Aliança
Ding Bong Bing Dong
Pruhuhoo-hoo atenção alunos, agora são 7 da manhã, portanto o horário noturno acabará e as portas serão destrancadas, tenham todos um péssimo dia.
Na manhã seguinte Makoto acordara muito tenso, quando se lembrou de onde estava a principal pergunta em sua mente foi: Algo aconteceu de noite?
Ele não conseguiu se levantar imediatamente. Pelo contrário, ficou parado na cama encarando o teto, pensando no que havia se metido, seu coração doía pois estava descontrolado, sua respiração ficava cada vez mais e mais pesada. Então pensando e pensando, ele percebeu como estava. Não era daquele jeito, ninguém ia fazer nada louco o bastante como assassinato, acima de tudo isso era o que ele mais acreditava, não iria se render ao jogo sombrio em que fora preso.
Foi então que ele se lembrou, Chiaki havia pedido a todos para tomarem café da manhã juntos quando o horário noturno acabasse, ele então se deu conta que havia ficado um bom tempo pensativo, ele se levantou e correu em direção ao refeitório.
- Me perdoem a demora pessoal.- Dizia enquanto entrava as pressas pela porta da frente. Mas para sua surpresa haviam apenas 3 pessoas comendo no refeitório: Chiaki (Gamer), Kaito (Astronauta) e Sayaka (Cantora Pop).
-Ah Makoto ainda bem...- Dizia Sayaka o encarando com os olhos arregalados.-... eu tinha certeza que você viria tomar café mas você estava demorando para aparecer, eu quase fui te procurar.
- Me perdoe por te preocupar, são só vocês?
-....sim.- Dizia a gamer pegando seu nintendo após terminar de comer, tinha um semblante triste em seu rosto.
- Aqueles otários tem culhões recusando o convite de uma garota assim.- Dizia Kaito obviamente irritado enquanto levantava os punhos.
- Mas não foram só meninos que não vieram.- Corrigiu Sayaka com seu sorriso habitual.
- Esta tudo bem, eu sabia que nem todos viriam... eles devem ter suas próprias preocupações para fazer...-Dizia a garota jogando seus jogos, o trio não sabia que assunto poderiam puxar entre si, foi após um tempo desconfortável de silêncio que Chiaki assumiu coragem para dizer.-...vocês querem formar uma aliança?
A surpresa era evidente na cara dos três, eles a olhavam como se estivesse acabado de falar um enorme tabu.
- C-Chiaki? O que você está dizendo?- Makoto esperava aquela frase de muitos mas não dela.
-.... não entenda errado... não é uma aliança para nós quatro escaparmos...- Corrigia dando mais tranquilidade aos outros.-...é uma aliança para nós protegermos uns aos outros e evitarmos de nos matar...
- Deus você se preocupa demais, ninguém seria estúpido o bastante para matar outra pessoa.- Dizia Kaito coçando a cabeça em decepção
-... eu também não acho que a maioria aqui irá se matar... mas se existir a menor possibilidade de alguém tentar, não podemos permitir, a partir do momento que a primeira pessoa morrer... ficará mais fácil de outro assassinato acontecer novamente... eu acho.
- Então você quer que nós formemos um tipo de grêmio estudantil da paz?-Sayaka estava inclinada a concordar, mas ainda tinha suas dúvidas.- Apenas 4 pessoas será um problema, teríamos que manter controle de 3/4 dos estudantes, não seria melhor chamar outras pessoas?
-.....eu não confio nos outros....
- Você é muito desconfiada Chiaki...- Dizia Kaito.-...devemos nos manter juntos para conseguirmos escapar daqui..
- Makoto, o que você acha?- Perguntou Sayaka ao perceber o quanto o menino estava silencio
- Eu entendo o por que Chiaki não confia em boa parte deles, mas Ibuki (compositora), Kazuichi (mecânico), Kirumi (empregada) e Tsumugi (cosplay) não parecem ser más pessoas.
-...Ibuki é muito animada e inocente, iria transparecer imediatamente se escondesse algo.... Kazuichi é muito medroso... Kirumi aceita pedidos de todo mundo, poderia facilmente acabar entregando algo...
- E Tsumugi?
-.........- Chiaki colocara sua touca de gato sobre a cabeça como se estivesse com vergonha e ficou em silêncio, era evidente que ela não queria falar sobre aquilo.-...enfim, vocês concordam em formar uma aliança contra matança?... Nós quatro vamos tomar providências... e não podemos permitir que ninguém se machuque... pelo menos... isso é o que acho que devemos fazer.
- Chiaki você tem que ter um pouco mais de confiança nas coisas que fala.- Dizia Makoto coçando a bochecha sem querer parecer grosso.- Mas eu concordo com você, quem nos prendeu aqui quer que sintamos desespero, então nós devemos contra-atacar enchendo este lugar de esperança.
- Isso mesmo. Escutem, enquanto eu, Kaito, Luminário das Estrelas, estiver com vocês nada irá acontecer, vocês serão meus ajudantes.
- Ajudantes?- Disseram em uníssom.
- Claro, comigo liderando não teremos com o que nos preocuparmos.
- Eu acho que Chiaki deveria ser a líder...- Sayaka evitava confronto, mas assim como os outros dois aceitou ser parte do grêmio.- Se nosso objetivo é impedirmos mortes então eu acho que devemos fazer algo para todo o grupo se sentir mais unido, relaxado e alegre.
- Sayaka, não me diga que você...
- Isso mesmo Makoto, e se o grêmio der um show? Eu e a Ibuki (compositora) poderíamos cantar, daí nós pediríamos para Junko (estilista) e Tsumugi (cosplay) cuidarem da decoração e das nossas roupas.
-....não custa nada dar uma tentativa.... mas então teremos que ir falar com eles..... isso vai ser difícil... eu acho...
- Vocês podem ir na frente, eu ainda tenho que terminar de comer.- Dizia Makoto, o trio se despediu dele e saíram do refeitório, o menino terminara de fazer o mesmo quando viu uma máquina entrando no cômodo, era um aspirador de pó automático branco, fazendo uma ronda pelo local.
Sem saber o porque Makoto se sentiu inclinado a analisar o objeto um pouco melhor, ele se levantou e foi pegar a máquina mas ao chegar a um certo perímetro de distância o aspirador começou a apitar muito alto, para que ecoasse por todo o andar.
-O que aconteceu?- Perguntou para si mesmo após o susto tentando desligar o apito.
- O que você pensa que esta fazendo?- Trioleon entrou correndo no salão em desespero.- Makoto? Eu achei que você seria o último a tentar quebrar propriedade escolar.
- N-Não, eu não estava tentando quebrar...
- hahah, claro que não, foi uma piada, e mesmo se você tivesse feito certo eu nunca machucaria um de vocês, eu não suporto muito sangue. Este aspirador cuida para que vocês tenham um lugar higiênico aqui embaixo, mas caso um de vocês tentem pega-lo ele irá soar este alarme me chamando para resolver o problema. Mas sério para soar duas vezes em um mesmo dia talvez eu devesse deixá-lo menos sensível.- O comentário não passou despercebido por Makoto que imediatamente estranhou.
- Duas vezes? O alarme soou antes?
- Sim, Ibuki(compositora) acabou tropeçando nele hoje mais cedo. Você não me parece muito satisfeito com minha resposta.
- Não é isso é que... Eu tenho sono leve e esse negócio fez um barulho tão grande que eu tenho certeza que o andar inteiro ouviu, como eu não acordei com o primeiro disparo?
- Aaaah sim, eu esqueci de avisar, os quartos dos estudantes são a prova de som.
- Prova de som? Quer dizer que...
- Se eu preciso explicar o que é prova de som então faz sentido você ser um estudante sem nada de especial.- De frente com a repentina grosseira do lagarto, Makoto decidiu que não iria terminar sua pergunta retórica, agora o menino se perguntava se seus amigos já haviam descoberto sobre os quartos. Deixando Trioleon religando o aspirador, o jovem correu a procura de outras pessoas, ele foi até o depósito onde encontrou cinco de seus companheiros lá:
Kazuichi(mecânico) e Miu(Inventora) estavam parecendo fazer algum tipo de dispositivo que Makoto chutava ter a ver com o que Byakuya de roupas brancas pedira, Keebo(robô) trazia vários objetos para eles das imensas prateleiras do depósito, Gundham(Domador) estava no topo de uma delas parecendo dar sementes para seus hamsters enquanto Chiaki(Gamer) observava o trabalho deles com uma cara sonolenta.
- Makoto, justamente quem eu precisava ver.- Dizia Keebo jogando umas caixas perto dos dois e se aproximando dele.- Eu não aguento mais está robofobia pela qual sou submetido.
- Robofobia?
- Kazuichi e Miu estão achando que eu sou algum tipo de servo-robo, estão me fazendo carregar todo o peso.
- Nossa, calma um pouco Keebo, nós só pedimos ajuda para você pegar as coisas enquanto cuidamos das invenções, você não recusou antes.
- É porque eu não achei que seria o único a ter que carregar, Gundham está bem ali porque não chama ele também?- Ouvindo seu nome sendo citado o domador ficou em pé na grossa última prateleira do topo.
- Mwahaahaha, muito bem máquina, se é isso que deseja não terei escolha a não ser demonstrar como o supremo lorde do gelo governa.
- Eu já lhe disse para não me chamar de máquina, é um estereótipo ofensivo.
- Os dois retardados querem parar com a porra da discussão? Eu não preciso de um show de horrores e de um Pinóquio moderno gritando no meu ouvido.- Dizia Miu irritada com seu jeito grosso de sempre, Keebo e Gundham a encaravam, mas foi o domador que continuou.
- O que você disse mulher? Com certeza você tem coragem para desafiar um meio demônio como eu.
- Pode vir Newt Scamander de chernobyl, eu faço você engolir seus hamsters, dois por cada buraco.
- Chiaki, não deveríamos impedir eles de brigar?- Ao olhar para o lado o estudante percebeu que sua amiga estava dormindo em pé sem dar valor nenhum a confusão- Ei! Chiaki!- A menina acordou imediatamente e começou a coçar os olhos como se tentasse expulsar a sonolência, ela bocejou e o respondeu.
- Perdão, eu fiquei até tarde jogando ontem, estava tendo um sonho sobre um jogo de uma garota que volta no tempo que joguei uma vez.
- Você sonha frequentemente com jogos?
- Apenas quando eu gosto muito deles, Life is Strange... Eu acho...- Makoto encarou confuso citação em inglês da menina, mas ignorou por hora.
- Então você acha que devemos impedir a briga deles?
- Não é necessário... Eu acho... Esse é só o jeitinho deles, tenho certeza que todos nós podemos ser grandes amigos.
- Eu entendo totalmente o que você quer dizer, também acredito nisso, todos nós sairemos daqui juntos, não vamos deixar o desespero vencer.- Os dois trocaram sorrisos e olhares como se firmassem ainda mais sua amizade.- A propósito, o que você veio fazer aqui?
- Vim checar o trabalho dos dois... Sobre as câmeras e alarmes... Quanto mais cedo estiverem prontos, mais cedo ficaremos um pouco mais seguros.... Eu acho...
- E lá vai você de novo...- Dizia Kazuichi sem tirar os olhos de seu trabalho -... Você nunca tem certeza de nada, já dissemos provavelmente vamos terminar até hoje a noite.- Enquanto o mecânico falava Makoto não pode deixar de notar alguns cortes sobre sua mão direita.
- Kazuichi o que houve com sua mão?
- Ah isso? Foi devido ao susto que eu tomei com o alarme do aspirador agora à pouco, eu acabei me cortando.
- Não seja tão covarde cacete, admita que você se corta fazendo seu trabalho sua decepção canceriana.- Gritava Miu sobre o fato do mecânico ter mais de um corte sobre suas mãos.
- Ei, esse outro corte é culpa sua por ficar tentando tomar as coisas da minha mão.- Rebateu o tingido fazendo Miu recuar mais um pouco.
- Sobre o alarme...- Respondeu Makoto.-... Peço desculpas Kazuichi foi culpa minha que ele foi acionado.
- Foi nada não cara, não dá para saber que aquele negócio fica louco só de chegar perto.
- Além do mais aquele aspirador não presta mesmo, acredita que ele foi robofobico comigo?- Dizia Keebo se intrometendo na conversa.
- Você entende ele Keebo?
- O que? Não, ele é uma máquina incapaz de comunicação, você assume que todas as máquinas entendem umas as outras?- Makoto não sabia como se desculpar sem piorar mais ainda sua situação.
-... Não precisa ficar tão nervoso Makoto...- Dizia Chiaki o relaxando.- Keebo só está com raiva porque o aspirador não o considerou um ser vivo e não se acionou quando ele chegou perto...
- Ei Chiaki aquilo foi um motivo legítimo para se abrir um processo.
- Mas ele é um aspirador Keebo...
- O que? Você acha que uma máquina não pode ser robofobica só por serem máquinas? Isso é um estereótipo ofensivo.
- Ela quer dizer que máquinas não pensam para poderem ser robofobicas.
- Kazuichi não deixarei essa ofensa passar, assim que sairmos daqui irei relatar as devidas autoridades.
- Um robô não é uma pessoa seu aborto mal desenvolvido...- Dizia Miu de saco cheio do vitimíssimo da máquina.- Nem Isaac Asimov iria te defender em corte. A propósito Makoto como você não acordou com todo o barulho do primeiro alarme? Tava descabelando o palhaço?
- Que? N-Não, o motivo foi porque os quartos...- Antes que terminasse sua frase Chiaki secretamente bateu nele como se dizendo para ficar calado.
- ...Você deveria estar muito cansado dos eventos de ontem... Certo?- A Gamer o encarava com seriedade no olhar como se dissesse para não falar nada.
- A-a-ah sim... Deve ter sido por isso...- Por que ela havia o calado? Será que sabia sobre os quartos? Mas se sim por que esconder dos outros? Pelo que tinha entendido tudo estava sobre o controle da garota por ali então o jovem decidiu deixar o lugar por hora.
Assim que saiu do depósito ele começou a ouvir uma discussão na área ao lado, quando seguiu o barulho da briga se deparou com Sayaka(Cantora Pop), Junko(Estilista), Tsumugi(Cosplayer), Hifumi (fanfiqueiro) e Mukuro(soldado) de frente com os cinco cômodos trancados, Mukuro segurava Sayaka que parecia querer avançar em Junko com muito ódio.
- Sayaka? O que aconteceu?- A menina nem se importou em tentar responder a sua pergunta enquanto ainda tentava atacar a loira, Mukuro um pouco atrapalhada por estar tentando segurar a menina que falou.
- Ela veio pedir ajuda para Tsumugi e Junko para os figurinos do show mas Junko começou a provocar ela sem motivo nenhum.- Ele correu para frente de sua amiga pedindo a ela para se acalmar, após uns segundos de tentativas Sayaka finalmente lhe deu ouvidos e parou um pouco.
- Makoto..- Dizia a garota encarando seu amigo, não demorou muito e ela começou a cair em lágrimas sobre seus braços.
- S-Sayaka? O que ela falou para você?- A estrela pop não falou nada, apenas continuou a chorar em seus braços.
- Se importa se falarmos sobre isso depois? Eu só preciso ficar um pouco em silêncio...- Gentilmente o menino a ajudou a sentar no chão e encostar em uma das paredes do corredor, Mukuro sentou ao lado dela como se para demonstrar apoio, domado por irá Makoto confrontou Junko.
- O que foi que você disse para ela?- Dizia em um tom normal, por mais que estivesse com raiva, ele não era muito bom em confrontar os outros.
- Aham...- Junko empinava seu nariz e colocava ambas as mãos na cintura.- Olha só, um plebeu tem a audácia em nos confrontar, em um modo miserável na verdade mas ainda assim, tão amedrontador, ahaha...- Sua risada era a clássica risada esnobe que se vê em damas nos filmes, mas era óbvio que Junko fazia propositalmente para demonstrar a diferença de classes.
- Você quer parar com isso? Nós todos estamos na mesma situação, devemos trabalhar juntos.
- Entendo...- A estilista agora tirava um óculos de seu bolso e coloca enquanto se transformava em sua persona de secretária sedutora.-... você proclama argumentos como amizade, esperança e colaboração, não me surpreenda aquela garota ser tão burra, estava andando demais com você, sendo envenenada por seus pensamentos tolos.
- Tolos? E-Errado, eu acredito que se trabalharmos juntos podemos escapar deste local.
- Eu também queria acreditar nisso...- Sua personalidade havia mudado de novo, Junko havia recolocado seus óculos em seu bolso e desviado os olhos para baixo como se estivesse deprimida, dava quase para se ver cogumelos crescendo em sua cabeça de tanta negatividade.-... eu já amo todos vocês, passamos apenas um dia juntos mas vocês são tão engraçados e cheios de vida, não tenho dúvidas que se a situação fosse outra seríamos amigos inseparáveis.- Sua negatividade foi substituída por uma ferocidade tremenda.- Mas essa é a porcaria da vida real otário, nem tudo são rosas, a verdade é que 12 de nós irão morrer dolorosamente neste lugar esquecido por Deus sem nunca vermos nossos conhecidos novamente.
- Se você continuar pensando assim é claro que irá acontecer, para escaparmos daqui precisamos estar todos juntos, fortalecermos nossos laços.
- Hahahahahahaha.- Agora a menina ficará vermelha e começava a salivar dando uma risada psicótica como se estivesse ficando excitada com a situação.- Você está entendendo errado Makoto, eu quero que 12 de nós morram...
- O que?
- A vida é tão tediosa, esse jogo vai me ajudar a me eletrizar, eu me pergunto quem serão os cadáveres daqui hahahahahaha. Talvez eu consiga seguir até o final e ver com meus próprios olhos. Ou talvez...- Seu lado psicótico se foi e uma Junko séria nem nenhum elemento extravagante surgiu, a sensação que passava era que todas as outras Junko eram um ato, e essa era a real.-...Eu deva acelerar um assassinato logo para acabar com isso de uma vez por todas.
- E-ei eu estava escutando normalmente tudo o que vocês estavam conversando mas não posso ficar calada depois disso.- Dizia Tsumugi se intrometendo com uma cara de pavor.- Junko você está dizendo que vai matar alguém? Não pode, isso é errado.
- Exato, é como a senhorita Shirogane disse...- Falava Hifumi também se intrometendo.- Senhorita Enoshima, por favor pense nas consequências deste ato se você colocar em prática, não existe respawn para quem perder esse jogo.
- Exatamente, não estamos em um jogo da telltale, aqui suas escolhas importam sim.
- Perdão nerds, mas eu não entendo linguagem geek de perdedores como vocês.- Com isso dito Junko retornou a área dos dormitórios. O trio estava ali parado abismado com a fala da mulher
- Senhor Naegi, você acha que senhorita Enoshima estava falando sério?
-....- Makoto não respondeu o colega, ainda estava raciocinando, Junko era obviamente o maior perigo dentre eles, ela facilmente poderia se tornar uma vítima ou um assassino, a harmonia que o grêmio tentará construir poderia ser facilmente quebrada por qualquer comentário que a garota fizesse, afinal era muito mais fácil espalhar desespero do que esperança.
- Ela parece uma versão diabólica de algum personagem de Umineko no Naku Koro no Ni.- Dizia Tsumugi mexendo em seus óculos referenciando a outra coisa que Makoto não fazia ideia do que era.
- Concordo.- Hifumi entretanto entendia bem tudo o que ela falava.- Ela parece uma Evatrice sem magia porém mais psicótica.
- Como tudo isso começou?- Perguntou Makoto para os dois.
- Ah você sabe reunião em família por uma herança, uma bruxa dourada mágica, menina obcecada no oculto, o clássico.- Respondeu Hifumi.
- Que?- Makoto estava confuso até que entendeu.- Eu não estou falando do anime, como começou a briga entre as duas?
- Bem, Sayaka havia me pedido ajuda com o figurino..- Explicou Tsumugi.-... estava me perguntando dicas e explicando designs que ela achava interessante, para ficar mais simples eu estava levando ela até o meu laboratório e...
- Espera aí, laboratório?
- Ah você não sabe? Aparentemente existe um laboratório para cada um de nós neste edifício, aquelas chaves que nos deram abrem nossos respectivos laboratórios.
- Espera aí, então esses 5 quartos trancados são...
- Isso mesmo, o da extrema esquerda é o meu laboratório, o do lado dele é o da Ibuki(compositora), o laboratório entre o do meio e o da extrema direita é o da Miu(Inventora) ainda não sabemos de quem são os laboratórios do meio e da direita.
- E de acordo com o Duopidgy os outros laboratórios estão distribuídos pelos andares acima.- Terminou Hifumi
- Então ele apareceu e explicou para vocês certo? Mas o que aconteceu depois?
- No caminho para o laboratório, Senhorita Maizono se deparou com senhoritas Enoshima e Mukuro conversando, quando ela foi pedir ajuda para senhorita Enoshima...
- Junko começou a zoar que iria ajudar Sayaka a ficar linda para sua última apresentação de palco, ela não gostou da brincadeira e pediu para Junko parar, ela então sussurrou algo no ouvido de Sayaka e deu no que você viu...
-...- Novamente Makoto ficou pensativo, tinha que pensar em uma solução rápido, até ter um plano certeiro precisava impedir Junko de, pelo menos, atrapalhar o show.- Tsumugi e Hifumi, se não se importarem, eu queria que vocês ficassem de olho nela durante o show.
- Disse o queee?- Hifumi obviamente ficou desconfortável com a ideia, já não se dava bem com garotas normais, Junko então seria um novo nível de dificuldade.
- Você quer que eu fique de olho nela? Alguém normal como eu normalmente não conseguiria impedir alguém como ela.
- Não, eu não quero que vocês a impeçam de nada, apenas que vocês fiquem de olho e me avisem se ela tentar alguma coisa.- A dupla o encarou, eles começaram a cochichar entre si, e finalmente, deram sua resposta.
- Ok, mesmo eu sendo normal irei dar meu melhor.
- Conte conosco senhor Naegi, assim como Mihawk Olhos de Falcão, nada escapará da minha vigilância.- Enquanto os dois voltaram a conversar sobre coisas que Makoto não entendia, o menino decidiu voltar até Sayaka.
- Como ela está?- Perguntou a Mukuro que imediatamente se levantou e foi conversar com ele, deixando uma Sayaka triste no canto.
- Nada bem, sinto muito por isso Makoto, Junko é muito difícil de se lidar.
- Não precisa sentir, é culpa dela não sua, eu não consigo entender as loucuras que ela diz.
- Não submeta outras pessoas perspectivas como loucura.- Falava Mukuro mudando sua atitude completamente.- Eu já fui para lugares com culturas diferentes e lutei ao lado de pessoas diferentes, alguns tinham atitudes estranhas mas que faziam sentido para eles, apenas não determine seus valores como valores alheios.
- Eu não entendo...
- Deixa, é melhor com você não entendendo mesmo, enfim você não vai tentar?
- Hm? Tentar o que?
- Abrir um dos quartos, e se ele um deles for o seu laboratório?
- Mas eu não tenho talento nenhum, sou só uma pessoa normal comparado a vocês.
- Você ganhou uma chave? Se sim então você tem um laboratório.- Makoto não podia negar isso, haviam lhe dado uma chave mas não fazia ideia do que poderia ter em seu quarto.
- O laboratório da Tsumugi era quase como uma alfaiate otaku, cheio de instrumentos de costura com quilos e quilos diferentes de tecidos pelo lugar, o da Ibuki era lotado de instrumentos musicais diferentes, uma estante só com cadernos para as partituras e o da Miu é lotado de computadores, máquinas bizarras para ajudar na construção de seus inventos, entre outras coisas.- Ele ouvia a explicação da soldado enquanto pegava sua chave e colocava na porta do meio, ele girou e a porta destrancou.
- Funcionou?- Incrédulo Makoto adentrou o quarto, esperava algum tipo de pegadinha como um quarto totalmente vazio mas... O que tinha lá dentro... Era um pouco.... Diferente...- O-O que?- Dentro do cômodo haviam dezenas e dezenas de armas diferentes, havia espadas, pistolas, arpões, machados dentre outras.
- Makoto... O que significa isso? - Dizia Mukuro se afastando dele como se esperasse um ataque.
- Eu não sei, eu juro que eu não sei.
- Pruruhoo-hoo, permita-me explicar então...- Duopidgy havia surgido do nada atrás deles, os 5 que estavam ali o encaravam assustados.- Makoto Naegi, como você é o único sem talento algum decidimos lhe dar uma vantagem, seu quarto está cheio de todas as armas letais que conseguimos pensar, claro você pode dar a chave para outra pessoa tentar utilizar uma de suas incríveis armas ou deixar esse lugar trancado pra sempre e perder essa oportunidade, no final, tudo depende de você.
Dizendo isso o "animal" voou para longe deixando o grupo sem chance alguma de dizer algo, os outros 4 encaravam Makoto com óbvia desconfiança e medo, se perguntando qual seria a escolha dele.
Completamente ciente das circunstâncias em que se encontrava Makoto decidira trancar a porta na frente deles.
- Está porta permanecerá trancada enquanto eu estiver com a chave, não darei para ninguém e assumo total responsabilidade sobre este local.- Com a determinação e confiança que não tinha o jovem conseguiu acalmar os outros estudantes, mesmo eles ainda estando meio ariscos com ele.
- Pois bem, irei levar Sayaka para seu quarto um pouco, cuide bem dessa chave Makoto, as consequências podem ser catastróficas.- Dito isso as duas foram juntas até os dormitórios enquanto Tsumugi entrava em seu laboratório junto de Hifumi para preparar as roupas do show.
Makoto então foi para o ginásio procurando Kaito(Astronauta), e assim como pensava lá estava ele, junto dele estava Ibuki(compositora), Kirumi(empregada), e os dois Byakuya(Prodígio influente e impostor).
Kirumi varria o chão enquanto Ibuki usava uma trena para medir o tamanho do ginásio, Kaito por outro lado confrontava o Byakuya de roupas pretas enquanto o Byakuya de roupas brancas observava tudo em silêncio.
- Seu bundão, quer parar de ficar falando essas coisas sem sentido ou eu terei que socar sentido para dentro de você?- Gritava o astronauta enquanto seu oponente continuava com um olhar de superioridade.
- Uma partícula insignificante não deveria confrontar o cosmos com tanta confiança, eu só disse a verdade, vocês quererem atrasar o início do jogo para ficar brincando de fã clube da Lady Gaga não é uma resposta lógica, deveríamos tentar acabar com isso logo.
- Matando alguém?
- Preciso soletrar e desenhar também? Vamos lá, até analfabetos como você tem um cérebro certo?
- Seu desgraçado.- Kaito socou Byakuya bem no rosto.- Como você pode ser tão estranho? Está louco? É melhor você parar com seus comentários ou eu...
- Típica ação de troglodita, usar os punhos antes da boca, que existência patética a sua, acho que já sei quem será meu alvo quando eu decidir jogar.- O ódio era eminente nos olhos dos dois, um não iria recuar e estavam desafiando o outro sem medo, antes que as coisas piorassem Makoto correu para os separar.
- Kaito para, bater não vai mudar nada. Só piorar nossa situação.
- Exatamente...- Dizia o orgulhoso ajeitando os óculos.- Pelo visto alguns comuns sabem seu lugar.
- E pelo visto outros não...- Finalmente o Byakuya das roupas brancas se intrometeu no meio.-...você continua agindo no topo da cadeia alimentar, mesmo não passando de um galo no mesmo ringue que o resto de nós.
- Como você ousa...
- Ousando, precisa de uma tradução? Neste lugar você não é mais que ninguém, você é apenas mais um na multidão junto do resto de nós, um ser insignificante e sem vantagem nenhuma.
- Blasfêmia, nunca estarei no mesmo nível que barata como vocês, Veja com seus olhos.- Dizendo isso o jovem chutou uma grade que continha inúmeras bolas diferentes dentro.- Kirumi, mostre a eles como um bom servo se porta e limpe tudo isso por favor.
A empregada nada disse, apenas caminhou até ele e lhe estendeu a vassoura.
- Sua decepção, você está me mandando arrumar? E ainda se chama de suprema empregada?
- Sou a empregada suprema, não uma escrava. Sim, cumprirei os encargos que me forem solicitados, mas somente para aqueles que se mostrem dignos de tal serviço. Neste momento, não te encontro entre os merecedores da minha assistência.
Aquilo era ultrajante, Byakuya se via como o supremo prodígio influente, achava que dominaria o mundo, se via como o supremo líder, para aquela conhecida como a melhor dos melhores dentre os serviçais recusar seu pedido era uma humilhação pura.
- Esqueça, falar com babuínos como vocês é perda de tempo.- Irritado o das roupas pretas se retirou do local.
- Aquele cara é um perigo...- Dizia Kaito ainda vermelho de raiva.
- Não se preocupe...- Dizia o Byakuya de roupas brancas.- Eu ficarei de olho nele, e como líder, é meu dever guia-lo.- Dizia estabelecendo mais uma vez seu posto entre o grupo.
- Guia-lo?- Perguntara Makoto.- Acha que ele vai deixar ser assim tão fácil?
- O dilema é bem mais profundo do que imaginas, Makoto...- Dizia Kirumi elegantemente pegando a vassoura e recolhendo as bolas.-... Durante toda a sua existência, foi-lhe ensinado que estava acima de todos e de tudo. Esta é a primeira vez que se vê imerso na mesma condição que os demais ao seu redor. Devemos guiá-lo para que perceba a verdadeira natureza de sua situação.
- Ser o supremo prodígio influente significa carregar uma pressão de sempre sair vitorioso.- Foi após Byakuya falar essas palavras que a ficha de Makoto caiu.
- Espera, isso quer dizer que você é o...
- Supremo impostor? Sim, eu sou o falso.
- Mas se você não está nem tentando esconder isso por que continua disfarçado de Byakuya?
- Por que eu não tenho uma identidade própria para assumir...
- Isso é mesmo possível?- Perguntou Kaito achando aquilo uma baboseira.
- Não me importa se vocês acreditam ou não, essa é minha verdade, enfim, eu vou procurar aquele garoto, acho que tem alguém ali precisando da ajuda de vocês três.- Ao olharem para onde ele apontava, o grupo encontrou Ibuki tentando arrastar sozinha uma caixa de som enorme.
- Ibuki, isso é demasiadamente oneroso para ti...- Dizia Kirumi correndo desesperada.-... Permita que Kaito o leve em seu lugar.
- Perdão, vocês estavam tento uma discussão séria, eu não queria atrapalhar, mas Ibuki só tem força para tocar guitarra, minhas mãos sangram se for para qualquer outra coisa.
- Como sabia que nossa discussão era séria?- Disse Makoto.- Nós estávamos do outro lado do ginásio.
- Minha nossa, nossa, nossa, espero que não tenha se esquecido da minha super mega ultra audição Makoto, meus ouvidos são treinados.- Era verdade, os talentos deles eram especiais por um motivo.
- Tem razão, mas deixe-nos lhe ajudar, afinal este show é para todos.- Falando isso ele sorriu, o quarteto começou a limpar e arrumar tudo um pouco mais, afinal o show seria no dia seguinte, não podiam relaxar.
Continua
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