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CAPÍTULO TRÊS

Meu pesadelo se realiza.

Nos bastidores, a USN agendou uma entrevista com Carpentier. Sou apenas um peão no grande jogo de xadrez que envolvem contatos nas equipes de mídia dos times e assessores. Não posso dizer não ou fingir que ignorei o e-mail: o novo piloto da Ferrari estará pronto para uma entrevista às 19 horas em uma das salas disponibilizadas pelo hotel. Preciso montar meu equipamento, deixar Luca realizando os testes de câmera enquanto reúno meu autocontrole.

Tenho que vestir a minha melhor expressão imparcial para falar com o babaca por meia hora. E todo mundo vai perceber que é a minha expressão "eu odeio homens e eu simplesmente poderia atropelar este daqui milhares de vezes sem remorso".

Sobrevivi à primeira corrida sem ter que passar perto de Carpentier, mas as minhas lentes foram diretamente para ele no momento em que o piloto deixou seu carro após conseguir uma boa posição ao final da corrida. Não era o primeiro lugar, mas foi algo que chamou muito a atenção dos jornalistas ao redor do mundo.

Eu estava assistindo à corrida e ainda tive que rever os melhores momentos para planejar as minhas perguntas. Luca se recusou a falar qualquer coisa para me ajudar.

Faço a minha parte para garantir meu contracheque pela temporada. As luzes estão montadas e as câmeras parecem funcionar. Luca chega e diz que cuidará dos testes de som para mim. Nosso hotel em Barein não tem elevador, então subo as escadas correndo e me enfio debaixo do chuveiro sem pensar duas vezes.

Não há muito segredo: a roupa precisa envolver o logo da USN e a jaqueta com o logo bordado na altura do meu peito parece uma boa opção. É quase religioso que eu coloque jeans e o meu par de sapatos da sorte. A maquiagem não faz muito além de esconder as bolsas escuras sob os meus olhos. Pego minha pauta e tiro meu celular do carregador.

Luca me avisa que Carpentier atrasará por conta de compromissos com sua equipe. O top 10 da estreia ligou os alertas para a Ferrari e os outros times. Se um novato pode sair da décima posição para a sexta, alguém está fazendo algo errado e abrindo brechas.

Libero meu amigo para subir e recebo uma piscadela de boa sorte.

Mordo meus lábios e tamborilo os dedos contra o tablet. As luzes não esquentam o meu corpo, apenas a cadeira vazia de frente para a minha. Pontualidade não deve ser o forte de Carpentier. Luca não para de perguntar se Gael chegou. Depois de conseguir algumas palavras com ele pós corrida, Luca se acha íntimo do bastardo.

Beije a bunda dele, não contarei ao seu namorado, digito com raiva e envio.

– Senhorita Michelle? – o assessor de mídia sorri e olha ao redor. – Carpentier está no corredor esperando para cumprimentá-la e evitar qualquer tipo de desconforto durante a entrevista.

– Bom, eu prefiro recebê-lo aqui. É um padrão da emissora. – A voz de Luca no meu subconsciente grita que sou uma péssima mentirosa.

– Sim, claro. – O assessor se desculpa com um sorriso. – Eu revisei a sua pauta com antecedência e a aprovei, infelizmente não poderei acompanhar o andamento da entrevista. Confio na senhorita para manter-se fiel ao que me enviou.

– Compreendo. Serei breve e clara.

– Tenha uma boa entrevista, então. – Seu tom de alerta não me assusta, ainda há muita gente que me subestima como jornalista.

De pé, sobre o par de saltos que uso para as entrevistas mais pela sorte do que pela beleza, assisto a Carpentier entrar na sala cedida pelo hotel, sondar cada canto antes de me encarar. De perto, seus olhos verdes são assustadoramente vivos. Sua jaqueta da Ferrari emoldura seu corpo e elimina qualquer traço juvenil de seu rosto. E seu cabelo está amarrado como se ele não ligasse para a sua aparência em frente às câmeras.

– Perrie Michelle, da United Sports Network. Podemos começar quando desejar.

– Essas câmeras já estão gravando?

– Ainda não. Mas ligarei tudo pelo tablet em alguns instantes.

– Ótimo, assim podemos acertar alguns pontos antes disso.

Carpentier se senta e espreguiça seu corpo esguio. Será que ele quer um ressarcimento pelo terno?, sento-me e tento sorrir.

– Tivemos duas primeiras impressões equivocadas um do outro. Eu aceito seu pedido de desculpas se você for responsável por todas as minhas entrevistas e coletivas pela sua emissora. Aquele seu colega me dá nos nervos.

– Por que eu tenho que me desculpar se você que foi babaca comigo?

– Porque minha equipe viu a cena e queriam acabar com a sua carreira. Não estou dizendo que não errei, mas eu salvei a sua carreira medíocre de acabar antes de se iniciar.

– E você quer esta jornalista medíocre para amaciar seu ego?

– Acho que a sua visão será imparcial já que estamos andando sobre ovos aqui.

– Escreverei tudo no escuro após muitos copos de gin, pode apostar. Prometo ser completamente imparcial quando escrever sobre sua postura machista. – O meu rancor está entre nós e ele não se importa.

– Não falarei com nenhuma outra emissora, serei exclusivamente da USN pela temporada inteira. Meu assessor está de acordo.

Essa é a melhor proposta que eu já recebi durante a cobertura da Fórmula 1. E não tem ninguém da USN para tirar os créditos da minha conquista – ou melhor chamar de chantagem?

– E se eu não quiser?

– Talvez você não trabalhe mais neste esporte.

– Você só está reforçando a minha opinião sobre a sua personalidade. – Ele pisca. – Arrogante, manipulador, egoísta e machista.

– Como posso prová-la do contrário?

– Você não vai, eu gravei cada palavra sua. – Posso ter dito que as câmeras estavam desligadas e elas realmente estão, mas esse é o meu blefe. – Se você tentar qualquer coisa comigo, se tentar ferrar comigo, você...

– Você me entrevistará sempre que eu solicitar ou ganhar? – ele ergue a mão como se estivesse entediado e olha para além de mim.

– Quando a temporada acabar, eu quero a sua palavra de que o assunto morrerá entre nós.

– Feito. – Ele estende a mão. – Podemos começar?

++++++

– Ele o que?!

– É, o cara é um babaca e eu te avisei. – Tiro o celular do meu ombro e jogo-o sobre a cama, já no modo viva voz.

Luca não conseguiu esperar eu terminar de subir com o equipamento para o meu quarto. Suas mensagens quase explodiram o meu celular e eu poderia acabar com a vida romântica dele se mostrasse o conteúdo delas para seu namorado. Se bem que provavelmente o maluco que se apaixonou pelo meu amigo concordaria com as palavras obscenas.

– Você falou isso tudo na cara dele e não gravou? Perdeu o apreço pela sua vida?

– Eu estou sendo chantageada! Ele está abusando do poder! E se eu for atrás de alguma autoridade, eles não vão acreditar em mim. Não, não precisamos que a polícia se envolva nisso. Mas se o Cameron ficar sabendo desse escândalo, acabou para mim!

– Ainda bem que eu sou seu amigo e vou lhe proteger.

– Não que eu seja radical nem nada, mas eu posso encarar isso sozinha. Vou gravar tudo o que envolver a minha presença a partir de agora e se ele ousar tentar algo, eu acabo com a vida dele.

– Ele nem saiu das fraldas! Ele vai se tocar que foi escroto.

– Você fala como se fossemos anciões.

– E não somos?

– Somos as pessoas mais jovens a conseguir nossos cargos, 26 anos não é a terceira idade. – Arranco o casaco e o par de sapatos perto do banheiro e abro as bolsas de equipamentos.

– Mas eu já sinto as minhas costas doerem.

– Acho que é por conta de outra coisa...

– Perrie, sua... – a voz de Luca é cortada pela notificação de uma ligação do meu padrasto. – O que aconteceu?

– Meu padrasto está me ligando. Não me mande mensagens a não ser que seja um caso de vida ou morte, Luca!

– Entendi, madame. Bom trabalho com a edição. Te vejo amanhã no café?

– Vou pensar no seu caso.

Ele desliga e eu corro para atender meu padrasto. Os fusos horários só parecem complicar ainda mais nossa comunicação, estou tão perdida que não sei quantas horas há entre nós.

– A senhorita estava tão ocupada assim que não podia responder as minhas mensagens no seu celular?

– O mundo não gira apenas ao seu redor, Jefferson. – Por mais que seja meu padrasto, temos um relacionamento muito bom e saudável. Jeff chorou quando eu o chamei de pai em voz alta pela primeira vez após o casamento. Ele chorou tão alto que todos os convidados acharam que algo estava muito errado. – Não está tarde aí não?

– Eu queria te ligar, então o fiz. Não estou trabalhando, não será hoje que me demitirão.

– Nunca vi demitirem o dono do próprio restaurante – resmungo com um sorriso. – Tudo certo por aí?

– Certo na medida do possível. A sua irmã veio com a magnífica ideia de incluirmos pratos veganos no menu, mas você sabe o quanto isso vai contra a minha ideologia.

– A ideologia de servir as vacas quase mugindo nos pratos? É, bom, Harriette tem um bom ponto, pai.

– Eu sei, estou me fazendo de difícil quando ela aparece aqui, porém tenho algumas ideias de como trabalhar isso dentro da minha cozinha.

– Vocês não poderiam ser mais parecidos do que isso. – Confiro a diferença de horário e bufo. – Não está muito cedo para estar de pé não?

– Estou estudando opções veganas, preciso estar na cozinha antes de todo mundo para testar e depois para organizar o serviço do dia. – Ouço as panelas caírem ao fundo. – Temos um fantasma na cozinha, já lhe contei?

– Sim, eu vi as mensagens sobre ele. Ou ela, quem sabe não seja uma senhora que vaga pelos arredores para defender os bifes que você serve.

– Isso é um complô contra a minha comida? Eu gostaria que vocês duas parassem de agir pelas minhas costas e falassem na minha cara.

– Após essa corrida, você pode apostar que eu falarei bem na sua cara assim que eu colocar meus pés no restaurante.

– Igualzinha à sua mãe. – Depois de um tempo, falar dela não parece mais tão difícil. – Novidades para o seu velho pai?

– Você promete que o que eu falar vai morrer aqui?

– O que acontece em, bom, onde quer que você esteja, fica bem aí. – Ele imita o som de um zíper com a boca e eu gargalho. – Pode mandar a bomba, querida.

– Eu posso ter não tão acidentalmente derramado uma bebida cara e chique no terno caro e chique de um dos pilotos e agora ele está usando o fato de que pode vazar esse evento que ocorreu fora do meu horário de trabalho e acabar com a minha carreira.

– Ok, quem é o cara? Eu estava precisando mesmo fatiar algumas linguiças.

– Pai! – cubro a minha boca assim que me lembro que há outras pessoas nos quartos ao lado. – Você não precisa fazer nada disso, o cara é praticamente um bebê e eu tenho tudo sob controle.

– Espera, um bebê? Eles podem dirigir?

– Ha-ha, que piada mais engraçada. – A faca atinge a madeira do outro lado da linha e eu torço para que ele não tenha cortado o dedo. Pela décima vez esse mês. – Você viu a corrida passada?

– Claro, como eu perderia? Meus colegas do interior vieram assistir à sua estreia no restaurante, menu totalmente carnívoro e mal passado.

– Gael Carpentier te lembra alguma coisa?

– O que aquele homem te fez?

– Eu estava no bar e ele foi bem escroto comigo. Eu não levo desaforo para casa, você sabe. Aí eu derramei meu gin nele e não demorou até o maldito descobrir para quem eu trabalho e vir com o papinho "ou você me entrevista para sempre ou eu acabo com a sua carreira".

– Ele te tocou ou algo assim? Achei que o Luca te protegesse.

– Foi um comentário bem machista, ele mereceu o gin caro no terno. – Caio de costas na cama. – Bom, eu preciso editar a primeira entrevista do meu longo pesadelo. Mas, assim que a corrida acabar, eu estarei no primeiro avião para casa.

– E quanto tempo você ficará aqui?

– Por três semanas, no máximo. Luca vai cobrir a corrida de Shangai com um repórter da emissora dele, aí eu cobrirei a próxima com alguém da USN.

– Ótimo, eu terei tempo de te ensinar técnicas para cortar o idiota com uma faca de peixe.

– Pai, acalme-se! – tento esconder a risada no travesseiro, mas eu não consigo. Ele é hilário quando está sendo super protetor. – Estou gravando tudo a partir de hoje, se ele tentar qualquer coisa, uma acusação de assédio pode acabar com a vida dele.

– Você tem certeza? Sabe, a galera dos esportes é muito machista e...

– Eu não preciso do dinheiro dele, eu não preciso de fama. A única coisa que eu exijo nesse trabalho é respeito. Mas que merda, uma mulher não pode mais viver em paz?

– Querida, você não precisa se estressar. Se ele tentar qualquer coisa, eu acabo com ele.

– Eu sei, eu sei. Mas não se preocupe, de verdade. Eu já sou grandinha e vou acabar com ele.

– Essa é a minha garota. – A faca corta o ar mais uma vez e eu enrugo o meu rosto quando o barulho não é muito agradável. – Eu não cortei o dedo, a ligação está no viva voz, preciso continuar inteiro caso queira uma estrela Michelin.

– Então você vai avançar para esse patamar?

– Aham, os críticos estão dando a volta ao mundo para comer algumas das receitas que eu e sua mãe fazíamos. Quando eu conseguir a minha estrela, você poderia parar de correr atrás de carros velozes e voltar para casa?

– Hum, não vou me aposentar tão cedo do ramo, velhote. Bom, preciso realmente ir, foi bom conversar contigo. Te amo.

– Também te amo.

Desligo com um aperto no peito. Sei que meu pai ficará bem, que ele e Harriette não se matarão até eu descer em Chicago para vê-los. E depois eu vou direto para Atlanta cuidar do material que Luca me mandar e de um editorial sobre a temporada que provavelmente terei que produzir sozinha.

Se eu sobreviver a essa temporada, eu tentarei tomar o lugar de comentarista de algum velho mofado da emissora. Eu cobri campeonatos universitários por anos. Eu estou trabalhando com o jetlag mais ferrado da minha vida e entregando coisas que nem meu chefe poderia fazer em tão pouco tempo.

Sem perder a minha compostura, se eu acabar com o controle que Gael Carpentier tem sobre mim a partir de hoje com um deslize dele, eu serei a pessoa mais odiada da indústria. No entanto, também serei a mais poderosa.

Eu provarei a cada homem que quiser atrapalhar o meu caminho que eu claramente sei o que faço. E que ninguém pode me impedir.

———
Olá, apaixonados por velocidade!
Desculpem-me pela demora na atualização, final de período na faculdade pode ser uma loucura quando misturado com problemas pessoais.

Recadinho SUPER importante: as notas de final de capítulo não serão constantes, mas quando eu as fizer, por favor, leiam! Sempre que eu atualizar o cast (como fiz recentemente para adicionar novos personagens) ou tiver algum problema/novidade/dúvida, eu usarei este meio para comunicá-los. Nem todos os leitores obrigatoriamente me seguem, então aqui é o melhor canal de comunicação.

E, finalmente, o que vocês estão achando da história? Eu estou bem insegura e quero que vocês sejam sinceros!

Até logo!
Isadora — Gorro Vermelho

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