12. i really hated you just so much, you know?
12. eu realmente te
odiava, sabia? !
Quando a Capitã chegou ao Hard Deck, a primeira coisa que ela pensou foi sobre como estava visitando o local demais e que acabaria virando a americana que tanto reclamava com sua irmã se continuasse assim. A verdade era que ela precisava espairecer, longe de um certo alguém que conseguiu balançar todos os seus horizontes novamente após tanto tempo. Ela balançou a cabeça várias vezes, como se estivesse a beira de um colapso, e bem, ela sentia que estava.
Storm acenou para Penny que limpava alguns copos no bar para o começo da noite, a mulher abriu um sorriso para a Capitã e acenou de volta. Ela observou os pilotos reunidos em volta da mesa de sinuca, rezando mentalmente para que o Homem-Forca não estivesse entre eles, e como mágica: ela pode contar apenas Phoenix, BOB, Payback, Fanboy, Coyote, Rooster e Thunder.
Não era surpresa que ela conhecia Rooster e Thunder como a palma da mão, mas dos outros possíveis Daggers ela não conhecia ninguém realmente. Talvez fosse esse o momento de se entrosar e esquecer sobre um certo alguém.
— Pessoinhas do meu coração — ela chegou, fazendo com que todos os pilotos e WSOs se calassem — O que vocês acham de beberem até caírem com a sua Capitã amada, hmm?
Thunder e Rooster sorriram para a mesma que já tinha... bebido algumas provavelmente e se apoiaram um em cada ombro da mesma.
— Como nossa líder da missão, você não deveria... — BOB começou, coçando a nuca e com a expressão um tanto nervosa — Nos aconselhar a não beber até cair?
Houve um momento de silêncio. Então Rooster, Thunder e Storm começaram a rir incontrolavelmente, fazendo os outros membros da missão se olharem confusos.
— Quem vocês acham que a Tormy é? — Thunder questionou, se apoiando na sua antiga piloto para não cair — Pelo amor de Deus, ela? Não querer que vocês bebam e se divirtam?
— Bem, 'tá na hora de vocês conhecerem a líder da missão de vocês direito — Rooster disse, tentando parar de rir e se soltando de sua madrinha.
Ele se afastou e agarrou alguns shots da mesa de sinuca e distribuiu entre os pilotos, também entregando um para Storm e Thunder.
— Essa é Storm, também conhecida como Alice Alves — ele começou — Ama se jogar de lugares altos e ser suspensa por Almirantes — Rooster continuou, fazendo todos rirem — Também ama chocolates e, o mais importante de todos: o grande Patrick Swayze. Cheers!
Todos riram alto e ergueram os pequenos copos, logo em seguida levando-os a boca e os esvaziando em questão de segundos. Storm logo agarrou outro shot e o levou até a boca, sentindo o líquido grosso descer queimando em sua garganta.
— Tá bom, tá bom, filhote de galo — ela respondeu, fazendo o garoto rir — Viram? Eu não sou um bicho de quatro cabeças, agora quem quer ficar bêbado e esquecer de tudo amanhã?!
Todos os pilotos gritaram animados e viraram os copos mais uma vez, se espalhando para ligarem as caixas de som, que logo encheram o lugar. Storm se soltou de Thunder e caminhou em direção a uma das mesas, agarrando mais shots e sentindo sua cabeça borbulhar a cada copo. Ela sentiu um toque nas suas costas e se virou, vendo Phoenix logo atrás.
— Capitã — ela chamou, colocando as mãos nas costas e fazendo Storm revirar os olhos.
— Pelo amor de Deus, Phoenix, nós estamos nos divertindo — ela falou sorrindo, e colocando uma mão no ombro da garota — Me chame de Storm.
Os olhos da piloto pareceram brilhar.
— Storm, eu só queria te dizer o quanto é uma honra participar deste programa com você — Trace disse, ficando um pouco vermelha — Você foi a minha inspiração para entrar na Marinha. Muito obrigada.
Storm sorriu e abraçou a mulher de lado.
— Sabe o que? Agora você vai beber com a sua inspiração — ela disse simplesmente, a levando na direção do bar — E depois nós vamos provar que esse trabalho não é só de homens quando formos na missão.
Phoenix parou antes de pegar outro shot, mas Storm foi mais rápida e já havia o virado na boca.
— Quando eu for na missão? — ela questionou, seus olhos brilhantes de esperança novamente.
Storm levou outro shot à boca e seus pensamentos começaram a ficar cada vez mais nublados em sua mente.
— Ah, tenha paciência, Phoenix — a mulher disse, batendo com o copo na madeira do bar enquanto ria — Você é a única desses palhaços que pensa direito. Claro que você vai na missão.
E então Phoenix fez o que Storm não esperava. Ela a abraçou. E Storm percebeu o que foi ser o Maverick tantos anos antes. Uma ação que não mudaria nada em sua vida, acabara de mudar a de outra pessoa. Então ela sorriu e abraçou a mulher de volta.
— Vocês duas! — Rooster gritou do outro lado do bar, logo em seguida correndo para perto de Storm e Phoenix — 'Tão fazendo o que paradas aí?
O trio se dirigiu a pista de dança onde eles dançaram e beberam, e beberam, e beberam,... até que a promessa de Storm se tornou verdade e eles estarem quase caindo no chão. Quer dizer, todos menos Bradshaw, que, assim como seu pai tinha um estômago e uma cabeça forte para bebida.
— Tia Tormy — ele chamou, vendo a mulher virar seu quinto shot e estar a beira de um colapso — Eu vou voltar para casa, quer que eu te leve?
Storm fez um bico e balançou os braços, se apoiando no afilhado.
— Ah... Não vai não, Brad — ela implorou, abraçando o garoto, fazendo o mesmo virar o nariz com o cheiro forte de álcool — Por favorzinho, fica aqui comigo e vamos nos divertir e esquecer o Maverick!
Os ombros de Rooster se tencionaram e sua testa se franziu, seu corpo inteiro ficando tenso. Ele mordeu os lábios e encarou a madrinha que tinha um sorriso inebriante no rosto.
— O que aquele desgraçado fez agora? Ele te machucou? — o garoto questionou, encarando a mulher de cima a baixo a procura de machucados.
— Não... — ela suspirou, colocando a mão na frente da testa como se tentasse pensar — ISSO! — ela gritou, assustando o afilhado — DEU CERTO! Eu esqueci o que ele fez!
Rooster bateu a mão na testa e observou o estado da madrinha, que não parecia nenhum pouco bem, ele questionaria o instrutor pela manhã e se precisasse, lidaria com o assunto mais tarde.
Bradley se virou para a madrinha que já havia voltado para dançar com os outros pilotos quando foi surpreendido por um chamado.
— Ei! Brad! — Storm chamou novamente — Passa lá no apartamento 'pra ver se a Breeze 'tá bem! — ela exclamou, jogando a chave para o afilhado e então se voltando para a pista de dança, sem pensar muito no assunto.
Rooster riu da ação da madrinha e guardou a chave no bolso, indo até o balcão do bar para falar com a dona do estabelecimento.
— Penny — ele chamou, observando a madrinha e os outros pilotos — Fica de olho nela para ela não ficar muito fora de controle, por favor, ela não tem o estômago ou uma cabeça muito forte.
A Benjamin piscou para o piloto e tomou um último gole do seu uísque, voltando para trás do bar para enche-lo novamente.
— Pode deixar, Bradley — ela respondeu, mudando seu olhar de Rooster para Storm — Boa noite.
O piloto acenou para a bartender e saiu em direção à porta, ligando seu Jeep e se dirigindo ao apartamento da madrinha.
Já se passava das duas da manhã quando Storm e os outros pilotos começaram a ficar fora de controle. Penny estava limpando os copos, agora que o bar começava a esvaziar, quando notou que uma de suas mesas havia sido arrastada até o meio da pista de dança e havia uma Capitã muito embriagada dançando em cima da mesma ao som de The Power of Love.
Os pilotos de encontravam ao redor da mesa, todos quase no mesmo estado de embriaguez e aplaudindo e bebendo a apresentação da líder da missão. Penny ponderou se aquilo contava como fora de controle e então se lembrou da Capitã que bebia latinhas de cerveja e gostava de jogar sinuca, e teve certeza de que aquilo estava um caos.
— BOB! — Penny escutou a voz de Storm gritar — Para com essa vergonha! Vem dançar!
E ao contrário de tudo que era esperado, o WSO estava ao lado da Capitã, dançando, gerando aplausos e gritos animados dos pilotos, que agora um por um, subiam na mesa e dançavam até cansarem, logo dando a vez para outro.
Penny abriu a lista de contatos em seu telefone. Ela pensou em ligar para Breeze, mas não quis perturbar a garota com uma Storm bêbada, ela pensou em ligar para Thunder, mas,... ele também estava lá na pista dançando. E então lhe restou a última opção: Maverick.
Quando Maverick entrou no bar, ele presenciou algo que nunca achou que iria presenciar antes: Storm. Bêbada. Dançando em cima de uma mesa. O homem estava queimando de vermelhidão e vergonha o caminho inteiro da porta até a pista de dança. Ele observou os pilotos que dançavam em volta da Capitã e percebeu que nenhum deles estava em melhores condições que ela.
— Pete! — ele escutou a voz de Penny vindo do balcão e observou enquanto ela apontava silenciosamente para a pista de dança.
Como se sete adultos dançando e gritando bêbados em cima de uma mesa fosse algo imperceptível que precisava ser apontado. Ele sorriu e acenou para a dona do bar e se voltou para o grupo de pilotos que ele deveria treinar em quatro horas para uma missão impossível.
— Storm! — ele chamou a mulher, se aproximando da mesa e dando a mão para a mulher para que ela descesse.
O sorriso que ela abriu fez o coração do mesmo balançar dentro do seu corpo. Ele sorriu de volta e tentou levá-la para longe da pequena festa que eles haviam criado.
— Maverick! — ela exclamou com felicidade, pulando em cima do homem e o abraçando com força — Agora sim! Venha! Vamos dançar!
Maverick coçou a parte de trás da cabeça e não soltou da mão da mulher quando ela tentou se afastar, fazendo com que a mulher parasse para olhar para trás e erguesse uma sobrancelha.
— Primeiro o Brad e agora você! — a Capitã reclamou fazendo um bico com os lábios, tentando tirar os cabelos bagunçados do rosto.
— Storm, vamos para casa, já 'tá tarde — ele rebateu, tentando manter a mulher perto de si, que tentava soltar de sua mão para voltar à pista de dança.
Maverick também tentou ignorar o fato de ela ter chamado Rooster de Brad. Ele balançou a cabeça tentando tirar o pensamento da cabeça e focar em colocar a mulher no carro, já que levá-la de moto provavelmente não seria a melhor opção.
— Ei, Storm! — ele chamou, uma ideia surgindo em sua cabeça — Eu te comprei a nova coleção inteira de chocolate da Lindt... — no momento que as palavras saíram de sua boca, a cabeça da mulher se virou. Parecia que ele estava falando com uma criança.
— Mentira! — ela exclamou, colocando as mãos na boca — Me deixa pegar algunzinhos, Mavzinho? Por favor?
Maverick sorriu bobo. Ele ainda lembrava do amor enorme de Storm por chocolates, e que faria de tudo por um.
— Quando a gente chegar no seu apartamento eu te trago alguns, pode ser? — ele questionou, arrumando sua jaqueta no corpo.
Storm acenou positivamente e acenou para todos no bar, mandando beijos invisíveis, que foram retribuídos pelos pilotos, e risadas por Penny que gesticulou um "obrigada" para Maverick. Thunder acenou para a amiga e fez um coração com os braços de volta, fazendo a mulher devolver um coração com os dedos.
A chuva batia forte no pára-brisa do Jeep prata de Maverick. Alguma música dos anos 80 tocava baixa no rádio do carro, fazendo as batidas fortes retumbarem pelos assentos, ainda que a música não fosse tão facilmente perceptível. Storm olhava para a janela e para os pingos de chuva que ali caiam, travando jogos em sua própria cabeça sobre que gota ganharia uma corrida.
Maverick mantinha seus olhos na estrada, embora virasse sua cabeça de vez em quando para observar a Capitã, que bocejava a cada minuto, e parecia querer cair dura no chão de sono.
— O que aconteceu? — o homem questionou, esperando que a resposta que saísse da boca da mulher fosse sóbria — Você estava tão bem ontem.
Storm alcançou a janela do banco do passageiro com a ponta dos dedos, traçando linhas invisíveis no vidro gelado, tentando sentir as gotas com os dedos, mas recebendo apenas um sereno frio em resposta.
— Foi sobre o Ice? — ele continuou, engolindo um seco. A mulher parecia tão melhor ontem, após a conversa entre os dois, Mav tinha quase certeza de que ela havia esquecido sobre o encontro dos Kazansky.
— Ice... — a mulher bocejou, tentando pensar direito — Vanilla Ice... — ela suspirou, colocando os dedos gelados na testa, como se buscasse a resposta no fundo dos seus pensamentos.
Maverick riu alto com o apelido e bateu as mãos no volante.
— Vanilla Ice! — ele exclamou, sorrindo largamente — Que apelido, hmm? — Maverick se virou para observar a mulher que ainda tinha um semblante pensativo no rosto. — Como você o conheceu?
Storm se virou para o Capitão; ele usava a jaqueta verde musgo da Top Gun, ao invés da antiga de couro de seu pai e seus aviadores estavam enganchados em sua camisa branca, fazendo a mulher ter uma leva lembrança de onde a jaqueta estava. Storm riu baixinho. Em sua cabeça veio a imagem de um garoto de 28 anos que se vestia da mesma maneira.
— Top Gun — ela respondeu, seus pensamentos e visão ainda nublados enquanto ela tentava formular uma linha de raciocínio coerente — Ele me colocou na Top Gun.
Maverick sorriu levemente ao escutar as palavras saírem da boca da mulher. Iceman vinha a protegendo assim como ele protegia a ele mesmo, algo que não era menos do que o esperado para o Almirante.
O garoto de jaqueta de couro, par de óculos, camisa branca e botas de cowboy voltaram para a mente da Capitã, juntamente de Iceman. Depois vieram Rooster, Carole, Goose...
— Eu te odiava, sabia?
Maverick tensionou as mãos no volante, escutando as palavras calmamente, seus ombros endureceram de stress e ele arqueou as sobrancelhas. Me odiava?
— Eu — a mulher soltou, pausadamente e sem pensar — Realmente de odiava, sabe?
O homem virou a cabeça com a boca semi aberta, pronto para questionar sobre o que aquilo se tratava quando a mulher adormeceu. Storm estava apoiada contra a janela fria, com as pernas dobradas para cima do banco e os lábios entre abertos de sono.
Maverick bagunçou os cabelos em confusão. Me odiava?
— Meu Deus do céu — Breeze exclamou ao abrir a porta do apartamento da irmã apenas para encontrar a mesma no colo de Maverick. Ela colocou a mão sobre a boca, sentindo raiva e ao mesmo tempo um tanto de orgulho pela irmã ter se aventurado — Mavis... muito obrigada por trazer ela.
O homem sorriu, ajeitando a mulher no colo para que sua cabeça se apoiasse no seu ombro.
— Não foi nada, kid — ele respondeu, entrando no apartamento e indo em direção ao quarto da mulher com Breeze em sua frente, o direcionando — Desculpe te atrapalhar nesta hora.
Elena debochou, gesticulando com as mãos e prendendo o cabelo em um coque. Desligando a luz do quarto da irmã para que ela pudesse ser colocada na cama.
Maverick olhou ao redor para o quarto de Storm, e de alguma forma, era tudo e nada do que ele esperava ao mesmo tempo. Haviam posters nas paredes com jatos, filmes e até mesmo jogadores de futebol. Na mesa haviam diversos pacotinhos usados de chocolates, e vários bichos de pelúcia que Maverick suspeitava que não eram lembranças de infância. Ele colocou a mulher na cama e abraçou Breeze que lhe agradeceu mais uma vez.
— Boa noite, Mavis — ela desejou, recebendo o mesmo cumprimento de volta pelo homem, que se dirigiu de volta para o carro para voltar para o hangar onde ele estava morando.
Eu te odiava, sabia?
Mas Maverick não conseguiu dormir a noite inteira com sonhos e pesadelos sobre uma mulher com cabelos loiros e amor por chocolate.
A Capitã Alice "Storm" Alves acordou na manhã seguinte sentindo como se tivesse sido atropelada por um caminhão. Não. Foi por um meteoro mesmo. Ela colocou a mão na testa, fechando os olhos enquanto sentia o seu rosto queimar de vergonha ao se lembrar de suas ações na noite passada. Sua cabeça latejava e ela doeu mais ainda quando Elena apareceu abrindo a porta com força com um copo de água.
— Alice Storm Alves! — ela exclamou em português, apoiando a bandeja nos pés da cama enquanto a mais velha tomava um gole de água — O que raios você estava pensando?
Storm abriu um sorriso frouxo.
— Bom dia para você também, Breeze — ela retrucou, ignorando o comentário da irmã que continuou gritando sobre como havia sido total irresponsabilidade da mulher de sair de casa sem avisar ninguém.
Mas Storm parou de escutar no momento que se virou para a mesa de cabeceira para pegar um pacote de aspirina, quando observou um pequeno urso de pelúcia abraçado em uma barra de chocolate Lindt, embaixo havia um pequeno bilhete com uma letra garranchada que ela reconheceria em qualquer lugar. Desculpa por ontem.
Storm sorriu boba e se atirou de volta nos travesseiros.
🛩️. oioioi!! como vcs estão gnt?
🛩️. esse capítulo tem o meu coração aaaaa casal se desenvolvendoooo
🛩️. bjs bjs amo vcs!!!
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