Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

👩🏿CAPÍTULO XV: CARLA👩🏿

—D A N I E L Is Not Sick—

Sarah se levantou rapidamente, fazendo um gesto breve com a mão para impedir que os dois brutamontes fossem segurar Daniel que permanecia sentado e brigando com algum fantasma.

A psicóloga olhou profundamente nos olhos dos homens de farda e negou com a cabeça, dizendo, silenciosamente, que não precisava de sua ajuda, que estava segura, ou, pelo menos, era nisso que gostaria de acreditar.

Ficou uma semana inteira dizendo para si mesma que o homem que tinha enfiado uma estaca com espinhos dentro da vagina de várias mulheres era um ser humano.

Repetiu para si mesma que o Daniel precisava de ajuda mesmo sendo quem estrangulou várias, cortou várias, estuprou, fez sangrar tantas que morreram assim.

Tentou e contou várias vezes essas mentiras para si mesma e, até agora, não acreditou em nenhuma palavra.

Os fardados saíram da sala devagar, olhando de forma estranha o assassino que gritava.

Ele não está tomando os remédios, a doutora pensou e fez uma nota mental para falar aos guardas da cela ou os vigilantes noturnos se certificassem que ele engolisse as malditas pílulas para ataques psicóticos porque, claramente, ele estava entrando em um...

Isso era péssimo para ele, pior ainda para ela que queria provar sua sanidade...

Sarah ouviu a porta se fechar, fez uma atitude corajosa e que nunca achou que iria fazer nestas circunstâncias... ajoelhou-se em frente ao assassino.

Daniel estava ainda com a cabeça amarela virada para o lado, ela pegou suas grandes e perigosas mãos, fazendo o homem voltar sua atenção a ela.

Uma onda de realidade e eletricidade invadiu o corpo de Miller.

As mãos pequenas e macias com as unhas feitas seguravam com leveza seus dedos grandes e quase tocavam seus punhos.

Encarou os glóbulos escuros e jurou ver o infinito neles enquanto escutava, com certo atraso, as palavras saírem da boca da mulher:

— Daniel... me conte, o que está vendo? Quem está vendo? — ela disse com a voz baixa. Queria parecer inofensiva, mas o paciente fechou os olhos e várias lágrimas escorreram de seu rosto gordo.

Sarah até esqueceu que estava diante de um monstro ao ver tanta humanidade em pouco tempo.

As mãos dele tremiam, seus ombros curvaram, diminuindo a estatura grande, os dedos grandes, maiores que os dela, tomavam conta da palma de suas mãos e, por alguns segundos, se permitiu acariciá-los somente para que ele tivesse alguma noção da realidade.

— Não, não, não... cadê meu coelho branco? Cadê? — gritou e forçou o fechar dos olhos fazendo a testa franzir. Está morto, em suas mãos, olhe para elas — pare de me falar essas coisas! Pare! Pare! — Ele forçou as mãos para cima, mas Sarah segurou elas para baixo, já tinha visto crises assim antes... ele iria se debater ou... atacar.

— Eu vou trazer seu coelho, Daniel — Kato falou e sentiu um tremor nas pernas.

O assassino a encarou e arregalou os olhos com surpresa e admiração, um deles: azul, belo, o outro: branco, vazio, distante, terrível, solitário.

— Mas, antes, precisa me contar quem está ouvindo...

— V-v-vai... trazer... meu coelho branco? — perguntou com mais gotas salgadas salpicando suas bochechas gordas e seu maxilar quadrado.

Sarah concordou com a cabeça e apertou as mãos grandes, o monstro parecia uma criança inofensiva.

— Quem está falando, Daniel? Me diga e eu trago seu coelho branco...

— Me traga ele como antes...

— Antes do que?

— Antes... — E chorou mais, fechou os olhos e inclinou a cabeça — antes do mar vermelho o incendiar...

— Você o quer vivo, Daniel? — Kato perguntou sentindo a ponta dos dois joelhos doerem devido a sua posição de prece, de reza, de freira, diante do diabo. E o monstro concordou com a cabeça... — por que o quer vivo, Daniel?

— Porque eu queria pintá-lo... mas pintaram ele antes... — Foi você que pintou ele antes — cale a boca! Por favor! — Cerrou os dentes com força, começou a ranger e o barulho era um nervosismo sem fim.

— Vou trazer ele, intacto, para você pintar... agora me diga: quem está falando com você agora?

O assassino de ombros largos, mãos grossas e grandes, que se comportou como um adolescente, agora parecia uma criança indefesa, abriu os olhos, relaxou a mandíbula, olhou para o lado e sentiu seu coração se despedaçar com a imagem perfeita de quem via.

Ela estava encostada na parede amarela.

— Carla... — Daniel respondeu.

Os cabelos grandes, encaracolados, a pele negra, brilhante, o rosto e corpo pequeno, uma criança, nada além. E mais lágrimas desceram do rosto do assassino, várias do azul, uma ou duas do branco, o rosto molhado, as bochechas inchadas e vermelhas.

— É Carla gritando comigo sem parar... — falou entre soluços. Você é o culpado, Daniel! Eu nunca vou te perdoar! Você é o culpado de tudo!

— Quem é Carla, Dani? — Usou o apelido com a esperança de persuadir uma criança. Ele voltou devagar o olhar, a cabeça pendendo da direita para a esquerda como se fosse um pêndulo, uma lâmina andando de um lado para o outro.

— A primeira que vi morrer — respondeu e Sarah Kato começou a chegar perto da ponta do iceberg que era o mistério da fazenda Miller. 

👩🏿👩🏿👩🏿

Obrigado por ler até aqui!

Comente, vote e converse comigo!

Até o próximo capítulo!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro