Página 8, motorista solitário
A noite é uma criança.
Um vento frio junto com pequenos flocos neve e adentrava os vidros do meu velho Chevet 68, o céu vermelho refletia o meu arrependimento e o meu sofrimento. Enquanto dirigia eu atropelo um criatura com características semelhantes a de um servo, apenas ignoro.
Minha querida Bethany estava ao meu lado como sempre, a sua pele fria e os olhos vazios me faziam refletir se aquilo tudo valia a pena, no fundo do carro, sentando-se um borão, algo que deveria estar ali, algo me dizia que era Vincy
Parei na ponte, a ponte onde nós nos encontrávamos para passar o tempo, ela sai do carro sem dizer uma unica palavra, nós sentamos a beira da ponte, e observamos o céu vermelho carmim, o ceu estava vazio e sem estrelas. "Voce sente falta das estrelas Bethy".
Ela não diz uma palavra se quier o seu pescoço impedia ela dizer algo. Respirando profundamente, observo o fundo do rio, ele refletia estrelas. Até que o Afogado me perfunta:
A água conversa comigo em um tom sereno:
"Porque me matou?"
Com um sorriso triste eu lhe respondo:
"Eu estava poceço de raiva, mas sabe, você não foi o culpado, mesmo que você tenha ficado com a minha mulher, você não sabia"
A água reflete aquilo que um dia que se tornará estrelas enquanto o Afogado me fala:
"Não sinto raiva de você, você me fez um favor, eu queria morrer, eu apenas buscava amor em pessoas erradas e uma delas era Bethany."
Eu apenas o digo: "Concordo com você, as vezes sinto que ela foi a pior escolha da minha vida".
Meu olhar se distância da água e apenas olho para frente, Vicent está flutuando na minha frente, com a voz sussurrante ele me diz:
"Vai morrer a queima-roupa vadia"
Ele atira no centro da minha cabeça, eu caio da ponte igual um anjo caído, do alto vejo os vazios olhos de Bethany me olhando, naquela hora não foi só Vicent que atirou em mim, eu senti Martha, Bethany e Vicent os três julgando todos os meus pecados, ao cair na água, me sinto lentamente congelando.
A água entra nos meus pulmões me fazendo me afogar no meu próprio homicídio. O Amante, lentamente me abraça, ele diz no meu ouvido:
"Não temos que ter mais resetimentos, eu te perdoo, por tudo, queria te pedir desculpas, olha talvez isso não acabe para você, mas para mim, isso acabou."
Os meus órgãos congelam lentamente, o meu último pensamento antes de ficar inconsciente é: "Eu aceito suas desculpas, fico feliz que tenho seu perdão".
O corpo do Amante lentamente se dissolve em estrelas, cometas e poeira cósmica, lentamente virando Andrômeda. Mesmo sabendo que eu não vou escutar ela me conta:
"Diga para a Via Láctea, que eu odeio ela."
Como misericórdia de minha alma, Andrômeda com ajuda de suas estrelas me novamente para o meu carro só que dessa vez ao acordar, estou de frente da velha casa onde eu morei minha vida inteira.
O clima está ameno com tons de frio, olho para o poste que está na minha frente e vejo o poste piscando em código morse que a minha esposa está me esperando para o jantar.
Saio do carro observando a casa velha, com as calhas estúpidas de areia, galhos secos e bitucas de cigarros. Ao me aproximar da porta, eu tenho a abrir mas algo me diz que eu não pertenço a esse lugar.
Saio de perto da casa e dou uma última olhada antes de partir, na janela da cozinha encontro uma silhueta de uma mulher, ela me encara por um tempo sair da janela. Algo me diz que tem algo relacionado com Bethany.
Entro no carro uma música chamada: noites perigosas - vicent começa a tocar, a história conta sobre uma cabana no fundos de Look Wood, o próximo lugar que devo ir.
Chegando no local, o ambiente é ameaçador, tudo deseja me matar, ali jás todos os animais que já matei, retiro o corpo do porta malas, e arrasto enquanto Vincy me segue até o velho casebre da família, o garoto está a assustado, ele havia presenciado uma briga tensa sequencialmente de morte.
Enquanto arrasto o corpo eu me sinto naquele corpo, eu sinto a facada que ele levou no peito, as dores da briga. Enquanto os servos, me olham julgando todos os meus pecados já cometidos em vida.
Ao abrir a porta da velha cabana, o cheiro podre contamina o ar, as cabeças que eu usava de troféus sangram 'Venice', e lá estava o corpo.
Eu chamo Vicent no canto e lhe digo:
"Não conte isso para ninguém"
Com os olhos inchados, "ele me diz tá bom papai"
Com a respiração pesada eu pego um machado e parto o corpo em 3 pedaços, ensaco ele e o jogo no porta malas do carro. Dirigindo eu falo para Vincy: "A noite é uma criança"
Ele reflerte um pouco ele havia parado de chorar. A neve cai no parabrisa do carro, eu paro na ponte em que eu e a Beth costumavamos ir, e jogo o corpo na água. Ele boia e reflete estrelas no lugar de carne e ossos.
Do carro, Vincent sai dele, e me fala "vamos para casa pai." "Vamos filho, a noite acabou."
Ao entrar no carro, Vince se transforma em cinzas e voa pela janela, como se anunciasse que esse dia foi a queda de sua inocência.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro