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Damian's POV

O tempo passou e, sinceramente, eu ainda fico surpreso com o quanto Anya mudou. A diferença de altura entre a gente, que antes parecia um abismo, já não era tão grande. Eu ainda era mais alto, claro, mas de um jeito que agora não parecia tão exagerado.
O cabelo rosa dela, agora parece maior A cor... Está mais bonita, mais brilhante. E os olhos... Não sei se sempre notei, mas agora eles estão mais focados... mais lindos do que nunca.

Becky e Emile, por outro lado... Bem, eles eram um casal agora. Não é surpresa para mim, mas ainda é engraçado pensar neles assim. Eu lembro daquele Garden Day do primeiro ano do ensino médio, quando Emile deixou uma rosa para ela. Na época, ninguém sabia exceto eu.

A Anya agora me vê como um bom amigo. Nada mais do que isso. Ela ainda não sabe o que eu sinto por ela. E eu nunca vou contar.

Eu a amo. Isso nunca mudou. Mas as coisas são diferentes agora. Ela está com Arnold. E mesmo com ele fora da escola, ela ainda namora ele e eu não posso fazer nada para mudar isso. Eu sempre soube que meu lugar na vida dela seria o de amigo, e agora, mais do que nunca, percebo que isso é tudo o que eu podia ser.

Eu... eu não tenho coragem de admitir o que sinto. Meu pai nunca permitiria. Minha família jamais aceitaria alguém como ela para mim. Eu sei como eles pensam, e não quero arriscar tudo o que já construí para um sentimento que, no fim, nunca seria correspondido. Então, me contento com a amizade dela, com as conversas casuais, e finjo que está tudo bem. Mesmo que, por dentro, seja estranho.

Isso é algo que eu escolhi para mim mesmo. Eu não posso ir contra a minha família, nem contra a minha própria vergonha de expor meus sentimentos.

Anya's POV

Damian estava diferente. Não sei dizer exatamente o que, mas ele não era mais aquele garoto que vivia implicando comigo por qualquer coisa. Quer dizer, ele ainda soltava umas indiretas às vezes. Mais eram leves... Como se ele quisesse provocar sem machucar...Era estranho.

Eu gostava de passar um tempo com ele. Por mais que nunca admitisse isso em voz alta - nem para Becky -, é claro que ele também nunca saberia disso.

Eu pensava no Arnold. Era difícil não pensar. Ele era gentil, atencioso... O tipo de pessoa que você quer por perto, mesmo que a distância às vezes torne tudo complicado. Eu sentia falta dele... eu acho.

Becky vivia tentando me animar, como se ela soubesse de algo que eu não sabia. E, às vezes, eu tinha a impressão de que ela realmente sabia. Ela sempre soltava comentários sutis, deixando no ar coisas que pareciam óbvias para ela, mas que para mim só causavam ainda mais dúvida.

Damian era meu amigo. Só isso. Não havia nada além disso... Certo? Eu dizia isso para mim mesma o tempo todo, mas por que eu me sentia tão diferente quando ele estava por perto?

Nós ríamos, conversávamos, e, bom... ele até tentava me ajudar nas matérias. Como hoje, por exemplo.

Estávamos na biblioteca, sentados em uma das mesas próximas à janela. Os livros estavam empilhados, cadernos abertos e anotações espalhadas por todos os lados. Damian estava concentrado, explicando algo sobre química. Eu? Bem, eu só conseguia pensar em como nada daquilo fazia sentido.

"Anya, presta atenção," ele disse, pela décima vez naquela tarde.

"Eu tô tentando, mas não entendo nada disso!" Eu cruzei os braços e joguei as costas na cadeira, frustrada.

Damian suspirou, fechando o livro com cuidado. "Olha, é simples. Se você decorar essas reações aqui, o resto vai fluir."

"Não é simples pra mim!" Eu bufei, apontando para a folha rabiscada à minha frente. "Isso parece outra língua."

Ele me olhou por alguns segundos e depois riu de leve. Não de um jeito debochado, mas como se achasse graça na minha teimosia.

"Tá bom, vamos parar por hoje. Amanhã de manhã a gente tenta de novo, com a cabeça fresca," ele disse, recolhendo suas anotações.

"Mas amanhã tem o teste!"

"Exatamente por isso. Você tá tão nervosa que não vai conseguir aprender nada agora. Confia em mim, tá?"

Eu suspirei, cansada. Ele tinha razão. Por mais que eu quisesse entender tudo naquele momento, minha cabeça parecia um nó.

"Você vai ficar no dormitório ou vai pra casa?" Ele perguntou, recolhendo suas coisas.

"Vou" respondi, enquanto guardava minhas anotações em um dos livros. "Prometi que ia fazer companhia pro Yan. Ele fica muito sozinho quando meus pais não estão."

Ele assentiu, mas parecia estar pensando em alguma coisa.

"Eu também vou pra casa," disse de repente. Ele fez uma pausa, como se estivesse escolhendo as palavras. "Se quiser, posso te dar uma carona. Vai ser melhor do que voltar sozinha."

"Hum... Não precisa, Damian. Eu vou ficar bem... vou de ônibus"

"Eu sei," ele respondeu, olhando para a janela por um momento. "Mas, se mudar de ideia, é só me avisar. A oferta tá de pé."

"Ok, eu aceito!"

Enquanto saíamos da biblioteca, Damian puxou o celular do bolso e começou a ligar. Pelas poucas palavras que ouvi, ele estava falando com Jeeves, provavelmente para preparar o carro para buscá-lo.

Quando ele desligou, olhou para mim de relance. "Vai demorar um pouco até o carro chegar. Não quer esperar no refeitório? A gente pode comer alguma coisa enquanto isso."

Olhei para ele, surpresa com o convite. "Hmm... não é má ideia," admiti, sentindo meu estômago roncar ao pensar nisso. "Mas tem certeza? Não quero atrapalhar você"

Damian revirou os olhos, como se eu tivesse dito algo absurdo. "Se fosse incômodo, eu não teria sugerido. Anda logo antes que mude de ideia."

Sorri de leve e caminhei ao lado dele em direção ao refeitório. Era engraçado como ele podia soar rude e gentil ao mesmo tempo. Era só o jeito dele.

_________

Quando chegamos, sentamos em uma mesa próxima à janela. Damian foi buscar algo simples - suco e alguns lanches e um pequeno pacote de amendoins. Ele colocou tudo na mesa, empurrando uma parte na minha direção.

Espero que goste disso," ele disse, empurrando um dos lanches na minha direção.

Você acha que sou fácil de agradar?" provoquei, abrindo o pacote de amendoins e jogando um punhado na boca.

Damian apenas revirou os olhos. "Você reclama demais pra quem não se ofereceu pra buscar nada."

Não resisti a outra provocação: "Isso é porque você gosta de mim, não é, Segundo Filho?"

Ele engasgou com o suco, tossindo, e me lançou um olhar incrédulo. "P-Para de dizer essas coisas idiotas!"

Fingi não ouvir enquanto pegava mais amendoins. Damian me observou por um momento antes de estreitar os olhos.

"Você vai mesmo comer tudo isso?" ele perguntou, parecendo genuinamente perplexo.

"Por que não? Eles são bons," respondi, casualmente colocando mais alguns na boca.

"Eu... Não sei como você consegue comer tanto," ele murmurou, ainda me olhando como se fosse um mistério inexplicável.

"Prática," disse com um sorriso orgulhoso. "Além disso, esses amendoins são muito melhores do que os que Becky costuma levar."

Damian balançou a cabeça, parecendo meio impressionado e meio exasperado. "Às vezes eu acho que você é um alienígena."

"Um alienígena adorável," retruquei, fazendo ele bufar enquanto tentava esconder um sorriso.

O celular dele vibrou, e ele o pegou para olhar. "O carro chegou. Vamos?"

Assenti, pegando o pacote quase vazio de amendoins enquanto levantava. Damian ficou parado por um momento, olhando para mim e para o pacote.

"Você vai levar isso?" ele perguntou, claramente tentando não rir.

"É claro," respondi, séria. "Não vou desperdiçar algo tão bom."

Damian suspirou, mas abriu a porta para mim enquanto saíamos. "Você é inacreditável."

______________

"Senhor Damian, senhorita Anya. Espero que tenham tido um bom dia."

"Ah, tão bom quanto dá pra ser," respondi, me acomodando no banco. Damian apenas sorriu de leve e acenou para Jeeves.

O silêncio no carro era quase confortável, mas eu estava distraída, mexendo no celular. Arnold tinha me mandado uma mensagem, mas não era nada muito empolgante, só mais do mesmo. Suspirei, apertando o aparelho entre os dedos enquanto lia a conversa.

"Tá tudo bem?" Damian perguntou de repente, me fazendo erguer os olhos para ele.

"Sim, por quê?" respondi, tentando esconder a tela do celular sem parecer óbvia.

"Você suspirou umas três vezes seguidas," ele disse, me olhando de canto enquanto ajeitava o casaco.

"Ah, não é nada. Só... conversa com o Arnold," murmurei, voltando a encarar a tela.

Damian ficou em silêncio por um momento, mas senti que ele ainda estava olhando para mim. Não precisava ser telepata para saber que ele estava pensando em algo.

"Você parece... sei lá, preocupada," ele disse finalmente, em um tom que não soava como provocação, mas mais como curiosidade.

"É complicado. O Arnold tá longe, e manter as coisas assim não é tão fácil quanto eu pensei," expliquei, sem muita emoção, ainda encarando o celular.

Ele não respondeu de imediato, e o carro voltou a ficar silencioso.

Depois de alguns minutos, Damian quebrou o silêncio de novo. "Você já tem par pro baile de formatura?"

Levantei os olhos para ele, surpresa pela mudança de assunto. "Hã? Ainda não. Por quê?"

Ele deu de ombros, desviando o olhar para a janela. "Nada demais. Só... achei que o alguém já tivesse confirmado com você."

"Ah... não resolvi nada sobre isso ainda," admiti, voltando a olhar para o celular, mas sem realmente prestar atenção.

Anya," Damian chamou de repente, sua voz séria o suficiente para me fazer largar o celular por um momento.

"Sim?" Olhei para ele, esperando alguma piadinha ou comentário típico dele.

Ele hesitou, como se estivesse escolhendo as palavras. "Você não acha que seria mais fácil ir ao baile com alguém daqui? Quer dizer, se você já sabe que o Arnold não vai estar por perto..."

Franzi o cenho. "Ir com alguém daqui? Tipo quem?"

Ele deu de ombros, mas parecia desconfortável. "Não sei... alguém que você conheça bem. Que esteja na escola. Alguém que... sei lá, já seja seu amigo."

"Você tá falando de você, Damian?" perguntei, cruzando os braços.

Ele arregalou os olhos, parecendo pego de surpresa. "Eu? Não, claro que não! Só tô falando no geral. Você que tá tirando conclusões erradas."

Não pude evitar de sorrir. Ele estava claramente sem jeito, mas tentava disfarçar. "Certo, certo. Se você diz..."

Damian bufou e desviou o olhar para a janela, mas percebi que suas orelhas estavam levemente vermelhas.

"Mas é uma ideia," comentei, voltando a olhar para o celular. "Ir com um amigo... pode ser mais divertido do que ir sozinha." Olhei pra ele rindo.

"Tá bom, Anya, vou direto ao ponto." Ele ainda olhava pela janela, como se fosse mais fácil falar assim. "Se você não tem ninguém pra ir... quer ir comigo ao baile?"

Eu pisquei algumas vezes, surpresa. "Com você?"

"É, comigo." Ele se virou para me encarar, e pela primeira vez percebi que ele parecia genuinamente nervoso. "Não precisa ser nada de mais, sabe? Só... dois amigos indo juntos. Pelo menos você não precisa ir sozinha."

A proposta me pegou de surpresa. Nunca imaginei que ele me convidaria para algo assim. "Bem... eu ainda não decidi, mas..."

Ele se inclinou levemente, os olhos fixos nos meus, como se estivesse tentando decifrar minha resposta antes mesmo que eu a dissesse.

"Mas o quê?"

"Mas... acho que seria legal."

Um pequeno sorriso curvou os lábios dele, e por um segundo parecia que o Damian arrogante e confiante de sempre estava de volta. "Ótimo. Então tá decidido."

Eu ri, balançando a cabeça. "Calma aí, eu disse que acho que seria legal, não que já decidi."

"Ah, qual é, Anya." Ele recostou no banco, cruzando os braços com uma expressão de falsa indiferença. "Você sabe que não vai ter um par melhor do que eu."

Revirei os olhos, mas não pude evitar sorrir. "Convencido!?"

Quando o carro parou em frente à minha casa, eu soltei um suspiro discreto. Damian se inclinou um pouco no banco, como se quisesse dizer algo, mas acabou apenas se despedindo.

"Boa noite, Anya."

"Boa noite, Damian." Abri a porta e desci, ajeitando minha mochila no ombro. Jeeves me cumprimentou educadamente antes de seguir caminho com Damian.

Cansada, atravessei o pequeno portão e fui recebida quase imediatamente por Yan, que vinha correndo na minha direção com o sorriso mais animado do mundo.

"Anya! Você voltou!" Ele pulou para me abraçar, quase me derrubando no processo.

"Oi, Yan. Senti sua falta também." Retribui o abraço, rindo.

Enquanto isso, papai apareceu na porta, analisando a cena com aquele olhar calmo e calculista de sempre. Era impossível não perceber o jeito cuidadoso com que ele me observava, especialmente depois que Damian tinha me dado uma carona.

"Anya, correu tudo bem?" ele perguntou, cruzando os braços enquanto me encarava.

"Sim, papai. O Damian me trouxe até aqui, então não precisei pegar o ônibus."

"Damian?" Ele repetiu o nome, com uma sobrancelha levemente arqueada.

"É, papai. Ele ofereceu carona, e achei que seria mais rápido."

Ele ficou em silêncio por um momento, claramente processando a informação, antes de assentir com um leve sorriso. "Entendi. Que bom que você chegou em segurança."

"Você deve estar cansada, querida!" Mamãe surgiu logo atrás de papai, com um sorriso caloroso e aquela energia de sempre. "Quer que eu prepare algo para você comer?"

Minha barriga deu um leve embrulho só de imaginar. "Ah... não precisa, mamãe! Acho que só vou tomar um banho e dormir."

"Tem certeza? Eu posso fazer algo rapidinho!" ela insistiu, com o olhar brilhante de quem já estava pensando em alguma mistura impossível.

Papai interveio, mais rápido do que eu esperava. "Yor, talvez seja melhor deixar que Anya descanse. Eu posso preparar alguma coisa leve, caso ela precise."

A expressão dela caiu um pouquinho, mas ela logo recuperou o sorriso. "Ah, claro! Você está certo, Loid. Eu vou arrumar o quarto dela."

Suspirei aliviada. Nada contra a mamãe, mas... ninguém merece arriscar um jantar experimental depois de um dia longo.

Yan ainda estava grudado no meu braço, me arrastando para dentro de casa. "Vamos jogar alguma coisa antes de você dormir, Anya!"

"Talvez amanhã, Yan," eu disse, rindo. "Hoje eu tô morta."

Enquanto subia as escadas, ouvi papai atrás de mim."Se precisar de algo, me avise, está bem?"

Assenti, lançando um sorriso cansado para ele antes de seguir para o meu quarto.

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