Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Página 2, noites perigosas

Sua alma apenas busca sossego em lugares ruins

"Tudo começa e tudo acaba, a vida é assim, filho", meu pai comenta, olhando para o espelho retrovisor que reflete a escuridão entre a Torre e o Diabo. Ele continua dirigindo o velho Chevette '68, e, como uma boa criança, estou no banco de trás, observando a leve neve cair sobre a densa noite de Bethany Hills.

"A noite é uma criança." Nunca entendi essa frase, e agora ela nem faz mais diferença. Eu já nem me conheço mais; nem sei onde estou.

O carro para em cima de uma ponte. "Eu não queria que fosse assim, Vicent." Meu pai tira o próprio casaco, se vira para mim, e, sem hesitar, me empurra da ponte. Naquele momento, algo morreu. Parte de mim e, acredito, parte dele também se foram. Só restaram fragmentos de memória ligados a Bethany.

Ainda caído no chão frio da ponte, vejo as águas lá embaixo. O carro afunda lentamente, e minha mente ecoa uma frase: "Ele vai apodrecer na cadeia." A galáxia de Andrômeda parece refletida no rio e começa a falar comigo, como se as estrelas tivessem um rosto.

"Sabe, eu queria estar mais perto da Via Láctea, mas, se fizesse isso, eu destruiria vocês." Sua voz tinha um tom triste, quase humano. "Sua família é importante para ela."

"Entendo", murmuro, olhando para o reflexo do rio. As estrelas brilham em suas águas escuras, mas o céu acima de mim continua preto, vazio, igual à minha alma.

A neve começa a cair mais densa, misturada a uma neblina úmida, carregada de dor e solidão. Coloco o capuz e começo a andar pela ponte, procurando algo, ou talvez alguém. Mas o que seria esse "algo"? "Acho que procuro a mim mesmo, aquilo que perdi e nunca poderei recuperar."

Uma brisa gelada toca meu rosto, e eu me entrego ao frio. Deito no chão gélido, enquanto flashes de noites quentes de verão atravessam minha mente. Fecho os olhos e sinto lágrimas quentes escorrerem, apesar do frio.

"Quando você era menor, adorava esses campos floridos. Se lembra?" Uma voz acaricia meus pensamentos, e eu reconheço a melodia em latim que ela cantarola. É como se cada palavra pulsasse com a luz de uma estrela distante. Aquele canto me preenche, me alegra, como o dia em que dormi nos braços de alguém cujo nome preferi esquecer.

"Você deve estar aqui."

O frio me abraça, e, pela primeira vez em anos, sinto meu coração se partir. Vomito sangue enquanto sussurros ecoam dentro de mim, falando de nebulosas e galáxias.

Com os olhos inchados, levanto-me e começo a cantar acalentos de cabaré. "Sou como carne estragada que carniceiros devoram sem hesitar."

Ando pelas ruas de Bethany, enquanto vozes de Martha e Robert ecoam: "Você sempre disse que o amor não é fácil." Então, minha casa aparece. Não, não é a minha casa - é uma projeção. Uma lembrança.

Dentro dela, há apenas duas pessoas jantando. Uma delas se levanta, sai pelas ruas e desaparece. A casa está vazia, cheia de memórias de morte e arrependimento.

Recebendo você em casa.

A maçaneta suspira quando toco nela. "Por que voltou? Gosta de sofrer, não é?" Ela diz isso quase carinhosamente. Abro a porta e não encontro a casa, mas uma loja de conveniência.

Um panfleto pendurado no balcão anuncia um produto chamado Venice. "Não seja bem-vindo aqui. Ninguém quer você." A criatura de olhos como lanternas surge novamente, grotesca e inevitável, como um rito de passagem.

No canto da loja, um televisor acende, refletindo todo o desespero que eu evitava. Não há escapatória para o que ele me mostra.

"Esse lugar sempre me odiou", murmuro, caminhando entre as prateleiras. Não há doces, apenas longas fileiras de objetos vazios. Sem opção, pego um Venice.

Lá fora, o céu escuro cospe estrelas cadentes. A lua parece zombar de mim, mas sinto algo familiar naquele brilho. "Bethany está me abraçando?"

Abro a garrafa de Venice e tomo um gole. O gosto é excêntrico - galhos, algo que se assemelha com o metálico e antimatéria. Ele me puxa para baixo, afogando-me em meu próprio desejo de alívio e atenção.

E, mesmo assim, continuo caminhando.

As águas do estacionamento vão se esgotar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro