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Pagina 6, uma unica rosa pálida

Esse jardim cultiva tudo aquilo que você plantou.

Os jardins da minha casa são um dos únicos lugares que me fazem feliz. Mesmo com meu dedo podre para plantas, eles ainda conseguem me fazer sorrir.

Encho o regador com terra e jogo sobre a água que cultiva as plantas. As margaridas me dizem:
"Você deveria se separar dele. Sabe, ele é muito mais novo do que você; logo vai te trocar por uma mais jovem."

As rosas espinhentas perfuram meus pés enquanto falam:
"Nossa, você viu aquela moça? É ela que sustenta a maior parte da casa. Aposto que se prostitui."

E os cactos soltam espinhos sobre minha pele, dizendo:
"Ah, ela continua com aquele inútil do Vincent, que passa a maior parte do tempo dormindo ao invés de dar atenção para ela. Que patético."

Eu tento fugir disso, mas os arbustos espinhentos lentamente me abraçam, sendo a gota d'água:
"Ela se casou tão tarde. Aposto que ninguém gosta dela; nem a própria família deve gostar da presença dela."

Me debato contra meus problemas, mas apenas me arranho. Sangrando lentamente, sinto os espinhos entrando na minha pele, me causando dor.

Finalmente saio dos arbustos e entro em casa, onde encontro Vincent começando a discutir comigo:
"Você acha que eu quis casar com você? Eu nunca quis! Sempre quis ser cosmólogo, mas não pude porque minha família conseguiu falir a porra da empresa."

Eu retruco, sentindo-me tonta, com um gosto forte e amargo na boca:
"E você acha que eu quis? As pessoas sempre dizem que você foi o pior erro da minha vida, e agora eu sei que elas têm razão. Você quase nunca faz nada para se manter bem ou para me manter bem. Fica só nesse seu mundinho particular, tentando fugir de tudo."

Vincent, em um ato de desespero, desfere um tapa contra meu rosto. Desesperada, eu grito:
"Sai daqui! Você não me merece. Quero que vá embora dessa casa."

Arrependido, ele se levanta de tudo que já criamos e vai embora pela porta. Devastada, pego uma garrafa de whisky e tomo um copo cheio. Dessa vez ele tem gosto, dessa vez desce amargo e quente, dessa vez me deixa bêbada.

As horas passam e a madrugada vira. No dia seguinte, não fui trabalhar. Nem no outro, nem no outro. A vida perdeu sentido naquele dia. Um dos únicos preenchedores do meu vazio emocional se foi. Mesmo que eu o odiasse, eu ainda o adorava.

Os dias foram passando e voltei a trabalhar. E, bom, Vincent voltou para casa depois de dormir alguns dias na praça. Porém, nossa relação não era mais a mesma. Antes, a cama que era de casal se dividiu ao meio e foi se afastando, até que percebemos que precisávamos dormir em quartos separados.

Até o fatídico dia da minha morte, não sei o que aconteceu depois disso. Não sei se ele sentiu minha falta.

O velho violino que eu costumava tocar volta a soar em meus ouvidos, me fazendo voltar para a cama de minha infância. Porém, ela estava no mesmo quarto onde Vincent dormia.

Um leve ruído de fundo, acompanhado de uivos de corujas, domina a madrugada. Eu me levanto atordoada, vou até a porta do meu quarto e, ao sair, percebo uma longa escada que se estende até os confins da minha própria existência. Enquanto desço, ouço sussurros:

"Filha, você é uma piada. Você deveria desistir de ser violinista; sua música é péssima."

Desço lentamente, ouvindo cada parte da escada me dizer que nunca serei nada na vida. Minhas pernas tropeçam em toda melancolia que guardo na minha mente. Vou rolando escada abaixo, vendo tudo desmoronar até chegar ao chão do dia.

No chão do meu inconsciente, apenas observo as coisas ao meu redor e encontro a origem do meu vício. Numa noite, após uma das discussões com meus pais, peguei uma garrafa de licor do meu pai, escondida, e bebi até esquecer quem eu era.

Tudo que encontro aqui são pensamentos voláteis e sons imensuráveis, ao ponto de fazer minha cabeça delirar com pensamentos sobre Bethany.

Cambaleando sobre meus desejos, penso em Bethany e, novamente, ao tocar em meus traumas, meus pais me dizem:
"Aquilo que você esconde vai te consumir até você soltar para fora."

Eu odeio estar sóbria e consciente.

Nas sombras, encontro meu velho violino. Ele está quebrado. Eu o pego e começo a tocar. As notas desafinadas ressoam no ambiente.

Dessa música, surge a epifania. Num episódio consciente, toco no violino a canção chamada Réquiem da Única Rosa Pálida. A música continua desatinada, mas, dessa vez, a melodia vai ficando mais doce, dançando pelo ambiente.

A cada nota tocada, o tom vai se afinando, até alcançar uma bela melodia. Uma voz triste começa a entoar:

O mundo está prestes a acabar. Porém, eu continuo a me afundar, afundar.
Sobre os meus problemas, que, a cada vez que tocam, me fazem chorar e chorar.

A voz vem do porão, o lugar para onde devo ir para entender a origem de tudo isso.


Você vai morrer a queima-roupa.


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