaginando se uma tempestade está se aproximando.

Sinto um calafrio na nuca e os pelos dos meus braços se eriçam. Meu sexto sentido entra em alerta máximo. Pergunto a mim mesma se acho que estou sendo seguida. Não há faróis no espelho retrovisor. Nem carros adiante. Eu estou sozinha. Não é um pensamento lá muito reconfortante.

O sinal fica amarelo, então diminuo até parar. Estou verificando o retrovisor para ver se outro carro vem pelo cruzamento quando um vulto chama minha atenção.

Ele está agachado a alguns metros, observando-me. Não parece nem um pouco incomodado com a chuva. Está todo vestido de preto e se confunde com a noite, o que torna difícil dizer qual é a sua aparência. A princípio tento manter a calma, mas então ele fica de pé.

Engato a primeira marcha, mas me distraio com um estranho ruído metálico. Observo aterrorizada o brilho de algo metálico. Ele está... se aproximando.

A adrenalina me faz avançar a toda a velocidade. Verifico o espelho retrovisor para ter certeza de que ele não está me perseguindo e então afasto o espelho para o outro lado. Tenho que apertar os lábios para não cair no choro.

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