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XI: "Halloween"

Os próximos cinco dias passaram tranquilamente, tanto que foi até assustador. Para a sorte de Harry, que estava se sentindo bem melhor, ele conseguiu descansar como realmente gostava: enrolado nos braços do Diabo, com as testas coladas e a respiração mais alta que o normal antes de uma longa sessão de amassos.

Como os Styles pareciam estar tramando algo, Louis decidiu que, pelo bem de seu garoto favorito, ficaria longe durante o dia, voltando apenas à noite. Resistiria a não passar todo o seu tempo com o humano, ele já estava sozinho há séculos, voltar a isso por apenas um tempo não o afetaria tanto, certo?

Bem, aparentemente, afeta em tudo.

— É minha hora de ir. — murmurou o Diabo, distribuindo doces, lentos e pequenos beijos na pele do pescoço do outro.

— Entendo. — Harry soltou os braços, que estavam em volta do pescoço de Louis. Não negaria a decisão do arcanjo, que parecia estar fazendo todo o possível para protegê-lo. Esperou alguns momentos, de olhos fechados, até que os lábios do outro se afastassem de si, mas, apesar do que aconteceu, Louis permaneceu em seu lugar. — ...ah, Lou?

— Mh.

— Não é...? — sentiu os braços de Louis rodearem melhor sua cintura, acomodando-se como antes. — Não é sua hora de ir?

— Não está gostando? — afastou o rosto do pescoço do cacheado, deixando-o cara a cara com um garoto que o olhava com curiosidade. — Minha "hora de ir"? Parece que vou morrer.

Harry franziu a testa, seu rosto sério enquanto balançava a cabeça lentamente.

— Não tem graça.

— Não? — agora, quem parecia confuso era o Diabo. — Entendo...

Ele não entendia.

— Não gosto de imaginar que você poderia morrer.

— Você não deve imaginar coisas que não poderiam acontecer. — Louis disparou de volta, trazendo sua mão com anéis de ouro para o lado direito do pescoço de Harry. — Você faz isso constantemente.

— É inevitável. — sussurrou o cacheado, levantando um pouco o rosto e observando os lábios finos do outro.

— Mas não irremediável. — finalmente, o arcanjo deu ao humano o que ele tanto ansiava, beijando-lhe de forma lenta e até mesmo doce.

Depois dessa conversa, surgiram novas questões, como: aquela de que Harry não deveria — e não precisava — arriscar sua vida pelos outros. Louis confessou que foi ele quem enviou a Morte ao padre William, e que não deveria o questionar sobre isso. O humano, no meio desta pequena discussão, tentou fazê-lo entender com muita delicadeza que Louis, mesmo que pudesse, não tinha o direito de assassinar todas as pessoas que o incomodavam. Ele não apenas estava o deixando inseguro, mas também estava causando grandes danos ao coração de Harry, que expressou a culpa que sentia, derramando, de forma inevitável, uma ou duas lágrimas ao se lembrar de todos os danos que — segundo ele — havia causado.

Por outro lado, Louis sabia que, embora suas palavras fossem sempre as mesmas, um dia elas permaneceriam intactas na mente do cacheado.

— Meu menino… por que está chorando por seres que não merecem ficar neste mundo? Ou em outro. Se estão queimando no inferno é porque mereceram. Ninguém deveria… ninguém vai colocar a mão em você... nunca.

O que restou daquela noite foi baseado no Diabo beijando de forma devagar e lenta os lábios de Harry, o qual não podia deixar de pensar que esse ser extravagante estava tentando, de alguma forma, confortá-lo, e acabar com sua miséria.

"Questões importantes." foi o que Louis disse a Baphomet, o demônio que dá suas ordens a todo o inferno, e o único que pode entrar em seu escritório. Se eles soubessem o quão importante era o que o Diabo precisava fazer... muito provavelmente, eles se contorceriam de inveja.

Por outro lado, os Styles perceberam a grande mudança no mais novo de todos, parabenizando-o pela recuperação e, claro, comentando sobre o plano que não iriam mais realizar devido à melhora no aspecto do adolescente.

Amarrá-lo em sua própria cama e chamar padre William para um exorcismo.

Harry não tinha certeza de qual deveria ter sido sua reação… rir ou chorar? Então apenas sorriu falsamente, agradecendo-lhes por não o terem feito viver aquela situação.

O dia vinte e nove de outubro havia chegado e, com esta data, as vibrações do Halloween, mesmo que as pessoas da cidade não se fantasiassem. Havia algo diferente, todos sabiam, mas ninguém emanava uma palavra. No Instituto Noorgard, cada aluno tinha que realizar a atividade que surgia todos os anos, por volta dessa data: consistia em distribuir folhetos "Anti-seita", que forneciam péssimas informações sobre o Halloween, colocando na cabeça de outras pessoas o quão "extremamente satânico" era aquela festa, e todo o mal que poderia acontecer na vida de alguém por celebrá-la.

Infelizmente, Fionn e Harry tiveram que fazer isso, então no dia seguinte os dois estavam na esquina do parque central da cidade, distribuindo panfletos. Não havia muita gente, mas os poucos que passavam concordavam em levar um folheto, e até receber "informações" — muito chatas, lentas e mal-humoradas — sobre o assunto.

— Isso é in-jus-to! — Fionn exclamou, separando sílabas na última palavra para tornar sua frustração mais perceptível.

— Fi… — desejou que fosse uma bronca, mas a surpresa o deixou um pouco confuso. Não era o único a dizer aos outros o que estava claramente errado.

Estava fazendo o que era considerado "a pior coisa deste mundo".

— Tudo bem… me desculpe…? — hesitou em se desculpar, jogando outro panfleto no ar, que foi levado pelo vento. — Ele voou! — mentiu, fazendo Harry olhar para baixo, tentando não rir. — É que... o Halloween é ótimo, cara. É tão legal! Não importa a sua idade, você pode se fantasiar, assustar... e assustar é muito divertido.

O cacheado franziu um pouco o nariz.

— Não me divirto quando me assustam. — murmurou, entregando um folheto a um homem que passava por ele, sendo ignorado.

— Esse é o espírito, senhor! — Fionn o parabenizou enquanto pegava um dos panfletos de Harry, segurando-os para a maioria. — É porque você sempre foi o único a ter medo, Hazzie. Você já assustou alguém?

Ele balançou a cabeça lentamente em resposta, lembrando-se especificamente de quando havia assustado — ou melhor, Louis — seus primos, virando os crucifixos e fazendo-os gritar até mesmo durante o sono.

— Estou tão traumatizado. — murmurou enquanto os dois caminhavam para o banco do parque mais próximo, sentando-se. — Assustar é ruim, Fi.

— É ruim quando é mal feito. — explicou seu melhor amigo.

Ambos esticaram as pernas, suspirando de exaustão. Estavam em pé há horas, tentando se mover no mesmo lugar, sem sentar para ninguém repreendê-los, mas sabiam que era hora de uma pausa. De repente, Fionn endireitou-se, dando um sorriso excitante para Harry, que apreciou isso, como sempre fazia.

— No Halloween, tudo é baseado em diversão inocente. Você não apenas se veste, você pode ganhar muitos doces...

— Doces? — Harry perguntou rapidamente.

Em sua casa, não tinha permissão para comer tantos doces. Sua mãe dizia que podia ter pesadelos a noite inteira, Gemma concordava, e seu pai tentava explicar de forma muito sutil — nunca era — como isso poderia acabar com sua vida.

"Você vai acabar engordando, e você já não é muito alto. Ainda tem tempo para você crescer um pouco mais, mas é melhor tomar cuidado."

"Eu confio que você se tornará um grande homem."

O garoto ficou simplesmente traumatizado. Tudo o que se lembrava era idiotice… mas doía.

Fionn assentiu rapidamente.

— Muitos. — respondeu. Percebeu que seu melhor amigo estava imerso em seus próprios pensamentos, pelos quais suspirou, exausto. — Vamos lá, Harry. Você realmente acredita no que esses folhetos dizem? — pegou um, colocando-o na frente do rosto para ler. — "A palavra Halloween vem da língua amaldiçoada, a língua morta, que significa Siga o Verdadeiro Rei. A forma de invocar o sem nome é baseada em criar fantasias, vesti-las, atrair más vibrações e louvar o satanismo. Você segue a Deus!" — terminou sua leitura, levantando seu olhar para Harry. — Não pode ser real.

O cacheado sabia que Fionn estava certo, olhando para um dos folhetos nas mãos do outro.

— Bem eu não sei. A parte em que eles avisam para cuidar dos gatinhos pretos por sequestro da seita me parece bastante possível.

— Claro que é, mas por que eles colocam em letras tão pequenas? Exatamente porque em todo o catolicismo, eles até sacrificaram humanos para dar oferendas ou punições.

Harry levou a mão ao queixo, a testa franzida, os olhos distantes, claramente pensativo.

— Não é normal eu sentir mais empatia por um gatinho do que por um humano não é?

— Eu sei que você se sente mal. — Fionn envolveu seu braço direito ao redor dos ombros do menor. — Mas também sinto mais empatia por um gatinho. Quero dizer, por que não? — trouxe o olhar para frente, suspirando pelo nariz enquanto formava uma espécie de linha com os lábios. — Esta cidade está cheia de pessoas que acreditam em algo que não é realmente certo, e cometem erros repetidamente... e novamente.

Harry olhou para o rosto do outro, admirando o belo perfil do jovem, não querendo dizer uma palavra da óbvia irritação que Fionn carregava em si.

— Fi... você não acredita em Deus?

— Sim, eu acredito. — respondeu rapidamente, olhando para Harry, parecendo menos frustrado do que antes. — Só não acredito que Deus vai me matar por fazer algo que gosto, sem prejudicar ninguém.

— Entendo…

— Não é como se eu estivesse invocando o Diabo ou algo assim. — novamente, parecia irritado, arregalando os olhos e balançando as mãos no ar. — E se fosse, e daí?

Harry riu, claramente nervoso.

— Fionn, n-não diga essas coisas, por que você faria isso? Seu bobo — não hesitou um segundo antes de se levantar, sacudindo as próprias roupas antes de olhar novamente para o amigo, que o olhava com perceptível confusão.

— Por que tão nervoso? O Diabo ainda te assusta?

<< Não me assusta, me atraí >>

Harry sorriu timidamente, mais corado do que admitiria.

— Não é que me assuste, mas, na aula, falam coisas demais que me dão arrepios.

— Hm. Eu entendo. — Fionn assentiu lentamente, levantando-se e colocando os folhetos no banco em que estava, que começou a soprar na forte e fria brisa do outono. — Antes, quando eu via um corvo, eu me mijava e meu pai dava risada.

O cacheado arregalou os olhos ao perceber todos os folhetos voando pelo ar, sentindo-se exausto apenas de olhar todos eles caindo.

— Fionn!

O garoto apenas riu, colocando o braço em volta dos ombros de Harry enquanto começava a andar rapidamente.

— Que tal nos vestirmos e irmos brincar de doces ou travessuras?

— Não não não. Eles vão me matar se eu fizer isso.

— São apenas doces, Harry. Doces...

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Para Fionn, foi fácil convencê-lo, mas como Harry convenceria Louis a deixá-lo ir?

"Deus! Estou tão feliz. Vou falar com um amigo próximo para nos levar aonde pretendo ir. Teremos doces e farei as melhores fantasias para nós. Seremos fantasmas! Que maravilha de emoção, sério. Meu pai acredita em tudo que estou dizendo a ele, então vou dizer a ele para dizer a seus pais o que devemos fazer. Apenas relaxe, hm? Tudo vai ficar bem! Além disso... um dia você deveria cometer pelo menos uma coisa má na vida, certo? Você não acha?"

Ao chegar em casa, foi uma surpresa como todos — inclusive seu pai — o receberam com saudações carinhosas na sala de estar, convidando-o a tomar alguma bebida e um lanche. Olhou para o relógio pendurado na parede; Eram apenas seis da tarde e Louis só voltaria à meia-noite, então aproveitou aquele pequeno momento em família.

Mesmo que estivesse fingindo.

Gemma não estava em casa, então se sentou no único sofá da sala, ignorando seu pai quando percebeu com o canto do olho que ele estava olhando para si.

— Harry, querido. — sua mãe o chamou. Ela provavelmente notou o silêncio constrangedor. — Como tem sido suas aulas? Tem se sentido bem? — perguntou, e sorriu docemente para o garoto. — Você parece bem.

O cacheado sentiu as bochechas queimarem, baixou o olhar e deu um pequeno e tímido sorriso para ela.

— Obrigado, mamãe. Você também está linda.

Após esse comentário, Des bufou, pegando sua xícara de café, para se levantar do sofá e ir para seu quarto. Mãe e filho permaneceram em silêncio até que a batida de uma porta se tornou audível. Imediatamente, Anne virou-se para o jovem.

— Hazzie, não faça esse tipo de comentário na frente do seu pai. — não estava realmente repreendendo ele. Na verdade, parecia... triste. — Ele não gosta deles.

— Do que exatamente ele não gosta? — menino franziu a testa, confuso.

O homem não gostou que o garoto lisonjeasse sua própria mãe?

— Seu pai é um pouco... ciumento.

<< … hm? >>

— Uh, certo… — ergueu as duas sobrancelhas, lentamente se levantando. Estava mordendo a língua para não explodir —...vou para o meu quarto. Onde está Gema?

De repente, Anne mudou de expressão, sorrindo de emoção.

— Ela saiu com um cara que está gostando. Talvez, em breve, você tenha um cunhado!

<< Talvez, em breve, eu sequer consiga dizer a minha irmã mais velha como ela é linda >>

— Isso é genial. Estou feliz por ela. — se aproximou de sua mãe e deu um beijo em sua testa. — Você é linda.

Anne olhou escada acima antes de pegar o filho pelas bochechas, beliscando suavemente.

— E você é tão adorável, meu amor. Vá para o seu quarto, eu pego tudo isso.

— Eu te ajudo.

— Não, não. — Anne se levantou, suspirando. — Não quero problemas. Além disso, são apenas alguns pratos. Nada que mamãe não possa fazer, hm? — sorriu para o filho

Harry tentou retribuir aquele sorriso, mas não conseguiu. Deu um aceno com a cabeça, girando nos calcanhares e indo em direção ao seu quarto.

Enquanto descia os degraus, parou no meio do caminho, olhando para o teto quando a luz começou a piscar, voltando ao normal em questão de segundos. Franziu a testa, confuso, mas não deu muita importância. Nem tudo tinha que ser paranormal.

Permitiu-se um banho demorado e morno, higienizando cada parte do corpo e massageando o couro cabeludo para lavar os cabelos cacheados. Suspirou de alívio, pois sua mente estava em branco pela primeira vez em…

...bem, desde que nasceu.

Embora sentisse saudades de Louis com todo o seu ser, admitia que era muito melhor assim, poder respirar fundo, não sentir desconforto e sentir o calor do sol em sua pele. Quando sua alma estava se esvaindo, mesmo que não se lembrasse bem de seus atos, jurava ter visto o sol, fixo, sem precisar semicerrar ou tapar os olhos. Era como se estivesse com óculos escuros e nem se surpreendeu.

Foi por causa desses pequenos detalhes que ficou satisfeito com as horas que Louis havia designado para passar o tempo com o humano. Honestamente, mal podia esperar que fosse meia-noite, para poder estar em seus braços, ser beijado e ter longas conversas sobre como foi o dia de cada um.

As coisas mudaram, lentamente, mas mudaram.

Ainda assim, estava animado para falar sobre seu dia chato com alguém que não iria julgá-lo. Sempre contava a ele sobre seu dia na aula, sobre a distribuição de folhetos e...

— Halloween! — não pôde deixar de exclamar em voz alta, ao mesmo tempo em que fechava a torneira.

Claro! Ele precisa pedir a permis-

...um momento.

Ele precisa?

Saiu da banheira, sentindo um calafrio quando seus pés molhados tocaram o frio chão da cerâmica. Rapidamente pegou uma toalha e começou a se secar, mantendo sua carranca.

Não parecia certo para ele que sua mãe tivesse que pedir permissão ao seu pai para respirar, mas que limites havia em pedir permissão ao seu parceiro? Louis sequer era seu parceiro! Eles estavam apenas agindo como um... muito fofo, a propósito.

Balançou a cabeça lentamente, irritado consigo mesmo enquanto vestia uma cueca. Ele tem dezoito anos! Seria possível ter esta inocência? Ou melhor, ignorar coisas que, hoje, todo mundo sabe?

Seus pensamentos foram interrompidos quando, desta vez, a lâmpada do banheiro começou a falhar, acendendo e apagando por apenas alguns segundos. Permaneceu imóvel, segurando a toalha azul com as duas mãos antes de suspirar.

— Problemas técnicos. — brincou consigo mesmo, rindo falsamente e tentando apaziguar o medo que tentava conter com todas as suas forças.

Saiu correndo do banheiro, apagando a luz e fechando a porta atrás de si. Andou pelo seu quarto, sem nem olhar para o relógio, indo em direção ao seu guarda-roupa. Se algo fosse matá-lo, não iria querer que sua família o encontrasse de cueca.

Por que estava preocupado com isso? Nem mesmo ele sabia.

Depois de secar os cachos, jogou a toalha no cesto de roupa suja, sem sair do lugar, e começou a abrir as gavetas, até encontrar meias curtas e uma camisa branca de manga comprida.

De repente, aquele desconforto reconhecível instalou-se em seu estômago, ao mesmo tempo em que sentiu um frio na espinha. Não sentiu medo quando braços envolveram sua cintura e uma boca se agarrou à pele de seu pescoço.

— Fique assim. — o Diabo murmurou. Ficaram assim por alguns segundos, até que Harry permitiu ser virado em seus braços, um de frente para o outro. Louis sorriu malicioso, inclinando-se para que pudesse roçar seus lábios finos contra os do outro. — Meu menino favorito.

— Lou. — o humano piscou lentamente, boquiaberto com a perfeição diante de seu rosto. Fechou os olhos, respirando fundo pelo nariz. — Senti sua falta. — sussurrou, sentindo as maçãs do rosto queimarem.

O Diabo, que mantinha aquele sorriso galanteador nos lábios, aproximou-se ainda mais, beijando devagar, mas avidamente o cacheado, que retribuiu instantaneamente. Ele ficou na ponta dos pés, colocando os braços em volta do pescoço do arcanjo, envolvendo-o para melhor se sustentar.

— E eu a sua.

<< ... o quê? >>

Como? Quando?

Essa resposta inesperada fez com que Harry, que imediatamente parou de responder ao beijo, olhasse para o lado oposto, impressionado, de fato.

— … o que você disse?

Louis o observou por alguns segundos, estreitando os olhos, depois erguendo as duas sobrancelhas.

— Eu também senti sua falta. — murmurou, apenas um pouco mais teimosamente.

Harry sentiu como se suas bochechas estivessem prestes a explodir de quão corado ele estava.

— De verdade? De mim? Eu vou... uau...

O arcanjo revirou os olhos antes de se aproximar do humano.

— Você não acha que sou capaz de sentir isso?

— Eu não disse isso. — o cacheado respondeu rapidamente. — Você só... você não costuma me responder.

Um suspiro profundo foi a resposta do arcanjo, que recuou um pouco, examinando o quarto com o olhar, mesmo que ninguém mais estivesse lá.

— Você não… — uas mãos estavam posicionadas atrás de suas próprias costas, entrelaçando seus dedos incrustados de anéis, e seu queixo para cima. — Algumas luas atrás, a sangrenta, para ser exato, dancei com meu garoto favorito e descobri que tenho um coração.

Harry sorriu docemente, ainda observando-o.

— E tive o privilégio de ouvi-lo bater.

O Diabo, que de repente parecia perplexo com o próprio comentário, exalou um profundo suspiro pelo nariz, erguendo um dos cantos dos lábios e aproximando-se do humano.

— Venha aqui. — murmurou suavemente antes de pegar seu garoto favorito pelo rosto e beijá-lo profundamente.

Harry nem teve tempo de responder, apenas rindo no meio daquela demonstração de carinho, deixando-se mimar pelo arcanjo.

Ambos ficaram assim por alguns longos minutos, antes dos braços de Louis envolverem a parte interna das coxas de Harry, levantando-o em seu colo. Seus lábios não se separaram por um segundo, enquanto o Diabo caminhava até a cama do humano, deitando-o gentilmente no colchão e puxando as cobertas para baixo. Louis se afastou, começando a se despir enquanto o cacheado o observava. Mesmo já tendo ocorrido, ainda se sentiu tímido ao perceber que aquele ser sobrenatural não tinha absolutamente nada debaixo das calças.

Ele voltou para a cama, deitou-se ao lado de seu menino favorito, para envolvê-lo em seus braços com muito carinho, dando-lhe beijos suaves na pele de seu pescoço.

— Porra, garoto ... eu estava implorando para sentir sua pele. — lambeu o pescoço do garoto, fazendo Harry suspirar, sentindo sua respiração travar quando inclinou a cabeça ainda mais para o lado. Louis segurou seu queixo com uma das mãos para mantê-lo quieto e começou a beijar seu pescoço, escovando os dentes, passando a língua e chupando pedaços de pele.

Harry se agarrou a Louis, entregando-se totalmente ao outro. O Diabo poderia fazer o que quisesse com ele, e jamais recusaria, porque ele também queria o que quer que o Diabo o oferecesse.

— Lou… espera. Tenho que lhe dizer duas coisas — foi interrompido pelos beijos vindos do Diabo. — Só duas coisinhas e pronto. — pediu.

Louis rosnou antes de se afastar um pouco e subir no corpo de seu menino favorito.

— Espero que seja importante. — murmurou enquanto levava as mãos até a camiseta do cacheado, levantando-a lentamente e espalhando beijos sobre seu abdômen.

— S-sim. Veja, Fionn quer que eu vá com ele para uma festa de Halloween, mas eu não quero, uh...

— Você não quer ir?

— Não, eu quero. — se apressou em dizer. — Mas não quero desrespeitar você. Eu posso ir? Porque se eu não poder, não tem problema.

Louis parou os beijos no abdômen do outro, levantando a cabeça para encontrar os olhos de Harry.

— Por que você me desrespeitaria? — seu tom de voz estava confuso e sua expressão permaneceu neutra. — Vá, te vejo lá. — começou a lamber os mamilos do garoto devagar. A boca do cacheado se abriu um pouco, sem evitar mover-se em seu lugar. — Algo mais?

<< De fato, sim >>

Harry levou as mãos aos ombros do outro, massageando suavemente para chamar a atenção do arcanjo. Este que o fez imediatamente.

— Acho que isso é mais importante do que o anterior. — disse ele. Louis relutantemente parou de chupar os mamilos do cacheado, acomodando-se até que seu rosto ficasse próximo ao do outro. — Meu pai… falou comigo.

— Quando?

— Hoje.

O Diabo não pareceu nem um pouco surpreso, como se já soubesse que Des Styles tentaria se aproximar — novamente — ao que começou a suspeitar de seu filho.

— Você quer que eu o mate? — foi tudo o que conseguiu pensar em dizer. Harry balançou a cabeça rapidamente, um tanto assustado e subitamente tenso. — Bem. Você tem total liberdade para falar com ele, mas caso ele tente algo, você apenas me nomeia, e então... eu cuido disso.

— A última vez que nomeei você… — Harry lambeu os lábios, olhando para baixo. — ...foi um caos.

— Karma. — Louis corrigiu, aproximando seu rosto do de seu precioso humano. — Nada do que aconteceu é sua culpa, não se esqueça disso.

Harry assentiu, inseguro de seus próprios pensamentos, mas permanecendo em branco quando os lábios do outro beijaram os dele. Seus braços envolveram o pescoço do arcanjo, que levou as mãos cheias de anéis de ouro em direção à cueca de seu menino favorito, abaixando-a lentamente. Acariciou suas coxas pálidas, seu traseiro, pressionando o mesmo enquanto mergulhava sua língua na boca de Harry, pegando-o de surpresa, roubando-lhe o gemido mais suave e precioso.

Esfregou as duas ereções, para que nenhum deles demorasse a começar a suar, com suas respirações pesadas e invadidas pelas sensações agradáveis que lentamente fluíam por seus corpos. Os olhos de Louis procuraram pelo outro, e Harry instantaneamente entendeu que ele estava tentando tirar a dor que se aproximava, então não desviou o olhar, perdendo-se no mar de olhos azuis do Diabo, e também na cor bordô.

Não demorou muito para que eles se despissem, se acomodando e fazendo amor da maneira mais delicada possível. Foi lento, com todos os toques, beijos roubados e sussurros entre eles.

Depois que Harry chegou ao próprio orgasmo, graças às carícias gentis de Louis em seu membro, trocaram um beijo profundo, que durou vários minutos. Não havia nada para falar e, Louis, ele...

… ele só queria apreciar o rosto do humano.

Gentilmente acariciou sua bochecha, esfregando a ponta do polegar sobre a pequena mancha de nascença em seu rosto, que deixava sei menino favorito ainda mais bonito. Mais uma vez, sem resistir, ele o pegou nos braços, segurando-o tão perto que o calor era opressivo, beijando-o até que, inevitavelmente, Harry começou a gemer mais uma vez.

Tudo estava indo tão bem... tanto que era assustador.

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Fionn assumiu a responsabilidade de deixar seu próprio pai saber o que ele faria.

"Vamos com um amigo e Harry protestar contra esta coisa diabólica. Vamos parar os pecadores que planejam cultos. Como faremos isso? Com a palavra de Deus."

Harry achou estúpido.

Fionn? Também.

O pai de Fionn? Ele acreditou... completamente. Acreditou tanto que decidiu contar à mãe de Harry.

Anne acreditou nele? Claro que sim, e ainda, orgulhosa do mais novo dos Styles, o parabenizou e, com muito prazer, o deixou comparecer.

Fionn propôs combinar as fantasias com Harry, cuidando delas com pura emoção. Iriam a uma festa que lhes fora recomendada por um conhecido do jovem — que, aliás, era Liam Payne — fora da cidade, numa cabana com uma lenda assustadora

Segundo os amigos, ele iria se divertir, e muito. Fionn ganhava doces com a embalagem encaracolada, dançava com a filha rebelde de padre William e planejava assustar todos que encontrasse.

Enquanto Liam se encarregou de comprar alguns refrigerantes, acompanhados de comidas nem um pouco saudáveis para a viagem de quase meia hora, dentro da loja do posto de gasolina, Fionn e Harry permaneceram no banheiro, fora daquele local.

Os dois estavam parados em frente ao longo espelho que havia sobre as pias, olhando seus ridículos reflexos sob lençóis brancos, manchados de tinta vermelha, e pequenos círculos recortados na região facial, para que pudessem ver alguma coisa.

Eles não conseguiam ver nada.

Um suspiro escapou do mais alto dos dois.

— Parecemos tão assustadores, Harry. — disse ele, parecendo esperançoso.

Eles literalmente estavam iguais.

Harry permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer, mas seu melhor amigo esperava algo em troca. Então inclinou a cabeça um pouco, continuando a observar seu reflexo antes de assentir lentamente.

— É, acho que sim.

— Não acredita? Não acha que parecemos muito assustadores?

— Uh… — não queria desapontar Fionn, o garoto havia se dado ao trabalho de planejar aquela fuga, e os disfarces.. .— Sim, você tem razão. — se sentiu mal por ter mentido.

— Brilhante! Siga-me. — disse ele, procurando a mão do cacheado, pegando-a e conduzindo-os até a saída do banheiro. Assim que abriu a porta, os dois esbarraram em um casal adulto, que deu um pulo. — BOOOOO!

O adulto com o penteado estranho ergueu as duas sobrancelhas, parecendo aborrecido.

— O que vocês são? Pirralhos com lençóis?

— Cale a boca, velho. Somos fantasmas. — respondeu Fionn, indignado.

O homem parecia querer responder ao tom rude do jovem, mas Harry puxou a mão do amigo, acelerando o passo até chegar ao veículo de Liam, que se aproximava deles, segurando três latas pequenas de energético e um pacote médio de salgadinhos. Estava vestido casualmente, apenas maquiou o rosto como um esqueleto e seu cabelo penteado para trás.

— Olha, Liam! — Fionn exclamou, levantando os braços.

O nomeado ergueu as duas sobrancelhas, sem saber o que dizer, mas o estresse de quem havia planejado tudo isso era perceptível, mesmo sob o lençol. Payne não abaixou os braços e parecia ter parado de respirar, parecendo uma estátua.

Muito rapidamente, Liam levou a mão ao próprio peito de uma forma extremamente exagerada.

— Oh! Sinto muito. Vocês me assustaram muito, e eu tive uma espécie de... paralisia.

Fionn baixou os braços, soltando uma risada sem humor.

— Sim, claro — disse e, de cabeça baixa, entrou no banco do carona do veículo.

Harry subiu no banco de trás, removendo o lençol que cobria seu corpo, encontrando Louis sentado ao seu lado, incapaz de evitar um leve susto.

— O que está acontecendo? — perguntou Fionn, que o observava pelo espelho retrovisor.

— Fiquei com medo de te ver no espelho. — mentiu o cacheado.

Seu melhor amigo riu alto, comentando a situação assim que Liam entrou no banco do passageiro. Enquanto eles puxavam conversa, Harry se aproximou um pouco mais do Diabo, que permaneceu olhando para frente, um canto de sua boca subindo lentamente.

— Certo, você está pronto? — Liam ligou o veículo enquanto Fionn comemorava, mudando de posição no assento. — Hoje teremos um dia incrível.

— SIM! — exclamou o jovem vestido de fantasma, ao lado de Payne.

— Certo, Harry? — o mais velho dos três olhou para o cacheado pelo espelho retrovisor, que sorriu sem jeito em resposta.

— Sim?

— SIM!

Percebeu o olhar de Louis fixo em si, mas não se virou, apenas estendeu a mão para o arcanjo, que a pegou delicadamente.

Isso seria uma experiência inesquecível.

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Minha meta de vida é ter uma amizade como a de Harry e Fionn. Porra, que bonitinho eles vestidos de fantasmas e os Fionn todo animado :,)

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História original: BooDarkness

Tradução: Hey_Jeez5

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