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𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆 𝗳𝗶𝘃𝗲.

G.M, 13/05/2022
Los Angeles, CA

Jean, a minha professora de ballet, me deixou visitar o estúdio hoje depois do horário de funcionamento. Agora são oito da noite, e não há ninguém aqui além de mim.

É totalmente inevitável que a tristeza me consuma aos poucos. Eu estive nesse lugar tantas vezes nos últimos anos que pisar aqui depois de dois meses longe... É doloroso, para dizer o mínimo.

Eu trouxe a minha bolsa, intocada até essa tatde, e me troquei na pequena sala ao lado. O collant está, obviamente, mais apertado, e a meia calça mais justa. Até a sapatilha foi difícil de encaixar.

Mas não me importo. Essa é a minha despedida.

Só Deus sabe quando voltarei para o ballet oficialmente. Eu preciso de um último dia.

Mas, depois que voltei para o meio das barras e os espelhos, só o que eu fiz foi sentar no chão e chorar.

Maggie sabia que eu viria aqui essa noite, eu avisei assim que estava saindo. Então ouvir o sino na porta não foi exatamente uma surpresa. Assim como ver que quem entrou não foi Maggie também não foi uma surpresa.

─ Oi, Gigi. ─ Vinnie se ajoelha ao meu lado.

Estamos muito mais próximos agora, e estou muito feliz por isso. Quando nos vimos pela primeira vez, naquela festa, ele não passou qualquer outra imagem além de um atleta mulherengo que tá pouco se fodendo pra tudo.

Ele é muito diferente disso. E ele não desgrudou de mim nem por um momento desde aquela festa há um mês – éramos próximos antes disso, mas depois... algo mudou.

─ Oi. ─ sussurro, percebendo como minha voz sai fraca. ─ O que você tá fazendo aqui?

─ A Maggie me ligou. ─ franzi a testa. ─ Pois é, também fiquei confuso na hora. Ela me disse que foi chamada para o estúdio de gravação de última hora mas que estava preocupada com você demorando para voltar, e me pediu para vir ver se tá tudo certo.

Quase sorrio, mas vejo meu reflexo na parede de espelhos e fico triste mais uma vez.

─ No que você tá pensando? ─ ele pergunta, deixando de se ajoelhar e se sentando ao meu lado.

─ No Central City Theatre lotado, a bancada de olheiros... e eu na plateia, não no palco. ─ fungo, mantendo as lágrimas dentro de mim. ─ Eu já tinha metade da coreografia, sabia?

Ele pega a minha mão e se levanta, me levando com ele.

─ Dança pra mim. ─ ele pede, sorrindo.

Balanço a cabeça.

─ Eu não danço desde março. Mal consegui entrar nessas roupas e...

─ Gigi. ─ ele me interrompe. ─ Você não se esquece em dois meses o que passou mais de uma década aprendendo. E as roupas são o de menos.

Olho nos olhos dele, aquela imensidão castanha que, ultimamente, tem me confortado sempre que eu preciso.

─ Ok.

Ele se afasta para o canto da parede, enquanto eu conecto meu celular no aparelho de som. Procuro pela música e dou play antes de correr para a marca no centro do chão.

Suavemente, o instrumental de Video Games, da Lana del Rey, começa a tocar, e eu fecho os olhos, refazendo os passos que cuidadosamente juntei e reajuntei para formar a coreografia perfeita.

Em certo ponto, fechei os olhos e deixei a melodia me guiar. Dançar era natural pra mim.

Eu só tinha alguns segundos de coreografia feitos, quase um minuto, mas não parei quando eles acabaram. Dancei até o fim da música, com os olhos fechados e um sorriso no rosto.

Quando a melodia parou totalmente, estiquei o corpo e abri os olhos.

Vinnie estava exatamente no mesmo lugar, mas agora os braços estavam caídos ao lado do corpo, a mão segurando o celular, e os olhos fixados em mim.

─ Isso foi... ─ ele sussurra, se aproximando de mim. ─ Foi lindo, Gina. Eu não entendo porra nenhuma de ballet, mas isso me fez querer ver todo ballet de repertório do mundo. ─ ele para na minha frente, colocando uma mecha do meu cabelo para trás. ─ Você nasceu pra isso.

Sorrio, orgulhosa, enquanto vejo seus olhos brilhantes.

─ Obrigada por vir. ─ falo, passando os braços pelo pescoço dele e o abraçando. Ele colocou as mãos nas minhas costas e me apertou um pouco, para não forçar minha barriga contra ele. ─ Você vai pra casa comigo?

─ É claro que vou. Hoje é dia de Poltergeist, certo? ─ sorrio, mesmo que ele não possa ver. Fizemos uma lista na semana passada, com todos os filmes de terror clássico que ele precisa assistir, e ele tem cumprido ela com louvor.

Ele me espera do lado de fora enquanto eu volto para as minhas roupas normais – pasmem: um conjunto de moletom da Nike –, e pega a minha bolsa assim que deixo o lugar, passando o cadeado pela porta.

─ Você veio andando? ─ ele me pergunta.

─ Sim. ─ respondo. ─ Precisava pensar um pouco, e ficar alheia enquanto dirijo não é uma boa ideia.

Entro no carro dele, e ele dirige até o prédio. Subimos para o meu apartamento, e vamos direto para o sofá, ver o filme.

Já é rotina, ele passa aqui duas ou três vezes na semana, nós assistimos um filme, às vezes dois, e depois ele vai embora.

─ Como você é viciada nisso, Gigi? Você gosta tanto assim de levar susto? ─ ele reclama, depois de uma cena de susto no filme.

─ Terror de antes dos anos 2000 é só slash, poucos dão susto. ─ argumento. ─ Mas eu até que gosto. Dá mais emoção.

─ Você é doida, isso sim. ─ dou risada.

Terminamos o filme, deitados no sofá, e quando acaba ele se levanta.

─ Já tá tarde... ─ eu falo, mesmo tendo certeza de que não passam das dez horas.

─ Mesmo? ─ ele cruza os braços, se divertindo.

─ Você não quer dormir aqui? ─ pergunto, casualmente.

Ele franze o queixo, olhando para longe.

─ Tá rolando uma festa, sabe?

Dou de ombros, e olho para longe também.

─ Ok, foi só uma ideia.

Menos de cinco segundos depois, ele dá risada, e se joga em cima de mim, com cuidado para não ficar sobre a minha barriga.

─ Tô zoando contigo, Gigi. É claro que eu durmo aqui. ─ ele beija a minha testa. ─ Você quer ver outro filme antes de ir pra cama? ─ assinto, mordendo os cantos da boca. ─ Qual é o próximo na lista?

─ Halloween.

─ Então vamos assistir Michael Myers botando o terror em todo mundo. ─ ele se coloca entre mim e o sofá.

Duas horas depois, vamos para a minha cama. Eu troco de roupa, colocando um short largo e uma camiseta grande.

Um fato que não me surpreende: ele dorme só de cueca.

─ Tem certeza de que a Maggie não vai me sufocar com o travesseiro quando chegar? ─ ele se joga na minha cama e eu dou risada. ─ Seu colchão é macio.

Apago a luz e vou para a cama, me cobrindo até o peito com o edredom.

─ Boa noite. ─ murmuro, mas ele estala a língua.

─ Você me chama pra dormir aqui e me deixa nadando sozinho nessa cama enorme? Nada disso. ─ ele me puxa para mais perto e me abraça.

Acabo ficando com a cabeça encostada no peito dele, e uma perna em cima da dele.

─ Agora sim. Boa noite, Gigi.

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essa parte no estúdio tem uma importância enorme 🥺🥺 meu coração ficou quentinho escrevendo

último de hj
até amanhã favs 😘

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