A Justiça Te Chama. (+12)
Este capítulo contém palavreado de baixo calão.
...
Logan.
Confesso que foi o segundo maço de cigarro só hoje, estou foda-se para a minha saúde, sinto que são poucas coisas que me abalaram nesta fase da minha vida.
Alguém bateu na porta.
Levantei do chão, estava fazendo abdominais. Engraçado não?
- Boa tarde, posso ajudar? -Perguntei ao homem de terno e com um envelope vertical em mãos, sua pose era rígida.
- O senhor é Logan Pierce? -Afirmei que sim, ele estende o envelope para mim e eu o peguei curioso.
- O senhor Leonel Pierce o aguarda para o processo. -Ele proferiu feito um robô e sumiu, fechei a porta e abri o envelope de cor laranja claro.
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Caro Senhor Pierce.
Leonel Pierce, quer lutar na justiça para ter a guarda de Samuel, seu irmão mais novo, cujo a guarda lhe pertence atualmente, pedimos que busque ajuda de um advogado.
Atenciosamente, tribunal judicial de Nassau.
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- INFERNO. -Rasguei o envelope e soquei a porta, eu não esperava menos dele. Desgraçado, filho da puta. Maldito.
- O quê aconteceu. -Julian veio do quarto com a vassoura em mãos. Preocupado.
- O que você acha... o Leonel é claro. -O ódio contido em mim era o bastante para acender uma bomba nuclear. Quis gritar e destruir coisas.
- Quero saber o quê ele fez, não tenho mais sete anos, me conta. -Meu irmão fez cara feia. Não podia esconder, realmente estava certo.
- Ele foi na justiça, quer a guarda do Samuel. -Julian ficou perplexo com as palavras que acabara de dizer. Perdendo o chão.
- Não vou aceitar que ele tire o Samu de nós. -Seu olhar de desespero e choque ficou gravado na minha mente e estremeci.
- Calma... eu vou resolver isto, vou contratar o melhor advogado, pegar as provas e tudo mais. -Vou até minha agenda e procurei o número do advogado que Ricardo me recomendou uma vez...Doutor Ramos. Busquei no fundo da mente.
- Achei, vou ligar para ele. -Sentei na cadeira giratória preta e disquei o número no meu celular. Não queria transparecer medo, que não era tão forte por eles.
Ligação.
- Doutor Ramos?
- Sim, sou eu mesmo. O quê posso fazer por você?
- Sou Logan Pierce, meu amigo... Ricardo me recomendou seus serviços, faz algum tempo, eu preciso de seu trabalho.
- Podemos marcar para falarmos sobre a ação, está disponível que dia?
- Nesta sexta-feira, já tenho o documento, preciso levar algo a mais?
- Irei enviar por e-mail, onde podemos nos encontrar?
- O seu escritório... o quê houve com ele.
- Aconteceu um pequeno incêndio e estou atendendo em locais públicos agora.
Encarei Julian que se mexia ansioso.
- Pode ser na praça de alimentação do shopping, às quatro horas.
- Está bem, espero o senhor lá, até mais.
Desliga.
- O quê ele disse? Ele aceitou? Diz alguma coisa. -Julian fazia gestos com as mãos, ansiando por respostas. Cada minuto era crucial.
- Vou me encontrar com ele depois de amanhã, vai ficar tudo nos eixos, não se preocupe. -Tentei acalmá-lo, mesmo estando desestabilizado com isto. Temia perder Samuel.
- Vamos sair daqui... embora, eu não quero que ele nos tire o Samuel! -Me levantei e seguro seus braços.
- Quer falar baixo? O Samuel não pode saber disto, fará mal à ele. Eu não vou fugir como um covarde, isto irá piorar a situação.
-Ele começou a chorar, com muito medo. Confortei meu irmão num abraço.
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Mais um pouco do pó que fiz o remédio virar, entrou no meu nariz, já não ardia mais, era anestesia, ficava submerso em meus próprios pensamentos. Alucinado.
- Logan! O quê você está fazendo. -Julian tomou o remédio da minha mão.
- Me deixa, por favor. -Tudo girando, embaçado. Um gosto amargo subindo ao cérebro.
- Você é idiota ou O QUÊ? Se entupir de remédios não vai adiantar de caralho nenhum! -Dei risada já sob efeito das drogas, sai andando espontaneamente. Fora da órbita.
- Não mesmo, só que eu não quero saber o que você pensa, me dá essa porra aqui. -Levantei com minha pernas fracas, me apoiando no sofá e tentei pegar o comprimido, mas ele se esquivou bruscamente.
- Vai tomar conta da sua vida, já disse para me dar este caralho de remédio! -Agarrei sua mão na tentativa de pegar - mas ele continuou lutando contra, me impedindo.
- Você está querendo... Parar no fundo do poço? Se alguém ver isto, acha que terá chances de ficar com a guarda do Samuel? Cai na realidade! -Ele me empurrou levemente para longe de si e jogou o comprimido em algum lugar, onde não tive noção de onde caiu. E nem me dei ao trabalho de gastar forças para procurar.
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