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🖤CAPÍTULO XVII: COMPAIXÃO🖤

—D A N I E L Is Not Sick—

Kato começou a respirar fundo várias vezes, quase entrou em pânico tentando somente entender, e não ajudar, no ataque psicótico que o seu paciente tinha.

Nunca tinha ido para esse lado, era sempre recomendado fazer eles voltarem para a realidade, mas ela precisava de respostas, mais respostas e como segunda sessão, tinha sido um belo desastre.

Para qualquer lado que olhasse, via Daniel Miller com sintomas fortes de esquizofrenia aguda.

Passou as mãos pelos cabelos sentindo a testa suada, encarou seu próprio suor e pensou o quanto daquilo não seria a saliva do assassino.

Um estrondo soou, fazendo ela dar um pulo na cadeira, se levantar e olhar para a porta.

No lugar de um loiro psicótico, apareceu um dos fardados que deveria levar o seu paciente embora.

O guarda parecia desconcertado, tinha saído a menos de cinco minutos, levou as mãos para trás de suas costas, os ombros largos, os músculos marcados por cada centímetro da vestimenta: o abdômen definido, os ombros largos, os bíceps e tríceps saltando pelo tecido.

— Sim? — ela perguntou confusa.

— Doutora Kato, sou João Souza, ao sairmos, uma enfermeira o sedou e meu companheiro de trabalho o levou para a cela para descansar — disse ela concordou com a cabeça. Achou que João iria sair, mas permaneceu como uma estátua grega na frente da porta aberta para o corredor da prisão.

— Doutora, acredita que Daniel Miller é doente? — perguntou; Sarah hesitou, mas confirmou com a cabeça. — Então, como ele era na infância? — A mulher com a pele retinta brilhando com a luz amarela do sol das três horas da tarde piscou e franziu as sobrancelhas.

— Como? — perguntou e o brutamontes engoliu o seco.

— Meu filho tem comportamentos estranhos. Estou pensando, estou querendo, não sei, ver semelhanças? — disse em tom de pergunta. Kato ergueu as sobrancelhas.

— Senhor João, segundo os relatórios de meus colegas de trabalho, Daniel Miller teve uma infância comum, frequentou uma escola particular com altos padrões de estudos, tinha condições financeiras abastadas pelos pais desde o nascimento, apesar de não ter muita atenção deles por conta do trabalho e era sem amigos, dito como apático pelos professores que teve e colegas de escola.

— Sozinho? — ele perguntou, Sarah deu de ombros.

— Sim, sozinho, sofria bullying pelo seu jeito estranho e inteligente de ser — respondeu e o homem suspirou como resposta — devo lembrá-lo e certificá-lo que centenas, talvez milhares, de crianças e adolescentes nesse país sofrem bullying e não são assassinos.

— Sim, sei disso, mas, isso contribuiu, na sua visão? — João perguntou. Sarah respirou fundo e andou até o segurança.

— Sim, com certeza — respondeu — a falta de vida social foi um fator marcante em toda a vida dele e começou na infância. — O homem paralisou na sua frente, ela andou um pouco mais, quase saindo da sala e o deixando ali, mas virou o rosto sobre os ombros pequenos e falou olhando para cima, alcançando os olhos castanhos do brutamontes:

— Além de, claro, diversos outros fatores — falou tranquilamente — não se preocupe, certifique-se que eu seu filho não sofra mais bullying, seja presente e cuide dele — comentou e desviou o olhar, completando em seguida após uma breve pausa —não são as ações de pais que transformam seus filhos em assassinos, muito menos traumas.

— O que é, então, doutora? perguntou e Sarah levantou o olhar.

— É a forma como eles reagem; nós, seres humanos, escolhemos reprimir, ignorar ou correr de um trauma, não lidar com ele matando alguém. Somos mais perigosos para nós mesmos do que para os outros — finalizou e sorriu somente com os lábios, deixando o homem sozinho na sala amarela e doentia.

Era meia-noite e Sarah não conseguia dormir em sua cama grande, confortável, ouvindo seu marido às suas costas. O respirar pesado e o barulho perfeito do ar-condicionado, tudo isso, semanas atrás, seria o suficiente para fazê-la adormecer.

Mas, depois de hoje, parecia algo impossível.

Rebobinava toda a cena em sua mente e tentava entender. O que Daniel queria dizer com um coelho branco? Sentou-se devagar na cama, sentiu a penumbra e frio do quarto entrar pelo corpo desnudo.

Enrolou-se em um robe branco que estava estendido na cadeira ao lado, colocando as pantufas ao pé da cama e andando até o corredor. Acendeu a luz, foi até a escada e a desceu devagar.

O tum, nhec, tum, nhec de seus passos cansados e o "zumm" "zumm" do ar-condicionado no quarto eram os únicos sons presentes.

Ia pegar um copo de água quando ouviu algo cair e quicar no chão da cozinha. Parou de andar no pé da escada, levou uma das mãos até o coração, o sentiu pulsar, sentiu as pernas bambas e o pavor a tomou.

Alguém estava ali? Daniel fugiu da prisão para me matar? Para vir até mim e pegar seu coelho branco?

Imaginou o sádico assassino com seu sorriso de orelha a orelha parado na penumbra do cômodo, ao redor dos eletrodomésticos caros e os tons de branco e cinza. Aquele maldito sorriso forçado, aquele cabelo amarelo sujo e a saliva escorrendo de sua boca raivosa.

A imagem fez um arrepio percorrer o corpo de Sarah Kato.

Respirou fundo, fechou os olhos e negou com a cabeça.

Era a ansiedade, somente isso, sua fertil imaginação criando um cenário apocalíptico e cruel.

Tomando coragem, olhou para baixo, inclinou a cabeça e os ombros ao máximo e viu, entre o teto do segundo andar e o vão do primeiro, dois olhos amarelos. Soltou todo o ar que notou somente agora que tinha prendido e negou com a cabeça.

Tola, uma criança tola e assustada, diria sua falecida mãe.

Era somente Matilda, sua gata, andando entre os copos de plásticos em cima da mesa. Terminou de descer, no primeiro andar, passou a mão no pelo macio e preto da felina.

Respirou fundo e encarou a geladeira branca, iluminada pela lua que adentrava o cômodo por meio das janelas estreitas. Daniel invadiu novamente sua mente.

Tenho medo e... dó de Daniel Miller.

Foi automático, assustou-se com tal pensamento.

A imagem de suas lágrimas, a forma frenética e descontrolada daquele corpo forte, a maneira como parecia uma criança.

Levou a mão até o ventre, fechou os olhos com dor no coração, tantas crianças que morreram ali.

Anos antes, fez um aborto para não parar com os estudos e enfretar a criação de um fruto de um estupro. Como uma crueldade da vida, quando quis filhos, sofreu vários abortos espontâneos.

Sentia ter uma máquina de matar no ventre do que uma que cria a vida como em tantas outras mulheres.

Pensou em como seria ser mãe de Miller.

Esse seria o assunto da próxima sessão: seus pais; precisava explorar aquilo de alguma forma... mesmo que eles já estivessem mortos há alguns anos e... Carla... Quem foi esta mulher?

Engoliu o seco, deixou sua filha felina ali, abriu a geladeira branca de duas portas, encarou a garrafa de vidro com água gelada desejando, em seu cerne, que fosse outro líquido ali.

Pinga, vodka, uísque, vinho ou até mesmo cerveja.

Os dedos tremeram quando esticou a mão, percorrendo os olhos por toda a geladeira, esperando que, por um milagre, álcool aparecesse ali dentro e amparasse seu coração quebrado e sua mente agitada.

Afastou o desejo, o impulso, de sentir o corpo vaguear por um espaço etéreo; sentir o cabeça anuviar; sentir o peso de seu corpo sumir dos pés; ter uma amnésia na qual esqueceria até mesmo seu sobrenome.

Pegou a garrafa de vidro com água gelada e ansiou, além de dormir, afastar no dia seguinte a estranha compaixão que sentia por aquele violento, perturnado e sádico assassino em série.

🖤🖤🖤

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Até o próximo capítulo!

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