𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆 𝗻𝗶𝗻𝗲.
G.M, 01/06/2022
Los Angeles, CA
Maggie chegou em casa hoje e me encontrou fazendo as malas.
Ela se joga na cama, no meio de algumas roupas.
─ Outra viagem relâmpago, G? ─ ela balança a cabeça. ─ Na última vez nós ficamos tão bêbadas que quase perdemos o avião e ficamos presas em Paris por mais uma semana. Foi divertido pra caralho.
Dou risada, me lembrando da ocasião. Foi no verão do ano passado. Realmente, bebemos mais de duas garrafas de vinho sozinhas, e quase não chegamos a tempo no aeroporto para voltarmos pra casa.
─ Não é isso. Não vou viajar. ─ respondo, tirando as roupas do closet e colocando na mala grande em cima da cama. ─ Eu vou me mudar.
Ela pula na cama, ficando sentada.
─ Legal, onde estamos indo agora? ─ dou risada, balançando a cabeça.
─ Eu vou me mudar, Mag. ─ ela franze a testa.
─ O que? E eu? Eu não posso voltar pra casa da minha mãe, Gina. Muito menos para aquele quartinho minúsculo no alojamento.
Paro um pouco com as roupas e vou até a cama, me sentando ao lado dela.
─ Você não vai voltar pra casa da sua mãe. E nem para o alojamento. ─ seguro a mão dela. ─ Você vai ficar aqui.
─ Não tô te entendendo, G. Esse apê é seu, e você tá se mudando... Como eu fico aqui?
─ Só é meu até você assinar a transferência. O papel tá em cima da mesa. ─ cética, ela corre para fora do quarto e volta dez segundos depois, com o papel na mão.
─ Regina Mikhailova, o que você tá aprontando?
Me levanto, segurando embaixo da barriga automaticamente.
─ Depois que você assinar, o apartamento é todinho seu. ─ sorrio pra ela. ─ Você sabe que a conta é pelo gerador do prédio, cem dólares por mês, e mais cem da taxa do condomínio. E eu sei que você anda lucrando com as suas apresentações.
Ela balança a cabeça.
─ Gina, eu não posso simplesmente ficar com o seu apartamento.
─ Me diz um motivo válido pelo qual você não deva. ─ ela hesita. ─ Exatamente, não tem. Esse apartamento foi pago á vista, sem juros ou taxa extra, e totalmente no meu nome. E eu estou passando para o seu. Qual é o problema nisso?
─ Onde você tá indo morar? ─ ela pergunta, ao invés de me responder.
─ O Vinnie comprou a cobertura do Palace.
─ Tá de sacanagem? ─ balanço a cabeça. ─ Palace não é aquele prédio de gente rica no centro?
─ O próprio.
─ E o Vinnie comprou? ─ afirmo. ─ E você tá indo morar com ele?
─ Sim para todas as perguntas. ─ sorrio.
Ela não parece surpresa.
─ As coisas estão ficando sérias, então?
─ Mais sérias do que ter gêmeas? ─ ironizo, e ela revira os olhos. Solto um suspiro. ─ Eu não sei, Mag. Meio que sim e não.
─ Como assim?
─ Eu quase disse que o amo, no sábado.
Admitir isso em voz alta é... estranho.
─ Então tá sério pra caralho! ─ ela diz. ─ Por que você não disse?
─ Porque eu não sei se é um sentimento genuíno ou só a afeição e a carência da gravidez. ─ admito. ─ Quero dizer, ele é incrível, engraçado, gostoso pra caralho e super apaixonável, mas eu tenho medo de que isso seja induzido pelos hormônios extras no meu corpo e assim que essas duas saírem de mim... o sentimento vai sair junto, por isso prefiro não dizer agora. É loucura, eu sei, mas... Sei lá.
─ Não posso dizer que te entendo porque eu não entendo. ─ rio baixo. ─ Mas isso é muito responsável da sua parte, gatinha. Ter certeza de que sente mesmo algo, ao invés de se declarar as cegas e iludir o cara... Nem todas fariam isso.
Mordo os cantos da boca para não sorrir.
─ Mas, se vale alguma coisa, eu sei que ele gosta de você. ─ olho para ela mais atentamente agora. ─ Eu não deveria fazer fofoca, mas você é quase minha irmã e esconder as coisas de você parece um pecado.
─ Do que você tá falando?
─ No chá de bebê, o Aaron brincou sobre o Vinnie ter sido acertado pela flechinha do amor, e ele não negou. ─ arregalo um pouco os olhos.
─ Isso não prova nada. ─ falo, sentindo o coração bater mais rápido.
─ Gina, o Aaron literalmente disse "você não vai escapar disso tão cedo", e ele respondeu "espero que não". Isso é prova suficiente? ─ olho para o chão. ─ E algo me diz que ele não compraria a cobertura de um dos prédios mais fodas de Los Angeles por qualquer uma, mãe das filhas dele ou não.
─ Ele já iria comprar, de qualquer maneira.
─ Iria mesmo? ─ ela questiona. ─ Você não é cega, Gina. Ele tem beijado o chão que você pisa já faz um tempo. E, por mais que meu ego grite com isso, preciso admitir que ele é bom pra você.
Maggie desaparece dentro do closet, e volta com uma pilha de roupas.
─ Eu vou aceitar o apartamento, mas só porque você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. ─ mordo o lábio, sentindo o choro vir.
Maggie não costuma assumir seus sentimentos em voz alta, mas toda vez que faz, eu choro. E agora, com essa droga de hormônios...
─ Minha mãe é uma socialite viciada em jogo que mal se lembra do meu nome de nascença, e o meu pai está mais preocupado com sua nova família no Colorado que se esquece que já tinha uma filha antes disso. Mas sabe quem se importa comigo? Você. Quem me apoiou na decisão de largar a faculdade e investir na carreira de música? Você. Quem abriu as portas quando eu não aguentava mais cada sermão da minha mãe sobre desperdiçar seu precioso dinheiro com aulas que não vou assistir? Você. Você meio que me salvou, sabe? E sou eu quem te deve, não ao contrário.
Balançando a cabeça, me aproximo dela.
─ Você não me deve nada, Maggie. ─ seguro o rosto dela. ─ Nós salvamos uma a outra. Minhas filhas vão saber que a madrinha delas é a mulher mais foda que já pisou em Los Angeles. Nós três vamos usar camisetas com a sua cara no seu primeiro show.
Maggie me abraça apertado, chorando junto comigo sem nenhum motivo aparente.
Nós duas gritamos quando alguém força uma tosse em algum lugar no quarto. Nos viramos ao mesmo tempo, apenas para ver Vinnie apoiado no batente da porta.
─ Isso foi lindo. ─ ele diz, sorrindo.
─ Quanto você ouviu? ─ ela pergunta.
─ Você declarando seu amor pela mãe das minhas filhas. ─ ele brinca. ─ Preciso me preocupar com vocês duas fugindo para algum lugar com elas como um lindo casal lésbico?
Maggie bufa.
─ É em momentos como esse que eu me lembro o porquê não gosto de você. ─ ela diz, depois me olha. ─ Vou assinar o papel.
Vejo Maggie pegar a folha em cima da cama e sair do quarto. Vinnie se aproxima.
─ Que papel?
─ Vou transferir o apartamento para o nome dela. ─ eu falo.
─ Mesmo? ─ assinto, e ele sorri. ─ Regina Mikhailova, você é inexplicavelmente boa demais pra ser verdade. ─ ele encosta a bochecha na minha testa.
Solto um suspiro de susto quando sinto algo... estranho, no mínimo.
─ O que foi isso? ─ ele pergunta, se afastando um passo.
─ Eu acho que foi um chute. ─ respondo, surpresa.
Maravilhado, Vinnie cai de joelhos na minha frente, segurando meus quadris para se equilibrar.
─ Podem chutar, bebês. Dessa vez eu aceito. ─ ele encosta o rosto na minha barriga, e surpreendentemente... há um chute. ─ Eu nunca fiquei tão feliz por um chute na cara antes.
Solto uma gargalhada, e ele se levanta.
─ Vou te ajudar a fazer as malas, e depois nós vamos para a nossa casa.
Casa.
Não sei o que me motiva a fazer, mas eu o seguro pelos ombros e digo:
─ Qualquer lugar com vocês três é minha casa.
Foi como tirar um peso das costas.
────────────────────
alguem milionárie querendo um cachorro? eu sei latir ó au au au
n gosto de fazer personagem rica pq lembro q eu sou pobre n tenho dinheiro pra nada
AMANHA VCS VAO DESCOBRIR OS NOMES DAS GÊMEAS TCHAU
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro