Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Crozzo


Uma criança de cabelos brancos usando um colar de correstes douradas se encontrava sentada em meio a uma clareira em postura de meditação. O céu estava radiante e a brisa estava calma, o menino sentado respirava profundamente sem pressa tentando se concentrar no vazio de sua própria mente. A criança gradativamente fazia uma expressão de esforço, suas bochechas começaram a inflar e se avermelhar.

- Não, não. – disse uma voz feminina vinda da frente do garoto.

O garoto ouvindo a repreensão abre seus olhos e desfaz sua posição direcionando sua visão pra uma mulher a sua frente, uma alta-elfa de vestes elegantes como de alguém da alta realeza, cabelos longos verdes e com uma discreta tiara no topo de sua cabeça.

- Você fez errado novamente సిగ్. Está pondo muita pressão em si mesmo, você deve deixar sua energia fluir.

- É difícil...– fala o pequeno garoto.

A mulher se agacha na frente dele.

- Mas é claro que é... Nada é simples. Mas você não pode deixa com que essa barreira o impeça. – ela ajeita seu longo vestido e se senta com suas pernas cruzadas instruindo o garoto. – Agora, volte a se concentrar. Respire fundo e se concentre.

O garoto volta a se concentrar, ele puxa e solta o ar de forma calma e lenta. Ele novamente se concentra no vazio mas dessa vez de forma mais precisa, em seu exterior uma fina aura dourada, quase que transparente, começa a se formar atraindo pequenos pontos cintilantes de energia. Gradativamente ele entrava mais e mais em sua mente mas de repente ele começa a perder a sua concentração.

- Não perca o foco. – diz a elfa vendo a expressão de esforço se formar no rosto do menino.

Ele tenta retornar sua concentração mas ele parecia um pouco agitado.

Se acalme e respire. Deixe o exterior de lado... Busque a luz em seu interior. Eu irei ajudá-lo.

Uma voz ecoou em sua mente. O garoto segue o conselho e respira fundo, ele consegue voltar sua concentração. Gradativamente ele começa a visualizar uma pequena luz branca, ela transmitia uma sensação fraca de acolhimento e esperança, enquanto o menino buscava mais e mais esta sensação maior a luz ficava até a mesma cobrir sua visão por inteiro. Ele abre seus olhos lentamente e consegue ver um grande volume de centelhas douradas se acumulando em si formando uma aura a sua volta, gradativamente elas se espalham e somem pelo ar sendo apagadas pelo vento.

A mulher parecia impressionada com a aura densa do garoto, aquele era o seu primeiro sucesso depois de várias tentativas sem resultados. O menino sorri.

- Eu consegui Tia Celdia! Eu sinto que consegui! – diz ele alegremente.

- Sim... Você conseguiu bem rápido. – ela põe sua mão sobre a cabeça do jovem e começa a acariciá-la. – Você foi muito bem! – um leve sorriso se forma em seus lábios.

- Eu não teria conseguido sem a ajuda dele.

- "Dele"? – diz a elfa confusa com o que o garoto havia acabado de dizer.

- Sim. Eu não sei o nome dele e não o conheço bem, mas ele está sempre me ajudando.

A alta-elfa fica pensativa sobre esse tal alguém que o menino falava, seu rosto parecia bem serio. Ela se levanta.

- O treinamento acabou por hoje. Vou te levar para casa.

- Tudo bem. – ele segura a mão da elfa.

Ela caminha com o menino dentre o bosque.


++++++++++++++++++++++


Bell abre seus olhos, tendo a vista de um teto familiar, ele estava em seu quarto. O garoto se levanta lentamente com sua mão sobre a cabeça, seu corpo estava um bocado cansado e por ele haviam várias ataduras que cobriam quase que seu corpo por inteiro, o garoto se senta na cama refletindo sobre o estranho "sonho" que havia tido momentos antes.

"Confuso..." – foi a primeira palavra que veio a sua mente a respeito do sonho. – "O que era aquilo? O que era para ser?"

O garoto de cabelos brancos tentava achar alguma resposta para suas perguntas mas nada concreto vinha em sua mente o sobrando apenas a especulação. Para ele aquele sonho mais se parecia com uma memória mas o mesmo havia certeza que não se recordava daquele acontecimento nem mesmo da mulher que havia aparecido nele, pelo menos não até aquele momento, aquilo poderia ser algum tipo de memória fragmentada mas ele não poderia afirmar.

De repente Bell escuta um ranger vindo da porta que o faz sair de seus pensamentos. A maçaneta gira e a porta se abre por completo revelando a deusa de cabelos vermelhos, Loki. A ruiva fica momentaneamente surpresa ao ver o garoto levantado, um grande sorriso se forma em seus lábios.

- Bell-tan! Você acordou! – disse Loki indo na direção de Bell contente.

- Ah, Kami-sama...

- Se sente bem?

- Sim. Meu corpo está um pouco cansado mas... – Bell acaba se lembrando de algo. – Espere, onde está Lili? – diz ele em um tom um pouco mais elevado e sua expressão parecia de preocupação.

- Lili? – diz a deusa confusa. – Você diz a suporte?

O garoto assente com a cabeça.

- Hm... Riveria mencionou sobre, ela disse que a garota estava bem e que só precisava de um descanso. Ela foi levada para o centro medico mas a essa altura já deve ter saído de lá.

Bell suspira em alivio.

- Você se recuperou bem rápido dessa vez. Eu até fiquei surpresa. Quando você chegou aqui suas feridas já haviam desaparecido. – ela puxa uma cadeira e se senta de frente a Bell. – Parece que seu milagre se fortaleceu.

- Sim. Eu sinto que algo mais mudou... Mas não sei dizer o que foi...

Loki parecia pensativa com o que Bell acabara de dizer mas ela decide deixar isto de lado e prosseguir com o que queria dizer.

- Bell-tan, sobre sua espada... Maanna... – Loki faz uma pausa. – Há quanto tempo tem ela? – disse a deusa agora seria.

Bell sentiu uma leve mudança no ar, não como uma pressão agressiva ou imponente, mas sim como se a seriedade de Loki transparecesse e por si só mudasse o tom do ambiente. O garoto se perguntava se aquilo era uma fração da imponência de um deus.

- Maanna está comigo desde meus 6 anos de idade... Ou pelo menos é o que eu acho... – sua ultima frase saiu como sussurro, mas Loki foi capaz de ouvi-lo plenamente.

- O que você quer dizer com "Ou pelo menos é o que acho"? – pergunta Loki.

Bell afastou seus olhos de Loki encarando o vazio de seu quarto.

- Não é nada de mais... – diz Bell tentando desviar do assunto.

Por incrível que pareça Loki não foi capaz de perceber as "intenções" por trás das palavras do garoto. Deuses possuem a capacidade de identificar mentiras, sendo assim nenhum mortal pode mentir diante um Deus, mas Bell parecia ser um ponto fora da curva. Sendo incapaz de saber concretamente o que ele queria dizer Loki apenas aceita a resposta do garoto.

- Bom... Tudo bem. – ela dá um suspiro, a pressão seria se esvai completamente. – Farei outra pergunta, tudo bem?

Ele assente.

- O quão sabe sobre ele?

Bell parece ficar surpreso ouvindo sua deusa se referindo a sua espada como um individuo e não mais como objeto. Mesmo que ele fizesse o mesmo e não escondesse sobre Maanna, todos geralmente não o vêem da mesma forma que ele o via, sendo assim a situação parecia no mínimo inusitada e curiosa puxando totalmente sua atenção.

- Ele é uma espada viva, com consciência e habilidades próprias. – diz Bell resumindo tudo o que sabia sobre o mesmo em uma única e curta frase.

- Parece que você realmente desconhece quem ele é... – diz ela cruzando os braços.

O garoto de olhos carmesins a encara demonstrando um profundo interesse, assim, Loki continua:

- Maanna é um espírito. Para ser mais exata... O primeiro grande espírito.

"Grande espírito!?" – por um momento sua face demonstrou um absoluto espanto.

- Bell-tan, por acaso já ouviu falar do <Pilar dos Céus> e de sua historia?

Bell nunca tinha ouvido falar. Ele ficou um tempo vasculhando sua mente mas mesmo dentre os milhares de contos e historias que conhecia de cor nenhuma delas ao menos citava em menções.

- Estou vendo que não conhece... Então deixa eu te contar. – Loki faz uma pausa para puxar o ar. – O <Pilar dos Céus>, como nós o denominamos, era uma torre de luz que ancorava as camadas do mundo. Ela existia antes mesmo do primeiro deus, era a grande relíquia do mundo. E não para menos... O Pilar era extremamente poderoso, a própria gênesis em forma física.

- Presumo que não está me contando isso por mera curiosidade.

- Claro que não estou. Veja, você acha que algo tão poderoso assim ficaria solto por ai sem o devido cuidado?

- Então você quer dizer...

- Sim. Maanna foi o ser criado para proteger-la.

Bell ficou calado por alguns instantes, ele "digeria" lentamente a informação que foi o jogada.

- Você sempre se referia ao <Pilar dos Céus> no passado... O que ouve com ele?

Loki abre seus olhos.

- Ele foi destruído pela Besta...

- Besta? – pergunta Bell curiosamente.

- A besta primordial do caos... Níðhöggr.

Um arrepio sobe pela espinha de Bell, de forma anormal a simples pronuncia daquele nome o trazia calafrios, até mesmo Loki não pode esconder o medo em seu olhar.

- Pelos mortais ele foi chamado de <A Besta>, mas sua existência foi apagada da historia conforme o tempo. – ela faz uma pausa para se recompor. – A <Besta> era uma colossal serpente alada, com uma cabeça de dragão e enormes patas que se assemelhavam a de diferentes animais, ele vivia dentre a camada mais baixa do mundo, o Abismo. Um mundo vazio e inóspito, coberto inteiramente pela escuridão. A <Besta> roía as partes mais baixas do <Pilar dos Céus>se nutrindo e fortalecendo. Houve vários embates contra a serpente, mas a ultima vez que ela emergiu do Abismo... O Pilar foi destruído e o mundo entrou em desordem e por pouco colapsou. Com suas ultimas forças o <Rei do Céu>, com os estilhaços restantes do Pilar de Luz, construiu uma lança sagrada que transcendia o conceito de "arma". Com ela o espírito guardião conseguiu perfurar o coração da Besta primordial, a matando... Mas após isso ele desapareceu assim como a arma celestial. Eu sinceramente pensava que ele tinha deixado de existir, mas pelo jeito ele deu a volta por cima e foi parar com você... Isso é bem curioso. Eu me pergunto o porquê exatamente ele esta com você... – Loki bota sua mão sobre o queixo.

Bell se fez a mesma pergunta. Muitas suposições vêm a sua cabeça, até mesmo as mais malucas. A ruiva consegue ver o garoto de cabelos brancos se sobrecarregar com seus próprios pensamentos, ela põe sua mão sobre o ombro dele e diz:

- Vamos deixar isso para lá por hora, tudo bem? Que tal atualizar seus status? – diz ela trocando de assunto com um sorriso no rosto tentando animar Bell.

A proposta da deusa acaba sendo aceita pelo garoto. Os dois trocam de lugares e Loki ajuda Bell a retirar as ataduras, após isso a ruiva começou o processo de atualização. Com seu próprio dente a deusa abriu um pequeno corte em seu polegar e despejou uma gosta de seu sangue sobre as costas do garoto, das costas do garoto um brilho é emitido, os números começam a mudar mas um em específica chama a atenção de Loki. Um largo sorriso emerge nos lábios da deusa.

- Rank up!! – diz Loki com emoção.

O rosto inexpressivo de Bell muda drasticamente com a noticia, seus olhos se arregalam por completo e sua boca fica levemente aberta.

- Eu... Consegui...?

O garoto olha de relance para Loki ainda surpreso e a mesma balança sua cabeça dizendo um "sim", Bell parecia contente.

- Parabéns Bell-tan! Daqui pra frente você é um aventureiro de level 2! – ela olha novamente para os status de Bell. – Ah! Antes que eu possa concluir sua atualização você precisa escolher uma <Habilidade de Desenvolvimento>.

- Quais seriam as minhas opções?

- Vejamos... – ela começa a ver atentamente. - <Resistência Anormal >, <Resistência Mágica> e... – ela para subitamente o que chama a atenção de Bell. – <Sorte>... Eu nunca tinha visto essa habilidade...

- Então é algo raro?

- Pode ser até único... Uma habilidade que melhora a sorte. É quase como uma proteção divina. – ela pausa sua fala. – Bom, não sou eu quem decide. Você pode pensar com calma.

Bell pensa sobre cada uma das habilidades, mesmo que conheça plenamente os efeitos de <Resistência Anormal > e <Resistência Mágica> e suas grandes utilidades ele fica mais pensativo sobre <Sorte>, pois seus efeitos poderiam ser extremamente diversos. Após alguns longos minutos pensando Bell acaba por decidir:

- Acho que ficarei com <Sorte>.

- Uma boa escolha. – Loki adiciona a habilidade nos status de Bell e conclui sua atualização. Desembrulhando um papel de seu bolso ela põe os status por escrito – Pronto! Eu acabei. Anunciarei ainda hoje sua promoção para Guilda.

- Tudo bem. – diz Bell enquanto se levantava.

- Ah, Bell-tan! Deixa eu te devolver. – de seu lado Loki pega algo embrulhado sobre um longo pano escuro. – Toma.

Bell pega o embrulho e tira com cuidado o pano.

- Maanna! – diz em surpresa e felicidade.

Loki não deixou de se cativar com a relação de Bell e Maanna, o garoto parecia se importar de verdade.

- Bell-tan, o que falamos aqui fica entre nós. E por enquanto somente entre nós. – diz Loki de forma seria. – Entende?

- Sim. – ele assente para sua deusa.

Após a breve conversa Bell se recompõe.

- Eu vou indo.

- Hum? Onde vai? – indaga Loki.

- Eu preciso comprar uma armadura nova. – diz ele vestindo sua camisa e pondo seu cinto.

- Espera... VOCÊ VAI ME DEIXAR AQUI SOZINHA!?

- Acho que não acontecerá nada com você em minha ausência. – ele põe sua espada na bainha.

- QUE? É CLARO QUE VAI! EU VÔ FICA ENTEDIADA!

- Com licença... – Bell sai pela porta já com suas coisas em mãos deixando Loki sozinha.

- BELL-TAN!


**************************************


Dentro da <Torre de Babel>, Bell procurava por uma armadura com a mesma assinatura do ferreiro que havia feito sua anterior, na mesma loja que a tinha comprado com Eina. Ele vasculha pela loja inteira mas acaba por encontra nada. Vendo que seria inútil procurar mais uma vez ele decide por perguntar ao dono.

Chegando ao balcão o garoto vê o dono discutindo com um jovem ruivo usando uma roupa preta com um lenço azul em volta de seu pescoço e uma caixa nas mãos.

- Eu já disse que não vou comprar essas suas quinquilharias! Além do mais ninguém as compra, eles ficam mofando nas minhas estantes e ocupando espaço!

- Elas não são "quinquilharias", meu trabalho é de qualidade! Tanto que minha armadura foi vendida.

- Aquilo foi sorte, ela estava pegando poeira há muito tempo. Não tem nenhuma garantia que esse feito se repita. Agora dá um fora que eu tenho cliente. – diz o dono da pequena loja vendo a aproximação de Bell. – Pois não? – diz ele para o garoto de cabelos brancos.

- Com licença. Por acaso você teria armaduras de Welf Crozzo?

O balconista se surpreende com a pergunta do garoto e dirige seu olhar lentamente para o ruivo que o olhava com um sorriso debochado.

**************************************

No 8º andar da <Torre de Babel>.

Sentados em um banco estavam Bell e o ruivo conversando.

- Então foi você que comprou a minha <Pyonkichi>. Por favor, permita-me me apresentar, fã número um. Eu me chamo Welf Crozzo, atualmente sou um ferreiro de baixo nível da <Hephaestus família>.

- Prazer, meu nome é Bell Cranel. Sou um aventureiro da <Loki família>.

- <Loki família>? – diz o ferreiro surpreso. – Então você é o tal novato da "Família Matadora de Gigantes", o maluco do capuz negro.

Bell ficou surpreso, ele não esperava que houvesse rumores sobre ele. E não esperava que tivesse um apelido.

- O prazer é todo meu em conhecê-lo, Bell! – diz Welf com um sorriso.

- Então, senhor Crozzo, eu queria... – ele é interrompido.

- Welf... Por favor, me chame de Welf. Eu não gosto de ser chamado por meu sobrenome – diz o ferreiro, ele parecia um pouco mais serio.

Bell percebeu imediatamente o incomodo do ferreiro, assim, decidiu por não insistir.

- Entendi. Perdoe minha falta de noção senhor Welf, eu não tinha intenção de ofende-lo de nenhuma forma. – Bell se curva para ele em um sinal de desculpas.

O ruivo fica surpreso com a formalidade do garoto e um pouco sem jeito.

- Ei, não é pra tanto... Ta tudo bem. E pode me chamar só de Welf.

- Entendido, senh... Quero dizer... Welf.

Welf assente com a cabeça.

- Então, Welf. Eu queria discutir sobre uma nova armadura. Infelizmente a anterior se partiu em batalha e eu estou precisando de uma nova o quanto antes.

- Hm... Entendi. Me conta, o que a quebrou exatamente?

- Um <Minotauro> gigante me deu um soco.

- Entendi... Não, espera! Um <Minotauro> gigante? – diz ele confuso. – Que nível você é?

- Eu recebi uma promoção de rank agora a pouco, sou nível 2.

- Ah... entendi. – diz ele com sua mão sobre o queixo. – "Minotauro gigante? Acho que tinha ouvido sobre isso de alguns aventureiros. Esse cara enfrentou esse tal Minotauro ainda no nível 1?"

- Quanto tempo vai levar até a armadura ser pronta?

Welf é tirado de seus próprios pensamentos.

- Ah, isso... Nenhum. Você está com sorte. – ele pega a caixa ao seu lado e o joga ao lado de Bell.

- Uma armadura. Ela é quase igual a que eu tinha. – diz Bell com um leve tom de surpresa.

- Sim. Essa é a Pyonkichi Mk III, a que você tinha era a Mk II.

Bell pega a parte do peitoral da armadura e começa a avaliá-la.

- Ela parece mais leve que a outra.

- Isso! Eu usei um aço mais leve e maleável, e também distribui melhor o peso. Facilitará a agilidade na batalha.

- Me parece ótimo. Quanto cobra por ela?

- Para você eu não peço dinheiro, mas sim um "favor".

- Favor? – pergunta o garoto inclinando levemente sua cabeça em duvida.

- Sim, sim. Geralmente, jovens ferreiros se juntam a aventureiros inexperientes com o intuito de construir sua fama e experiência. Mas esse não é o ponto principal... Veja, eu sou um level 1 ainda, assim, eu ainda não possuo a habilidade de desenvolvimento <Ferreiro>.

- Entendi. Então você busca o rank up... Então, em outras palavras...

- Sim, eu gostaria de me juntar a sua party para conseguir minha promoção de nível. – Welf diz encarando o garoto de olhos carmesins com confiança e determinação no olhar.

Bell conseguia sentir a tamanha determinação de Welf pelo seu objetivo. Um sorriso emerge dos lábios do garoto até então inexpressivo.

- Muito bem então. Conto com sua ajuda, Welf. – diz Bell o encarando com a mesma determinação no olhar e um sorriso no rosto estendendo sua mão para o ferreiro.

Welf vendo a atitude de Bell ele deixa escapar um largo sorriso enquanto apertava a mão do mesmo.

- Pode deixar! Nosso contrato está selado!

Welf levanta a mão de Bell como se estivesse a exibindo.

- Farei de tudo para atender as expectativas do MEU cliente! – o ferreiro solta essas palavras pelo ar.

Bell parecia entender nada, olhando para os lados ele vê alguns ferreiros indo embora frustrados e alguns até mesmo zangados. O garoto se perguntava se aquelas palavras havia sido algum tipo de indireta.


**************************************


No dia seguinte...

Denatus, o encontro dos deuses. Este evento é uma oportunidade para os deuses compartilharem informações, um encontro designado para promover a cooperação entre as varias famílias em toda a cidade e a Guilda. Embora esse seja o seu objetivo no papel, Denatus ainda é reconhecido como um comitê consultivo. As ares de suas influencias também preocupam os aventureiros. A atribuição de Alias é um dos muitos aspectos.

- O Cernuno fede muito. Eu to até sentindo daqui.

- O cara cheira a cachorro molhado.

- Ei, eu to ouvindo vocês daqui!!!

- Ah, isso me lembra, parece que Rakia está fazendo preparações para invadir Orario novamente.

- Aquele Ares de novo...

- Ele é muito burro mesmo.

- Alguém viu meu prendedor de cabelo por ai?

- Eu ouvi rumores de aparições de cobras marinhas enormes em Meren.

- Pff... E você acredita nisso?

- EU SOU GANESHAAA!!

Vários deuses estavam reunidos em volta de uma grande mesa redonda, um caos de vozes ecoava por todo o grande salão.

- Tudo bem, tudo bem! – a deusa de cabelos vermelhos, Loki, chama a atenção de todos. – Acho que já podemos passar para o próximo item. A tão esperada <Cerimônia de Nomeação> - diz ela pegando uma pequena pilha de documentos sobre a mesa. – Os documentos foram passados para todos vocês? Então, que tal começarmos? – ela começa a ler a primeira folha da pilha. – Muito bem, no topo da lista é... <Set família>, o aventureiro Selti Selty.

- P-Por favor, sejam gentis...

- Negado!– dizem os deuses em coro.

- Então está decidido. Ao aventureiro Selti será dado o titulo de <Burning fighting figher>. – diz Loki dando o veredito.

- NÃOOOOOO!!– grita o deus Set em um tom choroso pondo suas mãos sobre a cabeça.

- Bem, vamos passar para o próximo... <Takemikazuchi família>... OHH!Essa garota é realmente muito fofa! – diz a ruiva com um leve rubor. – Ehh... Já que ela nasceu no extremo leste, seu nome deve ser lido na ordem reversa, então... Yamato Mikoto-chan, parece.

- Oh, ela é bem fofa, não acha?

- Sim, cabelos pretos são sempre os melhores.

- Submeter um titulo vergonhoso para uma dama pura seria muito cruel.

- Hum? S-Serio!? – diz Takemikazuchi tendo uma falsa esperança.

- Mas Takemikazuchi, você não é bom.

- HEIN!?? – diz ele espantado.

- Seu gigolô natural...

- O amor entre um deus e uma criança é como...

- Seu lolicon!

- Que? Do que vocês estão falando!?? – diz Take.

- Eu vou dar o apelido da Mikoto-chan! "Fortune Galaxy"!

- "Mysterious Heroine X".

-"Phantom Samurai"

- EI! Ei! Já chega! Pareeem!!

Take bate seu punho sobre a mesa chamando a atenção de todos.

- A Mikoto é... A Mikoto é alguém que eu pessoalmente guiei por todo o caminho até agora, sabiam? Deveriam ter mais... – ele é interrompido.

- "Angel".

- OHHH! – dizem um grupo de deuses.

- Essa é do caralho!

Mesmo com a intervenção de Take os deuses continuaram a jogar sugestões pelo ar.

- Nesse caso, está decidido que o título da Mikoto-chan será "ZetsuEi". – diz a deusa ruiva.

- Sem objeções! – dizem todos os deuses em coro.

Takemikazuchi leva sua cabeça a mesa derrotado.

- O próximo aventureiro... - Loki ao passar para próxima folha abre um largo sorriso e suas bochechas ficam rosadas. – Fufufu... Minha favorita, Ais!

- A hora da <Princesa da Espada> chegou!!

- Como sempre, a Princesa é linda.

- E ela chegou ao nível 6...

- Não seria melhor deixar o titulo como está?

- Sim.

- Bem, a outra opção é "Esposa dos deuses"...

- Totalmente!

- Matarei vocês! – diz Loki olhando para os deuses com uma aura assassina.

- PERDÃO!!! - dizem em coro.

- Bem, se não há objeções... Deve estar bem em deixar a Ais como está. – ela prossegue para outra folha. – O próximo é o último.

- Quem é esse?

- Bell Cranel...

- Outro filho da Loki? Eu nunca tinha visto ele.

- Espera... Isso está certo? Esse garoto evoluiu para nível 2 em um mês e meio!?

- Isso é um novo recorde.

Loki enche seus pulmões de ar e ergue sua postura.

- Hehe... Esse é o novato de ouro da minha família. Espero sugestões a altura.

- Um garoto que quebrou o recorde... Hm...

- Ele parece bem fofo, mesmo com esses olhos assustadores.

- Olhos vermelhos... Cabelos brancos... Parece mais um coelho.

- Verdade.

- Que tal "Bunny Warrior"?

- Isso é muito bobo. "Dragon eyes Rabbit", é bem mais imponente.

- E"Rabbit Foot"?

- Nah... É muito broxante. Deixa eu ver... Hm... "Little Rookie"!

Vendo que uma sugestão era pior que a outra Loki se posiciona para confrontar todos, mas acaba por ser impedida de falar por uma voz que parecia abrir caminho dentre todas as outras.

- São nomes um tanto quanto criativos, mas receio que não correspondem bem a criança de Loki... – diz a deusa de cabelos longos cinzentos usando um vestido preto que realçava seu corpo escultural, a deusa da beleza Freya. – Está criança milagrosamente derrotou o minotauro negro que assolava os andares superiores, superando a diferença entre seus níveis. Sendo assim, ele deve possuir um nome a altura de seu grande feito.

Todos começam a cochichar entre si. Loki parecia olhar com estranheza para Freya, ela se perguntava o que a "Tarada" estava querendo com aquilo.

- Eu tenho uma sugestão para você, Loki. Algo simples, mas único – diz Freya com seu tom sereno e um doce sorriso nos lábios.


**************************************


Na Guilda...

Os funcionários se reunião para ver em primeira mão as novas Alias dos aventureiros.

- Está atrasada. – diz uma funcionaria de cabelos curtos rosados. – Eina, como é o apelido do seu garoto? – diz ela para a meia-elfa que lia um papel em suas mãos.

...

...

...

- É... "Sabre".


**************************************


Tempos depois na <Anfitriã da Benevolência>...

Bell estava sentado em uma das mesas do bar na companhia de Ryuu, Syr. O garoto estava mais adiantado que o convencional então se dispôs a ir à estalagem de Mia contar suas novidades.

- Parabéns pelo nível 2, Bell-san! – diz Syr parabenizando o garoto de cabelos brancos.

- Meus parabéns, Cranel-san. Parece que você bateu o recorde.

- Recorde? –diz Bell um pouco confuso.

- Sim. Agora você é o aventureiro que chegou mais rápido ao nível 2. É realmente impressionante, o último a ter esse recorde demorou um ano para conquistar o rank up, enquanto que você demorou algumas semanas. – diz Syr.

A ficha de Bell começa a cair.

- Comparando... Foi absurdamente rápido mesmo... Por curiosidade, senhorita Ryuu. Quem detinha esse recorde?

- A <Princesa da Espada>.

Bell fica ligeiramente surpreso, mas não esperava menos vindo de Ais. Gradativamente a felicidade tomava conta de si, o garoto se via cada vez mais próximo da princesa.

- Suponho que sua família o ajudou. – diz Ryuu presumindo que Bell havia se juntado a uma party de sua família.

- Na verdade não... Sou fraco demais para ajudar-los, então nunca me dispus a ir com eles, não queria atrapalhar. – diz Bell com um tom baixo.

O garoto fala a verdade as duas sem medir palavras, mas no fundo ele possuía noção que estava dizendo somente meias-verdades.

De uma mesa ao lado um grupo de aventureiros ouvia a conversa. Os mesmos se levantam e vão em direção a mesa de Bell.

- Se não é o novo reCordista! Vi que não poSsui uma party... Quer se juNtar a nossa? Eu sou Mord Latro e esSes são Guile e Scott... Então o que me diz? – diz um homem de armadura, com cabelos curtos e algumas cicatrizes.

O garoto de cabelos brancos analisa rapidamente os três a sua frente, ele percebe facilmente os três parecia estar bêbados.

- É um prazer. Referente a sua pergunta, eu recuso. Já possuo minha própria party , e eu acho que vocês não são qualificados.

- TA DIZENDO QUE A GENTE NÃO PRESTA!?

- Oras, seu convencido...

O homem chamado Mord levanta seu punho serrado e o lança na direção do garoto de olhos carmesins que se mantinha calmo perante a situação. De repente, muito antes do soco ir contra algo, Ryuu o segura facilmente com sua mão.

- Um não é um não. – diz a elfa com seus olhos serrados.

Mord se distancia um pouco de Ryuu intimidado, mas por conta de estar alcoolizado ele parecia ter perdido um pouco sua noção de perigo.

- ISSO NÃO É DA SUA CONTA GARÇONETE!

Os homens pareciam querer cobrar briga. Não tendo muitas opções Ryuu se põe em frente aos demais, mas de repente...

*PHHAAAAAAAAA*

Um som forte de madeira se rompendo reverbera por toda estalagem. Ao olharem para a origem do som todos vêem o punho de Mia atravessado sobre o balcão, todos ficam em absoluto silencio, ela direciona deu olhar irado para o grupo de aventureiros.

- Aqui não é lugar de briga. Se não vão comer então saiam do meu bar... Se não eu quebro os ossos de vocês!

Sendo curta e grossa Mia espanta o grupo com sua imponência.

- O DINHEIRO IDIOTAS!

Enquanto saiam o principal do grupo larga para trás uma saca de moedas e continua sua corrida até sair do bar.

- Esses encrenqueiros... – resmunga Mia.

Ainda sentado na mesa, Bell se sentia um pouco mal por praticamente ter começado aquela confusão.

- Esta tudo bem Bell-san? – diz Syr um pouco preocupada.

- Hum... Sim. – Bell se lembra de seu compromisso. – Ah! Me desculpe senhorita Syr, senhorita Ryuu, mas eu tenho que ir agora. Até mais. Até senhora Mia.

- Se cuide garoto! E vê se não arruma mais briga no meu bar!


**************************************

Em frente a <Torre de Babel> estava Bell sentado próximo a fonte comendo. Poucos minutos depois ele nota a aproximação de alguém, direcionando sua atenção a ele o garoto reconhece que era Welf.

- E ai Bell! Bom dia! – diz o ferreiro com a palma da mão levantada em um gesto de saudação.

- Bom dia, Welf. – diz Bell de forma simpática.

- Estamos esperando mais alguém?

- Sim. Ela já deve estar chegando.

- Entendi. –Welf se senta próximo a Bell.

Bell termina de comer e se direciona ao ruivo.

- Welf. Posso estar sendo um pouco rude mas gostaria de saber algo.

- Pode falar.

- Você parecia desgostar de ser chamado por seu sobrenome. Eu conheço as historias envolta da família Crozzo... Os ferreiros que faziam armas mágicas para a casa real de <Rakia>... Eram uma autoridade suprema em espadas mágicas...

- Se você conhece a historia pode presumir o porquê de não gostar de meu nome.

- O uso das armas para guerra...?

Welf não o responde, ele somente encarava o nada mas Bell conseguiu sentir que aquele seria um motivo.

- Após aquilo a minha família perdeu a benção em seu sangue e se tornaram incapazes de forjar armas mágicas... Isso até eu despertar essa benção.

- Você tem a habilidade de forjar armas mágicas? – Bell parecia surpreso.

- Sim... Todos sempre me procuram por isso, mas eu sempre os dispenso.

Bell pensa em dizer algo, mas seus pensamentos acabam sendo cortados de forma imediata quando vê Lili se aproximando.

- Ela já chegou. – diz ele se levantando. – Vamos?

Welf assente e acompanha Bell até a pallum está.


**************************************


- Haha! Cheguei no 11° andar! – diz Welf correndo um pouco a frente do grupo. Ele se vira para Bell. – Foi mal te pedir isso logo de cara, Bell. Sei que isso deve acabar atrasando você, por isso muito obrigado!

- Sem problemas. Nós fizemos um contrato afinal, então seu interesse também é o meu.

- Eu ainda acho que ele sai na vantagem... – diz Lili virando seu rosto. – Por que ele não faz isso com a família dele?

Welf olha para Lili franzindo suas sobrancelhas.

- Lili, a família do Welf... Bom, sabe come é... – Bell acaba tropeçando um pouco em suas palavras, mesmo aparentando estar normal a mente do garoto estava um pouco distante de si, algo parecia estar o fazendo ele perder o foco. Enquanto tentava planejava o que iria dizer Lili toma a dianteira da conversa.

- Ele não anda com a família dele, certo? Ele te contou aquela historinha e o fez comprar coisas novas. – diz ela olhando para a armadura de Bell. – Por que não fala comigo sobre essas coisas?

- Não é bem assim... – ele é interrompido.

- Estou atrapalhando tanto assim, nanica? – diz Welf se aproximando de Lili, inclinando um pouco suas costas para ficar mais próximo da altura da pallum.

- Não me chame de "nanica"! Eu tenho um nome, é Liliruca Arde!

- Ok, prazer em te conhecer, Lilinica! – diz Welf reerguendo sua postura com um sorriso no rosto. Ele ergue sua mão para a prum.

- Grr! Esquece, deixa para lá!

"Será que eu fiz algo de errado?" – pensa Bell. – Bom, a armadura foi um acordo que eu fiz com ele. Eu realmente gosto das armas que o Welf Crozzo faz. Então...

- Crozzo!? Você acabou de dizer Crozzo? – diz Lili surpresa olhando para Bell.

- Sim.

- O ferreiro das armas mágicas amaldiçoadas? Os nobres ferreiros que faliram?

- Bom, acho que isso não importa. – diz Bell expondo seu pensamento, surpreendendo os dois. – Eu permiti que Welf fizesse parte da party não por sua habilidade mas sim porque vi confiança e vontade de lutar, algo que vale muito mais que uma mera arma mágica.

- Se você diz... – Lili vira na direção do ferreiro. – Escuta, o senhor Bell te aceitou aqui então tenta não fazer corpo mole! A nossa rotina não é para qualquer um, então se não aguenta pode ir embora!

- Lili, não precisa exagerar...

- Então a rotina é puxada, em? Haha, se não fosse não teria graça!

Lili vira o rosto para Welf. Enquanto o grupo conversava alguns pequenos tremores surgem, do solo vários<Imps> e um <Orc> emergem em volta do grupo.

- Um <Orc> e nove <Imps>. – diz Lili analisando rapidamente o campo de batalha, algo que aperfeiçoou com Bell ao decorrer de suas viagens a masmorra.

- Certo, eu cuido do <Orc>. – diz o ruivo retirando de suas costas sua grande espada. – Até eu consigo bater nele. – ele olha para o Orc que ainda tentava sair de seu buraco no chão.

- Então Lili vai te ajudar. – diz a pallum se aproximando de Welf descobrindo sua besta de pulso.

- Oh! Achei que não gostava de mim, Lilinica.

- Mas é claro que não gosto. Mas eu não quero que o senhor Bell seja prejudicado.

- Certo, obrigado. – ele desembainha Maanna, ele olha para sua lâmina por um momento antes de se por em postura. – Eu cuidarei dos <Imps>. Conto com vocês.

Em um instante Bell se dispara na direção do grupo de monstros. Um deles tenta ir para cima do garoto mas é dividido ao meio no mesmo instante, a partir daí os outros começaram a agir. Bell desviava facilmente dos golpes, ele sentia que os ataques dos monstros parecia mais lentos que o normal, o garoto reconhece que estava realmente mais forte que antes. Em uma sequência cortes rápidos e precisos os monstros são derrotados em um instante.

Enquanto isso acontecia Welf atravessava sua longa espada sobre o peito do <Orc> que se desfaz segundos após.

- Nossa! – diz o ruivo vendo Bell aniquilar o grupo de monstros facilmente.

- Welf, Lili, desviem!

Os dois olham para trás e se deparam com um <Hard Armored>, o monstro se põem em uma posição similar a de uma bola e começa a investir para cima dos dois. Welf e Lili desviam do mesmo deixando somente Bell na linha de frente com o inimigo.

- Bell, sai daí! – diz Welf.

O garoto de olhos carmesins se põe em guarda esperando seu oponente se aproximar pacientemente.

- Retire a terceira restrição.

A cor dos olhos de Bell muda para um dourado intenso, sua espada brilha e se modifica tomando forma de uma katana de três mãos. Quando o monstro se aproxima suficiente o garoto de cabelos brancos balança sua espada em uma meia lua, o <Hard Armored> é dividido ao meio, suas duas partes viram fumaça e sua pedra rola até os pés de Bell. Cortando o ar ele desfaz a forma de Maanna e o põe na bainha, seus olhos gradativamente voltam ao seu natural.

- Nossa! Isso foi realmente impressionante... – diz Welf um pouco embasbacado com a "demonstração de força" de Bell.

- Você se acostuma. – diz Lili.

Bell encara a palma de sua mão.

"Eu... Realmente fiquei mais forte." – ele fecha seu punho agarrando o ar. – "De pouco a pouco eu irei escalar até o topo, até chegar nela..." – ele olha para o vazio com determinação nos olhos.

**************************************

Nos andares profundos...

Em meio ao campo de batalha, a vanguarda da "Família Matadora de Gigantes" corria para o combate com grande ânimo e vontade de lutar.

- HAAAAAAA!! – rugi o lobo correndo com tudo para cima dos golens flamejantes,<Flame rock>.

Ao lado de Bete, Tiona e Tione corriam.

- Bete, você ta no caminho! – diz Tiona tomando a dianteira junto com sua irmã. – Não me culpa se eu te partir no meio!

As duas amazonas interceptam um dos golens, saltando em direção ao orbe flamejante em sua cabeça.

- Sua arma lerda não acerta ninguém! – Bete corre e chuta a perna do <Flame rock> destroçando a mesma, o fazendo desmoronar sobre o chão.

Em um lugar mais elevado o restante da família observava a batalha. Ais e os três executivos veteranos eram os que mais perto estavam.

- Por que eles estão tão animados? Os outros não vão aprender nada assim. – diz Gareth intrigado com a empolgação dos três aventureiros ali abaixo.

- Eles devem estar empolgados por conta da batalha de Cranel no 10° andar. Bom, por que não estariam? – diz Finn respondendo a pergunta do anão.

- Oh, então Bell os proporcionou algo tão emocionante assim antes de eu me reunir a vocês? – diz Landrock olhando para o pequeno lanceiro. – Bom, não deveria estar tão impressionado. O garoto sempre está se mostrando.

- Sim. Ele superou suas próprias limitações e derrotou aquele gigantesco <minotauro>.

- Minotauro gigante é? Hm... Eu gostaria de ter visto... Que má sorte.

Na ponta do "penhasco" Ais dá um passo a frente.

- Estou indo também. – diz ela saltando direto para o campo de batalha.

- Ais? – diz o anão surpreso com a atitude da garota.

- Parece que ela está animada também. – diz Riveria.

**************************************

11° andar.

Bell e Welf descansavam após uma serie de lutas enquanto que Lili pega os espólios sobre o chão.

- É bem legal formar uma party. – diz Welf

- Sim. Parece ficar mais fácil avançar pelo andar.

- É uma das vantagens de ter um grupo. Dá pra respirar com mais tranquilidade. E muda o jeito de lidar com os monstros também. – Welf estica seus braços. – A Lilinica estava certa. A carga de vocês é bem pesada.

- Desculpe por isso.

- Haha, não tem problema.

Bell olha em volta.

- Parece que tem mais grupos vindo.

- Assim que a Lilinica pegar as pedras mágicas, nós podemos dar uma pausa para comer. Deixamos os monstros com eles.

- Eu estava pensando em limpar o andar, mas tudo bem descansar um pouco.

- Hm! – o ferreiro se espanta momentaneamente. – E eu pensando que já tínhamos feito muito até agora hahaha!

O garoto de carmesins se distancia um pouco de Welf.

- Ei, Bell, o que foi? – pergunta o ruivo vendo que o garoto parecia um pouco aéreo. Ele se levanta e vai na direção de seu companheiro.

- Tem algo além da neblina. – diz Bell em um tom serio pondo sua mão sobre o cabo de sua espada.

Welf olha para a neblina a sua frente, em questão de segundos três aventureiros aparecem correndo contra os dois.

- Droga! Um <Infant Dragon>!

- Corram!

Da neblina densa o dragão surge, vendo os dois a sua frente ele rugi se preparando para a batalha.

- Aquele monstro ta perto demais dela! LILINICA, CORRE! – diz Welf gritando para Lili.

Notando o perigo, Lili para o que estava fazendo e começa a correr para a direção oposta do monstro. Infelizmente, o movimento da pallum chamou a atenção do <Infant Dragon> que muda seu alvo agora para a garota.

- Droga! – Welf tenta tomar a dianteira, mas Bell se prontifica mais rápido.

Os olhos do garoto brilham em dourado, sua arma se alonga e muda novamente para a forma de katana longa, nodashi.

- Scintila!

Um turbilhão de energia cobre seu corpo por completo. Ele impunha sua espada em duas mãos, nesse processo a energia começa a se acumular sobre a lâmina a fazendo brilhar intensamente.

- Caliburn!

Em uma estocada a energia é disparada pela ponta da lâmina em um grande feixe de luz que vai de encontro ao monstro. Quando o ataque atinge seu alvo uma explosão luminosa emerge consumindo o dragão por inteiro, sua grande pedra sai voando aterrissando alguns pés de distancia de Bell que estava caído ao chão devido à força de seu próprio ataque.

- Caramba... – diz Welf impressionado olhando para a pedra do monstro no chão.

**************************************

Já era noite na <Mansão do Crepúsculo>, os corredores estavam silenciosos só se podiam ouvir os sons da brisa e o cricrilar dos grilos. No conforto de seu quarto o garoto de cabelos brancos e olhos carmesins repousava em sua cama olhando para o teto esperando o tempo passar.

- Maanna... – diz Bell. – Por que nunca disse nada para mim?

O garoto não recebeu resposta. Gradativamente ele ia perdendo sua paciência até o ponto de se levantar abruptamente e pegar Maanna em suas mãos.

- Me responda! Não fique ai calado! Sempre quando preciso você some assim!

Me desculpe, Bell...

Maanna fala com um tom baixo e calmo como a brisa, demonstrando um pouco de seriedade, ele poucas vezes se mostrava serio assim.

Eu não posso o dizer a verdade... Muito menos sobre seus sonhos. Eu quero lhe proteger... Por isso, você deve buscar a verdade por si só. Mas não se preocupe, eu estarei sempre com você.

- Você jura? – diz Bell em tom baixo quase que em um sussurro.

Eu juro.

Bell abraça a espada em posição fetal.

- Maanna.

Sim?

- Eu... Acho que o conheço muito antes daquele dia... Quando o recebi.

Melhor descansar por agora... Amanhã tudo voltará ao normal. Eu lhe prometo.

O cansaço o atinge, gradativamente suas pálpebras vão se fechando. Bell adormece com Maanna em meio a seus braços. Lentamente uma mão acaricia os cabelos brancos do garoto.

Bons sonhos, pequeno Sig...

**************************************

Alguns dias depois. De frente a <Torre de Babel>...

- O quê? A Lilinica está de folga?

- Sim. O gnomo que cuida do lugar que ela mora está doente, então ela quis ficar para cuidar dele. Desculpe, mas acho que por hoje não podemos ir à diante na masmorra...

- Entendi. Ei, Bell, já que não vai ter nada para fazer não quer vir comigo hoje?

- Hm?

- Bom, eu sou seu ferreiro. Que tal dar uma passada em minha oficina pra ver o que posso fazer para você? E também eu tenho que agradecer por me aceitar de braços abertos em sua party.

**************************************

Os dois entram em uma pequena cabana.

- Então é aqui sua oficina? – pergunta Bell olhando em volta.

- Desculpe a simplicidade. Por favor, tente se acostumar.

- Não, tudo bem. Aqui parece um tanto quanto confortável.

- Parece que compartilhamos do mesmo pensamento. – ele recosta suas coisas sobre um canto.

Bell olhava envolta com certo fascínio, admirando as armas espalhadas pela pequena oficina.

- Quer algo? – diz Welf percebendo a pequena núncia em sua expressão. – Quer testar algum equipamento?

- Oh, não não. A armadura é o bastante.

Welf levanta um sorriso.

- Deveria ser mais ganancioso, Bell. Um aventureiro deve se preparar o melhor que puder. Estou errado?

- Hum...Você tem razão. – admite Bell.

Dando a deixa Bell começa a fuxicar as armas feitas por Welf, os olhos carmesins do garoto se enchem de brilho enquanto olhava as espadas uma por uma se assemelhando a uma criança em uma loja de doces.

- Posso vê-la? – diz Bell apontando para uma espada longa de lâmina larga.

- Claro.

Com a permissão do ferreiro que a forjou o garoto empunha a espada e começa e ver-la melhor em suas mãos. Bell a testa cortando o ar, ele aplica mais alguns movimentos antes de parar.

- Ninguém a comprou.

- Sério? É uma boa espada.

Hum!

Maanna parecia se incomodar com as palavras de Bell.

Em meio ao curto silencio Welf ri brevemente.

- O que foi? – pergunta Bell.

- Não quer um item mágico, quer?

- Hm?

- Eu o contei sobre minha habilidade de fazer itens mágicos, certo?

Bell recosta a espada sobre a parede onde estava. O garoto anunciava em seu olhar que não possuía interesse sobre os itens mágicos que Welf mencionava, este olhar pode ser percebido pelo mesmo.

- Me desculpe... Eu acabei ficando com receio que você fosse mudar... – ele junta suas mãos e abaixa sua cabeça em sinal de perdão. – Me desculpe te testar assim.

- Hum. – ele balança a cabeça negativamente. – Não tem problema. Acho plausível. – diz o garoto com um discreto, mas simpático, sorriso nos lábios.

O ruivo se levanta.

- Então, sobre o que eu pretendia fazer... – enquanto falava algo puxa a atenção do ferreiro. Olhando para Bell ele se depara com algo em sua cintura. – Bell, isso é um item? – pergunta ele com curiosidade.

Bell leva seu olhar até sua cintura e vê o grande item carmesim preso a sua cintura.

- Oh! Sim, é o chifre do <minotauro negro>. Eu o levo sempre como uma espécie de amuleto da sorte. Eu sinceramente ainda não sei o que faço com ele.

- Nossa... É enorme! Eu achava que fosse algum tipo de arma na sua cintura.

- He... Realmente parece. – diz Bell aparentando bom humor.

- Posso usá-lo?

- Usá-lo?

- Posso fazer um equipamento para você com ele.

- Você poderia fazer isso? – diz o garoto com seus olhos levemente arregalados.

- Claro!

- Por favor, então! – pela primeira vez ele solta empolgação em suas palavras.

**************************************

Com uma pinça Welf põe o grande chifre sobre a forja e após aquecer-la ele começa a trabalhar em cima dela.

- Não gosto de itens mágicos. Eu tinha muitos clientes, sabe... Eles acabaram descobrindo que eu era um Crozzo e ficavam me pedindo por itens mágicos.

Com o lingote formado o ruivo puxa seu martelo e começa a moldá-lo.

- Eu me cansei deles. Eles querem armas para ficarem fortes e famosos. Todos dizem sempre a mesma coisa.

Ele joga uma substancia sobre o lingote e o põem novamente sobre a forja, após isso ele continua seu trabalho sobre a bigorna.

- Mas não é bem assim... Não é para isso que serve uma arma. Não são ferramentas para tornar alguém famoso. Elas são parte de quem você é. Não importa quantas coisas ruins aconteçam com você, sua arma nunca vai te abandonar.

A lâmina se formava.

- É por isso que não gosto de itens mágicos. Eles estilhaçam e deixam você para trás. É um poder que nos faz desperdiçar nossos talentos. Não há orgulho para quem as empunha ou para quem as forja. – ele pausa sua fala enquanto olha para a lâmina pronta. – Por isso que não faço itens mágicos. – Com a pinça sobre a espiga da lâmina fervente ele a mergulha sobre a água, o choque das temperaturas faz vapor subir.

Bell estava ali observando e ouvindo atentamente seu companheiro, as palavras conseguiram atingir-lo de uma forma que ele mesmo não poderia explicar, ele entendia os laços de um guerreiro com sua espada mais do que ninguém. Mas mesmo concordando com suas palavras e entendendo seus motivos, ele pensa que Welf não deveria negligenciar sua habilidade.

**************************************

Welf abre as janelas de sua oficina, os raios fracos do céu alaranjado incomodam os olhos do ferreiro em primeira instancia. O vapor quente começa a sair pelas janelas permitindo finalmente que a brisa entrasse, arejando o lugar.

Sobre a luz o ruivo analisava a lâmina da arma recém pronta, uma espada de lâmina carmesim de um gume com cabo escuro ornado, um Sabre. 

Ele apresenta a espada a Bell, seus olhos se preenchem de brilho novamente como os de uma criança e suas bochechas levemente tomam uma cor rosada.

- Parece que o material era realmente de alto nível. Acho que essa foi a melhor espada que já fiz. – diz ele com um sorriso guardando a lamina carmesim na bainha. – Certo, vamos dar um nome! Ushiwakamaru... Hm... Talvez... Ryukan? Não, como é uma espada de minotauro, que tal Mino-tan?

Bota Mino-tan... Vai ser hila... Quero dizer... Bem convincente!

As bochechas de Bell inflam de irritação vendo Maanna tirar sarro de sua espada e da sugestão de seu amigo.

- Eu tenho um nome para ela... – diz Bell dando sua primeira palavra desde o começo da forja da lâmina.

- Oh! Bom, ela é sua, então ninguém melhor que você para nomear-la. – ele dá a espada nas mãos de Bell. – Diz ai, qual o nome?

Os olhos carmesins do garoto se cruzam com a lâmina da espada de mesma cor. Ele a encara por alguns segundos até direcionar seus olhos novamente para Welf.

- Anglakel.

- Hm... Me parece um bom nome. A espada carmesim, Anglakel... Soa bom!

Bell põe Anglakel na bainha novamente.

- Bell. – Welf chama a atenção do garoto. Ele olha para o lado. – Só nos conhecemos há alguns dias, então não pedirei que confie completamente em mim. Mas... – ele olha novamente para Bell. – Me trate como um companheiro, como faz com a Liliruca.

- Sem problemas, Welf. – diz Bell com um sorriso nos lábios. – Você já é o meu companheiro. E mesmo que Lili não admita você também é um para ela.

Welf sorri contente com a resposta de Bell.

- Obrigado.

**************************************

Dois dias depois.

Nos corredores da <Mansão do crepúsculo>, Bell já trajava sua armadura com suas duas espadas, Maanna e Anglakel, uma em cada lado de sua cintura. Diferentemente do convencional o garoto vestia por cima de sua armadura uma capa longa avermelhada. Enquanto caminhava pela mansão silenciosa Bell se depara com Loki que andava na direção oposta.

- Oh, Olá Bell-tan! – a ruiva acena para Bell e se aproxima do mesmo. – Hm? Isso é uma <Lã de salamandra>?

- Sim. Enquanto eu pesquisava sobre os andares intermediários minha conselheira, Eina, me disse para usar isso. – ele abre os braços mostrando sua capa. – Mesmo sendo útil eu acho ela um pouco chamativa. – diz Bell apontando o fato da <Lã de salamandra> refletir luz.

- Então você está planejando ir aos andares intermediários, é?

- Sim. Eu irei pela primeira vez com o meu grupo para lá, então pensei em me preparar e avisei para eles fazerem o mesmo.

Um sorriso emerge dos lábios de Loki.

- Entendi. Boa sorte Bell-tan! – diz ela mostrando seu punho com o polegar apontado para cima.

- Obrigado. Até mais, Kami-sama. – diz ele se despedido de sua deusa e indo em direção a saída.

- Acho que você estava enganado Finn... No fim, ele é capaz de lutar ao lado dos outros. – diz Loki vendo seu "filho" mais novo indo para sua aventura.

**************************************

No 12° andar o grupo repassava seus planos de exploração aos andares intermediários. Todos trajavam <Lã de salamandra> assim como Bell.

- Tudo bem, irei repassar pela última vez. – diz Bell com seriedade no olhar, ele aponta para uma passagem a frente. – Assim que atravessarmos estaremos no 13° andar, os andares intermediários. Os monstros nos atacarão com fogo e projeteis. Mesmo podendo estar distantes não abaixem a guarda em nenhum momento.

- Sim. – dizem Welf e Lili em confirmação.

- Vamos usar uma formação básica. Welf, você ira na frente.

- Certo!

- Eu ficarei no meio da formação, onde o conflito será mais agitado. Lili ficará na retaguarda.

- Entendido, senhor Bell!

- Sendo uma suporte você não possui poder para cuidar dos monstros da retaguarda, então prestarei o devido auxilio quando precisar.

- Todos possuem seus suprimentos, certo? – diz Lili olhando para os dois.

Bell e Welf assentem.

- Caso aconteça de perderem ou usarem todos, tenho estoque de elixires reservas aqui comigo.

- Muito bem. Então... – Bell para de repente sua fala, um pequeno e singelo riso escapa de sua boca.

- Do que ta rindo? – pergunta Welf.

- Senhor Bell... Você esta levando a serio?

- Ah... Desculpe, desculpe. Mas não acham isso empolgante? Juntos em uma aventura indo em direção ao desconhecido! Só de pensar eu estremeço de emoção! Pode soar arrogante, mas não vejo a hora de entrar em combate, por meu sangue para ferver! – disse Bell com emoção.

- HAHAHA! – Welf ri alto. Ele recosta seu braço sobre o ombro de Bell. – Isso ai! Se não se animar, não pode se chamar de homem!

- Não sei se concordo com isso... Mas posso entender o lado de vocês. – diz Lili dando um leve sorriso.

Bell fecha seus olhos e respira fundo, retomando sua postura o garoto se vira para a entrada do 13° andar.

- Estamos todos prontos. – diz Lili avisando a situação para Bell.

- Vamos nessa! – diz Welf com certa empolgação.

- Sim, vamos.

**************************************

RHHHHOOOUUUUUU!!!!

Um alto rugido ecoa pelas paredes cavernosas. Um <Hellhound> corria em direção a Bell, com suas duas espadas em mãos o garoto faz um corte em "X" no lobo o fazendo virar fumaça de imediato.

- HAAAA! – urra Welf enquanto abatia mais um dos monstros com sua grande espada.

- Welf, atrás! – diz Bell em aviso.

O ruivo olha rapidamente para trás e se depara com um dos <Hellhound> preparando um ataque flamejante. Welf direciona sua mão na direção do monstro, mas percebe de ultima hora que não iria conseguir efetuar o que queria a tempo.

- Você demorou muito. – prontamente Lili direciona sua besta na direção do lobo flamejante e dispara um dardo certeiro em um dos olhos da criatura atrapalhando totalmente seu ataque.

Vendo a oportunidade Welf avança com sua espada na direção do <Hellhound>, em um forte golpe de sua lâmina pesada ele consegue dividir o monstro ao meio o fazendo virar cinzas. O campo de batalha estava momentaneamente limpo de monstros, Bell embainha suas espadas relaxando sua postura.

- Acho que fomos muito bem para a nossa primeira luta nos andares intermediários. – diz Welf com a pedra do monstro em mãos. Ele caminha de volta para seus companheiros.

- Sim. Nós conseguimos lidar com os <Hellhounds> de forma simples. – diz Bell.

- Sim. – afirma Welf.

- De qualquer forma, vamos procurar um lugar mais aberto. – diz a prum. Ela se agacha para pegar a pedra do <Hellhound> que Bell matou. – Se ficarmos cercados aqui não vai ser... – ela para de repente de falar ouvindo um som estranho vindo de seu lado, ao olhar na direção do som ela vê um grupo de três <Al-mi'raj>. 

- Senhor Bell?

- Olhos vermelhos, pelo branco... Sim, são pequenos Bells.

Veja Bell! Seus familiares!

- Eu não pareço um coelho! E isso são <Al-mi'raj>! – diz Bell com um pouco de irritação.

De repente os <Al-mi'raj> se tornam agressivos e avançam para cima do grupo de Bell.

- Oh, o Bell está nos atacando!

- Os Bells estão com pressa...

- Já disse que são <Al-mi'raj>! – diz ele empunhando Maanna.

**************************************

Após algum tempo de batalha o grupo se deslocou para uma área mais aberta, lá eles acabaram por encontrar mais problemas do que imaginavam. Os três se encontravam cercados por um grande leva de <Al-mi'raj>, a masmorra não os daria descanso por um minuto se quer.

- Da onde apareceram tantos!? – diz Welf analisando a situação.

- Não tivemos tempo nem para respirar! – diz Lili.

- Não vamos nos desesperar. – Bell empunha Maanna com suas duas mãos, sua lâmina espande e muda para sua forma de nodashi. Seus olhos mudam para o dourado intenso. – Mantenham a formação. – ele assume postura.

Os monstros avançam para cima do grupo. Tomando a dianteira Welf avança em direção aos <Al-mi'raj>, em um forte golpe com sua espada ele atrapalha a formação ofensiva dos pequenos monstros matando e dispersando grande parte deles. Enquanto o ferreiro tentava abrir caminho, Bell mantinha sua postura fixa a frente de Lili, os coelhos vinham de todos os lados saltando em direção aos dois com seus pequenos machados em mãos. Com um olhar serio e postura inabalável o garoto balança sua grande espada conforme a brisa, em movimentos calmos e precisos Bell defende e ataca todos os monstros que apareciam em seu redor. Lili se mantinha em sua posição alerta.

De repente um grupo aparece correndo contra os mesmo cruzando na visão Bell. Era um grupo maior que o deles, um dos membros parecia extremamente ferido.

- Nos perdoem... – diz uma das integrantes do grupo desesperado.

Eles cruzam a visão do garoto e vão embora dentre uma das varias entradas e saídas.

- O que... Hum!? – Bell sente inúmeras presenças agressivas se aproximarem.

- Aquele grupo jogou os monstros deles para cima da gente! – grita Lili avisando a todos.

De varias entradas diferentes vários <Hellhound> aparecem.

- Merda! – diz Welf olhando em volta, o cerco de <Al-mi'raj> não havia sido derrotado por inteiro, nem mesmo estava em sua metade, e para melhorar uma grande leva de monstros estava aparecendo logo em seguida – O que nos fazemos? – diz o ferreiro recuando para a posição inicial.

Bell estava conflito, um dos seus lados dizia para que não abandonasse a batalha e o outro dizia para recuar e proteger seu grupo, a balança pesava para os dois. Respirando fundo, com olhar serio, Bell toma sua decisão:

- Vamos bater em retirada!

Os dois assentem e assumem posição para recuar. Os monstros começam a avançar simultaneamente, Welf tentava proteger Lili como podia vendo que Bell parecia muito ocupado com os vários <Al-mi'raj> e <Hellhound>. Vendo que estava começando a ter problemas e seus amigos estavam em dificuldades o garoto não vê alternativa e decide não poupar mais esforços.

- Libere a quarta restrição! – seus olhos brilham com mais intensidade transbordando energia. – HAAAA! – em uma velocidade exorbitante Bell aniquila os monstros próximos a seus companheiros e abre um buraco dentre o cerco dos mesmos. Seus olhos perdem o brilho voltando a como estavam. – Vamos rápido!

Sem perder tempo os dois seguem a ordem de seu líder e correm em direção a saída.

Os três corriam por algum tempo até chegar a uma espécie de ponte de pedra gigantesca. Para a infelicidade dos aventureiros o grande volume de monstros continuava a seguir-los.

- Filhas da puta insistentes! - diz Welf olhando para trás.

Bell se põe na frente de seus companheiros, ele empunha sua espada a cima de sua cabeça. Enquanto isso os monstros começam seu avanço.

- Ó chamas que protegem. Presentes em tudo que arde. O sol e o brilho que rasgam as nuvens. As estrelas são centelhas de vossa chama. Protetoras dos homens. Centelha vital da vida. Queime e purifique os males, Chamar de Agni! – Bell pronuncia as palavras de poder em um <canto acelerado>, a lâmina de Maanna se incendeia, em um forte balançar de sua espada uma tempestade de chamas azuladas cobre toda sua visão. O incêndio engole por completo os monstros que vinham em sua direção.

Após alguns segundos a tempestade some por completo, Bell ainda estava de pé, mas o brilho dourado de seus olhos havia sumido por completo voltando a sua coloração escarlate, aquele ataque havia ponderado seu limite.

- Vocês estão bem? – diz Bell em um tom fraco mas audível.

- Bom... Mais ou menos... – Welf retira sua mão de seu tronco revelando uma ferida.

De trás de sua tasset, proteção de coxa, Bell retira um frasco de elixir de cura e o dá pra seu companheiro.

- Foi mal por fazer você abrir mão dos seus, Bell. – diz ele despejado o liquido vermelho sobre a ferido, o ferreiros fazia o que podia para não demonstrar dor com a ardência da poção.

- Não tem problema. Eu não usei nenhum até a gora mesmo... – Bell estava mentalmente exausto, mas não deixa isto transpassar a seus companheiros.

- Você realmente está bem senhor Bell? Sua magia sempre acaba com você.

- Eu estou... – Bell para abruptamente olhando para a saída.

Dos dois lados da ponte vários pares de olhos emergem das sombras.

- Não pode ser... – diz Lili em desespero.

- Estamos cercados de novo! – diz Welf olhando para as duas direções.

Vários <Hellhound> começam a sair das sombras impossibilitando a travessia do grupo dos dois lados. A espada de Bell brilha e muda para sua foice.

Os monstros avançam das duas direções, o grupo fazia seu melhor para limpar o caminho mas os lobos não paravam de aparecer um após o outro. Bell cortava e empalava os <Hellhounds> que apareciam em seu caminho, mesmo seus golpe possuindo estrema destreza seu cansaço culminado a grande quantidade de monstros fazia com que não conseguisse ficar ileso.

De repente um estalo auto é produzido pelo teto. Bell olha para cima com espanto vendo uma grande rachadura sobre si.

"De cima também!?"

O teto cede e um grande grupo de <Bad Bats> parece dentre as grandes rochas que despencavam.

Os pedregulhos caem com tudo em cima do grupo e dos monstros ali próximos, uma grande nuvem de poeira sobe cobrindo todo o lugar. Os três estava caídos em meio a enorme ponte, Bell ainda com sua foice em mãos se levanta com dificuldade.

- Welf? Lili? – diz Bell com seus olhos entreabertos chamando por seus companheiros.

A poeira se abaixa. Lili esta desacordada no chão enquanto que Welf estava com sua perna presa de baixo de uma rocha. O chão começa a estalar dando sinais que não iria aguentar muitos mais impactos. Sem tempo para respirar <Hellhounds> começam a aparecer acima das rochas com bocas em chamas. Não tendo energia para seus ataques a distancia, Bell não vê escolha a não ser proteger seus companheiros. Ele se põe na frente de Welf e Lili e impunha sua grande foice com as duas mãos.

- BELL...! NÃO...! – grita Welf vendo o ato desesperado de seu amigo.

As chamas são lançadas em direção ao garoto de cabelos brancos o engolindo por completo, o impacto forma uma pequena explosão que foi o suficiente para fazer o terreno ceder por completo. Os três aventureiros caem sobre o abismo sendo engolidos pela escuridão.



//\\Continua...//\\

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro