🌌 Cap. 21 (Novo ciclo)
~Um tempinho depois~
Estava com a Brunna e as meninas assistindo um filme pra dar sono.
Agarradinha com a Bru, enquanto as outras estão em outro sofá. -Tá com sono? -sussurro em seu ouvido
Brunna me olha, afirmando com a cabeça. -Pouquinho..
Acaricio o seu rosto, deixando um beijinho em seus lábios..
Ela corresponde, dando um selinho demorado onde pede passagem com a língua, então eu dei
Começamos um beijo lento..minha mão desceu de seu rosto, deslizando pelo seu corpo, parando em seu quadril
Puxo o seu corpo contra o meu, Brunna chupa o meu lábio, soltando lentamente
Eu sorrio, deixando um selinho demorado nela. -Linda..vamos dormir?
-Vamos..
Nós levantamos. -Vamos dormir... -aviso as meninas
-Boa noite, meninas -Julia diz, enquanto a Brunna abraça a Maria
-Dorme bem, amiga..descansa, tá?
-Você também -
Depois ela beija a bochecha da Julia e se aproxima, pegando na minha mão. Nos afastamos, seguindo pro quarto..
Bru entrou primeiro e eu logo depois, fechando a porta devagar pra não acordar a Malu
Depois deitamos juntinhas. -Boa noite..
-Boa noite, amor -sussurro
(...)
Eu estava dormindo, mas acordei com o choro da Maria Luíza
Abro os olhos devagar, vendo a Bru tentando acalma-la
-Não, amor.. não chora -ela sussurra. -Você vai acordar a titia
Sorrio, observando a Malu encarar a mãe como se tivesse entendido. -É, a titia.. quer ver? Olha..
Fecho os meus olhos, sentindo a Brunna se aproximar. -Viu? Ela tá dormindo, era pra você estar também
Malu resmungou e isso acabou comigo, comecei a rir, abrindo os olhos
-Amor! Que susto
-Que bonitinha, ela conversa
Brunna ri. -Achei que tava dormindo!
-Eu tava..quer me dar ela?
-Eu vou dar leite..
-Faz na mamadeira, eu dou e você descansa
-Tem certeza?
-Tenho, princesa -me levanto. -Fica aí, vou preparar o leite
-Eu preparo
-Fica aí, Bru
-Tá bom..
-Teimosa -eu saio do quarto, seguindo até a cozinha. Eu tô cansada, mas tenho certeza que não mais do que a Bru..e eu gosto de cuidar da Luiza
Eu coloquei água pra ferver e peguei a mamadeira, colocando a quantidade ideal de leite em pó.
Esperei os minutos da água e assim que ferveu, eu peguei a chaleira, colocando água na mamadeira
Depois fechei e sacudi a mesma, voltando pro quarto. -Calma, filha..pelo amor de Deus, você vai acordar o prédio inteiro
Me aproximo. -Me passa
Brunna me passa a Maria e ela pega a mamadeira, vendo a temperatura do leite. -Pronto, meu amor.. você vai mamar -sento na cama, ajeitando ela em meus braços
-Tá bom...-
Pego a mamadeira da mão da Brunna, levando até a boca da Luíza. -Hmmm, toma tudo
Ela aceitou a mamadeira de primeira, com aqueles olhinhos vidrados nos meus e os pezinhos mexendo
Sorrio.. -Você é linda..linda igual a sua mãe
Brunna ri. -Puxa saco.. ela não parece nada comigo -ela se aproxima, deixando alguns beijinhos nos meus lábios
-Fica quieta..e descansa -falo
-Obrigada..me chama qualquer coisa -
-Pode deixar
Ela deitou do meu lado, acariciando a minha coxa enquanto fechava os olhos pra dormir..
Observei a Luíza novamente, sorrindo ao encontrar aqueles olhinhos de novo. -Que foi, em? Você é muito curiosa -sussurro
Fiquei alí dando mamadeira pra ela, até a mesma pegar no sono. Foi fechando os olhos lentamente, até que fechou de vez
Tirei a mamadeira dela, deixando do lado. Fiquei um tempo com a Malu na mesma posição, pro leite terminar de descer e ela não se engasgar
Observei a Brunna dormindo, ela é um anjinho... não sei porque teve que passar por tudo isso
Deitei, colocando a Malu pra deitar em meu peito.. deixei um beijo na testa da Brunna e não demorei pra pegar no sono
(...)
Quando acordei, as duas estavam capotadas ainda. Saí da cama e deixei elas cobertas, ainda fiz uma barreira com travesseiros pra Malu não cair
Fui fazer as minhas higienes e tomar banho, assim que me arrumei, saí do quarto. Andei até a sala, encontrando a Maria
Sorrio. -Oi, bom dia
-Bom dia, Lud.. -ela diz, sentada no sofá, olhando pra janela enquanto toma um café
-Que conceitual -falo
Ela ri, me encarando. -Não consegui dormir muito bem, nem em uma cama gostosa dessa
Ando até a cozinha e ela vem atrás. -Por que não? -pego uma xícara, enchendo de café também, preciso acordar
-Pensando.. só -suspira. -e a Bru?
-Ela dormiu, teve uma hora que a Luíza chorou, mas eu fiz uma mamadeira e dei..
-Você é uma gracinha
Sorrio. -Amiga..eu vou falar pra você, quero que vocês morem nesse apartamento
-Que?
-É, eu tô dando ele pra vocês. Eu tinha esse apartamento você sabe pra que..
Maria ri. -Eu sei, sei bem!
Dou um gole no meu café, a encarando. -Então.. são três quartos, e ainda tem a minha sala de fotografia que se quiserem, eu tiro..
-Não é necessário, amiga. Você tá fazendo demais por nós
-É o mínimo, não posso deixar vocês na situação em que estavam.. -suspiro. -Bom, eu preciso ir na empresa, minha mãe tá pra me matar
-Vai agora?
-Vou..mas hoje vai chegar umas coisinhas pra Maria Luiza, tá? -
-Ai meu Deus, Ludmilla..
Dou risada. -Relaxa, e me ajuda com a Brunna.. -
-Pode deixar
Me despeço da Maria e me afasto, saindo do apartamento
(...)
Dirigi até a empresa da minha família, e quando cheguei até o porteiro ficou surpreso.
Passei pela recepção. -Minha mãe já chegou?
-Ainda não, corre
Dou risada, pegando o elevador pra minha sala. Entro no corredor do andar mais importante do prédio, seguindo pra minha sala. Mas fui parada no meio do caminho, era tudo o que não queria
-Tô vendo miragem? -
Reviro os olhos. -Não, Isabelly -me afasto, entrando na minha sala, infelizmente ela vem atrás.
-Você nunca vem
-Eu decidi vir, algum problema?
-Olha como você fala comigo
Dou de ombros, sentando na minha cadeira. -O que você quer?
-Deixa de ser grossa, Ludmilla. Eu não quero nada, mas a sua mãe tem uma reunião importante hoje, e se você está aqui..
-Pode ir com ela -ligo o meu computador
-Eu??
-Vai com ela! Pode ir -
-Você que precisa ir
-Estou mandando você ir no meu lugar
Isabelly revira os olhos. -Vou falar com ela
-Ok
Ela se afasta e a Daiane entra na sala, fechando a porta. -Então é verdade mesmo, a recepcionista disse que você havia chegado e eu não acreditei... tô devendo 50 reais pra ela
Dou risada. -Oi Dai
Daiane se joga no sofá da minha sala, com um pacote de salgadinho na mão. -O que te trouxe pra esse inferno?
-Não sei, talvez eu esteja querendo que a minha mãe veja que tô trabalhando -Eu começo a mexer no computador, entrando em um jogo
-Qual você vai jogar?
-O de tiro
Daiane ri. -Esse é foda
Batem na porta logo quando começo a jogar, tive que parar. -Entra!
-Tava demorando pra você não vir fazer nada na empresa -Patrícia se aproxima com o Renatinho
Sorrio. -E aí, gente
Eles me cumprimentam. -Preparada pra levar bronca??
-Eu não tô me importando não, vocês tem reunião hoje?
-Sim...
-Que bom -volto a jogar
-Vamos almoçar juntos hoje, né?
-Vamos sim..ah! Renatinho, sabe o pessoal da limpeza?
-Sei
-Entra na sala de descanso deles e diga pro Vítor vir na minha sala no final do expediente, por favor
-Tá bom, vou avisar -o meu amigo se afasta
-Você vai morrer, vai pro lado -Patty senta em outra cadeira, pegando o mouse da minha mão
-Amiga, não perde
-Relaxa
Estávamos jogando, enquanto a Daiane comia e mexia no celular, mas estávamos conversando
Até a Isabelly resolver atrapalhar tudo.
Ela entrou na sala no puro ódio, acompanhada do Érick. -Patrícia! Você não tá ouvindo o seu celular não???
Encaramos ela.
-Eu tô te chamando tem meia hora! Levanta daí agora
Patty se levanta. -Sim, senhora.. mas eu realmente não ouvi
-Não importa, garota! Você é minha secretária, tem que andar do MEU lado.
-Tá, já entendi
-Isabelly, dá pra parar de gritar com a minha amiga? Se você continuar nisso, eu tiro ela desse cargo e coloco em um acima do seu
Escuto a Daiane gargalhar..
-Ludmilla, você tá destruindo a empresa da sua mãe!
-Bom, disseram que é minha..-dou de ombros
-Vamos, a reunião vai começar -Isabelly se afasta, levando os dois com ela. Antes de sair, Patty dá risada e eu faço o mesmo
-Você é foda -Dai se levanta. -Mas tenho que acompanhar também
-Vai lá
-Depois eu volto -Daiane me entrega o salgadinho, reviro os olhos, deixando em cima da mesa. -Tchau, amiga
-Tchau
(...)
~Reunião on~
Silvana entra na sala e observa que estão todos menos a filha. -Cadê a Ludmilla? Ela não tá na empresa?
-Sua filha não quis vir -Isabelly dá de ombros
-Como assim? Ela tem que estar presente!
-Sil, aproveita que o pessoal ainda não chegou, corre lá -Érick
-Tenha paciência com a menina -Diana diz, mãe da Isabelly
Silvana praticamente joga a bolsa na cadeira e se afasta, saindo da sala de reuniões
~Reunião off~
(...)
Eu estava focada no meu jogo, quando a minha mãe invadiu a minha sala. -LUDMILLA
A encaro. -Que susto! Pra que isso??
-Levanta dessa porra agora e vamos pra reunião
-Eu não vou aguentar ladainha, tá?
-Eu não quero saber! Você é uma das donas, tem que estar presente.
-Igual eu tinha que estar presente no desfile? Fui embora na metade e não fiz falta!
-Ah, não fez falta? Todo mundo perguntou por você! Toma jeito, garota
Reviro os olhos..
-Eu passei todos esses anos trabalhando duro pra manter a nossa família, você me retribui assim???
-Tá, mãe! Obrigada?
-Obrigada?? Ludmilla, eu só não te desço a mão na cara agora porque eu tô super atrasada pra reunião. E se você não for, se considere sem porsche! -se afasta
-Para! Mãe, espera
Ela passa pela porta, batendo a mesma. Me levanto, ajeitando a minha roupa. -Que saco, em
Saí da minha sala, seguindo pra sala de reuniões. Quando cheguei no andar, já estava a luz verde acesa na porta. Reunião começou
Entro na sala, enquanto um cara estava falando e eu realmente não me importo com ele
Recebi a atenção de todos.. -Podem continuar, só tô entrando -fecho a porta
O homem volta a falar e eu pego uma cadeira, arrastando até a mesa. Recebi um olhar mortal da minha mãe.. -É.. Você pode ir pro lado, por favor? -eu cutuco uma mulher aleatória. -Quero sentar do lado da Isabelly
A reunião parou pra ouvir isso, me senti importante
A mulher coloca a cadeira dela pro lado e eu termino de arrastar a minha.
-Meu Deus, Ludmilla..-Marcos sussurra, enquanto observo a Dai, Patty e Renatinho dando risada, bem baixinho
-Não consigo arrumar..pode ir mais pro lado?
Isabelly se irrita, puxando a cadeira com força. -Entrou, agora senta! Vai.
Eu sento na cadeira, sorrindo pro pessoal. -Bom dia
-Pode continuar, Geraldo, por favor
Eu não aguento e dou risada do nome, recebendo um beliscão da Isabelly. -Ai!
Ela me puxa, colando os nossos corpos. -Fica quieta..
-Tô quieta
-Então, se os nossos produtos saírem daqui pra qualquer shopping ou loja, precisamos ter 80% de lucro
Franzo o cenho. -Mas.. licença, vamos ter tudo isso de lucro, então o senhor vai colocar um valor super alto neles?
-Sim? Nossos produtos são caríssimos
-E as pessoas mais humildes ficam como?
-Não compram -Marcos sorri. -Elas não são nossos alvos, quanto mais caro, mais o rico quer ter
-Não tô nem ligando pra lucro, pra isso tudo que vocês estão falando...Mas não aceito a minha marca não ter produtos pra todos os tipos de pessoas, de classes.. desculpa
-Ludmilla...-Minha mãe respira fundo
-Amor, deixa eu te explicar..-Isabelly me encara. -Infelizmente, a nossa marca não é pra classe média e baixa, nosso alvo é a classe alta. Ninguém aqui se importa se eles vão usar ou não vão
-Mas eu me importo! -falo. -Façam uma pesquisa e vejam quantas crianças de comunidade tem o sonho de usar um Nike original, de ter um iPhone..-falo
-Ludmilla, fica quieta!
-Não fico, Marcos! É a minha opinião. E por que eles não usam? Porque não tem oportunidade, todos os produtos da Nike são caros...iPhone nem se fala!
-Eles podem comprar falsificado -Geraldo diz. -Não vamos ganhar nada abaixando os preços dos produtos pra esse pessoal poder comprar também
-Ai que você se engana! Marca chique, preço baixo, classe média e classe baixa vão comprar mais do que os ricos
-É isso que não queremos! Como vai ficar a aparência da nossa marca?
-Da minha marca. Vocês são sócios!
-Ludmilla, chega! Ok?? -Minha mãe me encara. -Acabou a gracinha.
-Eu concordo com a Lud -Daiane diz. -Desculpa.. não ligo pra aparência da marca, o que importa é todas as classes terem o mesmo privilégio, eu me sentia totalmente excluída quando todos os meus amigos tinham Nike e eu não
-Histórias tristes todos temos. Mas vocês estão querendo estragar uma marca gigante, a S.O não pode ser rebaixada nesse nível
Eu dou um soco na mesa, me levantando. -Quer saber de uma coisa? Vocês falam como se fosse de vocês, eu não me importo de desfazer a nossa aliança, Geraldo. Te pago e você vaza!
-Lud, calma -meu padrasto tenta me acalmar
-Agora, querendo ou não, sou dona dessa porra. E se tiver votação, eu já dei o meu voto, não vamos lucrar dessa forma! Vamos abusar dos preços, acordem. -me afasto
-Amor, volta aqui!
Ignorei a Isabelly, saindo da sala.
(...)
Voltei pra minha, acho ridículo esse tipo de pensamento e comigo não cola.
Sentei na cadeira, não demorou pra Isabelly aparecer.
-Ludmilla, você tá ficando maluca? -
Eu a encaro. - Não, acontece que a empresa é minha e eu também dou a minha opinião, é essa. E acabou!
-Não, você tratou todo mundo com ignorância, você surtou!
-Isabelly, me deixa sozinha
-Não!
-ME DEIXA. -
Ela revira os olhos. -Ok, faz o que você quiser!
Isa sai da minha sala, fechando a porta. Respirei fundo...
Meu celular vibrou e eu o encarei, é mensagem da Maria..peguei rápido
(...)
~Lud off~
(...)
~Bru on~
Acordei com uma barulheira de arrastar coisa no apartamento, vi que a Malu não estava do meu lado
Olhei no relógio e já passava das 10h.
Então me levantei pra fazer as minhas higienes e ver o que tá acontecendo nesse apartamento.
Depois que sai do banheiro, saí do quarto, seguindo pelo corredor até a sala.. -Meu Deus, que caixas são essas??
Maria ri. -Bom dia, amiga
-Bom dia? -me aproximo delas, estão sentadas no sofá, comendo. -Cadê a Lud?
-Tá trabalhando..isso daí foi ela que encomendou -
-Ai, a Ludmilla não tem jeito -deixo um beijo na bochecha da minha filha. -Oi meu amor.. você acordou primeiro que eu
-Ela tava com fome, né pequena?
-Vou falar com a Lud..-pego o meu celular, mandando mensagem pra ela
-Gente, olhem o whats -Maria diz
Sento ao lado da minha filha, desbloqueando o celular novamente
-MENTIRA, A LUDMILLA É MALUCA, CARA -Julia diz
-É sério isso, Maria? -a encaro
-Sério, ela falou comigo hoje de manhã..
-Cara..eu não gosto que ela faça isso
-Amiga, deixa ela. Lud faz de coração e você sabe que precisamos, temos que aceitar por essa pequena -
-Ela vai ter um lugar seguro pra crescer -Julia beija a bochecha da Luiza
Eu suspiro.. -É.. tem razão
-Mas agora vamos comer, pra poder abrir essas caixas e ver o que a Ludmilla aprontou
Dou risada. -Eu não sei mais o que dizer pra ela..
-Diga o quanto ela é incrível, não julga por te ajudar -Maria
Afirmo..
[...]
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro