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CAPÍTULO SEIS

Tenho que arcar com as consequências das minhas escolhas. Bom, está mais para os prejuízos de tentar manter a minha sanidade mental que acabam destruindo o que restou dela.

Eu desliguei na cara do Carpentier e o assessor dele me odiou por isso, ainda mais depois da nota sobre a corrida que eu publiquei. Críticas duras acompanhadas por sarcasmo e uma boa dose de vingança.

O Grand Prix do Azerbaijão me sobrecarregou com o dobro de obrigações: sem Luca, eu tive que fazer a cobertura exclusiva da USN – aqueles idiotas não enviaram nenhum outro jornalista para ajudar como forma de punição –, registrar todos os momentos, editá-los e entrevistar praticamente todos os competidores antes e depois da corrida.

E eu também ganhei um prazo ainda menor para o especial da temporada.

O voo até a Espanha foi adiado por dois dias e eu passei esse meio tempo sentada no escritório de uma das parceiras europeias da USN, lendo e relendo as informações dos pilotos, destacando seus maiores momentos e selecionando as fotos para a equipe de design trabalhar com o layout do website. Foi um caos completo até eu não aguentar mais e ter que resolver meus problemas com muito café.

A corrida do Azerbaijão não foi impressionante para que eu estendesse elogios para Carpentier. Mas, como uma forma de desculpas, eu preciso dar um destaque enorme para ele no especial da temporada, o que envolve mais do que algumas horas de pesquisa.

Adicionarei advogada do diabo ao meu currículo assim que isso tudo acabar.

Luca dividirá o quarto comigo em Barcelona e não fico surpresa em encontrá-lo nas mesas do lounge da recepção com os olhos arregalados e Eric ao celular.

– Você realmente está um caco, Perrie.

– Obrigada por notar. Boas notícias?

– Ei, querida. – Eric sorri e acena com um garfo reutilizável que Harriette o presentou no último natal em sua mão. Horário de almoço, provavelmente. – Quando vamos processar a USN por serem abusivos e te colocarem para trabalhar com datas impossíveis?

– Se você quiser virar picadinho de Eric, eu altamente recomendo que entre com uma voadora bem no meio do peito do meu chefe. – Caio na cadeira macia e jogo a cabeça para trás. – Mesmo estando atolada, o trabalho está fenomenal.

– É, realmente é o melhor editorial que eu já vi na minha vida. – Luca dá de ombros. – Você está mesmo cogitando em deixar a USN?

– Se eu não ganhar uma bela promoção depois dessa temporada, com certeza. Eu contratei uma agente e ela está ouvindo algumas conversas aqui e ali para me ajudar no futuro.

– Aposto que a Chicago X pagaria uma fortuna para tê-la conosco.

– Quero a proposta na minha mesa – sorrio. – Sério, não se preocupem. Quando eu fui estagiária, era pior e eu era bem mal paga. Pelo menos agora eu fico em hotéis legais e consigo investir na minha carreira de fotógrafa esportiva.

– E eu estava pensando em contratá-la para ser a fotógrafa do nosso casamento – Eric pensa alto e Luca empalidece no mesmo segundo.

– Acho que eu preferiria fotografar um funeral – soco o ombro do meu melhor amigo. – Eu não gosto de pessoas, a menos que elas sejam vocês. Carros são mais fotogênicos.

– Bom, minha folga está acabando. Falo com vocês outra hora, ok?

– Arrase, Eric!

– Acabe com eles, amor. Eu te amo. – Luca acena, mas ainda há um pouco de medo em como ele leva a vida dele como um jornalista que não expõe seus relacionamentos na internet.

– Amo vocês! Até logo.

Luca deixa o celular de lado e passa a me encarar.

– Posso fazer alguma coisa para te ajudar com o editorial?

– Agradeço pela sua preocupação, mas já está quase tudo pronto. Cameron está conferindo os últimos detalhes.

– Ei, espero que você não brigue com o Eric, mas ele me contou sobre o que vocês conversaram. – Luca segura a minha mão e, por um segundo, eu sinto todo o estresse se dissipar. – Você não precisa passar por nada disso sozinha e, bom, eu não ficaria bravo se você me deixasse no meio da temporada.

– Eu não estava sóbria quando cogitei lhe abandonar, Luca.

– A bebida entra, a verdade sai – ele repete nosso antigo lema da faculdade. – Eu tomei a liberdade de assumir toda a imprensa geral das corridas por você, assim você pode focar na sua exclusividade com a Ferrari e editar todas as fotos e vídeos sem pressa.

– Luca, eu... – ele está praticamente tomando meu trabalho para si. – Eu só preciso entregar esse especial e estarei de volta ao jogo.

– Perrie, as pessoas podem não ter percebido, mas a sua última cobertura foi um tanto quanto bagunçada.

– Merda! – deslizo meus braços pela mesa e apoio meu rosto contra o vidro frio. – Eu tentei dar o meu melhor.

– Eu sei, Perrie. Você precisa relaxar um pouco porque fazer tudo sozinha deve ter sido horrível... podemos voltar ao combinado antigo daqui umas semanas.

– Você é um anjo em minha vida, Luca.

– Eu sei.

– Convencido.

– Eu sei, mas mesmo assim você me ama.

– O que eu seria sem você, Luca Anderson?

– Uma Perrie Michelle tão incrível que eu pegaria qualquer avião para trabalhar contigo.

– Podemos parar com a conversa sensível antes que eu chore no meio de todo mundo?

– Você não está bêbada o suficiente para chorar. – Luca aperta a minha coxa e sorri para o celular. – Temos uma brecha de algumas horas, acho que preciso atualizar meus seguidores.

– Como se você já não o fizesse diariamente – sopro uma mecha do meu cabelo para longe do meu rosto e abro o meu notebook. – Você poderia subir com as minhas malas? Eu te pago com café.

– Por que não subimos juntos? Preciso de ajuda para mostrar nosso quarto de hotel para meus seguidores. Eles estão sentindo falta da minha vida de glamour.

– Isso porque você não mostrou os buracos que ficamos nas últimas semanas.

– Silêncio, Perrie Michelle! Melhor subirmos com as suas malas antes que eu te bata na frente de todo mundo.

Luca puxa uma das minhas malas e eu fico com a mala de equipamentos e a minha mochila. Alguns rostos conhecidos nos cumprimentam e me elogiam pela cobertura do Azerbaijão – eu estava sozinha e pode ter sido um desastre, mas eu me desdobrei em três para capturar as melhores fotos da temporada. Meu site praticamente teve o estoque de fotos esgotadas – e as mais vendidas estavam ligadas ao Carpentier.

– Terra para Perrie, você vai ficar o dia inteiro dentro do elevador?

Luca acena e eu saio da caixa metálica para o corredor bem iluminado e silencioso. Nosso quarto é o último e eu estranho quando vejo o dobro de espaço para nós.

– Por um acaso a Chicago X deu um upgrade na nossa hospedagem?

– Não, eu cheguei aqui e o gerente falou que tiveram um problema com as reservas e nos colocaram neste quarto sem custo adicional. Temos uma banheira enorme, uma sala de estar e a vista da varanda... Perrie, você precisa ver isso. – Luca abre a porta e este é, de longe, o melhor quarto em que ficamos.

Há uma sala com o pé direito alto e a decoração é de uma linha quase da realeza: os móveis clássicos, com estofados cheios de picos e depressões, se espalham por todos os lados acompanhando as linhas retorcidas e douradas das paredes e dos lustres. As portas laterais são iguais e Luca aponta seu celular para elas, falando algo sobre nossa agenda pelos próximos dias com seus seguidores.

Levo as malas sozinha para o quarto da direita e ainda bem que eles erraram as reservas. Nem em um milhão de anos eu terei dinheiro sobrando para me hospedar em um lugar como esse. Corro até as portas duplas para a varanda e me dou conta de que estamos na cobertura do prédio histórico no centro de Barcelona.

– Luca, você tem certeza que não erraram os nossos nomes?

– E essa, senhoras e senhores, é Perrie Michelle. Alguns de vocês já conhecem a minha melhor amiga, mas nada como mostrar a expressão dela chocada para relembrá-los.

– Você já está transmitindo? Droga, eu estou sem dormir direito há dias! – tento me esconder atrás das cortinas, mas Luca me puxa para longe delas e me leva até minha cama.

– Ninguém está reparando nas suas olheiras quando temos aquela vista ali – ele aponta para a porta da sacada. – A Alice está perguntando se o Gael Carpentier é bonito pessoalmente como é pela transmissão.

Reviro meus olhos e escolho as minhas palavras com sabedoria. Falar qualquer coisa sobre aquele idiota pode arruinar tudo.

– A televisão com certeza engorda as pessoas – dou de ombros e Luca esboça uma risada debochada. – O que foi? Eu já disse que não o acho isso tudo que as pessoas falam.

– Você não está entregando o que a minha audiência espera.

Desvio minha atenção para o celular, Luca e eu estamos perfeitamente enquadrados e os comentários não param de aparecer. Ele continua falando sobre o Carpentier ser um – palavras dele – ótimo piloto e o provável Men of the Year GQ após a temporada.

– Ok, Luca, eu preciso de um banho e oito horas de sono. ¡Adiós, amigo!

Ele sai sem reclamar muito do meu quarto e eu aproveito o silêncio para tomar um longo banho – sim, a banheira é enorme – com as velas aromáticas acesas e os sais de banhos mais cheirosos que já tive a chance de usar. A minha playlist mais introspectiva combina com a situação tão bem que eu fecho os olhos e tenho o privilégio de tirar Gael Carpentier e seus olhos verdes da minha mente por vários minutos.

No Azerbaijão, a Ferrari me deu acesso exclusivo ao pit durante a corrida de classificação esperando que eu estendesse um tapete vermelho para Carpentier e tudo o que ele fez quando dividimos uma mesma sala foi me encarar e não falar absolutamente nada. Eu poderia lidar com as falas babacas dele sem problemas, porém o silêncio entre nós me atormentava bem mais que a sua mente afiada.

Não posso mentir que eu fiz a melhor cobertura fotográfica da corrida e as fotos que não foram selecionadas para a matéria da USN venderam como água para outros canais e emissoras no meu site. Principalmente as de Carpentier e aqueles malditos olhos verdes saindo do carro após a volta mais rápida do treino.

Duas batidas na porta e o meu delírio se apaga com a vela mais próxima à janela.

– Perrie, o que você quer comer? – Luca pergunta do outro lado da porta. – Perrie! Você se afogou na banheira?

– Estou bem, Luca! Peça o que você achar que eu vou gostar, eu confio no seu paladar.

– Ok. Grite se precisar de algo.

Os passos dele se afastam e eu desligo a música. O toque sedoso da toalha fornecida pelo hotel causa arrepios pelo meu corpo exaurido e o cansaço começa a me vencer cada vez mais. Tenho algumas horas antes de um jantar informal com os outros jornalistas – o bom e velho compromisso de aparências onde eu vou fingir que gosto daquelas pessoas e beber o máximo que meu corpo pode suportar sem me colocar em uma ressaca eterna.

Preciso apenas de uma camiseta e um short para sair do quarto e pegar um prato de torradas com ovos e creme de abacate. Luca está abusando do ambiente para fotografar a comida, a paisagem e seu próprio rosto como se nunca tivesse visto uma decoração tão elegante antes.

– Deixe-me criar material para meu Instagram em paz! – as mãos dele me afastam do espaço que ele está usando para as fotos. – Perrie Michelle, eu te odeio!

– Não fale isso quando eu tiver que te salvar daquele idiota da emissora italiana. – Encho a minha boca com as torradas e o suco de laranja natural. – Para onde vamos mesmo?

– Escolheram um restaurante a algumas quadras daqui, porém a Jeanine disse que há um bar muito bom nas redondezas. Eu sou a favor de uma after party.

– Está mais para uma ressaca coletiva após um jantar chato.

– Esse é o espírito. E, bom, eu vou precisar de alguns coquetéis para aguentar esse final de semana.

– Mas e a promessa de que você não beberia longe do Eric?

– O que acontece em Barcelona, permanece em Barcelona.

– Erh, não, eu acho que você errou o ditado. – Roubo uma fatia de maçã do prato que ele deixou de lado segundo atrás. – Porém você é mais consciente que eu, tudo bem algumas bebidas.

– Gin tônica espanhola para a senhorita hoje durante a noite toda?

– Acho que não seria uma escolha muito inteligente. Eu gostaria? Amaria. Mas, no máximo, um gin tônica para hoje.

– Se você diz – Luca dá de ombros. – Como está a agenda com o Carpentier para esse grand prix?

– O de sempre. Pós classificatórias e pós corrida. Eu te falei que tem alguém muito, muito obcecado pelo cara no meu site? Todas as fotos dele são sempre compradas com o valor bem mais alto que o sugerido.

– E você está reclamando?

– Não que eu esteja reclamando, mas a pessoa vem comprando tudo no anonimato. Vai que estão planejando algo ruim com isso.

– Não se preocupe, Perrie. Aposto que é algum empresário rico que tem bom gosto para homens. Você já sabe como vai investir essa grana extra?

– Com uma boa viagem de férias para o lugar mais afastado da USN e da França.

– Está traumatizada pelo país e mal pisou lá?

– Se existirem chances de esbarrar com o Carpentier, eu prefiro ficar bem longe das cidades francesas.

– Que tal a América Central? Eric e eu estamos pensando em curtir as praias caribenhas durante o recesso de inverno do escritório.

– É um bom plano, mas eu não quero me comprometer a usar um biquíni por vários dias quando eu não vou estar confortável com o meu corpo e com a ideia. – Ergo os ombros e encaro os pratos vazios. – Quando devemos sair para chegarmos no restaurante com alguns minutos de atraso?

– Eu ainda vou tomar um banho e ligar para Eric.

– Entendido, não entrarei no seu quarto. – Aceno para ele de costas enquanto caminho para o meu quarto.

– Obrigado pela privacidade, Michelle! Vai precisar de ajuda para encontrar o look perfeito?

– Você sabe que sempre preciso – puxo os meus lábios e aponto para trás, convidando-o para entrar e me ajudar. – Heart produziu umas peças lindas para mim pensando nessas ocasiões.

– No nível daquele seu vestido da festa de abertura? Você sabe suas curvas estavam divinas naquele modelo!

Existem duas coisas que animam Luca: fofocas e a chance de opinar nos meus looks. Antes da minha irmãzinha fundar a própria marca de roupas, eu sofria muito para achar algo que me agradasse e servisse no meu corpo. Luca odeia quando eu começo a me colocar para baixo por conta das minhas medidas serem acima do que a indústria da moda rege como ideal.

– A Harriette é incrível! Eu queria que a sua irmã ganhasse todo o reconhecimento do mundo, sério. O casaco que ela me deu de aniversário há três anos está perfeito! Nenhum problema com o tecido ou com a cor. – Luca remexe na minha mala recém aberta e puxa algumas peças. – O que você acha dessa saia vermelha?

– Acho que todo mundo já me viu com essa saia. Procure outra coisa.

Caio na cama de costas e bufo para o teto arredondado.

– Mas ela fica ótima em você!

– Escolha qualquer outra roupa menos essa saia.

– Ok, senhorita.

Ouço Luca espalhar as peças selecionadas ao meu redor e discutir consigo mesmo sobre o caimento e se eu não estaria muito bem vestida para um jantar qualquer. Na maior parte do tempo eu uso jeans e as camisetas mais confortáveis – ou o uniforme da USN. Ter alguns compromissos para usar vestidos brilhantes e mais finos é sempre bom, mas não significa que eu fique sempre confortável neles. E as férias de verão sempre foram um pesadelo para mim: biquínis, maiôs e roupas mais curtas para aguentar as altas temperaturas de Chicago que eu desenterrava do armário por três meses e depois escondia.

– Tenho meus dois favoritos – Luca me puxa do meu estado de letargia e tampa os meus olhos. – Pronta?

– Não tanto assim, mas – na hora que ele me deixa olhar as roupas, as palavras me faltam. – Luca Anderson, você me conhece melhor do que eu mesma.

– Eu só escolhi as peças, você é a dona do corpo e do bom gosto. – Ele dá um tapinha no ombro e um beijo na bochecha. – Te vejo em quarenta minutos no corredor.

———
Olá, amantes da velocidade!

Acabamos de atingir 600 leituras!
Eu tive semanas bem corridas então não deu tempo de atualizar, muito menos revisar o capítulo que vocês acabaram de ler.

Sejam sinceros, o que vocês estão achando?

Amor,
Isadora — Gorro Vermelho

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