Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Desconfiança

Depois dos eventos no laboratório de Gundham, Makoto se isolou em seu quarto pelo resto do dia. Não comparecendo a reunião do grêmio estudantil ou mais nada. Passou em torno de duas horas no chuveiro tentando limpar cada fragmento do sangue dos animais de seu corpo, chorava pois não importa o quanto esfregasse a esponja e machucasse sua pele, ainda sentia o cheiro do sangue. Ainda se sentia sujo, assustado e desesperado.

DING BING DONG BONG

PRURUHOO-HOO, ATENÇÃO TODOS OS ALUNOS, AGORA SÃO 10 DA NOITE, AS PORTAS DOS DORMITÓRIOS SE TRANCARAM, QUEM ESTIVER DENTRO TENHAM BONS SONHOS, QUEM ESTIVER FORA, TENHA BOA SORTE.

Ding Bong Bing Dong

Pruhuhoo-hoo atenção alunos, agora são 7 da manhã, portanto o horário noturno acabará e as portas serão destrancadas, tenham todos um péssimo dia.

No dia seguinte, Makoto não quis levantar de sua cama, e continuaria deitado o dia todo se alguém não tivesse começado a socar sua porta com pura brutalidade. Talvez se ignorasse em algum momento iria cessar. Mas era apenas pensamento positivo, as pancadas ficavam cada vez mais altas e mais fortes, cada vibração entrando na cabeça do azarado. Qual era todo aquele escândalo? Ah, provavelmente Junko havia aprontado de novo, dado mais algum motivo para que eles matassem.

Finalmente ele cedeu, irritado, e abriu a porta para um Kaito com seu típico sorriso no rosto.

- Ah Makoto, finalmente, você não deveria acordar tão tarde assim fará mal para sua saúde. Enfim venha.- O astronauta pegou o menino pelo braço e começou a puxar, Makoto tentou resistir mas a diferença de força entre os dois era óbvia então não havia muito espaço para rebeldia ali.

- Kaito, o que você quer? Me deixa sozinho por um momento.

- Não, sem chance alguma. Que tipo de líder abandona seu ajudante assim? Você vem comigo.

Kaito arrastou Makoto até laboratório do astronauta. Ele basicamente o jogou sobre o chão enquanto ia buscar um par de halteres pequenos.

- Eu acho que esse tamanho é bom para você. Pode começar com esses aqui.

- Exercício de novo? Kaito, eu não estou com cabeça para isso.

- Então sorte a sua que você não precisa usar a cabeça aqui. Apenas seus músculos.- Kaito deu os objetos de exercícios na mão de Makoto, como o menino não tinha costume algum de usar aquilo, se assustou ao ver que não eram tão pesados quanto imaginou que seriam. Mesmo ainda tendo que fazer força para os segurar.

O astronauta retirou seu casaco e pegou mais dois halteres, obviamente mais pesados do que os que Makoto havia pego, e juntos começaram a mover os braços.

- Kaito, como você consegue? Se manter tão despreocupado com tudo o que está acontecendo aqui? Eu não sei se você é muito forte ou muito burro.

- Eu prefiro o forte haha.- Riu o astronauta.- Ah cara, é mais... se eu tomar responsabilidade de tudo o que os outros fazem, eu vou enlouquecer. Matar foi escolha deles, independente do que os levou ali. Eu irei continuar seguindo em frente, deve haver uma saída mas se eu ficar o tempo todo abaixando minha cabeça, eu vou perder a chance de ver a escapatória.

- Você diz isso, mas não foi você que falou ontem que assumiria as responsabilidades daquilo que eu fizesse?

- Sim, daquilo que eu concordar que você fizer. Se você matar alguém, eu não vou assumir o seu lugar. Mas contudo, você tem um bom coração Makoto, eu sei que jamais machucará alguém de propósito, então eu sei que tudo que você fizer é para ajudar o grupo, logo mesmo se seus planos falharem, eu estarei lá para assumir a responsabilidade por você.

- Mesmo com você me explicando tudo isso, eu ainda não entendo o porque você continua a acreditar em um ninguém como eu.

- Como assim ninguém?

- Não é óbvio? Eu sou diferente de vocês. Eu não sou alguém que se destaca em alguma área ou é muito útil. Eu não deveria estar aqui, Kaito você é muito melhor nessa coisa de esperança do que eu, então...

- Cara, cala a boca e deixa de ser idiota.- Makoto parou seu levantar de pesos por um momento, incrédulo com o que ouviu.- Você está aqui, é muito tarde para ficar se lamentando por esse tipo de coisa. O que você deve fazer agora é começar a agir como homem, levantar a cabeça e sobreviver. Você não é o único que está lutando pela vida aqui. Nós, os especiais, estamos na mesma situação, então levante a cabeça e lute antes que eu bata em você até acordar.

Após isso Makoto se calou, sem saber como responder aquilo. Kaito falava como se tudo fosse fácil, como se tudo fosse apenas uma questão de acreditar e isso era tão frustrante. Por que tudo era fácil para ele? Essa era a diferença que Makoto implicava, alguém com talento tem base para acreditar que consegue, mas alguém sem talento não tem nada para comprovar que pode.

Makoto estava preste a argumentar mais uma vez, quando alguém entro contudo no laboratório.

- Ah, aqui está você Makoto!- Dissera Tsumugi com um semblante preocupado e sério. E ouvir seu nome sendo chamado gerou um arrepio por todo seu corpo, como um instinto ou uma programação seu cérebro já deduziu qual seria o problema antes mesmo dela lhe dizer.

- O que ela fez agora?- Sem hesitar, tanto Makoto quanto Kaito largaram seus halteres no chão e seguiram Tsumugi que, no meio do caminho, lhes explicava o que podia.

- Não é a Junko dessa vez, mas o impostor. Ele se trancou na enfermaria e não está deixando ninguém entrar. Eu bati na porta mas ele simplesmente não quer abrir de modo algum. Achei que talvez você possa tentar conversar com ele.

- Eu? Por que eu?

- Bem... não sei, apenas um instinto. Você só parece ser o mais ideal para situações assim.- A irritação mais uma vez subiu pelo corpo de Makoto, ele não é competente e nem o mais ideal para nada. Parem de por essas coisas nas costas dele e deixem ele em paz. Ele queria dizer isso, mas o sorriso presunçoso e orgulhoso de Kaito como quem estivesse lhe dizendo: "Eu te disse" o calou.

No fundo, ele também queria acreditar.

A dupla acompanhou Tsumugi até a porta da enfermaria e, como ela havia relatado, a porta se encontrava fechada. Makoto e Kaito tentaram fazer força mas simplesmente não se movia.

- Senhor impostor, é a Tsumugi de novo. Eu trouxe Makoto e Kaito comigo dessa vez, por favor abra a porta.

- Está tudo bem cara?- Perguntou Kaito fervorosamente batendo na porta.- Se quiser conversa estamos aqui. Seu ferimento está muito feio então peço que não fique se mexendo demais.

Não houve respostas, tanto para Tsumugi quanto para Kaito, os dois então viraram seu olhar para Makoto como se esperassem que ele também dissesse ou tentasse algo. Após meros instantes se sentindo pressionado pelos olhares ele decidiu arriscar.

- Hum... impostor? Sou eu, Makoto.- O silêncio se manteve.- Escuta, eu sei que o que aconteceu com você deve ter sido assustador. Em seu lugar eu acho que faria o mesmo se não reagisse pior. Escute, você não precisa sair se não quiser mas podemos conversar? Você pode ser sincero comigo, eu prometo tentar te escutar.

Mais uns segundos se passaram sem nenhuma resposta. Kaito estava cogitando arrombar a porta preocupado com a possibilidade do impostor ter desmaiado por conta de seus ferimentos. Até que, finalmente, a porta abriu um pouco e a voz do impostor, cansada e fraca, ecoou.

- Você pode entrar Makoto mas só você.- Aceitando as condições do homem, Makoto deu um sinal para suas duas companhias afirmando estar tudo bem e que poderiam voltar as suas rotinas. Kaito e Tsumugi, ainda um pouco preocupados, ouviram o pedido e saíram dali enquanto o impostor trancava a porta mais uma vez, com Makoto junto dele.

Makoto ficou em pé enquanto o impostor bruscamente tentava voltar para sua cama. Ele sabia que mesmo se tentasse ajudar o homem apenas iria rejeitar então o azarado ficou olhando em volta e se distraindo. Aa cama ainda estava manchada de sangue por conta da cirurgia feita por Kirumi e Kaito, era incrível como dois adolescentes conseguiram realizar tal procedimento mesmo estando cansados.

Finalmente o homem chegou até sua cama e sentou, olhando diretamente para o Makoto. Por alguns instantes eles não sabiam como começar a conversa, finalmente o impostor decidiu falar:

- Você estava correto com suas últimas alegações. Eu... estou assustado e não sei o que fazer. Meu senso de responsabilidade me diz para lutar pelo grupo, mas... meu coração fraco me diz para lutar por mim mesmo.

- Eu sei como se sente, ficar se preocupando com o grupo todo é...

- Calado. Você não disse que iria só ouvir se necessário? Ainda não terminei.- Com esse corte rápido verbal Makoto se cala, um pouco envergonhado e frustrado, esperando o impostor continuar.- Contudo os acontecimentos recentes iluminaram minha mente sobre o perigo que os outros alunos proporcionam. Eu sempre cresci um ninguém, mas ainda sou alguém então não posse mais me colocar em perigo assim. Então eu gostaria de fazer um pedido.

- Um pedido?- Perguntou Makoto, um pouco hesitante de levar outro chega pra lá. Por mais que entendesse o que o impostor dizia, não conseguia pegar onde ele queria chegar com aquilo.

- Eu perdi a confiança no resto do grupo. Byakuya quase me matou, mas era de se esperar, mesmo assim ficar tão perto da morte me fez perceber o quanto eu não estou preparado para morrer ainda. Eu quero que você passe o seguinte recado ao resto do grupo: eu não vou sair da enfermaria, de maneira alguma, mas eu ainda precisarei de comida e água, então eu só irei dar permissão a quatro pessoas de entrar neste cômodo.

Makoto pensou em falar algo, mas esperava permissão. O impostor percebeu e, mesmo tendo uma ideia do que seria dito, fez um gesto com a cabeça dizendo que podia prosseguir.

- Se for para ser sincero, eu concordo com você. Se isolar realmente parece a melhor escolha em um jogo desses e eu tenho tentado fazer isso muito. Eu não vou te impedir se é o que você quer.- O impostor ficou parado por um tempo, surpreso com o fato de Makoto ter simplesmente aceitado a ideia, o homem refletiu sobre toda a situação em que estavam, e qual deveria ser o estado mental do azarado. Até que ele teve uma ideia.

- Muito bem eu quero que ouça meu pedido. Como eu disse eu darei permissão para que apenas quatro pessoas entre nesta sala, durante o período da manhã será uma dupla e durante a tarde outra dupla. A dupla da tarde será Tsumugi e Hifumi, aqueles dois são completos incompetentes então não acredito ser perigoso os ter por perto. Enquanto a dupla da manhã: Eu peço para que seja você e Mukuro.

A mera menção do nome da soldado fez o corpo inteiro de Makoto se arrepiar. Antes que pudesse tentar se controlar acabou falando:

- Você está doido? Eu com ela? E por que ela? Tem tantas outras opções!

- Nem a pau que Junko e Byakuya vão colocar os pés nesta sala. Se eu passar mais de uma hora com Kaito e Miu eu enlouqueço. Sayaka é descontrolada e Kirumi é perigosa demais se acabar se revelando uma inimiga. Sobra Chiaki e Mukuro.

- Então a escolha óbvia é a Chiaki!

- Eu confio cegamente na Chiaki e a Mukuro é sim uma carta selvagem. Contudo ainda estamos em um jogo, e nossas jogadas devem ser cuidadosas, se as coisas continuar como estão nós permaneceremos reféns daquelas irmãs, precisamos separar elas de alguma forma. Makoto, se você conseguir alcançar o coração de Mukuro e a trazer para o nosso lado então talvez possamos tomar as rédeas da situação.

- Mas com você espera que eu a convença e vir trazer comida para você todas as manhãs comigo? Sem falar que eu tentei e nada funciona, ela simplesmente não ouve, ela não acredita que pode haver uma esperança.

- ENTÃO MOSTRE A ELA UMA ESPERANÇA. Se palavras não funcionam, use de ações garoto. Eu já lhe dei um plano e peço que você o coloque em prática, dê seu jeito Makoto.

- Mas...- As palavras não saíram pela frustração. Não tinha argumentados e também era incapaz de recusar, o que mais iria fazer? Aparentemente todos ali confiavam nele como se fosse um tipo de santo com toda a esperança do mundo nas costas.- Cansado Makoto desistiu de rebater, destrancou a porta e saiu em direção ao seu quarto, onde chorou um pouco de ódio. De ser tão capacho de todos eles, mas se odiava pois no fundo, gostava que acreditavam em um ninguém como ele.

Após se recompor, ele decidiu dar uma chance e sair para avisar os outros, a primeira que ele encontrou foi Tsumugi no refeitório. A cosplayer parecia ansiosa enquanto segurava uma xícara de café, provavelmente preocupada com todo aquele momento com o impostor. Makoto relatou a ela sobre o pedido do impostor, deixando de lado o motivo pelo qual ele considerou ela e o Hifumi.

A jovem compreendeu o pedido, se sentindo lisonjeada pelo impostor confiar tanto nela, então se pôs de pé para ir avisar Hifumi dizendo ao Makoto ter visto Mukuro perto do laboratório de Junko. O azarado se direcionou ao laboratório da maior louca do grupo, a soldado se encontrava analisando as roupas de marcas como se cogitasse vestir uma delas ou não. Pela primeira vez ele pode ver um glimpse de um lado feminino nela, ou melhor, de um simples lado humano e normal. Ela era mais alta que ele, provavelmente uns 10 centímetros a mais e, mesmo suas roupas sendo uniformes escolares normais, as luvas e postura entregavam o jeito militar dela.

Mas ainda assim ela parecia... relaxada? O que definitivamente era algo estranho, Makoto se sentia sortudo de poder ter visto esse lado dela, mesmo tendo em mente que poderia facilmente ser um engano dele. Devia admitir que ela tinha seu charme.

Finalmente a soldado percebeu sua presença, imediatamente levantando sua guarda e agindo como se não estivesse fazendo nada demais.

- Eu não te vi aí, quer alguma coisa comigo?

- Você é bem direta ao ponto...- Comentou ainda não sabendo como iria puxar aquele assunto. Ele respirou fundo, reunindo coragem para começar a falar, Mukuro notou a obviamente pressão que o jovem carregava, presumindo ser mais um plano para tentar derrubar Junko ou algo assim.- O impostor está se trancando na enfermaria por conta dos últimos acontecimentos e ele só está permitindo a entrada minha, sua, Hifumi e Tsumugi. Desde que entremos em duplas e em horários diferentes.

- Isso soa muito suspeito, quase como uma armadilha. Por que, dentre tantas pessoas, ele permitiria a minha entrada?

- Eu não faço ideia.- Mentiu Makoto, não era uma completa mentira pois, no fundo, ele realmente não achava ser uma boa ideia.

- Você mente muito mal.-Comentou a soldado, ela então levou sua mão até o rosto em pose de pensamento.- Ah, entendo. O único benefício que eu consigo pensar seria me isolar da Junko para vocês poderem conversar comigo a sós. Deixe-me adivinhar, você será minha dupla e virá com seus discursos motivacionais para cima de mim?

- Bem...- Como ele esperava, não iria dar certo. A mente dela era tão aguçada quanto sua força, se ela já percebeu seus objetivos com tanta facilidade então não haveria mais o que fazer. O que ele poderia dizer que a convenceria? Até o momento ela não dava qualquer indício de ceder.

- Muito bem, não vejo por que não. Começamos amanhã?- A rápida rendição da soldado o pegou desprevenido e não de uma forma boa.

- Espera, o que?

- O que eu disse. Eu vou ouvir o que vocês tem a dizer, não vai funcionar é claro, mas será uma distração interessante.- Não, foi rápido demais. Havia algo de errado, sempre havia algo de errado.

O semblante de Makoto fechou bruscamente, Mukuro percebeu isso. Ele estava cansado de ser peão e bola de todos eles, cansado de cair em esquemas, mentiras, falsas esperanças e joguinhos.

- NÃO BRINQUE COMIGO CACETE!- A explosão do azarado assustou até mesmo Mukuro que nunca sonharia em ouvir tão reação dele, ele tentou pegar ela pelo braço mas facilmente ela desviou.- Eu não sei qual merda de plano a Junko tem. Ela deve ter previsto que eu viria aqui falar com você e já planejou algo em troca né? Tem que ser isso, ela está sempre planejando algo. O que é dessa vez? Vai fingir vir para o meu lado? Vai matar o impostor na minha frente? Vai finalmente me matar? Vai tentar descobrir mais uma fraqueza nossa? ME FALA CARAMBA! QUAL É O PLANO?!

Mukuro socou o rosto de Makoto tão forte que o adolescente foi mandado para trás enquanto sangue voava de suas narinas. Rapidamente toda aquela fúria que estava sentido foi empurrada para fora junto do soco, o desnorteando um pouco. Enquanto o rapaz se encontrava confuso e voltando a si, Mukuro mantinha um semblante sério no rosto.

- Não tem plano seu paranoico. Por algum motivo, desde ontem, Junko não disse uma palavra o dia todo, ela está em absoluto silêncio deitada em sua cama e só se move para ir ao banheiro ou comer, então retorna ao próprio quarto.

- O que? Você espera que eu acredite em algo assim?

- É claro que não, pouco me importa se você acredita ou não. Mas não vem querer dar uma de machinho para cima de mim que te boto no lugar rapidinho. Enfim como minha irmã não aparenta planejar nada ou me dar algo para me fazer, eu estou no tédio então, como eu disse antes, esse planinho seus pode ser uma distração interessante.

- Mas você não acha estranho? Do nada era ficar calada assim?

- Claro que é. Obviamente ela esta planejando mais alguma coisa, mas mesmo que todos juntássemos nossas cabeças não conseguiríamos começar a sonhar em qual é o plano da vez. Realmente Makoto, ela entrou na sua cabeça bonito não foi? Amanhã eu vou te chamar por volta de umas 9 para levar comida para o impostor, esteja pronto.

Como se a ideia tivesse sido dela, Mukuro começou a sair, obviamente irritada com o confronto do Makoto, deixando um jovem machucado e confuso. É, ele não tinha força para se libertar das linhas de marionetes que se amarravam ao redor de seu corpo. No fim ele não tinha escolha a não ser seguir o fluxo da história.

No caminho de volta para seu quarto Makoto passou pelo corredor em que havia os quartos das meninas e, um deles estava com a porta meio aberta, onde ele pode ver uma interação que se desenrolava.

Era o quarto de Sayaka!

Normalmente Makoto não era do tipo que gostava de ouvir conversa dos outros escondidos mas, tendo em mente a condição de Sayaka, era bom para ter uma noção de como ela estava indo. Pela outra voz, provavelmente era Kirumi com quem a cantora pop estava conversando.

- E é isso. Ele quer me ajudar, eu sei que quer. Mas eu consigo ver que, no fundo, ele também tem medo. Ele não acredita que pode fazer algo e eu consigo ver que ele não acredita em mim também. As dúvidas dele são evidentes para ver, principalmente alguém como eu que passo o dia cercada por pessoas.

- Eu entendo o que você quer dizer Sayaka. O Makoto é uma boa pessoa, inocente e bem esperto, mas, no fim do dia, ele é só um garoto normal. A sorte dele pode ser anormal e imprevisível, mas ela não afeta a vida dele com força o bastante para moldar sua personalidade. No fim do dia, ele não tem nenhum talento que o ajude a se firmar em algo. Então você não pode culpar ele, ou a si mesma, pelas dificuldades que vivem. Nenhum de nós deveriamos estar aqui de toda forma.

- Eu sei...- Afirmou Sayaka enquanto sua voz lentamente ficava mais fina e chorosa.- Mas é tão doloroso, eu posso estar perdendo tudo o que construí, posso morrer aqui, há pessoas morrendo aqui e todos me tratam como um fardo. 

- Sayaka...

- Nem tente dizer que não é verdade. Até mesmo você brigou comigo outro dia, eu não sou a mais forte e muito menos a mais inteligente. Meu talento se resume em cantar, sorrir, encantar e socializar mas... eu já não tenho força para fazer nenhuma dessas coisas. Eu só quero sumir daqui. Eu só quero que acabe logo, antes que um destino pior me alcance.

Ele não aguentou ouvir mais e continuou até seu quarto, fechou a porta e deitou na cama.

Então era isso... ele era um ninguém tentando além do que conseguia e isso era evidente para todos. As palavras de Kaito só eram mentiras para o fazer se sentir bem, o astronauta provavelmente sentia o mesmo que o resto. Será que, realmente, não existia talento nenhum no jovem além de sua quase sorte? O que mais alguém como ele poderia fazer? Para enfrentar a supremo desespero o que ele deveria se tornar?

Se pelo menos tivesse essa resposta.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro