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"Becky, para de rir!" resmunguei, ainda sentindo meu rosto queimando. "Não teve graça nenhuma!"

"Ah, Anya, você tá sendo tão dramática! Eu juro, vocês dois juntos são a coisa mais engraçada que eu já vi!" Becky se segurava para não explodir de novo. "O jeito que vocês ficam vermelhos é tão fofo! Quase dá vontade de chorar."

"Fofo nada! Ele é... ele é muito irritante!" resmunguei, apertando o passo. "Quem ele pensa que é pra ficar dizendo que nada combina comigo? Ele nem sabe do que tá falando!"

"Claro, claro..." Becky disse com um tom óbvio de quem não estava acreditando. "E aposto que foi por isso que você ficou toda travada quando ele tava arrumando o seu vestido, né? Só porque ele é irritante."

Parei de andar e olhei para ela, chocada. "Eu não fiquei travada!"

"Sabe o que eu acho?"

"Não, e nem quero saber!"

"Eu acho que você gosta dele!"

Engasguei com o ar, parando de andar novamente. Meu coração deu um salto tão grande que parecia que tinha saído do peito. "O QUÊ?! Becky, você tá maluca?! Eu nunca-"

"Tá, tá. Não precisa gritar, Anya. Mas, sério, é tão óbvio." Becky deu de ombros, como se estivesse explicando algo básico. "Você e o Damian brigam o tempo todo, mas, no fundo, vocês se importam um com o outro. Ele só é um pouco idiota, sabe? Mas eu acho que ele tá tentando."

Cruzei os braços e virei o rosto, tentando parecer indiferente. "Ele pode tentar o quanto quiser. Ainda assim, ele nunca vai deixar de ser um cabeça de vento."

Becky riu mais uma vez e colocou o braço em volta do meu ombro. "Não precisa admitir agora. Mas um dia, quando vocês estiverem casados, vou querer ser madrinha, tá?"

"CASADOS?!" Meu grito deve ter ecoado pela rua inteira, mas Becky só ria, puxando-me pelo braço enquanto continuávamos andando.

"Relaxa, amiga. Ainda tem tempo pra vocês perceberem as coisas. Até lá, eu vou aproveitar pra assistir de camarote!"

O motorista abriu a porta para nós, e Becky entrou no banco de trás, e eu entrei logo em seguida.

"Meu pai disse que vai me dar um carro quando eu me formar", Becky comentou enquanto ajustava o cinto de segurança.

Fingi estar impressionada, porque já esperava algo assim. "E você já sabe qual carro vai escolher?"

"Óbvio. Vou pegar algo elegante, mas não muito chamativo. E sabe o melhor? Vou te levar pra passear quando eu tiver o carro."

Olhei pela janela, tentando não sorrir com a ideia. "Tipo onde?"

"Ah, sei lá. Viagens, shoppings, spas... onde a gente quiser."
Becky sorriu para si mesma enquanto o carro seguia para minha casa. Assim que paramos, ela me segurou pelo braço antes que eu saísse.

"Ah, e não esquece o que a gente falou mais cedo, tá?"

"Becky!"

"Tá bom, tá bom. Tchau, Anya!"

Quando abri a porta de casa, a primeira coisa que ouvi foi o som de risos. Não eram os risos altos e meio descontrolados de mamãe, nem as risadinhas suspeitas de papai quando ele está tramando alguma coisa. Eram risos... normais? Isso já era estranho por si só.

Dei uma espiada pela porta da sala e quase engasguei com o ar.

___________

Damian's POV

Cheguei em casa, finalmente. Não que eu estivesse com pressa pra voltar, mas, depois daquela confusão na loja, era melhor estar aqui do que continuar no meio de tudo aquilo. Assim que desci do carro, Jeeves apareceu rápido, como sempre, pegando a sacola das minhas mãos antes que eu pudesse dar mais um passo.

Estava parada ali, ereta, com o vestido de seda perfeitamente alinhado. O cabelo preso em um coque impecável. O rosto dela era uma máscara de controle, mas os olhos, ah, aqueles olhos sempre pareciam prontos para analisar cada movimento meu.

"Damian", ela chamou, firme, como se não fosse possível ignorá-la.

Subi os degraus da entrada, e o ar parecia pesar mais a cada passo. Quando parei na frente dela, consegui sentir o leve perfume floral que ela usava. Discreto, mas inconfundível.

"Espero que tenha feito uma boa escolha", disse ela, com um tom quase frio demais para ser só sobre compras.

"Escolhi", respondi. Não queria prolongar aquilo, mas sabia que ela não ia deixar barato.

Ela estreitou os olhos. "E?"

"Anya Forger", falei, tentando não parecer tão tenso quanto estava.

Houve um breve silêncio, e ela me olhou de cima a baixo, como se estivesse revisando mentalmente cada lembrança que tinha da Anya. "Anya Forger? Aquela mocinha que você está interessado?"

Se ela achava isso engraçado, não demonstrou. A boca dela mal se mexeu.

"Bem", continuou ela, cruzando os braços com elegância. "Tenho que admitir, ela é bonita. E a família Forger é gentil. Gosto dela."

Por um momento, achei que o chão fosse desabar. Minha mãe... gostando de alguém? Isso era quase uma piada.

Ela deu um passo para o lado, os saltos ecoando no mármore da entrada. "Espero que você estude bastante e não envergonhe a nossa família. Se se formar, talvez seu pai considere deixá-lo começar a trabalhar com ele."

A imponente Melinda Desmond.

Subi para o meu quarto e, assim que entrei, o silêncio foi interrompido pelo toque do meu celular. Peguei o aparelho da mesa de cabeceira e vi o nome "Becky Blackbell" piscando na tela.

"Que foi, Becky?" Atendi de qualquer jeito. "Eu tô ocupado", menti, sem vontade de lidar com ela agora.

"Eu só quero saber se você ainda gosta da Anya."

Engasguei. Meu coração deu um salto, e eu quase deixei o celular cair. "O quê?! Que tipo de pergunta é essa?"

"Ah, não se faz de desentendido. Você já me contou antes, lembra? Só nunca teve coragem de se declarar."

Fiquei quieto por um instante, mordendo o lábio. Ela sabia demais. "Isso não é da sua conta."

"Então, é um sim", ela retrucou, como se tivesse acabado de ganhar um prêmio.

"Eu não disse isso!" rebati, tentando me defender.

"Damian", ela soltou um suspiro exagerado, "você convidou ela pro baile, lembra? Tá na cara que você ainda gosta dela. E, pra ser sincera, todo mundo já percebeu."

Eu passei a mão pelo rosto, frustrado. "Você só ligou pra me encher?"

"Não", ela respondeu, e sua voz ficou um pouco mais séria. "Eu só acho que você precisa parar de ser tão covarde e deixar as coisas claras. Tipo, de verdade. Você gosta dela, certo? Então por que não fala logo o que sente?"

Soltei um suspiro pesado e me sentei na cama. "Porque não é tão simples assim, Becky. Eu... eu não sei o que ela vai pensar."

"Damian", ela disse, com uma risada suave, "ela aceitou ir com você. Isso já diz muita coisa, não acha?"

Fiquei em silêncio. Becky tinha esse jeito irritante de sempre estar certa.

"De qualquer forma", ela continuou, "só queria te dar uma forcinha. Você não vai ter outra chance dessas. Não estraga tudo, cabeça de vento."

"Tá, tá", murmurei, ainda processando o que ela tinha dito. "Vou pensar em algo. E obrigado pela ajuda inútil."

"De nada, cabeça de vento", ela respondeu, rindo antes de desligar.

Depois de desligar o telefone com Becky, fiquei inquieto. Precisava organizar meus pensamentos e, talvez, fazer algo para ocupar a mente. Se tinha alguém que podia me ajudar a alinhar as ideias, era Jeeves. Ele sempre sabia o que dizer, mesmo que fosse de um jeito meio inconveniente.

Desci as escadas em silêncio, aí ouvi a voz da minha mãe vinda do escritório, um pouco abafada pela porta entreaberta.

"Isso é perigoso, Jeeves", ela dizia, a voz firme, mas baixa. "Você sabe o que significa se isso vier à tona agora. Especialmente para ele."

Eu parei no meio do corredor, minha mão congelando na grade do corrimão. Quem era esse 'ele'?

"A senhora acredita que o jovem mestre possa desconfiar de algo?" Jeeves respondeu, sempre naquela calma irritante.

"Eu não sei. Ele é esperto, mas ainda é ingênuo em algumas coisas. Só não podemos subestimá-lo... nem deixar escapar mais do que o necessário. Você entende o que está em jogo."

Minha mãe estava séria, mas sua voz parecia diferente. Menos fria do que de costume. Era quase... tensa?

"Sim, senhora. Sempre entendi minha parte nisso desde o início", Jeeves respondeu, com um tom que soava quase pessoal demais.

"Ótimo. Então continue assim. Não quero que ele descubra nada que o tire do caminho."

"Mas e o senhor Donovan? Ele sabe o quanto isso pesa para o jovem mestre. Alguma intervenção por parte dele poderia... complicar tudo."

"Donovan não precisa saber de nada. Ele nunca se importou realmente com Damian, desde o começo. Só o vê como... uma peça para o futuro da família."

"Eu entendo, senhora."

Minha cabeça girava enquanto eu ouvia, encostado na parede. Que papo era esse? Do que eles estavam falando? E por que parecia tão... sobre mim?

Foi quando minha mãe soltou um suspiro profundo, algo que eu quase nunca ouvia.

"Jeeves, às vezes eu me pergunto... se eu tomei a decisão certa. Eu queria proteger Damian, mas talvez tenha feito tudo errado."

Meu coração deu um salto no peito. Era a primeira vez que ela dizia algo assim. Mas proteger de quê? Ou de quem?

"Senhora..." Jeeves começou, mas ela o interrompeu com firmeza.

"Não importa. Só me prometa que nada disso chegará aos ouvidos dele. Ele não precisa carregar esse peso. Já basta a indiferença que ele passa com Donovan."

Antes que eu pudesse ouvir mais, a madeira do assoalho rangeu sob o meu pé. A conversa cessou imediatamente.

"Quem está aí?" Minha mãe perguntou, a voz gelada voltando com força total.

Eu prendi a respiração. Não tinha mais como escapar.

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