Prazer em conhecê-lo. (Contém gatilhos)
Raven.
Lilian estava com febre desde o dia anterior, não consegui estabilizar. Tinha que trabalhar, mas não queria deixar ela com Alisson estando assim, até por que ela "não sabe socorrer", uma criança.
Estava prestes a ligar para o meu emprego e falar que não ia, quando alguém bateu à porta.
— Naty? — Perguntei, surpresa ao abrir a porta, Naty me abraçou assim que eu soltei a porta, não sabia que reação ter, ela estava chorando muito.
— Calma, se acalma — disse, a envolvendo num abraço e esfregando levemente suas costas.
Após alguns segundos, a conduzi até o sofá e peguei um copo de água com açúcar.
— Quer me contar o que houve? — indaguei em sussurro, enquanto ela bebia a água, mal segurando o copo com firmeza.
— Fui assediada, atacada... — Respondeu trêmula, se recuperando e respirando fundo.
— Nem posso imaginar... — Naquele momento eu me senti mal pela situação que ela acabou de passar, não tinha palavras para conforta-lá.
— Deveria fazer um boletim, assim ele talvez seja devidamente punido.
Naty não achou má ideia, mas também não tocou no assunto em seguida. Costumava fugir de assuntos desconfortáveis como aquele.
— Não quero falar sobre isso mais, vamos falar de você...
Seu sorriso surgiu rápido, como se jogasse os problemas para o fundo, decidi fazer algo para comermos enquanto não chegava o horário de ir trabalhar.
— Lilian está um pouco ruim, vou ver ela — Avisei e fui até minha menina, Naty ficou temperando a pipoca enquanto isso.
— Mamãe, não estou me sentindo bem.
— A voz embargada de Lilian me atingiu e logo em seguida, ela vomitou no chão, a levei até o banheiro e esperei para que ela terminasse de vomitar para lhe dar um banho, iria levá-la no médico.
...
— Naty, irei levar ela no médico, você fica aqui? Acho que não vai demorar...
Naty se levantou rapidamente e deixou a pipoca de lado.
— Eu levo vocês! — Se prontificou.
— Não, não precisa, vamos de ônibus.
— Neguei, colocando o cobertor nas costas de Lilian. Estava frio lá fora.
— De jeito nenhum! Eu vou levar e ponto — Pegou as chaves do carro em cima do sofá e nos conduziu até seu carro, por sinal muito espaçoso.
Começou a chover muito, Lilian estava ardendo em febre, suas mãozinhas inchadas, seu corpinho tremendo.
— Vai ficar tudo bem meu amor
— Lilian estava chorando muito por conta do mal estar. Só queria deixar minha pequena segura e não transparecer estar arrasada.
Naty acelerou e logo chegamos ao hospital, na recepção, ela começou a convulsionar, fiquei desesperada.
— Pelo amor de Deus! Um médico!
— gritei, segurando seu corpinho que se debatia no meus braços. Os corredores do hospital giravam diante da minha visão, o torpor tomou conta de tudo ao meu redor.
— Vira ela de lado, afrouxa a gola da camiseta dela! — Naty mandou, fiz de imediato, ela era médica, neurologista pelo que sabia, então sabia o que estava dizendo. Ajoelhei e coloquei seu corpinho no chão, o virando de lado para não se engasgar com a saliva em meio a convulsão.
Logo trouxeram uma maca e levaram Lili para socorrer, estava tremendo feito um jaca mole de tanto medo de que acontecesse algo pior a partir desta convulsão.
~~~
EMMA
Malcom me deu a oportunidade de ficar um mês em avaliação, se eu passar, farei parte da empresa, começava no mesmo dia.
Não consegui nem ter reação diante da felicidade.
...
Como não sabia que tipo de roupa fica melhor, porquê vi diversas diferenças no modo de se vestir das funcionárias lá. Talvez não tivesse um padrão e nem uniforme.
Então preferi pegar uma roupa mais social. Quando me dei conta, havia uma ligação de Ray, mas não tive tempo de atendê-la.
Na empresa.
Estava tão animada, teria um escritório que será dividido com um funcionário, mas já é muito bom. Sentei na cadeira da minha mesa, tirei meu casaco e pendurei, abri o computador para começar a revisão, estava concentrada até a porta da sala bater com tanta força, a ponto de me dar um belo susto.
Com o susto, meu dedo bateu na tecla deletar e perdi tudo que devia analisar.
— Não, não, não...
— Quase chorei de tanta raiva.
Abaixei a tela do notebook e olhei pra direção da porta, a pessoa responsável por isso nem me dirigiu o olhar. Tentei respirar fundo e manter a calma.
— Precisava bater a porta assim...
— Cochichei para mim mesma, mas ele escutou.
— O quê? — replicou, incrédulo franzindo o cenho. O homem de terno preto era muito bonito, exalava sensualidade, diria que o homem mais bonito que já tinha visto até ali.
Me levantei e apoiei as mãos na mesa, meus olhos fixaram nos dele que se aproximou alguns passos. Que grosseiro.
— Deletei sem querer, um levantamento de quase três mil palavra — Respondi dando ênfase nas últimas palavras para que ele entendesse.
— E o que eu tenho a ver com isso?
— Parou na minha frente na mesma posição que eu, nos encaramos por segundos, até que eu quebrei o silêncio:
— É melhor eu voltar ao trabalho, vou tentar recuperar o que foi apagado — murmurei. A culpa foi dele, e ainda me perguntava com maior cinismo.
Sentei na minha cadeira, enquanto ele foi revirar alguns papéis nas gavetas da pequena cômoda perto de sua mesa.
Mal me olhando diretamente.
Estava tentando recuperar o que foi deletado, mas não tive sucesso, até que ele veio até mim e ficou a uma distância tão pequena que pude sentir seu perfume entrar pelo meu nariz com força numa lufada de ar.
— Quer ajuda? — Ofereceu gentilmente.
— Ok — rebati com nervosismo, por estarmos muito próximos, o perfume dele era tão bom que eu perdi a concentração.
Obviamente combinando com o bom gosto pelo paletó caro e outros detalhes únicos.
Senti um toque no meu braço e voltei a si, sua pele tão perto da minha causou algo inexplicável.
— Pronto — articulou seriamente, e eu apenas sorri levemente como forma de agradecimento. Estava com vergonha eu confesso.
O silêncio permaneceu na sala, nem uma respiração se ouvia um do outro, até que Ricardo entrou.
— Emma, então seu escritório é aqui? ‐ Adentrou a sala, observando ao redor.
"Não, não, estava só de visita há mais de duas horas'', pensei mas não falei.
Como não deveria responder daquele modo, fui educada.
— Sim, Malcom me colocou aqui com ele.
O homem que nem se apresentou até o momento, se levantou e cumprimentou ele.
— Logan Pierce, este é meu nome — disse, dando um sorriso simpático e me olhando de um jeito que me fez ficar mais envergonhada do que eu já estava, ele simplesmente tinha o dom de me constranger.
— Emma Myers — Me apresentei também, Ricardo não demonstrou uma boa expressão quando eu me aproximei um pouco de Logan para apertar sua mão. Um raio eletrizante subiu por todo meu corpo, foi como sensação de dejavú, era comi se eu devesse estar exatamente ali naquele dia, àquele horário, simplesmente inexplicável...
— Bom, eu vim aqui cumprimentar o Logan, mas também para te fazer um convite — Suspirou, se lembrando do motivo de estar ali num estalo de luz particular.
Logan estava quase ficando constrangido, deu para perceber, encarei o chão por alguns segundos de cabeça baixa, um tanto incomodada pela forma que Ricardo estava me olhando.
— Podemos tomar café juntos, o que acha? — Sugeriu o homem de cabelos grisalhos.
"Esse aí não perde tempo". pensei.
Senti as bochechas esquentarem.
Droga Emy, responde logo!
— É uma boa ideia — Menti, para deixar que ele mostrasse como era.
— Eu vou sair, até mais — Logan se despediu, olhando pra Ricardo e antes de sair me deu uma olhada de relance, não evitei olhar seu porte físico enquanto ele saía do escritório, a calça estava marcando sua bunda, não tinha como não olhar, mas também reparei nos músculos, eram proporcionais a seu corpo.
— Emma? — Ricardo me faz sair do transe que eu estava.
— Desculpe, me distrai, você dizia alguma coisa?
...
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