O passado me atormenta.
𝙍𝙞𝙘𝙖𝙧𝙙𝙤.
Flashback.
– Você não pode roubar e achar que isso vai ficar impune! –A indignação em seu olhar era explícita. Novamente aquele inútil me importunand.
– Você vai fechar a sua boca e ficar pianinho! Senão eu acabo com a droga da sua vida miserável! –Eu o peguei pela gola da camisa e o mesmo se soltou bruscamente, e me empurrou para trás cheio de ira.
– Seu pilantra! Ainda tem coragem de me ameaçar? –Ele saiu batendo a porta e eu sem pensar duas vezes, disquei o número do meu ajudante. Não iria perder mais tempo com aquele imbecil que colocaria tudo a perder.
Ligação.
– Mate ele e faça parecer... não deixe pistas!
Uma única ordem num tom explícito suficiente para entenderem o comando.
Desliga.
Esse velho desgraçado não ia acabar com a minha reputação, minha carreira, se meu pai soubesse que desviei dinheiro da empresa ele me colocaria debaixo da ponte.
Eu estava acima, era minha vida ou a daquele inútil. Escolhi sem pestanejar.
Atualidade.⬇
O serviço foi tão bem feito que pareceu um suicídio, espero que continue assim.
Estava indo até a praia, faz tempo que não ia e precisava relaxar um pouco. Andando pela areia úmida daquela imensa extensão, avistei Emma e decido ir até ela.
– Está um dia muito gostoso não é? –Disse me sentando ao lado dela que levantou a cabeça e apoiou os cotovelos no tecido que estava deitada. O sol raiando quente reluzindo sua pele perfeita.
– Realmente, é a primeira vez que venho desde que cheguei, acredita? –Nós rimos e Emy tirou o óculo escuro. Revelando aquelas íris tão avassaladoras e apaixonantes.
– Você está bem? O que tem feito além do trabalho aqui em Nassau? –Ela deu de ombros e respondeu:
– Na verdade não fui a lugar nenhum desde quando cheguei, Logan e eu fomos em um restaurante ontem, mas só isso...
– Vocês almoçaram juntos? –Eu admito que fiquei com raiva dele. Calculou bem sua próxima jogada, traiçoeiro.
As palavras bateram na minha mente feito martelos pesados. "Logan e eu".
– Sim, como eu esqueci a carteira, ele pagou para mim, por quê? –Perguntou sem entender minha nítida incomodação.
– Não, é só por curiosidade. –Ela sorriu sem mostrar os dentes e eu admirei seu corpo esguio e de curvas bem marcadas, ela usava um biquíni roxo com uma tanga preta com detalhes vermelhos na cintura. Lhe cai perfeitamente.
– Você está em forma hein. –Ela me analisou e fez expressão de impressionada, isso me deixou mais calmo. Reparou em mim, e fiquei contente com isto, afinal eu tinha me preparado muito bem para causar boas impressões nela.
– Você não está nada mal também. –Nós rimos e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios, Emy decidiu dar uma caminhada e eu me ofereci para carregar sua tanga, ela aceitou.
– Permite que eu te chame de Emy? –Emma afirmou que sim e passou a mão nos cabelos castanhos que voavam ao vento. Havia um sentimento por mim, óbvio que havia, ela só precisava aceitá-lo e confessar.
Aquele olhar que repousava vez ou outra em mim, desviando da maré e das gaivotas sobrevoando o mar, era distinto, sem dúvidas.
Qualquer um podia ver a maneira que eu mexia com suas emoções.
– Emy, você tem interesse em alguém da empresa? –A francesa ficou um pouco tensa, vi em seu rosto. Os ombros rígidos e o fôlego preso por instantes.
– Não, não tem ninguém que me interesse até o momento. –Achei ser melhor que eu me justificasse depois dessa pergunta.
– Desculpe a pergunta, é que você é tão bonita, eu fico curioso...
– Tudo bem Ricardo, só não quero mais tocar neste assunto. –Nós sorrimos um pro outro e continuamos andando, eu respeitei seu pedido e mudei de assunto. Envoltos naquela brisa refrescante incrível que a tornava uma deusa.
A cada vez que o vento batia em seu corpo, o seu cabelo voava, seu sorriso erra encantador, seus olhos como uma hipnose para minha mente, Emy mexia comigo de uma forma diferente. Toda vez que ela falava algo, é como se tudo ficasse mais lento e eu só me concentrava em seus lábios emitindo o som.
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