Spear of light
O caos foi estourado, o pânico cobriu a todos. Aquela situação era a menos esperada por todos ali presentes, e de fato ninguém estava preparado para esse atípico momento. Os aventureiros começaram a empunhar suas armas com urgência e vários grupos se posicionaram contra o colossal monstro.
Enquanto tudo aquilo começava a acontecer Bell e os outros observavam embasbacados a situação complicada que ali estavam. O garoto de olhos carmesins mesmo diante o caos mantinha seu olhar firme e sua racionalidade no lugar, ele pensava apressadamente em uma maneira de contornar aquilo tudo.
- Viridis, Raul! Retornem ao grupo! – Bell olha para Ryuu. – Por favor, vá com eles. O resto vira comigo.
- O que pretende fazer, Cranel? – pergunta a elfa encapuzada.
- Eu consigo sentir a presença dos monstros agitada. Irei a <Rivera> ajudar com o que puder. Até lá assuma meu posto em combate, ajude minha família. – diz o garoto de olhos carmesins para a Ryuu.
- Tudo bem. Irei fazer meu melhor.
- Mas... Bell-san... – diz a jovem elfa de cabelos alaranjados relutante.
- Leffiya-san, ele tem razão. – diz Raul. – Bell-san, tome cuidado.
Bell assente para Raul e assim os três partem em direção ao grupo de transporte enquanto que o restante segue para <Rivera>.
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- O que é aquilo!? – diz um dos ferreiros da <Hephaestus família> em desespero vendo o monstro começando a se erguer.
- Um <Goliath>!? – diz em com extrema surpresa a capitã da <Hephaestus família>, Tsubaki.
- Um irregular!? Aqui!? – disse Alicia.
"Droga. Como isso foi acontecer?" – pensa Aki, a aventureira nível 4 da <Loki família> e segunda em comando do grupo. – Vamos ir para batalha. – diz a meio-gato suando frio. Seu posicionamento fez os olhares de seus companheiros irem até si. – Seria um vexame para a família se abandonássemos todos os outros aventureiros aqui para morrer.
Mesmo nervosa, Aki tentava elevar a confiança de sua família, tentando miseramente replicar a confiança e a bravura de Finn. O grupo se dividiu em dois, aqueles que prestariam suporte pela retaguarda e a vanguarda liderada pelo quarteto de aventureiros level 4, Aki, Alicia, Narvi e Cruz.
A vanguarda avançou iniciando seu ataque.
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Minutos pareciam horas, a batalha havia se intensificado tanto que beirava uma guerra. Além do principal problema, o <Goliath>, os monstros também atacavam em massa, o que fez o foco de muitos grupos se dividir.
Como havia dito que faria, Bell e companhia matavam os monstros favorecendo a linha de frente.
Em um lugar com visão privilegiada um deus usando um chapéu com pena via todo o caos longe do perigo.
- Hermes-sama! – diz uma voz feminina de trás do mesmo.
- Ora, Asfi! – diz o deus mensageiro com um sorriso nos lábios, seus olhos eram cobertos pela sobra projetada de seu chapéu.
- O que é isso!? Não me diga que...
- Sim! Esse o gran finale dessa aventura!
- Mas... Por que? Por que fez isso? Aquilo não era o bastante?
Hermes ajeita seu chapéu.
- Aaah... Asfi. – diz Hermes com cansaço. – Aquilo estava longe de ser o suficiente para ele e eu sabia disso.
- Hermes-sama! Ele é só um nível 2. Se tudo der errado... Os capitães da <Loki família> não estão aqui... – Asfi é interrompida.
- Exatamente! – afirma o deus. – Se eles estivessem aqui as coisas seriam mais fácies e ele nunca iria despertar.
A capitã da <Hermes família> parecia não entender o que seu deus queria dizer com "despertar", mas mesmo assim ela ignorou e deu as costas e foi em direção a linha de frente. Enquanto isso Hermes olhava fixamente para um ponto especifico.
- Vamos lá, Bell-kun. Você deve se sobressair como o herói.
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Em um canto isolado pela mata um grande grupo batalhava contra os monstros enfurecidos.
- Eles não param de vir! – diz um dos aventureiros que guerreava contra os monstros.
- O ataque deles não sessa e são muito fortes! O que a gente vai fazer?
- Vamos ter que continuar lutando até conseguirmos sair daqui. – disse o líder daquele grupo, Moldo. Ele estava esbaforido e seu rosto estava tingido de sangue.
- Mas... Moldo! Os homens não estão em condições, muito menos você.
Todo o grupo parecia ferido, vários deles haviam sido abatidos pela situação surpresa em que se encontravam. Visto os ferimentos de seu capitão a derrota era clara. Os aventureiros eram dizimados pelo avanço continuo dos grandes monstros.
"É isso..." – pensa Moldo prevendo que não iria sair desta situação vivo. Lagrimas desceram de seu rosto, afinal, a morte era algo temível.
Algo se move em passos rápidos.
- Scintila!
Feixes de luz aparecem em forma de cortes. Os monstros são dizimados em questão de instantes. Moldo olha para a figura que acabara de os salvar com total espanto.
- Os monstros não vão mais os incomodar. – diz o garoto de cabelos branco e olhos dourados brilhante, Bell.
- Mas... Por que você...
Bell volta seu olhar afiado na direção de Moldo.
- Não me entendam mal. Tenho pretensão alguma de perdoa-los. Só não consigo ficar parado vendo pessoas morrendo. – ele dá suas costas. – A oeste tem um grupo médico, eles podem tratar suas feridas. Não tem monstros do caminho para lá, então não precisão temer.
Bell segue caminho.
- O-Obrigado! – diz Moldo receoso para seu salvador.
O garoto parecia não se importar e continua a correr dentre a mata.
"Agora o caminho está totalmente livre. Irei direto para batalha"
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Todo o andar havia se transformado em um campo de guerra, por meio dos esforços de Bell os grupos começavam a se mobilizar contra o gigante, cooperando entre si.
Mesmo se passando um bom tempo o grande <Goliath> não mostrava sinais de fraqueza. Em um poderoso urro a besta colossal faz com que todos os aventureiros ali próximos sejam arremessados para longe.
- Raio de luz desencadeado, galhos em arco da árvore sagrada. Tu és o mestre do arco. Atire, ô elfo arqueiro. Que tua flecha seja de precisão absoluta! – longe do conflito direto estava a jovem maga elfa da <Loki família>, Leffiya. – Arc Ray! – da ponta de seu cajado um circulo magico se forma e dele um disparo de energia é produzido acertando em cheio o rosto da enorme criatura.
- Agora!
Ao seu comando, Raul corre juntamente a Cruz, Aki e os demais em direção as pernas do colosso. O plano era fazer o <Goliath> cair sobre o chão, facilitando o ataque direto em pontos vitais. Eles fincam suas lanças e espadas sobre os calcanhares da criatura, mas para a infelicidade dos mesmo aquilo não parecia infligir dor o suficiente para fazer o monstro desabar. Em reação colosso levanta deu enorme pé.
- Recuem! – grita Raul.
Todos atendem a ordem começam a correr. Em contra partida o monstro desce seu pé violentamente até o solo, o impacto resulta em um breve tremor seguido de uma rajada de vento furiosa que empurra os aventureiros que fugiam do ataque e fazia os mais ao longe cambalearem.
O rumo da batalha não favorecia os aventureiros, seus ataques levavam a lugar algum.
- Nada está funcionando. Ele ainda está de pé. – diz Alicia indignada.
- Nenhum dos ataques emplaca nesse monstro. – diz Tsubaki.
De repente o monstro para de se mover, ele abre sua mandíbula e de sua boca uma espécie de energia começa a se acumular.
- Isso é ruim! – diz a Ferreira de tapa-olho.
- Se aquilo nos acertar já era!
A energia se acumulava de forma muito rápida, tanto que seria impossível locomover o grupo inteiro sem levar inúmeras baixas. Em resposta uma elfa dá um passo à frente dos demais.
- Chamo o nome de Wishe. Ancestrais da floresta, meus orgulhosos irmãos. Respondam ao meu chamado e venham à planície! Laços unidos, o juramento do paraíso. Girem a roda e dancem! Venha, anel dos elfos. Por favor, empreste-me a sua força! Elf Ring! – em um cântico acelerado Leffiya invoca seu anel de energia, sem perder tempo ela corre para a frente de batalha ficando a frente de todos os demais. – Seja meu escudo! Cálice sagrado da luz! Dio Grail!
Do cajado de Leffiya um grande escudo se forma. A elfa estava suando frio e todo seu corpo tremia, sua mente gritava para correr, mas ela parecia ser incapaz de ceder a este impulso. A garota estava decidida a proteger seus companheiros, ela não podia ser mais um fardo, não depois de tudo que já havia passado.
- Leffiya! – grita Alicia de trás da mesma.
Não demorou nem um segundo a mais. Em um forte disparo o enorme monstro lança seu ataque que é interceptado pelo escudo magico da jovem elfa.
O impacto fez o ar vibrar intensamente, a garota era arrastada para trás à medida que o ataque se intensificava. Exalando determinação, a elfa finca seus pés sobre o solo.
- HAAAAAAAAA!!
Leffiya grita ao vento. Poucos segundos se passam e o escudo magico começa a dar sinais de desistência.
Ao longe uma figura voa na direção do gigantesco monstro de pele acinzentada, dela vários objetos são arremessados em direção ao <Goliath>. Os projeteis entram em contato com o rosto do colosso, o impacto desencadeia uma forte explosão que atrapalha totalmente o ataque.
- Ham!? – diz Leffiya estranhando o cessar do ataque.
- O que foi aquilo!?
Voltando suas atenções para a figura no ar logo o reconhecem.
- É a Perseus! – diz Raul em alto e bom som.
"Foi por pouco." – pensa Asfi suspensa no ar utilizando seu par de sandálias aladas, Talaria. – "Se eu tivesse demorado mais um segundo aquele escudo magico teria sido despedaçado."
No ar, Asfi continua a atacar o monstro enquanto o mesmo tentava a acertar, mas sem sucesso. No chão a <Loki família> via atentamente a nova oportunidade surgir.
- É agora! – diz Raul um pouco mais confiante. – Alicia, fique aqui e auxilie os magos e arqueiros! O resto vira comigo! Vamos derrubar esse gigante!
Em uma coragem anormal Raul começa o avanço para cima do <Goliath> negro, enquanto estava distraído.
Enquanto os demais corriam para o ataque, próximo a retaguarda um grupo se aproxima. Aqueles eram os companheiros de Bell.
- O que está acontecendo? – diz Ouka se aproximando grupo junto aos demais.
- Estamos muito atrasados? – diz Welf
- Vocês... – diz Leffiya esbaforida e com suas pernas tremulas.
Tomando a dianteira Lily segura a elfa de cabelos alaranjados antes dela cair.
- Você está bem? – diz a prum.
- Estou sim... Só fiquei um pouco cansada... Nada demais. – diz Leffiya sorrindo de maneira reconfortante.
- Vocês são os companheiros do Bell-san, não é? E bom saber que estejam bem. – diz Alicia se aproximando dos mesmos. Ela olha para os lados. – Onde está ele?
- Ele se separou da gente a pouco, disse que tinha algo para fazer. – disse Mikoto.
Alicia não parecia tão contente com a notícia, ela não deixava claro mas estava preocupada com o garoto ao mesmo tempo que pensava que sua magia, Chamas de Agni, poderia ser muito útil contra o monstro.
- Bem, eu não vou ficar aqui parado. – diz Welf correndo o mais rápido que podia em direção a frente de batalha, Ouka e Mikoto seguiram o exemplo deixando Lily e Chigusa ali.
- Ei, vocês! – Alicia tentou chama-los a atenção, mas os três já estavam longe demais. – Tse! Droga... Eles podem acabar morrendo.
Enquanto isso na linha de frente.
Os aventureiros aproveitavam a situação complicada do <Goliath> e começaram a ataca-lo novamente. Desta vez os ataques pareciam conseguir atravessar a grossa pele do monstro com mais facilidade que antes. Como resultado dos inúmeros esforços o monstro sentiu uma forte dor. Em uma resposta imediata o <Goliath> aponta sua enorme boca em direção ao chão acumulando energia novamente.
- Will-o-Wisp!
De repente a boca do grande monstro explode a fazendo ficar totalmente queimada com sua carne amostra.
- Que sorte. – disse Welf abaixando seu braço erguido.
Welf, Ouka e Mikoto haviam acabado de chegar. De forma quase imediata os três desembainham suas armas e avançam em ataque. A forças dos cortes que infligiam no colosso não eram minimamente comparáveis aos de Raul ou Aki, mas o mínimo dos esforços já poderia ajudar muito.
Logo após o ataque "salva-vidas" de Welf, e antes mesmo do <Goliath> pensar em atacar, algo avança tão rápido como uma flecha em direção ao rosto da criatura. Empunhando uma espada de madeira, a elfa encapuzada ataca diretamente o rosto do monstro o fazendo ser empurrado com força. Isso faz com que o mesmo perdesse o equilíbrio e se ajoelhasse no chão se apoiando com as mãos sobre o solo.
Ainda no ar, Ryuu e Asfi se encaram.
- Lion. Tem reforços chegando. Os magos da cidade começaram os encantamentos. Temos que continuar mantendo o <Goliath> distraindo.
- Entendido.
Como dito, as duas continuaram a distrai-lo.
Do alto de um pequeno planalto ali próximo onde se encontrava um aventureiro robusto usando um tapa-olho em seu olho esquerdo, trajando uma jaqueta aberta sem mangas e com o peito aberto, aquele homem era o representante da cidade de <Rivera>, Bors Elder. Logo atrás do mesmo estavam um grupo de magos esperando por suas ordens.
- Certo, pessoal! Andromeda será nossa isca! Não se preocupem com nada, apenas foquem no encantamento!
Os magos começam seus cânticos.
- Acertem esse grandalhão com um feitiço dos bons!
"Não gosto nem um pouco disso!" – pensa Asfi se esquivando o máximo que podia dos ataques do <Goliath> negro.
Com a chegada de Bors na batalha reforços começaram a vir em massa, trazendo desde soldados até equipamentos. O peso que existia em cima dos remanescentes da <Loki família> diminuiu, a cooperação entre os aventureiros se intensificou e as investidas eram aos montes. Aquilo parecia uma guerra mais do que nunca. Em meio aos inúmeros ataques o monstro ergue sua perna e a desse em uma pisada esmagadora. Todos os aventureiros em volta recuaram, mas dois não tiveram tamanha sorte.
- AAAAAAH!! – os aventureiros gritam em desespero ao ver suas mortes chegando.
Antes do enorme pé colidir contra o chão algo se dispara em uma velocidade alucinante, por um instante os dois só conseguiram ver borrões enquanto sentiam seus corpos serem arrastados em uma grande velocidade.
De longe, o jovem de ferreiro de cabelos ruivos via a cena.
- Bell! – grita Welf ao ver seu amigo envolto em sua magia carregando os dois aventureiros.
No segundo seguinte o pé do <Goliath> se choca sobre o solo formando uma espessa cortina de fumaça juntamente com um breve tremor. O garoto em velocidade máxima finca seus pés sobre o solo freando sua corrida.
- Welf! Pega! – diz o garoto arremessando os dois para cima de seu companheiro.
- Ei! Ei! Ei! Espera ai! – diz o garoto de cabelos ruivos em desespero vendo dois homens sendo arremessados em sua direção. Nesse processo ele acaba sendo derrubado.
Bell se vira rapidamente em direção ao <Goliath>. Seus olhos dourados, e afiados com uma lâmina, se fixam em seu alvo. Chutando o solo a distância entre o garoto e o monstro se torna nula, em um saque rápido o mesmo faz um grande corte sobre a parte frontal de seu enorme pé se alastrando até sua lateral. Vendo a oportunidade Bell desembainha rapidamente Anglakel e golpeia o calcanhar da criatura o fazendo um novo corte. Apenas um segundo se passou até que o monstro sentisse a forte dor e começasse seu berro ensurdecedor. Nenhum milésimo de segundo poderia ser desperdiçado pelo garoto, acumulando a energia de sua aura sobre suas pernas Bell empurra o solo com seus pés se arremessando ao longe nos ares, acima do gigante. Ele guarda rapidamente a espada escarlate e segurando Maanna com toda a firmeza que tinha o mesmo aguarda a gravidade fazer efeito sobre si levando sua espada acima da cabeça. Maanna começa brilhar, sua lâmina encorpa e expande, seu gume se divide e uma grande guarda se forma acima do punho cerrado do jovem. A luz se dissipa revelando Maanna na forma de uma greatsword.
(foto meramente ilustrativa)
Em um instante o <Goliath> negro se recupera de sua dor, ele direciona seu olhar para Bell e sem perder mais tempo começa acumular energia novamente se preparando para um disparo carregado.
"Merda... Achei que eu teria mais tempo." – pensa o garoto de cabelos brancos enquanto despencava na direção do rosto da enorme criatura. – Disparem tudo!!! – diz Bell gritando para os magos.
- Mas que caralhos... Esse moleque suicida. – Enquanto segurava um escudo Bors direciona seu olhar para o grupo de magos. – Disparem assim que terminarem! Não importa o que aparecer ou quem, metam chumbo!
Os magos começam a dar indícios da finalização de seus cânticos. Enquanto isso os companheiros de Bell só conseguiam ficar perplexos e assustados ao ver o garoto cair para a morte.
- Ó chamas que protegem. Presentes em tudo que arde. O sol e o brilho que rasgam as nuvens. As estrelas são centelhas de tua chama. Protetora dos homens. Centelha vital da vida. Queime e purifique os males. – em um canto anormalmente acelerado ele recita as palavras de invocação de sua magia incendiaria. – Scintila... - a grande lâmina se reveste de chamas. – CHAMAS DE AGNI!!!
Em um forte balançar de sua enorme espada fortes chamas azuladas cortam o ataque do <Goliath>, em questão de instantes o fogo começa a se acumular e expandir em um grande pilar.
- Caramba... – diz Bors embasbacado. Ele balança sua cabeça recuperando sua postura. – É agora!
Sem dar nem um segundo a mais de espera os magos desencadeiam suas magias sobre o colosso se misturando e fortificando o tornado de chamas.
GRRrrrrrAAAAAAaaaAAAAAAAAaAAAAaAAAAaAaAAAAAhHhH
Mesmo com sua face dividida o monstro conseguia reunir folego para gritar como nunca tinha feito. As magias somadas queimavam, arranhavam, eletrocutavam, corroíam e dilaceravam o monstro. Bell também estava no meio da tempestade, sua armadura se corroía e várias grandes feridas apareciam em sua pele. O garoto de cabelos brancos aguentava como podia. Por fim suas próprias chamas azuladas o engoliram por completo, mas diferente dos outros ela não levou sua carne e sim suas feridas, as amenizando e fechando assim que apareciam.
*[Fenix]*
*Habilidade passiva de Chamas de Agni*
*Ao entrarem em contato com sua pele as chamas curam seu portador. O nível da cura é determinado pela intensidade do fogo.*
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De longe todos viam com espanto o grande pilar que consumia o gigante por completo. Os companheiros de Bell e sua família estavam incrédulos sabendo que o garoto se encontrava no meio daquela forte tempestade.
- Chigusa. – diz Ouka chamando pela garota.
- Ouka.
- Me dê o escudo. Eu irei tira-lo de lá. – diz ele com firmeza e seriedade no olhar.
- Não, você vai morrer! – diz Chigusa segurando com força a manga do kimono de Ouka.
- Por favor, Chigusa. – diz o homem em um tom mais serene. – Eu não quero ser um perdedor que só fica falando. Não quero que os outros se sacrifiquem, sem eu mesmo não ter me sacrificado. – ele se vira na direção de Chigusa se encontrando com os olhos em lagrimas da mesma. – Eu tenho que ir...
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Dados alguns instantes o berro agonizante do <Goliath> cessa juntamente o pilar flamejante que revela o estado do monstro a todos. O colosso estava acabado, sua pele carbonizada e várias feridas enormes e expostas assim como seu crânio que podia ser visível dividido em dois. Assim como a criatura detonada Bell aparece, sua armadura estava em partes quebrada e corroída, por algumas partes de seu corpo se encontravam algumas poucas feridas que estavam longe de serem graves, mas em compensação o mesmo estava ofegante e suas pernas davam sinais de desistência. Seus olhos gradativamente voltavam ao seu normal.
- Bell! – diz Welf em felicidade ao ver seu amigo vivo.
- Sabre! – dizia Ouka que corria na direção do mesmo com um escudo.
"Acabou?" – se perguntou Asfi no chão encarando o monstro.
- Ham!? – subitamente os olhos de Bell se arregalam e se viram na direção do colosso.
- Cranel-san, saia daí!! – grita Ryuu.
O monstro começou a se reerguer.
- Como...?
As feridas do <Goliath> começam a se regenerar e fechar, as duas partes de seu crânio se juntam novamente e em questão de instantes foi coberta por carne até retornar a ser um rosto. Os olhos vermelhos do monstro apontam para o garoto de cabelos brancos a sua frente, com seu enorme braço esticado ele lança seu punho na direção do jovem aventureiro.
"Não consigo... Correr..." – pensa Bell frustrado vendo o enorme punho se aproximar.
Antes do ataque pudesse o acertar algo entra na frente. Segurando o grande estudo com ambas as mãos Ouka se prepara defender o ataque, ou pelo menos amenizar o impacto.
O punho do <Goliath> negro colide no escudo do aventureiro. Em questão de milésimos o mesmo se destroça, mas Ouka continua a tentar defender Bell. Mesmo tentando, a força da besta era grande demais para que ele pudesse aguentar, o aventureiro é arrastado pelo enorme punho e consequentemente Bell acaba sendo levado com ele. Os dois são arremessados a quilômetros de distância sendo parados somente por um grande pedregulho que estava no caminho.
- BELL!!!!/ OUKA!!!! – gritam em coro os remanescentes da <Loki família>, companheiros de Bell e os dois membros da <Takemikazume família> ali livres.
Lily, Leffiya, Chigusa e Alicia correm em direção a cratera onde estavam Bell e Ouka. Os dois estavam extremamente machucados, mas o garoto de cabelos brancos paria estar mais prejudicado. Mesmo Ouka tendo recebido o ataque em cheio seu escudo, mesmo quebrado, aliviou a tenção enquanto que Bell recebeu todo o dano da colisão na rocha e os danos por ter segurado o impacto do aventureiro de kimono.
- Bell-san! – diz Alicia chegando primeiro, ela se ajoelha analisando os dois. – Leffiya, comece o encantamento. Eles estão com hemorragia interna.
- E-Entendido! – diz Leffiya extremamente nervosa olhando o estado crítico de Bell.
- Ouka!! – Chigusa chegou esperneando seu nome enquanto suas lagrimas desciam sem parar. A garota tentou correr na direção de seu companheiro, mas foi impedida por Lily.
- Chigusa-san nós precisamos manter a calma! Eles precisam de poções imediatamente! – Lily diz tentando não ser levada pelas suas emoções, mas mesmo assim ela não conseguia parar as lagrimas que caiam. – Rápido, vamos!
- Mas... Eu não quero me separar dele...
- Temos que ir! Se quisermos que eles vivam!
As duas correm a procura de poções de cura para as feridas expostas dos dois, enquanto isso Leffiya invoca um brilho esverdeado de seu cajado. As feridas de Ouka começa a se amenizar, mas a condição de Bell não parecia progredir, seus inúmeros ferimentos e fraturas ainda precisavam muito tempo o que ele não tinha.
Ouka começa a despertar após a pancada, ele dirige seu olhar tremulo e cansado para o garoto ao seu lado.
- Me... desculpe... E-Eu que... deveria ter o defendido... Grrh – de repente uma forte dor a sentida pelo aventureiro.
- Não se mova! Sua situação ainda é delicada. – diz Alicia reprendendo Ouka.
- E ele...?
- ... – A elfa fica em silencio.
"Ele tem muitas fraturas e o coração dele está batendo muito devagar..." – pensa Leffiya, uma lagrima começa a se acumular em seu olho. – Droga... – a lagrima escorre por sua bochecha e em seguida cada vez mais aparecem. – Droga! Droga!! Mesmo depois de tudo que passei... Continuo sendo a mesma inútil...
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..
...
....
......
Um vazio, Bell estava submerso em uma vasta escuridão que não havia fim. Seu corpo afundava lentamente em direção ao desconhecido. Seus olhos se abriram lentamente fazendo-o contemplar a imensidão do nada que avia por ali.
Onde... estou?
Se perguntou Bell, sua voz ecoou brevemente. Olhando para cima ele vê um pequeno, mas brilhante, ponto dourado que iluminava timidamente aquela escuridão sem fim.
Aquilo...
Ele tentou se mover, mas seu corpo não o respondeu. O garoto se sentia pesado, como se corretes o segurassem. Ele tentou mais uma vez, e outra, e novamente, mas seus braços não se moveram.
Aquilo... Eu já vi...
Ele tentou se mover mais e mais. Sua insistência gerou frutos. Com o tempo seus braços começaram a responder, em seguida seu tronco e por fim suas pernas.
Aquela luz!
Ele põe sua mão para alto tentando alcançar o pequeno ponto brilhante ao longe, "nadando" em sua direção.
Eu preciso... Preciso buscá-la!
De repente, do imenso vazio, vozes começam a surgir.
"Tua morte se dará aqui, Asterius!"
"Já estou de saída mãe. Voltarei logo."
"Você estaria interessado em se juntar a minha família?"
"Oh... Que falta de educação a minha. Meu nome é Eina Tulle."
"Bem-vindo a família!"
"É bom te conhecer Bete, gostei de você."
"Libere a segunda restrição! Caliburn!!!"
"A propósito senhor. Meu nome é Liliruca Arde, mas pode me chamar de Lily."
"Por favor, permita-me me apresentar, meu fã número um. Eu me chamo Welf Crozzo, atualmente sou um ferreiro de baixo nível da <Hephaestus família>."
"Tse... Você pode me chamar de Bete."
"Você fez errado novamente Sig. Está pondo muita pressão em si mesmo, você deve deixar sua energia fluir."
"Me chame de Ais. Todos me chamam assim. O incomoda?"
"Nós vamos nos encontrar de novo filho... Eu prometo."
"Da próxima eu vou te alcança, irmão!"
"Controle a sua fúria. Se você guardar rancor contra os outros, eles terão controle sobre você."
"Esse é Maanna... Ele cuidará de você daqui para frente."
"Batalhe e busque a verdade! Se torne um herói meu filho, e defenda a justiça."
Um mar de lembranças começa a fluir por sua cabeça. Bell começa a sentir frio e sua visão começa a se turvar.
Não...
Ele diz ao vazio.
Não!
(*som de rachaduras*)
Sua voz ecoa como um trovão. Do alto o pequeno ponto de luz dá um lampejo reagindo ao grito.
Se eu der um único passo para trás... O menor que seja... Todos os importantes juramentos, promessas e muitos outros acordos até agora... todos seriam em vão!
Sua mão se estende mais uma vez em direção a "estrela" distante.
(*som de rachaduras*)
Me recuso a abaixar a cabeça! Eu me recuso a desistir!
O ponto brilhante lampeja pela ultima vez e mais forte do que nunca, ao ponto de iluminar toda aquela vastidão. Esticando sua mão mais uma vez ele finalmente agarra algo, um enorme cabo brilhante de uma arma acorrentada. As correntes pareciam ser interligadas consigo. Ele o puxa com força e uma forte luz o engole por completo.
Bell se agarrou a sua luz e ela o presenteou com esperança.
+++++++++++++++++++++
A guerra continuava com maior intensidade. Inúmeros aventureiros perdiam suas vidas no campo de batalha. Ryuu, Asfi, Raul, Cruz e entre outros batalhavam contra o <Goliath> negro, os ataques eram sempre frustrados pela absurda regeneração do monstro que os causavam a impressão de ser impossível derrota-lo. Muitos dos aventureiros simplesmente desistiram e abandonaram suas espadas se contentando com que achavam que seria inevitável, a morte, mas muitos ainda se agarravam a vida e continuavam a lutar com todo o fervor.
Afastados da batalha as elfas Alicia e Leffiya faziam o que podiam para curar Bell que se encontrava inconsciente no chão, nada adiantou, mesmo os esforços de Lily e os outros não resultavam em respostas satisfatórias. O garoto continuou inconsciente andando entre a corda bamba. Longos minutos se passaram, Alicia e Ouka não podiam ficar parados e foram para a batalha deixando Lily, Leffiya e Chigusa ali cuidando de Bell em sua condição desesperadora.
- Desculpa... Me desculpa... Desculpa! – diz Leffiya derramando lagrimas sobre o rosto pálido do garoto. – Eu não consegui te ajudar... Eu sou uma inútil.
(*som de rachaduras*)
De repente algo agarra a mão de Leffiya.
- Eu... nunca... ouvi algo tão tolo...
Os olhos de Leffiya e as demais se arregalam ao ver o dono da voz. Bell se ergueu diante as três.
- Senhor Bell...? – diz Lily incrédula ao mesmo tempo que intimidada, seu olhar estava diferente.
(*som de rachaduras*)
- B-Bell-san, seu... rosto.
Sobre o rosto do garoto de cabelos brancos rachaduras começam a se formar em volta de seus olhos deixando uma forte energia ser vazada delas. O garoto pega Maanna sobre o chão e começa a caminhar direção ao colosso parando alguns metros de distância do campo de batalha.
- O que está fazendo, senhor Bell!!? – Lily corre na direção do garoto, mas foi rapidamente impedida pela elfa. – O que está fazendo!? Se ele for... Ele vai...
- Eu já o vi agir assim antes... – Leffiya se recorda dos eventos do <Monsterphilia>, onde Bell mesmo após uma situação complicada se ergueu novamente para lutar. – Eu... não tenho certeza do que Bell-san está planejando, mas eu sei que posso confiar nele. Como ele já confiou em mim.
As três somente continuam a observar o garoto.
Bell empunha Maanna firmemente com suas duas mãos o levando até o mais alto que podia.
- గ్రే. రేవ్. క్రేవ్. తీసివేయండి
O garoto pronuncia palavras totalmente incompreensíveis que eram projetadas como uma cansam aos ouvidos de todos. Sua espada começa a brilhar e sua forma se modifica, mas diferente das outras vezes Maanna não assumiu a forma de uma arma, mas sim de um objeto estranho que se assemelhava a uma chave dourada.
Em reação ao canto de Bell várias partículas puramente magicas começam a emergir de todos os cantos de forma massiva, formando uma nuvem brilhante.
- నాకు సమాధి.
Os milhares de pequenas partículas são puxados em direção a ponta da enorme chave dourada.
Todo esse evento chamou a atenção de todos. Até mesmo os monstros.
- O que é aquilo? – perguntou Cruz.
- Sabre? – diz Mikoto embasbacada.
- Cranel-san... Como? – diz Ryuu vendo a quantidade absurda de energia que o garoto acumulava.
Todos ali puderam sentir a presença esmagadora que o garoto exalava, mas mesmo aquela aura parecendo temível aquilo os trazia um forte sentimento de acolhimento e esperança.
RHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Em uma reação inesperada o <Goliath> sente uma forte ameaça, ignorando todos a volta ele começa a ir em direção ao centro de toda essa energia e os monstros pareciam fazer o mesmo.
De repente algo o faz parar, ou mais precisamente, alguém. Ryuu foi a primeira a se posicionar para impedir a investida do monstro o fazendo um grande corte em seu peito. Aos poucos todos começam a cooperar pela ultima vez com um novo objetivo em comum, faze-lo parar. Até mesmo os aventureiros desistente ergueram novamente suas armas para lutar novamente.
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De um lugar elevado com uma visão privilegiada do "palco" estava o deus mensageiro vento tudo acontecer com um sorriso em seu rosto.
- Vamos lá, Bell-kun, mostre-me o verdadeiro brilho de sua alma.
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O garoto de cabelos brancos gira seu pulso, a chave começa a reagir, de repente ela se modifica e expande em um bastão luminoso com uma ponta. As enormes massas de energia começam a envolver o objeto em uma espiral.
- Abra o portão. Afrouxe as corretes.
Envolta de si correntes douradas são reveladas. Sistematicamente as pesadas amarras se rompem à medida que o canto continua.
- Os elementos se amalgamam, aglutinam e geram a torre que tece toda a criação.
A forte espiral começa a tomar forma revelando uma grande lança iluminada presa sobre as correntes.
Enquanto isso tudo acontecia todos seguravam ao máximo o <Goliath> negro e a horda de monstros.
- Agora no céu, acima da floresta distante. Oh, estrelas infinitas, espalhadas no céu limpo da noite... – Em um canto simultâneo Ryuu se esquivava e atacava em alta velocidade o <Goliath> enquanto se concentrava na realização de sua magia.
"Ela está usando um encantamento mesmo lutando nessa velocidade!?" – pensa Perseus vendo a elfa encapuzada lutando.
- Conceda à minha voz tola a bênção das estrelas, e tenha compaixão daqueles que te deixaram.
"Ela está em outro nível..." – Asfi completa seu pensamento.
Um pouco mais afastada da luta estava Mikoto que observava atentamente o rumo da batalha. Com um olhar determinado ela se concentra em seguida entrelaça suas mãos.
- Eu rogo-te, meu Deus, o único capaz de destruir tudo. Guia-me dos altos céus e conceda ao meu corpo o poder divino.
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Dentre a vasta floresta que ainda havia sobrado em volta ao campo de batalha um jovem de cabelos ruivos usando um lenço azul em volta do pescoço corria incessantemente.
"Eu sei que não mereço! Mas eu quero ajudá-lo!" – pensa Welf correndo buscando por algo dentre os destroços remanescentes do que eram as bagagens da <Loki família> - Por favor, permita-me destruí-la! – diz ele com fervor pondo suas mãos em um embrulho.
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- Venha, vento errante, viajante nômade entre os céus e a terra.
Enquanto que Ryuu continuava seu cântico Asfi utiliza suas sandálias aladas para se aproximar do rosto do gigantesco monstro. Estando próxima o suficiente ela lança dois explosivos que acertam em cheio os olhos da criatura.
GRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
O <Goliath> berra de dor e em uma reação natural tapa seus olhos com ambas as mãos, mas para infelicidade dele isso gerou uma oportunidade de ouro para a elfa mascarada.
- Que possa habitar em ti, luz do pó estelar, e derrote meu inimigo! – ela salta ficando frente a frente com o monstro. – Luminous Wind! – a elfa desencadeia um forte ataque de ventos luminosos que cobrem o monstro por inteiro.
Mesmo sendo alvejado pelos ataques de Ryuu o monstro consegue resistir o suficiente para poder agarra-la no ar e em um balançar de braço acertar Asfi no ar como uma mosca.
- Grrrh!!
O colosso levanta seu braço e se prepara para joga a elfa ao chão.
- Projete dos céus e governe a terra! – Mikoto finaliza seu cântico. Um enorme portal grande portal emerge dos céus. – Shinbu Tousei! Futsunomitama! – uma enorme lâmina luminosa atravessa o portal tocando no chão e formando um enorme circulo magico sobre os pés da criatura.
Sobre a área do círculo magico uma enorme barreira de gravidade começa a empurrar o monstro contra o chão. Neste processo Ryuu consegue se libertar indo imediatamente ao resgate de Asfi que se encontrava no chão após a forte pancada.
Mikoto força mais e mais a barreira contra o <Goliath> tentando o esmagar.
- Grr... Não vou conseguir segurar por mais tempo!
A barreira de gravidade se estraçalha em pedaços. De longe um jovem de cabelos avermelhados aparece correndo com uma longa espada carmesim em mãos.
- Saiam daí! – diz Welf para Ryuu e Asfi. Perseus usa novamente suas sandálias magicas as retira dali rapidamente. Ele corre em direção ao <Goliath> empunhando a espada em duas mãos. – Kazuki!!! – em um balançar da espada carmesim Welf desencadeia uma grande explosão que engole o colosso por inteiro, mas ao mesmo tempo a espada se estilhaça.
No ar as duas contemplam a grande explosão feita pela espada magica de Welf.
- Isso é... Um item mágico dos Crozzo? Superou até mesmo o original? – diz Asfi em surpresa.
Devido à explosão Welf é lançado aos ares. Enquanto começava a cair ele começa se lembrar de uma conversa que teve com sua deusa e logo em seguida com Bell.
"Não seja orgulhoso com seus amigos."
"O orgulho é importante, mas você não pode se deixar prejudicar por ele. Não negligencie sua habilidade, Welf."
- Hehe... Tudo isso por causa de orgulho... Me desculpe.
Enquanto caia Asfi o intercepta o salvando de sua queda livre.
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De volta a Bell.
Todos os aventureiros se focaram em destruir os monstros por perto deixando uma linha reta limpa para o garoto.
À medida que as correntes se soltavam um forte som de relâmpagos se propagava.
- Luz. Pilar que sustenta as camadas do mundo. Âncora das tempestades que dividem os céus. – cada vez mais rachaduras aparecem em sua pele. Ele segura firmemente o cabo da enorme lança – Torrente brilhante da vida. Resplandeça como o antigo mistério. Liberte-me dos confins e retorne ao nada.
A arma começa a brilhar intensamente, sua energia espiral se tona uma tempestade furiosa.
- Cintile! Lança celeste! Retire todas as minhas restrições! – segurando a arma com suas duas mãos ele direciona sua ponta na direção do <Goliath> negro. – RHONGOMYNIAD!!!
Um colossal disparo de energia é lançado na direção do monstro que não teve alguma reação, seu corpo foi engolido e dissipado em questão de instantes como se nunca houvesse existido. A pressão do ataque fez o ar vibrar como nunca antes e a terra tremer completamente. A energia começa a se acumular formando um enorme pilar de luz que perfura tanto o solo quanto o teto, e em questão de instante tudo foi tomado pelo branco absoluto.
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Longos minutos se passaram. Os tremores pararam e claridade se dissipou revelando um gigantesco buraco tanto no solo quanto no teto muitas vezes maior que o grande monstro que acabara de ser pulverizado como uma mosca em um lampião.
Todos olharam para o grande estrago feito por Bell.
- A-Acabou...
- É...
Foi questão de segundos até todos gritarem euforicamente a vitória. Bell se encontrava no mesmo lugar, mesmo ele sendo o causador daquilo ele não conseguia deixa de se impressionar com o tamanho poder que havia acabado de usar. O cansaço começa o atingir, seus olhos voltam ao normal e de suas rachaduras sangue começa a escorrer em montes. O garoto fica seus joelhos sobre o chão respirando fundo tentando suportar as dores insuportáveis por todo seu corpo.
- Consegui... Eu consegui... – diz o garoto ofegante. – Você viu... Maanna?
(*Creck*)
O garoto direciona seu olhar para sua espada.
- Maanna...? – pela primeira vez desde muito tempo lagrimas se formam em seus olhos vendo seu companheiro completamente rachado.
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Durante o ataque da Lança de Luz.
Em lugar desconhecido.
AAAAAAAAAAAAAAAAH!!!
Dentro de cristais pequenos monstros berravam reagindo a algo que fazia tudo tremer.
- As Sementes estão fora de controle. O que está fazendo isso!? – diz um homem de túnicas brancas com uma mascara que cobria seu nariz e boca.
Nas sombras ao longe ouvindo a melodia agonizante das chamadas Semetes estava um homem alto de cabelos longos e lisos purpuras, assim como seus olhos, trajando uma túnica negra longa e esfarrapada. Sua aura era completamente diferente dos demais, sem nenhuma duvida aquele homem se tratava de um deus. Após longos minutos o tremor para e os monstro cessam seu coro ensurdecedor. O deus direciona seu olhar para o teto e com um sorriso de foice ele diz:
- Uma tempestade se aproxima.
//\\continua...//\\
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