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Confuso


Do lado de fora da casa eu conseguia ouvir os soluços advindos do pranto de Diana. Eu almejava confortá-la, afagar seu rosto, abraçar... Mas ela tinha me afastado. Era de suma importância respeitar seu espaço, mesmo que isso fizesse minha alma arder estraçalhada pela recusa de afeto. Minha garganta estava fechada por um nó cruel. Não importava o quanto eu pensava sobre aquilo, não conseguia deixar de me sentir rejeitado pela distância que era imposta entre nós. Mesmo que eu tentasse ser racional, mesmo que... Que eu tentasse não sentir absolutamente nada.

Meu apetite sumiu no mesmo instante em que nossa querela começou, mas engoli a comida mesmo assim. Não foi a melhor das ações já que caiu no estômago como uma pedra, porém humanos não conseguem energia de outro lugar e, apesar dos pesares, a vida ainda seguiria.

Meu coração doía no peito em uma sensação que eu nunca havia experienciado antes na vida. Decepção era o máximo de como eu conseguia descrever aquilo só que ia muito além.

Terminei a refeição e lavei a tigela, com raiva, quase quebrando a peça. Não sabia bem como lidar com aquele sentimento inominado, então fiz o que parecia mais eficiente no momento. Depois de pendurar o utensílio, saí caminhando para espairecer, mas o máximo que consegui foi sentir mais frustração ao mirar a natureza que secava. Mudei a direção para a praia, a mesma na qual tinha resgatado Danda. Meus pés tocaram a areia e comecei a pisar devagar. Catei algumas pedras e joguei no mar enquanto gritava minha frustração.

— EU NÃO FIZ NADA! — Berrei irritado desabando finalmente. Um desabafo. — POR QUE ELA ME AFASTA SE NUNCA A MACHUQUEI? — Deixei os sentimentos fluírem junto com as lágrimas. — POR QUÊ?

Ia gritar um impropério quando tropecei em uma pedra e caí de face na areia.

Levantei revoltado e vi logo à frente um tecido que apodrecia, castigado pelo tempo. Peguei-o e afaguei. Era o espartilho que Danda vestia no dia que a encontrei. Ela nem mesmo tinha dado falta dele. Levei ao nariz na esperança de sentir algum resquício de seu cheiro, mas aspirei apenas maresia e areia.

Sentei na areia e encarei o mar enquanto segurava aquele acessório.

A realidade é que havia mais em minha frustração. Eu não me importava em morrer, nunca tinha dado nem a mínima estima para esse tipo de pensamento, contudo, me apavorava o fato de que Danda ia morrer comigo. Morrer naquela ilha longe do mundo, distante de sua história. Quando saí de casa, da casa de meus pais, não deixei para trás mais do que pessoas que me colocaram no mundo, portanto a vida não tinha realmente um valor. Não me preocupava se no dia seguinte já não estaria caminhando sobre o mundo porque eu não tinha raízes ou galhos, era apenas um tronco caído em algum lugar. Danda não era assim, estava claro que ela tinha para onde voltar, que precisava viver.

Eu sabia que era impossível um navio chegar naquela ilha, eu não tinha a menor ideia de como salvar o solo que secava sem parar. Já tinha tentado todos os tipos de adubação, mas era como se a natureza se recusasse a colaborar ou obedecer. E eu sabia também que, quanto mais o tempo passasse, mais desesperado eu ficaria. Isso unido ao fato de que a jovem não cessava sua rejeição por algo que eu não entendia, acabava comigo.

Diante de todo aquele panorama recordei dos gritos que ouvia durante a noite. Caso Danda continuasse dormindo mal, como estava até então, sua saúde ficaria frágil e a recuperação que ia bem talvez parasse. Era mais um fardo para nós. Fitei o céu acinzentado e me questionei qual tinha sido nosso pecado para que recebêssemos tais níveis de punição.

Abracei minhas pernas e deitei a cabeça sobre os joelhos enquanto pensava em como Danda não se abria comigo sobre assuntos que eram importantes para si, mas eu, tolo, abrira minha bocarra para contar aquela verdade sinistra para ela. Era mais um peso que ela adicionaria a seus ombros cansados de algo que eu não compreendia, algo que tentaria carregar sozinha.

Bufei frustrado enquanto via as ondas aumentarem sua frequência. Não havia uma fórmula que a fizesse desabafar. Se nem mesmo a iminência da morte conseguira operar aquele milagre, eu com certeza não seria capaz.

Peguei o espartilho que já tinha abandonado sobre a areia e caminhei de volta para meus afazeres. Querendo ou não, ainda estaríamos vivos por algum tempo e eu não seria o primeiro a me entregar. Mesmo que precisasse ouvir o incômodo choro de Danda até o último dia, eu não seria o primeiro a me entregar.

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