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CAPÍTULO VINTE

Depois de duas semanas trabalhando em Chicago, passeando com meus afilhados favoritos todos os dias, desfrutando de refeições ao lado da minha família, estou completamente segura de que nada pode estragar o meu humor.

Assim que a nota escrita por Carpentier foi ao ar, meu corpo foi inundado por alívio. No final do dia, a palavra do homem famoso sempre prevalecerá para a mídia e o público. Com a ameaça de levar as ofensas para os tribunais, pedidos de desculpas foram escritos e publicados em tempo recorde. Ah, o doce sabor da verdade.

Não foi preciso dizer que ele possui nenhum envolvimento comigo porque isso simplesmente deixaria tudo muito na cara. No momento em que ele pisou na França, ele postou uma foto em um restaurante muito sofisticado, assim como a modelo britânica Hanna Osment. Para um bom entendedor, meia palavra basta: ele nunca esteve em um relacionamento com a jornalista americana, ele estava com a modelo britânica, as fotos não passavam de um engano estúpido e as acusações causariam vergonha ao piloto.

Pronto, a minha dor de cabeça foi resolvida.

E eu pude dedicar todo o meu tempo livre para estar ao lado de Luca enquanto ele lidava com algumas consequências da sua declaração de amor. Como um jornalista do meio esportivo, nós já esperávamos por uma onda de comentários homofóbicos na internet de outros jornalistas mais conservadores e babacas anônimos. Luca teve uma ideia incrível para lidar com comentários negativos: após o restaurante fechar, meu pai preparou o jantar, nós compramos uma dúzia de garrafas de vinho e bebemos uma taça para cada comentário estúpido que nos fizesse rir. Eric, Luca, Heart, Jeff e eu nos revezamos nas encenações dos comentários. Essa foi a primeira ressaca de vinho que eu tive o prazer de aguentar com analgésicos e litros de água.

Também não ficamos surpresos quando o editor chefe da Chicago X chamou Luca para uma reunião – foram os quarenta minutos mais apreensivos da minha vida – na quarta feira. Eles não podem demiti-lo por se relacionar com homens – claro, estamos no século XXI e existem direitos trabalhistas, assim como existe a internet para boicotar mais uma emissora que cultiva crenças extremamente ultrapassadas –, mas Luca teve que ouvir um discurso do seu chefe de meia idade que "a empresa respeita as escolhas pessoais de cada um e confia para que cada colaborador seja original, mas não carregue seus textos com crenças pessoais". Ou seja, ele falou que o Luca pode ser gay o quanto quiser, ele só não pode demonstrar isso em seu trabalho.

E lá se foi mais uma garrafa de vinho para esquecermos todas as atrocidades que ouvimos disfarçadas de opiniões nos últimos meses.

Escaneio o meu passe para entrar no paddock do famoso circuito em Spielberg com um sorriso no rosto, mesmo sabendo que meu primeiro compromisso do dia é no motorhome da Ferrari. Infelizmente, eu estou sozinha para a cobertura presencial deste final de semana: Luca ficou doente e a USN não tinha ninguém disponível para substituí-lo. Ele vai trabalhar de casa, mas eu sou responsável por recolher o material que ele vai publicar.

A quinta feira na Áustria é completamente dedicada para compromissos midiáticos. Aterrissei ontem à noite e desmaiei assim que deitei na cama. Ainda estou vivendo com os efeitos do acúmulo de felicidade no meu organismo e isso me dá uma vantagem para aturar um dia cheio e longo sozinha.

Arrasto a minha mala de mão com os equipamentos de gravação pelos bastidores agitados. Meu primeiro instinto é abaixar a cabeça e fingir que estou conversando com alguém – enquanto meus fones estão tocando minhas músicas favoritas – apenas para não ser incomodada, mas tudo parece diferente depois do anúncio de Carpentier. Agora que a grande parcela de colegas de profissão entendeu que eu não feri a minha ética para conseguir uma parceria de exclusividade com a Ferrari, eu não tenho mais medo de ouvir sussurros maldosos sobre mim.

Ando por aí como se vestisse uma nova armadura, mas o crachá da USN e o par de tênis é o mesmo do início da temporada. É, eu devo tudo à minha família, caso contrário eu já teria desistido.

– Senhorita Michelle, seja bem vinda. – Até o segurança do time está de bom humor hoje, que surpresa. – Você pode se preparar no mezanino, próximo às janelas.

– Obrigada. – Empenho um pouco de esforço para puxar a mala pelos três míseros degraus na entrada.

– Você precisa de ajuda com a mala? – ele se oferece gentilmente.

– Não, eu consigo, está tudo bem. – É, ninguém comenta que carregar duas câmeras, luzes e microfones exige tanto do jornalista quando ele é o único responsável por uma entrevista.

Ele acena e abre a porta para mim. Agradeço pelo simples gesto e respiro fundo. É só mais uma entrevista com Carpentier, Perrie, encorajo-me, buscando a confiança que tinha até três segundos atrás. Tudo conspira para que hoje seja diferente: estamos em uma trégua prolongada, não vamos nos atacar enquanto eu entrevisto ele e Honan para uma série de vídeos com todos os times sobre suas opiniões sobre a temporada até agora.

Ou será que vamos?

– Senhorita Michelle!

Viro-me apenas para dar de cara com Vitor Ziwak. Depois de toda a confusão ocasionada por fotos tiradas em seu baile, ele se refugiou em seu trabalho como consultor do time e se afastou ainda mais da mídia. Acho que não ouvi uma palavra sobre o vazamento das fotos sair de sua boca – o que já era esperado.

No entanto, ele é a última pessoa com quem eu esperava esbarrar hoje. Será que ele sabe que eu liguei para o assessor dele mais do que liguei para a minha própria irmã quando o escândalo estourou? Espero que ele não saiba, não quero parecer desesperada.

– Ziwak, olá! Você está aqui apenas de passagem? – nenhum carro entrará na pista hoje, logo é um desperdício de tempo ele estar por aqui enquanto poderia curtir a cidade.

– Acabei de sair de uma reunião – ele indica a garagem com a cabeça e sorri. – Como você está?

– Bem. E você?

– Ansioso para a corrida deste final de semana. – Ele esconde suas mãos nos bolsos da calça jeans e sorri. – Sinto muito que o baile não tenha sido um mar de rosas para você, querida. Porém agora eu posso lhe dizer que o responsável pelos vazamentos será processado por quebra de contrato.

– Contrate fotógrafos mais experientes no futuro – aconselho em tom de brincadeira.

– Caso você tenha espaço na sua agenda, eu contrataria seus serviços facilmente.

– Não me leve a mal, mas meu negócio são os carros em alta velocidade e seus pilotos.

– Uma pena, porque as fotos que você tirou das crianças em uma de nossas ações ficaram incríveis a ponto de eu vendê-las e reverter o dinheiro para a fundação. – Ele anuncia com um certo orgulho do que fez. Os direitos de uso das fotos foram totalmente cedidos para que a Fundação fizesse o bem que desejasse e eu fico feliz em saber que ajudei a arrecadar algum valor.

– Elas foram por uma boa causa – sorrio, satisfeita que um trabalho meu foi apreciado a ponto de ser vendido. – Eu voltaria a fotografar para a Fundação Andrea Ziwak sem problemas.

– Voluntarie-se sempre que quiser, estamos à procura de jovens talentosos como você.

Ele me entrega um cartão tirado de seu bolso. As suas iniciais são prateadas e se destacam no papel preto. Em vez de seu nome, há a assinatura clássica do piloto e, embaixo, posso ler seu e-mail pessoal. Então quer dizer que não preciso mais me comunicar com aquele assessor imprestável? Que bela vitória para mim.

– Obrigada, eu nem sei como agradecer – guardo o cartão de visitas na minha pasta e volto a sorrir.

– Eu sei que você tem seus próprios advogados, porém não se preocupe com nenhum processo judicial agora. A minha equipe está cuidando disso pessoalmente e tudo o que eu menos desejo para você é atrapalhar a sua brilhante temporada como jornalista.

Estou prestes a agradecer quando duas vozes masculinas se sobressaem e tomam tanto a minha atenção quanto a de Ziwak. Honan, o antigo companheiro de equipe do bicampeão Vitor Ziwak, e Carpentier, o novato recém ganhador da categoria abaixo da grande Fórmula 1, se aproximam em clima de descontração.

– Boa sorte com os rapazes, senhorita Michelle.

Ziwak passa pelos pilotos, e só deixa o motorhome depois de cumprimentá-los e sussurrar algo no ouvido de Carpentier. A expressão do francês muda completamente, mas se suaviza quando ele me vê parada ali, longe de estar pronta para iniciar a entrevista.

Confiro as horas no meu celular, com medo de que meu breve encontro com Ziwak tenha me atrasado, mas os pilotos estão adiantados.

– Bom dia, senhorita – Honan e eu trocamos um breve aperto de mãos. – Acho que todos estamos adiantados para a entrevista, correto?

– Bom dia, senhores. Vocês estão, certamente, e eu nem comecei a montar as câmeras – indico a minha mala e a mochila em minhas costas com um pouco de vergonha. – Tomem um café e joguem conversa fora, eu ainda tenho meia hora para me preparar.

Honan sorri e passa por mim, indo em direção ao buffet. Carpentier aguarda até que ele esteja longe o suficiente para se aproximar além do ideal e inclinar o rosto em minha direção.

– Como você está?

– Bem. E você? – resisto ao impulso de virar o rosto em sua direção e me mantenho encarando o espaço atrás dele.

– Você parece cansada. Tem certeza de que está tudo bem?

– Sim, eu estou bem. – Agarro uma mecha do meu cabelo e a prendo atrás da minha orelha. – Vá tomar um café, eu preciso organizar meu equipamento no mezanino.

– Você precisa de ajuda? – ele olha por sobre o ombro na direção de seu colega de equipe e meneia a cabeça. – Por favor, deixe-me ajudá-la, eu não aguento mais olhar para Honan sabendo que ele tem a prioridade neste final de semana.

– Você não poderia estar compartilhando detalhes da estratégia do time comigo. – Alerto-o. Ter uma boa relação com a irmã dele e estar em uma trégua não significa que eu sou a pessoa com quem ele deve desabafar. Essa é uma das funções de sua nova namorada.

– Você vai vazá-las?

– Muito trabalho para a minha mente cansada. – Brinco com a suposição correta que ele fez de mim segundo atrás e sorrio. – Você me ajudaria com a mala?

Oui, Pêrrí.

Subimos as escadas em silêncio, Carpentier realizando um ótimo trabalho em carregar a mala sozinho como se fosse um travesseiro de penas. Aceno para que ele a deixe sobre uma cadeira e coloco-me a abrir todos os zíperes e compartimentos.

– Posso ajudá-la em algo mais?

– Não, eu me viro sozinha daqui em diante – agito a mão, sem prestar muita atenção à proximidade entre nossos corpos. Meu punho se choca contra seu ombro. – Desculpe-me, eu...

– Tudo bem, não machucou. – Ele desenrola um sorriso cheio de intenções francesas que eu não quero tomar conhecimento. – Você aceita um café?

– Com creme e bastante açúcar, por favor. Eu preciso de uma dose de energia para acordar completamente.

– Você sabe que a energia do açúcar não vai durar muito tempo, não sabe? Eu posso conseguir algo mais eficaz se você quer se manter alerta.

– Café puro está ótimo, então.

– Ok, senhorita Michelle. Volto logo com seu café.

Por conta da minha experiência – herdada do estágio – em montar e desmontar equipamentos para cobrir vários eventos em um dia, em menos de vinte minutos, estou com as duas câmeras calibradas e conectadas, a luz nos níveis ideais e a pauta aberta em meu tablet. Os microfones exigem que os pilotos estejam aqui, mas não estou preocupada com eles.

Pêrrí, ma chérie. – Carpentier chega ao topo das escadas com mais do que um copo de isopor com café, o cheiro provoca meu olfato antes mesmo que eu possa ver o que tem dentro da caneca de porcelana vermelha.

– Não precisava de tanto, sério. – Olho as horas e sorrio. – Você sabe se Honan já vai subir?

– Ele deve subir em breve.

Carpentier deixa a xícara na mesa ao meu lado e se senta no sofá, atento ao que eu estou fazendo. Beberico um pouco do café e não consigo evitar os murmúrios de satisfação. Isso com certeza não é um café de cápsula feito numa máquina qualquer. Estou prestes a perguntá-lo onde ele conseguiu tal café quando Honan e a assessora de imprensa do time – não é o Cisti hoje, para meu alívio – aparecem e perguntam se eu já estou pronta.

– Só preciso que vocês prendam os microfones em suas camisetas e podemos começar.

++++++

Em um dia normal de corrida, eu ficaria com Luca, fotografando os carros da sala da imprensa e ocasionalmente indo para as pistas. Mas com Luca trabalhando de casa, ele pode acompanhar tudo pelas transmissões oficiais e eu posso ficar na pista o tempo todo para fotografar.

É um belo dia no Red Bull Ring para que eu registre os carros saindo da curva 6 e seguindo para a curva 7. Não é nenhuma reta longa do circuito, mas, em minha humilde opinião, é o melhor local para presenciar as disputas que se seguirão.

A largada foi um pouco complicada: uma pequena colisão ocorreu com os dois últimos carros na primeira curva, Honan e Rambert disputam roda a roda a primeira posição – os espectadores gritam toda vez que os pilotos veteranos se atritam –, Carpentier e Lawrence disparam pelo grid, ultrapassando adversários e se aproximando da terceira posição.

Um deles subirá ao pódio junto com os dois veteranos. O difícil é dizer qual deles irá fazê-lo.

Meu celular vibra no bolso de trás e eu bufo: Luca sabe que eu passaria o dia todo aqui com a minha câmera, mas tenho trabalho a fazer no paddock assim que a corrida acabar. Só mais dez minutos e eu volto para meu dever jornalístico, respondo sua mensagem e posiciono a câmera assim que ouço os motores velozes.

Um carro vermelho passa a toda velocidade, seguido por um branco com detalhes em roxo – Honan assumiu a liderança – e eu capturo as faíscas que surgem em seus carros. Não muito depois, um novo carro vermelho e um carro azul marinho com amarelo surgem e disputam uma posição.

Até que os traçados que eles escolhem para as curvas se cruzam, um não deixa espaço para o outro, os carros se tocam e ambos perdem o controle antes de entrar na curva 7.

Os disparos da minha câmera não cessam até que eles tenham saído dos carros. Por sorte, não foi nada aparentemente grave, mas os dois carros não são capazes de voltar para a corrida. A roda dianteira esquerda de Carpentier já era, assim como as duas rodas da direita de Lawrence. Em meus fones de ouvido, os comentaristas anunciam que o safety car está na pista. Com pressa, desmonto a minha câmera, enfio tudo pela mochila e sigo direto para o paddock.

No portão que separa os limites da área da pista do estacionamento e da área das equipes, mostro o meu crachá e corro para o acesso ao paddock. Observo atentamente os arredores atrás de qualquer sinal dos pilotos, mas as vozes em meus fones anunciam que eles estão sendo levados para as garagens agora.

O espaço para a imprensa está borbulhando. Claro que não vamos ter acesso aos pilotos assim que eles chegarem, mas uma colisão é uma colisão, ainda mais quando os envolvidos possuem um histórico de rivalidade e conflitos. Para a infelicidade da maioria dos jornalistas aqui, eu tenho a prioridade para falar com Carpentier – seja depois de uma vitória, uma corrida mediana ou uma colisão.

Uso um dos tripés cedidos pela organização do evento para preparar a minha câmera. Alguns integrantes da West Tauri Racing saem da garagem seguindo em direção ao centro médico. Protocolos de saúde devem ser seguidos antes da mídia enterrar suas garras nos protagonistas do conflito.

Aguardo mais alguns minutos me atualizando sobre como estão os pilotos após o acidente: Rambert na frente, Honan em segundo, McMillan em terceiro – uma bela dobradinha para a Windsor.

Os burburinhos se iniciam e Lawrence se aproxima dos jornalistas alinhados ao longo da grade. Decepção em seus olhos, seus ombros e suas palavras. Seu assessor grava todas as suas palavras, o piloto vai direto ao assunto deixando bem claro que tanto ele quanto Carpentier tiveram culpa no ocorrido e que ele está muito arrasado de ter que se ausentar de uma corrida tão promissora.

Na minha vez de entrevistá-lo, não pergunto nada além do que meus colegas já falaram e o dispenso com um sorriso e um aperto de mão. Eu sou a última jornalista na fila e deve ser um alívio para ele ter a chance de se afastar das câmeras após algo tão ruim para sua corrida. Lawrence dispensa o assessor e desaparece no motorhome da equipe.

Por que Carpentier está demorando tanto? Será que ele se feriu? Muitas perguntas surgem na minha cabeça. A corrida continua e se aproxima do final.

Resisto ao impulso de deixar a minha posição para buscar por mais informações no centro médico, mas a ausência de Luca me encarrega de todos os deveres da cobertura do Grand Prix. Se ele estivesse ferido, mesmo que leve ou internamente, a organização da corrida teria dito algo. Meus nervos estão à flor da pele e a ansiedade embrulha meu estômago.

– Carpentier, aqui! – os jornalistas começam a gritar e a acenar.

Balanço a cabeça e recomponho meus pensamentos. As perguntas são as mesmas que eu fiz para Lawrence, mas eu me sinto nervosa. O piloto francês ignora a longa fila e se posiciona diante de minha câmera. Encontro nele tudo o que se espera de um piloto que deixou a corrida por uma colisão: frustração, cansaço e arrependimento por ser um pouco mais ambicioso do que o normal.

– Carpentier, você está bem? Uma pena vê-lo aqui tão cedo, os telespectadores esperavam vê-lo no pódio hoje. – Estendo o microfone e mantenho uma expressão neutra. Meus olhos vagam por seu corpo atrás de sinais de ferimentos.

– Eu estou bem, mercí. É, eu não esperava avançar tantas posições hoje, porém dei o meu melhor com o carro que tenho. – Sua atenção não está na câmera, suas palavras saem de modo automático. Ele parece distante do mundo real.

– Certo. Qual a sua perspectiva sobre o acidente?

– Desde antes da curva 6, Lawrence e eu estávamos disputando quem se aproveitaria dos traçados para tomar a terceira posição. – Ele puxa o cabelo para trás e descansa a mão em sua nuca. – Eu acredito que Lawrence não estava disposto a perder sua posição e não deixou espaço o suficiente para mim, mas o erro foi meu de ter sido tão ingênuo de esperar isso dele.

– Compreendo. Todos gostaríamos de falar sobre o seu brilhante desempenho antes...

– Corta o papo furado, Michelle. – Seu tom é rude. – Você tem mais alguma pergunta?

– Hum não – desvio meu olhar para o chão –, era só isso mesmo.

– Então acabamos aqui hoje. – Ele declara e dá as costas para todos os jornalistas que aguardam por ele.

Ouço a assessora que acompanhou a entrevista pedindo para que eu edite e libere o vídeo o mais rápido o possível para que as outras emissoras tenham o que noticiar e se desculpando pelo comportamento de Carpentier. Automaticamente respondo que está tudo bem e que o farei agora mesmo.

Porém, de canto de olho, assisto à Carpentier seguir em direção à garagem de seu time, ignorando a todos que tentam se aproximar. Ele está completamente arrasado, e isso é normal após uma colisão. Mas que merda deu nele para terminar a entrevista assim? E ignorar os outros jornalistas? Sorte a dele que eu me lembro de que estamos em uma trégua e que eu tenho um contrato a honrar, então rapidamente edito a parte em que ele é um babaca comigo do vídeo e posto nas redes sociais da USN.

A única pessoa que consegue alcançar Carpentier em seu estado de conflito é a figura loira, alta e esbelta de Hanna Osment. Ele a encara como se todos os problemas do mundo tivessem sido resolvidos e a abraça.

E, enquanto ele encontra conforto nela, eu me sinto devastada.

———
Olá, amantes da velocidade!
É com MUITO orgulho que eu digo que chegamos ao que eu considero a metade da história! Obrigada por todos os comentários, votos e mensagens sobre Dangerous Races.
Depois de um longo período sem trabalhar em uma obra dessa magnitude, eu sinto que aprendi muito e também evoluí, tanto como escritora como pessoa.
O próximo capítulo promete mudar tudo o que conhecemos!

Amor,
Isa — Gorro Vermelho
P.s.: adicionei alguns significados no glossário! Caso tenham dúvidas, só perguntar!

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