Capitulo 29: Recomeço

Bem depois de pedir perdão aos meus pais, falar tudo que estava preso na garganta todos esses anos foi que em fim o que minha psicologa disse entrou na minha mente, eu tinha que me perdoar, era isso que estava impossibilitando eu seguir, mesmo depois do Miguel tendo entendido meu lado em relação ao Enzo, eu ainda me culpava, então decide que quando voltasse para o Rio de Janeiro faria uma viagem, não para fugir da conversa que devemos ter, não pela empresa, para a famiglia e sim por mim, eu tinha que me encontrar de novo e era o que faria, decide voltar para minha Itália.

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Passamos o fim de semana todos juntos em um clima mais leve do que o começo de sábado, agora na volta para casa os bambinos e as gravidas estavam exaustos, não falei com o Miguel sobre o assunto, conversamos apenas amenidades era como se houvesse um elefante branco na sala sempre que estávamos perto um do outro. Sabia que ele estava digerindo tudo que eu falei, por isso a viagem seria bom não só para mim como para ele, daria o espaço e o tempo que precisamos. Agora eu iria deixar meus figlios em casa, arrumar as malas e seguir, apenas a Maria sabia o motivo da viagem, porque não aguentei e disse que havia falado sobre meus sentimentos para o Miguel mais que também estava com a cabeça confusa, ela e a Vivi sabiam o destino da minha viagem, pedi que não comentassem, para os meus babys eu disse que iria para um lugar de paz para ficar tranquila e da próxima vez eles iriam, mas agora teriam que ficar devido ao colégio. Com tudo pronto partiu Itália, sai sem deixar rastros. Avisei para minhas fieis escudeiras que sairia do radar para por as coisas no lugar.

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Minha terra natal que saudades, amo o Brasil, Rio de Janeiro e meu lar, mais aqui e minha paz.

Quando desembarque no aeroporto vi meus irmãos em pontos estratégicos, no primeiro momento fiquei confusa, afinal não avisei nada, fiz tudo discreto, mais esqueço que meus irmãos tem habilidades especiais, rastreamento e uma das coisas mais simples para eles, depois fiquei feliz por eles estarem comigo, pode ser egoísta mais saber que se importam ao ponto de correr um certo risco de estarem todos juntos no mesmo lugar e deixar suas famílias, trabalhos ou missões para ficar ao meu lado me alegra muito. Realmente estou precisando ser cuidada, eu amo minha famiglia mas eu preciso me sentir livre de estar em constante vigília sobre todos que amo.

Passamos quatro dias na Itália, visitamos pontos turísticos, fomos em restaurantes, bares, teatros, na vila que comprei para toda minha famiglia, ela possui trinta casas ao todo, cercada de vegetação, e um lugar tranquilo e afastado, ninguém sabia, agora meus irmãos sabem, no final do ano, trago a outra parte da famiglia para ver, tem uma casa para cada um, inclusive meus fratelli da G.O.

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Decidimos em consenso que iriamos para base da Ordem Fantasma - G.O nos Estados Unidos, ainda não estava pronta para voltar, falo todos os dias com os pequenos, para não sentirem tanto minha falta e apesar de serem crianças entenderam que preciso disso.

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Antes de seguirmos para base da G.O passamos um tempo andando e admirando o Central Park em Nova York, precisa ficar em paz, esses lugares que estávamos vendo esses dias me ajudavam a ficar calma e refletir, sobre tudo, entendi que tinha que me perdoar, foi o que finalmente eu fiz, sei que demorou mais isso me libertou, não podia salvar meu baby Enzo, entretanto agora ele está junto aos meus pais em um lugar melhor sem dor ou sofrimento, meus exemplos, sabiam sobre meu pequeno, me respeitaram e apoiaram como sempre, sinto tanta falta deles, do abraço apertado, do beijo no rosto, das risadas quando estávamos vendo um filme, do ciumes do meu pai com minha mamma, mais sei que onde estiverem me amam e me protegem.

Consegui me perdoar.

Não me arrependo do que fiz, sei que sou uma arma, tudo que fiz pode me afastar do homem que amo, porém se ele estar feliz mesmo não sendo comigo e o que importa.

Foram seis dias nos Estados Unidos, brincamos, conversamos, comemos, bebemos, saímos. Em uma dessas saídas encontrei um ex-militar que conheci através dos seguranças do Nick, agente transou umas duas vezes, eu estava já um pouco bêbada e resolvi tentar ficar com ele, sei lá, não deu muito certo não.

Flashback:

Já está a noite resolvemos sair para beber em uma boate que abriu recentemente, todos dizem que e ótima

Chegando lá peço um drim martini para começar a noite, o barman fica flertando comigo, mais estou muito sóbria para ligar para o que ele diz, depois de algumas doses de tequila, vou para pista de dança, me mecho, rebolo, danço como senão houvesse amanhã, um homem pega na minha cintura, dançamos no ritmo da música, atiço, balanço, sinto ele endurecer atrás de mim, me viro e encaro um homem lindo, alto e forte, lembro-me dele, conheci com os seguranças do Nick, já transamos umas duas vezes, continuamos a dança e fica cada vez mais quente, ele me chama para ir a um lugar mais reservado, subimos para um andar acima onde existem quartos, entramos aos beijos, empurro ele na cama, subo na cama, ficando em cima de sua ereção, tiramos as roupas, ficamos completamente pelados, vejo seu membro duro em riste para mim, com as veias pulsando, Miguel coloca uma camisinha, e entra com tudo, estava molhada, ele dá estocadas fortes enquanto chupa meus seios, arranho suas costas, em verto as posições, começando a cavalgar, quicar e rebolar, até está no limite, quando estou para gozar fecho os olhos, e o meu grandão que está comigo, grito gozando, quando me recupero e que vejo que não e ele que está ali do meu lado, foi uma transa excepcional, entretanto pensei que fosse outro, me visto e saiu rapidamente, ele ainda me pergunta senão quero uma segunda rodada, mais apenas saiu rápido, agora nem trepar sem pensar nele consigo realmente to fudida.

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Isso aconteceu no segundo dia que estava em Nova York, depois disso resolvi não tentar mais ficar com ninguém, nem beber tanto, focar em treinar e limpar a mente, me diverti muito, realmente e muito bom poder lutar sem medo de em algum momento surtar e machucar quem eu amo, com os meninos eu me soltei sem reservas, se surtasse eles não sairiam feridos, afinal são os melhores, praticamos diversos esportes radicais, andei de moto kkkk foi muito bom, tem uma cena de um filme que gosto e resolvemos fazer. 

Isso mostrou como confiamos uns nos outros, pois para pilotar as cegas teria que ter total confiança no parceiro, treinei com armas, facas e punhais.

Fiz paraquedismo, que não fazia a muito tempo, fora outros esportes que gosto muito, foi maravilhoso esse tempo com eles, consegui botar a cabeça no lugar, compreender tudo ao meu redor. Enxergar as coisas com clareza.

Agora já sei que tenho que colocar tudo em ordem, esse tempo para mim foi de extrema importância, pode repensar em tudo, mereço ser feliz, o que eu fiz pode não ser visto como correto mais era preciso, não me arrependo, se Miguel quiser ficar comigo ele também terá que entender. Sei que o amo ate mais que antes, esses 12 anos separados serviu para amadurecermos, se ele me aceitar como eu sou sei que poderemos ser felizes juntos. Depois de dez dias de viagem retornar para casa me trousse um sentimento novo, estou em paz e tranquilo com o que o futuro reserva.

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Eu cheguei em casa a noite passei no quarto da minha mamys dei um beijo nela, fui no quarto dos meus babys, levei eles para minha cama, tomei um banho, verti uma camisola leve, deitei ao lado deles, como senti falta desse aconchego.

Acordo de manhã por volta das 07:00hs estava cansada da viagem e dormir a noite toda, como tenho feito desde que pedi perdão para os meus pais, faço carinho nos pequenos, eles acordam e aquela felicidade, carinhos e muitas risadas, desço enquanto estão tomando banho, encontro todos a mesa, conversamos, eles me atualizam dos acontecimentos, já que enquanto estava viajando não quis saber de nenhum assunto referente a empresa porque deixei tudo nas mãos do JP, Lia e Vivi, apesar de eles terem feito tudo certo, as visitas as filias que eu estava enrolando para fazer tornaram-se ainda mais necessário, resolvi fazer isso logo.

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Passei 20 dias, isso mesmo VINTE DIAS, visitando as filias não somente da empresa, como dos restaurantes, cantinas, lanchonetes, bares, hotéis, boates, academias, fazendas, casas, apartamentos, prédios, as sedes da empresa de segurança das irmãs Di Piazzi, tudo, absolutamente tudo que a Almonte investi e está envolvida, eu verifiquei nesses 20 dias, claro que só no Brasil, porque se fosse para outros pais que temos envolvimento demoraria mais tempo, quando estava em lugares próximos ao Rio dava um jeito de ficar nem que fosse apenas algumas horas com as crianças, coisa que nem sempre dava, porém elas compreenderam, fiz tudo para poder ficar livre o mais rápido possível, nesses 30 dias não consegui ver o Miguel, já que cheguei a noite da viagem e sai para resolver essas coisas depois do café da manhã em famiglia. Talvez ele pense que estou fugindo dele, entretanto não é verdade, tinha muitas coisas pendentes que precisavam ser resolvidas, agora estou voltando para terminarmos o que começamos no lago.

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Fernando Miguel:

Depois que a Pietra sai me deixando sozinho no lago e atordoado, volto para a casa grande, não consegui mais falar com ela, sem ter gente por perto, isso estava me incomodando muito, resolvi deixar para conversamos depois que voltasse pro Rio, porque quando fui atrás dela, encontrei ela e o JP conversando, ele no colo dela chorando, percebi que aquele não era o momento, estavam todos relembrando a perda de entes queridos.

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Chegamos no Rio e fui para meu apartamento no dia seguinte fui atrás de falar com a pequena, queria dizer que não importava o passado, eu tinha ficado esses dias depois que ela me contou tudo pensando, ela matou pessoas, sim, mais eram seres humanos desprezíveis e apesar de achar que ela deveria ter entregado eles para as autoridades, compreendo seus pensamento, não iria julgar ela, sei que ela passou uma barra no sequestro, perdeu nosso filho, foi um jeito de seguir em frente, na conversa que tivemos isso nem foi o que me deixou mais confuso e perdido, foi o simples fato de que ela também me ama, que não se acha digna de mim, poxa era para mim pensar assim, ela foi forte e eu nem estava ao seu lado.

Quando entrei na sua cobertura, Maria me disse que ela havia viajado, fiquei surpreso, mais ela me disse que isso era necessário sua menina precisava colocar a cabeça no lugar, perguntei para onde ela foi, mais Maria não me contou, tentei conseguir a informação com os outros, também não consegui, as crianças disseram que ela foi para um lugar de paz, que depois eles iriam juntos, resolvi usar esse tempo longe para pensar melhor em tudo, ela precisava de tempo e espaço eu também.

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Dez dias que ela está longe sinto uma saudade desgraçada, parece que ela está impregnada em mim, nesses dias fiquei mais perto dos pequenos, que também sentiam muita falta da mãe, toda via ela liga sempre para eles, uma vez até escutei o que ela dizia para eles, mais pedi para não dizerem que eu estava junto, não queria deixar ela desconfortável, sabia que ela precisava dessa distância. Eu foquei no escritório, nas audiências, reuniões com clientes e a parte jurídica da Almonte, agora estou ciente de tudo que a empresa está envolvida, meu Mar Azul nasceu para fazer negócios pois a companhia está envolvida em diversos ramos diferentes.

Quando falei com o JP na hora do almoço, ele disse que a pequena havia voltado, porém ela apenas ficou para o café da manhã e já voltou a viajar, tinha que visitar algumas filias que precisam da presença fisica dela, apesar de entender os motivos fiquei triste pois mais uma vez nossa conversa teria que ser adiada.

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 Hoje faz 30 dias que não vejo meu Mar Azul, ela esteve viajando para todos os lugares do Brasil, ficando apar de tudo que tenha envolvimento da Almonte, veio algumas vezes no Rio, porém ficava apenas algumas horas, Maria disse que ela parece mais magra, que está abatida, tem trabalhado ao extremo, sei como minha pequena e dedicada, quando ela voltar, finalmente teremos uma conversa, quero ela do meu lado, independente de qualquer coisa, sei que ela tem traumas, mais quero ficar ao seu lado, ser seu apoio, no que for preciso, porque também a amo. Tenho trabalho muito nesse ultimo mês, já estamos chegando no final do ano, vamos fechar o escritório e abrir apenas depois das festas, por isso estou colocando tudo em ordem.

Saio dos meus devaneios com a campanhia do apartamento tocando, estranho por que já passa das 22:00hs, ninguém vem me ver a essa hora, geralmente já estou dormindo e o porteiro também não ligou avisando, deve ser as crianças, abro a porta e encontro minha pequena me olhando sorrindo, fico que nem um bobo lhe admirando, até ela chamar minha atenção.

- Não vai me convidar para entrar?