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Epílogo

24 de outubro de 2019
5:12hrs

Dante






Desperto ouvindo o som sussurrante da porta sendo aberta, em segundos ele começa a subir na cama. Sorrio mas não abro os olhos, Daisy ainda dorme agarrada em mim. Me preparo para o que vem em seguida. Drew sobe e seu corpinho pesado engatinhando sobre os nossos sem se importa com nada. Suas mãozinhas macias tocam meu rosto, ele sempre me acorda primeiro.

__Paii...? Abi o olhu...papaiii...acoda...

Seguro o riso, sinto seu cheiro gostoso de bebê e um abraço carinhoso em meu pescoço. Ele se enfia entre nós abrindo espaço e então começa o que eu estava esperando.

__...cueninho da xaxa di xaxi pa mi... um ojo doi ojo tes ojo atim...cueninho da xaxa di xaxi...um ojo...pa mi! Mãee...mamãeee...um cueninho...paiii...

Sorrio tão bobo quanto é possível ao ouvi-lo cantar as cinco da manhã. Não aguento e o puxo para mim. Daisy também desperta.

_Paii! Bu gia...

_Bom dia, filho. Hoje é o coelhinho?

O sento em cima de mim após beijá-lo. Suspiro fitando minha obra de arte. Drew é incrivelmente igual Daisy. Pele alva coberta pelo pijama de dinossauros, cabelos castanhos escuros todos bagunçados, os grandes e brilhantes olhos em um tom de verde quase azul com longos cílios negros. É um bebê gordo e rechonchudo, suas bochechas são coradas mostrando toda sua saúde e as covinhas quando sorrir.

__Oi, meu amor. Bom dia.

Minha esposa o beija e abraça, Drew brinca com seus cabelos agora curtos, a cima dos ombros.

__Mamãe...o cueninho...

E pondo as duas mãos acima da cabeça faz como se fosse as orelhas de um coelho. Rimos, Daisy o puxa para um abraço e eu puxo os dois pra mim. Nem clareou o dia ainda e o pequeno já está completamente energizado.

__Que litinho

Ah, ele lembrou. Drew não dorme se não tomar antes e não passa o dia bem se não tomar assim que acorda. Já sabendo disso e sabendo que ele vem para nosso quarto todas as manhãs desde que aprendeu a descer do berço deixamos sua mamadeira pronta aqui mesmo.

__Eu pego, baby.

A beijo e levanto indo até a cômoda perto da porta que liga o quarto de Drew ao nosso.

__Bebii...

Ele repete, volto para a cama vendo-os sentados, Daisy cobre os seios com o lençol. Nosso filho não mama mais, largou ainda com doze meses.

__Deita, meu coelhinho gordo.

Minha esposa o deita, lhe dou a mamadeira. Ficamos vendo-o tomar tudo e aos poucos dormir, Daisy a tira de suas mãos. Em meu peito um sentimento forte de carinho e proteção sempre se aflora quando observo meu filho. Drew é tudo pra mim e Daisy, nossa alegria e orgulho.

E é uma criança muito esperta, aprende rápido demais, a andar e falar também aprendeu cedo. Embora tenha nascido de oito meses é completamente saudável e vivaz. Muito carinhoso e elétrico...enfim, Daisy e ele são minha vida e por eles faço qualquer coisa.

__Ele está crescendo rápido, não é meu bem?

Sussurra me abraçando por trás. Sorrio.

__Está. Você não o viu entrar hoje. Demorou menos para subir na cama.

Sussurro de volta com o olhar fixo na criaturinha fofa que é meu filho dormindo como um anjo.

__Foi? Mas ainda tenho medo dele cair, Dante.

Pego sua mão e beijo. Também tenho medo de que ele caía descendo do berço ou subindo na cama ou descendo as escadas quando nos descuidamos por meio segundo ou subindo e descendo dos sofás e cadeiras ou correndo pela casa inteira...bem, ele não para. Drew está cada vez mais inteligente e desbravador, sempre curioso. Já caiu algumas vezes e se machucou, nessas horas fico puto com quem quer que esteja com ele no momento que não evitou a situação.

__Eu sei. Mas você sabe que é quase impossível manter esse gordinho quieto, amor.

__É, ele só para quando está assistindo "xixaulo".

Diz com a voz risonha me fazendo rir. O "xixaulo" é a forma como nosso filho fala a palavra dinossauro. Me viro para encará-la. Suspiro. Daisy está linda, ainda mais bonita depois de dois anos. Os cabelos com franja e curtos a deixam muito sexy, seu corpo está perfeito mesmo ela dizendo que se acha feia por causa das estrias que apareceram nos lados de suas coxas, pra mim nada disso importa, a desejo ainda mais. Seus seios maiores e a bunda...porra, a bunda está enorme. Não canso de olhar para ela, fora essas mudanças Daisy continua a mesma.

Agora somos mais felizes com Drew. Faço coisas que nunca me imaginei fazendo um dia, correr em uma praça ou me fantasiar de dinossauro ou fazer de tudo para ouvir as risadas deles dois, o centro de todo o meu universo.

Brincamos e rimos praticamente o dia inteiro, mas minha baby logo assumirá as empresas e eu o império. Me pergunto se Daisy, um dia descobrir, irá me perdoar...
mas não é algo que eu possa controlar, mandar e matar estão no meu DNA. E como o novo chefe pretendo mudar muitas coisas e implantar meus sistemas. Chegou a era Dante, ainda hoje irei me encontrar com a elite dos membros da organização.

Obviamente, ninguém sabe que estou vivo. Todos acreditam que o novo chefe é um assassino psicopata doentio, pois para reuni-los usei de coerção, pura e espontânea pressão. Tenho-os em minhas mãos, foi preciso matar um aqui outro ali mas no final deu tudo certo, eles aceitaram meu "convite" para a reunião de hoje a noite.

Esta noite Daisy tem um baile para ir em nome de uma das instituições financeiras que tem e eu, como o marido devoto e exemplar que sou, estarei do seu lado. E por que quero deixar claro para os filhos da puta que se atreverem a chegar muito perto dela que ela tem dono. É minha.

__Dante?

Saio de meus pensamentos com sua voz delicada.

__Sim, querida?--Respondo ainda a fitando, talvez meu olhar esteja meio alucinado. Daisy franze o cenho.

__Você está esquisito...--Merda. Ela está desconfiada e isso é um problema gigante. Porra...pensa.
Me lembro de algo.

__Hoje é quinta...

__E...?

Sorrio maliciosamente puxando o lençol que esconde seu corpo de mim. Ele escorre suavemente por sua pele me fazendo salivar.

__Isso quer dizer que seu fluxo se foi ontem...e agora eu tenho carta branca para fazer o que eu quiser com seu lindo corpo...até um outro bebê.

A vejo engolir em seco. Toco sua pele quente e aveludada.

__Já...Já conversamos sobre isso...Dante...

Ignoro e me ergo para poder beijar seu colo. Suas mãos se enfiam em meu cabelo o puxando. Daisy ainda não quer outro bebê, diz que Drew está muito pequeno para termos outro, já eu quero muito mais um filho ou filha, o gordinho está com um ano e oito meses...então por que ela não quer? Por causa do trabalho!

Mordo a base de seu pescoço e vou descendo fazendo-o se arrepiar e gemer. Me afasto.

__Tudo bem.

Se ela não quer não irei forçá-la. Me satisfaço porque consegui distraí-la sobre o assunto anterior. Deito ao lado do meu filho que ressona baixinho. Daisy ainda está parada no meio da cama confusa. Oprimo um sorriso.

__Vem deitar, amor.

Chamo e ela vem se deitar do lado esquerdo. Não falamos mais nada durante o começo da manhã. Apenas fitamos nosso filho.

* * *

__E você vai se comportar?

__é?

Rio da cara que ele faz para me responder com outra pergunta. Joyce e Cassandra também. Fernandes não morou nem dois meses aqui, se mudou para a fazenda do Dalton. Foi melhor assim, eu me livrei da garota e Alejandro ganhou. Digamos que planejei tudo...ora, não moraria em uma casa lotada de mulheres irritantes e faladeiras. Os dois meses que ela ficou aqui foram um saco.

Cassandra e ela viviam discutindo pela atenção da minha mulher. Aquilo estava me enfurecendo, elas queria o que pertencia somente a mim! Eu não podia deixar e não deixei. Chamei o Dalton e exigi que levasse a mulher dele para a fazenda pois estava a ponto de me livrar dela de um jeito nada legal. Foi um santo remédio, no mês seguinte ele a convenceu a mudar e ir com ele. Então a paz, parcial, voltou a reinar em meu lar.

Beijo a cabeça de meu filho. Na verdade estou um pouco relutante em deixá-lo. Nunca saímos sem ele. O aperto mais.

__Você tem que se comportar até a mamãe e o papai voltarem, filhão.

Ajeito seus cabelinhos rebeldes. Ele faz um beicinho como se soubesse que vamos sair e não vamos levá-lo.

__Pisca para a senhora Joyce.

O distraio. Voltando a sua alegria natural ele sorri e começa a piscar causando suspiros e comoção na sala.

__Own, que lindo.

__Muito fofo.

Os elogios o instigam a fazer suas caras e bocas. Pisca, mostra a barba, faz o coelhinho, o dinossauro e mais um bocado de gestos engraçados. Sorrio. Confiro as horas no relógio que Daisy me deu, é meu favorito. Ainda estamos à tempo de ir sem nos atrasarmos. Se bem que não seria tão ruim atrasar até não dar mais para ir...

Ouço o som de saltos descendo as escadas. Levanto com Drew no colo. Perco o ar momentaneamente com a imagem incrível da minha esposa em um vestido preto apertado marcando seu corpo todo, gostosa demais.
Ao menos não é curto...assim até tolero.

__Estou pronta. Oi, bebê da mamãe. Amor.

Beija Drew e depois a mim. Ainda estou estupefato com sua beleza.

__Você está lindo, querido.

Dou de ombros. Ela pega nosso filho que a abraça e toca seus cabelos perfeitamente arrumados.

__E você está mais do que linda.

Seu rosto adquire um tom rosado. Está um pouco maquiado, nada exagerado. Não gosto quando usa muito essas coisas, prefiro-a ao natural. Também usa o colar de diamantes que lhe dei em nosso casamento e ela nunca antes havia usado. Está perfeita.

__Obrigada. Vamos?

__Sim.--Joyce vem para pegá-lo mas Drew não quer soltar a mãe. Sorrimos. Ajeito sua camiseta e deixo minha mão ali.

__A mamãe já vai voltar, bebê. Vai com a tia Joy, vai? Ela vai te mostrar os dinossauros.

__Xixaulo?

__É, filho. Vai.

Diz isso mas está hesitante em soltá-lo. É difícil isso de ser pai e mãe...emocionalmente difícil. Não consigo imaginar minha vida sem Drew nela.

Beijo sua testa e Joyce o leva para a outra sala para que não nos veja sair senão irá chorar e eu não suporto vê-lo chorar, e então vai me dar vontade de matar a senhora Joyce. As vezes tenho vontade de enfiar uma bala nela e na Cassandra só por afastarem ele de mim. Evito a todo custo que chore. Queria poder levá-lo...realmente não gosto dele longe. É meu filho.

__Dante? Vamos. Não vamos demorar lá, logo estaremos de volta. Tchau, Hil.

__Tchau, arrasa maninha.

Resisto a vontade de ir buscá-lo e pego sua mão. Saímos a passos lentos ainda olhando para trás, encontrado o carro a nossa espera. Entramos e Shem dirige pelas ruas da cidade. Meus pensamentos ainda em meu filho. Sinto sua falta, chega a ser palpável e estranho.

Chegamos ao local da festa mas não estou no espírito de confraternização, ignoro tudo e todos. Daisy aperta minha mão, saio de meus pensamentos e a fito. Está nervosa. Me lembro que é sua primeira vez no meio de tanta gente e câmeras.

__Fique calma, estou com você.--Ela me olha e sorri.

__Eu sei. Mas...mas e se eu não souber o que falar? E se me perguntarem algo que ainda não sei? Estou com medo de errar e ser classificada como inadequada para ser a administradora de tantas instituições...help god!

Sorrio. Shem também o faz, vejo através do retrovisor. Ela aperta minha mão com mais força. A puxo para mim.

__Não se preocupe com essas coisas, só vá lá e seja você mesma. Fale o que sabe, e você passou esses anos todos estudando as empresas.
Você é tão educada e envolvente que um erro seu não será levado em consideração. E ninguém irá dizer que a minha mulher é inadequada. Relaxe.

Beijo seus cabelos, sua testa e seus lábios. Daisy suspira e assente, me mostra o sorriso que é somente meu. Genuíno.

__Queria ter um pingo da sua autoconfiança.

__Ah é? Talvez eu consiga transmitir.

Minha mente ferve com inúmeras imagens de nós dois "transmitindo" confiança...

__Dante! Vamos logo.

Rio e saio dando a volta para abrir sua porta. E da feita que entramos no salão Daisy mostra para que veio. Sorri pra todo mundo, cumprimenta, conversa e conquista. Enquanto a organizadora do evento a leva até um palco montado eu aproveito para saber como meu filho estar. Quase não a deixo ir, mas era para um bem maior. Joyce disse que Drew não quer dormir, está enfezado e pergunta a todo instante pela mãe e o pai. Está sentindo nossa falta. Digo a ela que não iremos demorar, para distraí-lo até chegarmos.

No palco Daisy começa um discurso completamente diferente do qual escreveu essa semana, incrivelmente melhor.
Porra, minha mulher é melhor do que eu. Prende a atenção de todos e ninguém diria que por dentro ela está nervosa já que as palavras fluem de sua boca suavemente, suas ideias e formas são melhores que as minhas e do primo Dylan...puro talento. Estou babando nela quando um comentário infeliz, dito bem perto de mim que estou de pé perto do bar, acende meus instintos.

__Minha bela! Então a dona disso tudo é ela? A minha bela? Puta que pariu...o que ela faz em Monte Belo?

Algo muito amargo sobe minha garganta e ferve meu sangue fazendo um zumbido agudo em meus ouvidos. O que esse filho da puta disse? Dele? Um caralho! Aperto a taça de champanhe em minha mão mas uma salva de palmas me trás de volta a racionalidade. Daisy terminou seu discurso e agora recebe presentes e cumprimentos.

Hora de caçar. Me viro lentamente na direção do fodido e em uma análise rápida lembro de já tê-lo investigado por ter sido um dos patrões da minha mulher. Desgraçado, seu erro foi estar aqui justo hoje.
Sorrio para o babaca que me nota e faz o mesmo.

__Cara, acho que eu estou sonhando.

__Por quê?--Vamos brincar um pouco. Finjo interesse, ele suspira e vejo a aliança em seu dedo ao passar a mão no rosto.

__Sabe a mulher que está no palco?

__Sim, a senhora Fer Farx?--A cada segundo que passa é uma maneira diferente que me imagino matando-o.

__É! Senhora Fer Farx... Acredita que ela já foi minha? Porra, como ela chegou aqui? E como conseguiu ficar mais gostosa que antes? Foda. Minha bela...

Minhas narinas dilatam na medida que trinco o maxilar e os punhos. O desejo insano rasteja pelo meu corpo trazendo uma sensação doentia. Eu vou matar ele. Sorrio com a certeza.

__Foi? Que interessante.

O idiota nem imagina com quem está falando, está atordoado demais perdido em seus pensamentos.

__Você não faz ideia do quanto essa mulher me enlouquece. Ela fugiu de mim...tínhamos um caso.

Rio porque estou a beira da insanidade. Me aproximo dele vidrado, ele percebe e se assusta com minha linguagem corporal, e claro, minha expressão de ódio em seu estado mais mortal.

__Ei, qual o problema?

Dá passos para trás enquanto vou em sua direção até suas costas baterem em uma das coluna espelhadas do salão. Fico a centímetros dele e sussurro baixo me inclinando pois o filho da puta é baixo. Sinto o medo exalar dele.

__Você...vai...morrer...esta...
noite.

Dou ênfase no "esta noite". O vejo tremer. Me afasto para fitar seu rosto de merda.

__Dan...Dylan? Amor?

Sua voz me tira do transe. Logo seus braços delicados envolvem minha cintura e me abraçam, puxando-me disfarçadamente para longe de Hilme Fudido O'Malley. O barulho externo volta a se fazer ouvir por mim. Por um momento fiquei surdo de tanta fúria. Daisy parece ofegante mas não consigo tirar meus olhos dele que, para minha satisfação, está pálido e trêmulo. Percebo ainda estar sorrindo.

__Amor? Meu bem? Olhe pra mim. Por favor? Olhe pra mim...

Pisco e olho para baixo e encontro seus olhos fixando-se nos meus, analisando e buscando. Vejo seu medo refletido ali, sua preocupação. Me esforço para parecer calmo pra não assustá-la mais. Olho ao redor brevemente constatando que as pessoas estão alheias ao que se passa. Mas a algumas que observam confusas. Deisy me aperta. Volto a fitá-la.
Seu olhar suplicante.

__Por favor?

Sei o que está me pedindo. Não quer que eu o mate. Um luta interna acontece dentro de mim. Não há nada que eu negue a essa mulher mas...hoje não posso. Não consigo dar isso a ela. Não vou conseguir viver sabendo que deixei um homem que quer o que é meu dizer na minha cara que a minha mulher era dele! Não vou. Mas ela não precisa saber disso. Assinto sem desviar o olhar do seu. Sei que está buscando sinceramente nesse gesto mas me concede o benefício da dúvida ao suspirar e me abraçar mais.

__Obrigada. Eu te amo. Muito. Incondicionalmente.

Meu peito se expande e inunda pelos sentimentos mais crus que já senti. A amo demais. Tanto que é impossível deixar outro que assumidamente a deseja vivo. Beijo seus cabelos. Perdão, amor.

Vejo ainda que ele agora está perplexo ao saber de quem ela é. Minha. Se eu tivesse a mínima simpatia por esse merda talvez sentisse um pouco de pena dele agora. Daisy segura minha mão me puxando para a mesa separada para nós junto com alguns CEOs, mas o verme põe lenha na fogueira onde ele vai ser queimado.

__Minha bela? Daisy? Ei, por que fugiu? Pra ficar com ele? Esse moleque metido? Nunca pensei que fosse uma vagabunda inte...

Não deu nem tempo dele terminar. Daisy soltou minha mão e foi até ele dando um soco potente para uma mulher pacifista. Puta merda. Um soco certeiro, no nariz do desgraçado que não esperava. Porra. Nem eu esperava.

__Preste bastante atenção. Nunca mais se refira ao meu marido assim ou de qualquer outra forma. Não chegue perto de mim outra vez. Esqueça que um dia me conheceu ou vai se arrepender. Seguranças.

A senhora chama. Ainda estou muito surpreso com tudo. Shem aparece num passe de mágica, com ele vem outros que também passaram por minha triagem.

__Sim, senhora?

Ela olha para Shem muito séria. Ele se encolhe. Até eu estou com medo dessa mulher agora.

__Escolte esse senhor até a saída e se certifique de que não entre mais.

__Sim madame.

Antes que Shem o arraste para fora, faço um gesto quase imperceptível que somente ele entende e assente confirmando. Vamos nos divertir essa noite.

Daisy olha ao redor e cora, mas se desculpa.

__Perdoem pelo interrupção. Mas as vezes é impossível manter a reverência com certos tipos de pessoas. Toda festa tem seus escândalos, certo? Ainda bem que concordam. Espero que relevem e continuem se divertindo.

As pessoas parecem entender e nem se importar. Minha baby realmente conquistou os convidados. Ela sorri para todos e vem até mim. Sorrio de volta. Mas reconfortado em saber que tive uma caçada bem sucedida e que minha mulher tem poder e sabe usá-lo.

Ofereço-lhe o braço ao que ela aceita, entrelaçando com o seu. A levo até uma sala reservada onde ela se permite respirar.

__Help god! Eu dei um soco nele? Na frente de todo mundo?! Dante, e agora? Vou ficar conhecida como A violenta? A não-pacífica? A estourada?
Estou perdida!

Anda de um lado para o outro falando sem parar. Condoído com seus nervos a puxo para mim.

__Para. Esqueça o que aconteceu. Passou. Me deixe ver sua mão.

Pego sua mão direita e ela logo se retrai. Está doendo. Os nós dos dedos vermelhos. Beijo-os.

__Não está doendo tanto... Está sim!

Sorrio pois sei que essa última parte era interna mas as vezes ela ainda verbaliza seus pensamentos.

__Estou vendo. Vou mandar buscar algo para pôr aqui.

__Aham.

Fito-a longamente. Admirando cada pequeno detalhe de seu lindo e adorado rosto. Com o indicador traço uma linha em seus lábios.

__Vamos pra casa? Quero Drew.
Quero ficar com ele e você em nosso quarto.

Sorrio novamente por ela preferir nossa família a isso tudo. Não resisto. A beijo com vontade. Provo a mim mesmo que ela é minha. Que nunca foi e nem será de mais ninguém. Mas tenho que resolver a pendência.

__Só espere mais um pouco. Tenho que ir a reunião que marquei pra hoje, eu disse a você. Serão apenas quinze minutos e depois passo aqui para irmos para casa. Tudo bem?

Subo e desço minhas mãos em seus braços expostos, arrepiando sua pele acetinada. Faz que sim suspirando. Está exausta, afinal ela quem participou arduamente dos preparativos para essa festa. Sorrio com minhas ideias. Aproximo minha boca de sua orelha esquerda, sussurro enquanto desço minha mão até sua coxa.

__E depois que Drew dormir...faço massagem em você, meu amor. Você quer?

A medida que falo vou subindo minha mão. Ela ofega e comprime o corpo no meu. Seu cheiro me embriagando. Deixo um beijo na base do pescoço.

__Aham...eu quero...quero sim...

Sinto sua mão apertando minha bunda, friccionando nossos corpos. Provocadora. Me afasto delicadamente, sorrindo.

__Quanto mais rápido eu for mais rápido irei voltar e mais rápido estaremos em casa. Te amo, baby. Já volto.

Lhe beijo o mais breve que consigo, uns 68 segundos.

__Não demora.

__Sim senhora. Se eu não voltar em quinze ou vinte minutos é só me ligar.

Ela estreita os olhos verdes pra mim.

__Quero só ver.

Saímos da sala e a levo até a mesa. Conheço todos que estão aqui e já deixei bem claro como devem tratá-la. Beijo-a novamente e me retiro. Ando até a entrada encontrando meu carro a espera. Entro.

__Levou o filho da puta para o ED de hoje?

__Sim, senhor. Está o esperando tendo Matthew e Thiago com ele.

__Ótimo. Acelera Shem, só tenho quatorze minutos.

__Sim chefe.

Em dois minutos chegamos ao edifício onde está marcada a reunião. Claro que é tudo bem luxuoso, primeira impressão é tudo hoje em dia. No estacionamento um elevador já nos aguardava. Subimos até o último andar.

__Câmeras?

__Desligadas.

Certo. As portas se abrem revelando um espaço revestido em aço inoxidável. Inúmeras bolsas, celulares, casacos e relógios estão devidamente arrumados em nichos na parede. Atravesso as portas duplas de vidro. Daqui desta ante-sala, com parede transparente pra quem está do lado de cá, vejo os fodões do submundo sentados em poltronas em volta de uma mesa. Quinze ao todo. Conversam e discutem sobre o lunático-desgraçado-bastardo- filho da mãe que os fez vir até aqui. Meus seguranças espalhados pela sala com ordens para matar qualquer um que tentar sair antes que eu chegue.

__Olha, eles vieram...que gentil. Achei que seria ignorado.

A voz pingando sarcasmo. Sentado em uma cadeira, amordaçado e amarrado, vejo o O'Malley apavorado. Chego perto e ele se agita, Matthew o faz se acalmar com um upper no estômago. Sorrio.

__Você está com medo de mim? Mas não sou um moleque metido? Não te entendo, sabe?
Não importa, aprecie seus últimos minutos vivo.

__Peça gentilmente para que eles façam silêncio. Eu já vou entrar e quero atenção. E me dá minha arma.

Enquanto Shem me passa minha FN com silenciador acoplado um tiro é disparado dentro da sala silenciando imediatamente o local. Ouço Juan pedir silêncio e avisar que o chefe chegou. Ponho a pistola no bolso do terno e ajeito os cabelos.

__Como estou?

__Temível, chefe.--Thiago responde. Sorrio.

__Legal.

Ele abre a porta e eu entro cumprimentando todos alegremente.

__Boa noite, hipócritas. Sejam bem vindos.

__Mas...

__Não é possível...

__Que desgraçado!

__Ah! Ele está vivo!

__Mas que inferno...

Sorrio com as exclamações de puro espanto e raiva. Alguns até alegres mas a maioria furiosa. Vou em direção a minha cadeira, na cabeceira da mesa. Ergo a mão num pedido de silêncio.

__Vamos ao que interessa. Chegou uma nova era no Império. A minha. Onde só existe duas opções: ou você aceita e vive ou você rejeita e bem...sabemos o destino dos desertores...

Faço um gesto de uma garganta sendo cortada. Mas um burburinho começa. Minha paciência se esgota e meus quinze minutos também, olho em meu relógio enquanto eles falam sem parar. Ainda tenho uns oito minutos. Dá tempo de um exemplo.

__Tragam ele para mim.

Peço a Shem olhando para o espelho na parede opaca. Logo a porta é aberta e Shem trás o senhor O'Malley arrastado. O silêncio volta a reinar no recinto. Meu segurança o joga no chão. Me ergo aproximando-me dele. A atenção está em mim agora. Ótimo.

__Acho que não entenderam...deixe-me exemplificar a situação.

Peço para que o ponham de joelhos, de frente para a platéia e fico ao seu lado.

__Digamos, hipoteticamente é claro, que esse homem é um de vocês. Então ele ouviu sobre a nova era. Ele tem duas opções. Ou ele aceita e vive. Ele está vivo, certo? Meio apavorado, mas vivo. --Finjo analisar sua expressão apovorada.-- Ou ele rejeita e morre.

Tiro a arma do terno e atiro na cabeça do fodido que quis o que é meu. Hilme ainda olha para meus convidados com os olhos vidrados e depois cae para o lado. Estão todos surpresos com o exemplo.

__Viram? Ele morreu...eu acho que ele morreu mesmo...

Chuto duas vezes o corpo no chão encerado. E então descarrego o pente inteiro nele.

__É, morreu. Entenderam? Querem outro exemplo? Um não-hipotético dessa vez? Alguém se candidata?

Pergunto apontando a arma para todos que se abaixam e dizem não. Ora, não tem mais balas. Dou de ombros.

__Aceitam e vivem, então. Boa escolha. Por enquanto ficamos assim, aguardem o próximo chamado, e por favor não fiquem enchendo minha secretária eletrônica de recados. Até breve. Pega isso.

Antes de jogar a arma para Shem aperto uma vez mais no gatilho e vejam só, não é que tinha uma bala ainda. Todos se assustam.

__Sorte que essa cadeira não sangra.

Nada mais é dito. Saio da sala protegida acusticamente deixando uns certos assassinos amedrontados para trás.

__Matthew, favor tire o lixo da sala.

__Sim, senhor.

Desço com Shem até o carro e seguimos para onde deixei minha baby. Chegamos dentro de dois minutos. Assim que desço do carro meu celular vibra. A foto dela e do gordinho enchem a tela me fazendo sorrir. Atendo e continuo andando.

__Já está vindo?

__Sim. Quase chegando.

Adentro o salão pela lateral. Vou surpreendê-la. Ela suspira.

__Ok. Estou esperando. Drew ainda está acordado, acredita? A senhora Joy disse que ele não quer dormir de jeito nenhum. Sente nossa falta, amor.

Sorrio ao avistar sua silhueta de longe. Está de costas pra mim, perto do palco.

__Já imaginava que ia ser assim. Onde você está agora?

__Ainda no salão, tentando ver se consigo descansar meus pés, esse salto está acabando comigo.

A vejo se abaixar e tocar os pés. Me aproximo mais. As pessoas a sua volta conversam e riem, comem, bebem.

__Vou cuidar de você, baby.

Estou atrás dela agora. Rapidamente ela se vira e se assusta ao me ver tão perto.

__Ai, meu Deus!

__Vamos pra casa, esposa.

__Por favor, marido.

* * *

__Meu bem?

Estou prestes a dormir quando Daisy me chama. Após chegarmos, ficamos agarrados em nosso filho que não demoro a dormir no colo da mãe, o colocamos no berço e como o prometido cuidei da minha mulher. Lhe dei banho, fiz massagem de fora para dentro...foi inevitável fazer amor até umas três da manhã e agora estou mesmo precisando repor as energias mas Daisy parece Inquieta.

__Hum?

Ela me abraça mais pelas costas. Acho que desde que ela engravidou ficamos assim, eu sou o abraçado agora. Acostumei. Por mais que tentemos durante a noite é ela quem acaba me abraçando.

__Como é seu nome?

Entre a sonolência e a consciência respondo o que digo sempre respondo desde meus doze anos.

__Dante.

Ela suspira e sinto seus beijos em minhas costas. Vou despertando. Fico confuso.

__É preciso mentir até para mim? Não confia em mim?

__O quê...? Não sei do que está falando.

Me viro e a encaro na penumbra do quarto. Agora realmente em alerta. Mas que conversa. Merda.

__Seu nome verdadeiro, o nome que sua mãe te deu...era Dylan, não é?

Arregalo os olhos. Ela se move e liga o abajour. Ajusto a pupilas e a encaro agora estupefato. Porra, como ela...? Daisy suspira novamente e começa a falar ainda muito baixinho.

__Tem umas semanas que algo em minha mente me fez pensar sobre isso. Então eu fiz minhas pesquisas, juntei com o que você me conta de vez em quando sobre sua mãe e...descobri hoje. Então todo esse tempo você esteve fazendo o papel de Dante só esperando o dia em que voltaria a ser você mesmo, não é? Era tudo parte de um plano maior. Você nunca foi Bryan, nunca foi Dante, você é Dylan...sempre foi Dylan.

Puta. Merda.
Não consigo nem falar, ela me desarmou completamente. Arrancou minha máscara. Me sinto nu. Bem, eu estou nu, mas não nesse sentido. A vejo se aproximar mansamente, toca meu rosto, tirando as mechas compridas de cabelo.

__Eu entendo que as circunstâncias o levaram a isso. Entendo que é por segurança. Mas só confirma pra mim, me diz que não estou fantasiando coisas...eu te amo, e isso independe de que nome você usa. Me diz?

Está ai uma coisa que eu nunca, jamais disse em vinte anos. Nem para mim mesmo. Tinha que ser tão esperta? Por que ela sempre descobre tudo? Deus do céu, que mulher é essa?!
Mas agora não adianta negar. E apesar de tudo, não há pessoa no mundo que eu confie mais do que confio na minha mulher.

__Minha mãe gostava muito desse nome. Tanto que pôs ele em mim...

Já era. Ela respira fundo e sorri. O meu sorriso. Me abraça.

__Eu amo você, incondicionalmente. Vou te amar para sempre. Estar na hora errada no lugar errado foi a coisa mais certa que eu poderia fazer, pois conheci você. Te amei sendo Bryan, te amei sendo Dante e te amo ainda mais sendo você quem é realmente. Dylan Fer farx.

Não resisto e a tomo para mais uma vez. Por que nenhuma outra seria pra mim o que Daisy é. Ninguém me desarma como ela faz.
Ninguém me vê por dentro como essa mulher ver.
Ninguém me conhece melhor do que ela.
Ninguém me ama mais do que a minha esposa.
Incondicionalmente, para sempre.

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Oi queridas...

Vocês gostaram?

Mesmo?

Não esqueçam de votar e comentar.

Obrigada por terem me acompanhado até aqui. Foi muito importante para mim cada voto, cada comentário, cada crítica e apoio. Bjjsss, minhas leitoras dedicadas e maravilhosas.

Até o próximo livro.

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