¹¹
Não aguentava mais correr, já não sentia meus pulmões. Paramos em um beco isolado após Taehun cair no chão cansado.
⎯ Vamos... parar... só um pouquinho. ⎯ Ele tenta recuperar o ar.
⎯ Concordo. ⎯ Arthur também cai no chão.
⎯ Você está bem? ⎯ o garoto das covinhas me encara.
⎯ Estou. ⎯ volto a recuperar o ar. Amanhã irei acordar tão dolorida.
⎯ Se acontecer algo com Junghoon saibam que a culpa é dela. ⎯ a morena aponta para mim.
⎯ Kazuha!.
⎯ Eu estou mentindo por um acaso?.
⎯ Passamos por isso toda as vezes Kazuha, por que a culpa seria dela dessa vez?.
⎯ Ele fez isso para proteger a imagem dela. ⎯ Sinto meu coração doer.
⎯ Me desculpem, não queria que isso acontece-se. ⎯ Aperto a barra da minha camisa.
⎯ A culpa não foi sua. ⎯ Ele olha para mim e depois vira para ela ⎯ Você só esta nervosa Kazuha, e vocês estão duvidando demais do Junghoon. Não sabem como ele é? Desde o primeiro dia ele vem se doando pela gente e hoje não foi diferente!.
⎯ Vamos parar de brigar por favor?! ⎯ Taehun se levanta. ⎯ Não é o momento.
Eu não tinha parado para pensar, talvez a minha imagem só os atrapalhe. Eu sou a filha do prefeito da cidade, como poderei aparecer assim e adentrar toda a suas rotinas? Eu causei dúvidas e causo perigo a eles. Se me encontrarem com eles poderão imaginar todo tipo de coisa e incrimina-los mais ainda.
⎯ Acho melhor eu ir para casa, já está tarde. ⎯ Solto minha mão da dele.
⎯ Tem certeza? Não é perigoso para você ir sozinha?.
⎯ Não vai acontecer nada comigo, não lembra? ⎯ Ele se cala.
⎯ Ela tem toda a cidade ao seu lado. ⎯ Kazuha comenta.
⎯ Eu vou com você. ⎯ Ele insiste.
⎯ Melhor não, se me verem com você não irá dar certo, para você.
⎯ Não diga um não pra mim. ⎯ Ele pega em meu pulso. ⎯ Vocês vão para casa, esperem Junghoon lá.
⎯ Faça o que quiser. ⎯ Kazuha ajuda Arthur a se levantar e vão embora.
⎯ Eu-...
⎯ Não fala mais nada, vamos logo. ⎯ Ele me puxa.
Passamos o caminho em silêncio. Ainda me sentia culpada e com medo, com medo de o verem.
Paro em uma rua antes da minha.
⎯ Daqui eu vou sozinha, já é na outra rua.
⎯ Tem certeza? ⎯ Faço um sim com a cabeça.
⎯ Obrigada por me acompanhar. ⎯ aceno para ele e me viro mas ele segura meu braço.
⎯ Me perdoa pela Kazuha, ela não é assim acredite ela só ficou preocupada.
⎯ Eu sei, eu entendo. Eu cheguei como uma intrusa e posso colocar vocês em alto perigo.
⎯ Já estamos em alto perigo a muito tempo.
⎯ Mas pode ser pior com a minha presença, acho que não querem ser acusados de sequestrar a filha do prefeito. ⎯ Ele respira fundo.
⎯ Princesa, eu não ligo para o que eles falam ou deixam de falar, eu só quero que você tire essa ideia maluca da sua cabecinha.
⎯ Você já fez muito por mim.
⎯ Se isso tudo foi por conta da Kazuha a gente pode resolver isso.
⎯ Não! Não é! ⎯ Pela primeira vez aumento a voz para ele. ⎯ Você não entende! É impossível. Olha quem eu sou, o peso que tenho nas costas. Não posso ter a liberdade de vocês. Não posso conviver com vocês, não imagina o peso da situação se me encontrarem com vocês, eu conheço os pais que tenho. E eu tenho medo disso. Eu não liguei para isso esse tempo todo pois fiquei cega pelo sentimento mas tenho que voltar a realidade. Somos impossíveis.
⎯ Nunca acreditei que coisas impossíveis existissem.
⎯ Pois agora acredite. ⎯ Solto sua mão do meu braco.
⎯ Você não dará uma chance?.
⎯ Agradeça a Junghoon para mim, ele tem noção da minha imagem. ⎯ Somente sigo o meu caminho. Não queria olhar para trás, estava com medo, estava com receio de que se eu olhasse eu não conseguiria continuar.
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