Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

47

CAPÍTULO QUARENTA E SETE:

꧁ Saber do meu valor ꧂

Claro que eu teria que dormir no sofá. Eu deveria estar grato, porque se pudesse, certamente Lionel me colocaria para dormir do lado de fora, sem direito nem a uma coberta.

Depois de eu ter chupado sua filha no seu escritório, nós fomos para o quarto dela para nos limparmos e descemos como se não tivesse acontecido nada demais, mas aposto que eles notaram que Dakaria estava rindo atoa, se entregando um pouco demais.

Eles não fizeram perguntas e nós não respondemos.

O jantar que se seguiu foi perfeitamente calmo, todos concentrados mais em comer e em ouvir histórias empolgadas da senhora Thomas dos seus tempos de escola. Me surpreendi porque ela diz nunca ter sido uma das garotas mais bonitas de Hogwarts, eu juro que foi o primeiro pensamento que tive quando a vi. Se tivéssemos isso em Hogwarts, ela deveria ter sido classificada como uma miss.

— Mentira.— eu respondi quando ela disse isso. Ela riu.

— Verdade! Eu era terrivelmente desengonçada. Durante muitos anos sofri até bullying, mas me abalou menos do que o esperado.

— Na opinião de minha mãe, a autoconfiança é tudo.— Dakaria disse, sentada do meu lado, a lancei um sorriso um tantinho malicioso.

— Vocês são muito parecidas. Mas você em especial é terrível, sinto informar, Amelie, mas de humilde sua filha não tem nada!

— Ah, isso ela puxou do pai. Nunca na vida Lionel ouviu um elogio sem responder com um "eu sei".

— Mas se eu sei que sou bom em algo por que agradeceria ao outro por ter notado? O importante é eu saber que sou bom!— seu esposo retruca, encostando-se na cadeira, relaxando sua postura imponente pela primeira vez no dia. Eu e Dakaria trocamos olhares e ela sacudiu os ombros sabendo o que eu queria dizer sem abrir a boca.

— Calma, querido.— Amelie arregalou os olhos, irônica— Não estamos atacando seu ego, não fique assim.— ela brinca e segura a mão do marido, os dois sorriem afetuosamente um para o outro e eu aproximo mais minha cadeira da de minha garota, pegando sua mão por debaixo da mesa. Dakaria depositou um beijo no meu ombro e nós continuamos a comer.

Quanto mais escuro ficava, mais o sono contaminava geral e os pais dela não demoraram em nos mandar a dormir, Lionel sendo mais rápido ainda em me dizer secamente que eu ficaria no sofá da sala, eu até ficaria, se não fosse daquele tipo duro de couro.

Eu me deitei e durante longos minutos, tentei respeitar o homem da casa porque as vezes esse tipo de senso me passa pela cabeça, mas sem a minha garota do meu lado não fazia sentido. Eles acham que a gente só pode fazer sexo durante a noite? Essa lógica dos pais é engraçada. Soltei um suspiro alto quando desisti do meu papel de bom genro que respeita as regras e me levantei levando comigo a fina coberta escadas acima e o travesseiro. Tentei me lembrar do esquema que Dakaria me falou mais cedo e abri com muito cuidado a segunda porta, revirei os olhos para mim mesmo ao me deparar com um depósito pequeno e cheio de tralhas que não me importei em guardar e fui para a próxima porta, me deparando com minha namorada perfeitamente acordada e passando um creme nas pernas expostas. Ela está usando apenas um babydoll curto e preto, e eu penso como essa cena deveria ser considerada inapropriada para um certo publico que a vê pelos meus olhos.

— Ei— entro no seu quarto e ela levanta os olhos e franze a testa.

— Ruivo... não devia estar aqui, sabia?— ela censura colocando os pés no chão e eu reviro os olhos jogando o travesseiro e a coberta na sua cama.

— Vai me expulsar, meu amor? Senti sua falta.— não é ao todo mentira.

— Sequer deu tempo para que meus pais dormissem, Weasley.

— Eu posso fazê-los dormir rapidinho, quer ver?

— Não vai ser mais rápido que meu pai.— ela diz, convencida.

— Sua falta de confiança em mim me magoa.— faço biquinho, dramático. Ela ri baixo e revira os olhos, me jogo na sua confortável cama e abraço sua cintura sentindo o cheio gostoso de coco.— Ah, muito melhor.

— Sua audácia é uma das coisas que eu mais amo em você, ruivinho, mas se meu pai aparecer eu não vou te defender.

— Covarde.

— Prezo pelo meu couro.— ela dá um contraponto e eu dou risada, essa garota está passando tempo demais comigo.

— Deita comigo, minha pretinha.— chamo manhoso e Dakaria apaga o seu abajur, rolando para vir por cima de mim.

— Promete uma coisa para mim?— ela pede quando somos cobertos pelo breu, deitando a cabeça no meu peito.

— Depende.

— Comporte-se amanhã. Por mim?— ela pede mesmo sabendo que eu me esquecerei disso pela manhã.

Namoro é uma coisa complicada. Por vezes, consigo ser eloquente e a faço deixar de lado suas vontades de me fazer ser mais correto, mas as vezes ela fala sério e eu não consigo ignorá-la como faria com qualquer outra pessoa no seu lugar. Eu sou teimoso para um caralho e gosto do meu jeito, mas eu sei que posso ser melhor e só faço isso quando ela me pede. Porque eu a amo e porque ela merece, mas só por isso mesmo!

— Tá bem...— eu bufo fingindo que o esforço vai ser enorme, porque realmente vai— Eu prometo.

— Obrigada, meu amor.— ela beija minha bochecha e eu abro um sorriso bobo sem que ela possa ver— eu sei que você é um bom garoto, só queria que meu pai soubesse disso antes de você começar a infernizá-lo porque sei que é o que está em seus planos.

Solto uma risada fraca.

— Abortar, abortar, ela descobriu tudo.— resmungo contra o pulso e a abraço em seguida.

— Boa noite, ruivinho.

— Topa uma rapidinha?

Boa noite, George.— ela fala duramente e eu sei que não vai rolar nada. Ah, não matava tentar.

[...]

A manhã do Natal é fria e ninguém quer levantar tão cedo, mas Dakaria não age como todo mundo, essa maldita. Solto um gemido quando ela tira a coberta de cima de mim. Estava difícil, acordei quando ela saiu da nossa conchinha e estava difícil voltar a dormir com a barulheira que ela estava fazendo, andando de um lado para o outro no seu quarto, abrindo e fechando gavetas e portas. Eu amo Dakaria, mas do fundo do coração odeio que ela seja uma pessoa produtiva pela manhã. Ela fala que não mas todo mundo que convive com ela sabe que ela é!

— Vem, acorda, Georgie!— ela puxa meu braço com força, mas sua luta é quase inútil comigo fazendo peso sobre o colchão.

— Me deixa!— imploro enfiando a cara no travesseiro deliciosamente quente.

— É Natal! Você vai levantar!— ela geme pelo esforço que está fazendo e com um puxão brusco a desequilibro, fazendo-a cair sobre mim.— Feliz Natal, ruivinho!— ela monta nas minhas costas e me sacode, quase me sufocando por estar com o rosto contra o travesseiro.

— Feliz Natal, vai lá fora pegar umas flores para mim e eu vou levantar.— invento o que me passa pela cabeça e ela se levanta em um pulo, voltando a puxar meu braço— Princesa, eu te amo, mas não estou gostando de você agora!— reclamo.

— De pé, Weasley!— ela ordena.

Muitíssimo irritado por ser tirado do meu conforto, eu levantei a olhando torto e cruzando os braços conforme ela me empurrava para o banheiro, invocando minha mala e a socando comigo para dentro do banheiro. Me afundo na banheira antes que ela encha deixando a água quente cair nas minhas costas, penso em Fred lá na Toca com Lino e Pamela, eles devem estar dormindo agora, mamãe não nos acorda tão cedo em pleno Natal. Os ricos que querem ver os presentes tão cedo, bando de estranhos.

Visto-me confortavelmente com meu suéter com minha inicial e pego um gorro que eu enfiei na mala só para abaixar o cabelo bagunçado porque estou com muita preguiça de penteá-los. Escovo os dentes e encontro Dakaria no corredor, esperando por mim, ela está enérgica, quero esganá-la, mas ela fica tão linda tão feliz assim, no seu vestido vinho de de manga longa. Várias presilhas nos cabelos negros, ela brilha mesmo sem ter começado com a maquiagem. Ela dá uns pulinhos na minha frente e me puxa para um abraço enquanto eu vejo graça em suas meias listradas, uma amarela e outra roxa.

— Nosso primeiro Natal juntos!— ela diz, empolgada, me sinto mal por ter acordado com tanta birra diante do seu bom humor. Dakaria enche meu rosto de beijos e eu deixo escapar uma risada contaminando-me com sua euforia gostosa— Vamos, precisamos de um café!

Aí ela me puxa escadas abaixo e de repente sei como ela se sente, normalmente a pessoa arrastada no nosso relacionamento é ela. Quando descemos, seus pais já estão sentados a mesa, aguardando.

— Ora, isso são horas?

— Bom dia! Feliz Natal!— diz a senhora Thomas, seu tom entusiasmado se sobressaindo aos resmungos do marido. Devem ser umas sete da manhã, ele quer que eu acorde mais cedo que isso em pleno feriado? Não me fode.

— Feliz Natal.— eu e Dakaria falamos, cumprimentando Amelie com um beijo no rosto e nos sentando.

— Engraçado você aparecer com o senhor Weasley, pensei que tivesse deixado claro que ele deveria dormir no sofá.— Lionel pontua, mau humorado.

— Bom, papai, você não disse com todas as palavras.— disse ela, me defendendo depois de prometer que não faria isso porque ela é assim.— Disse para que George se acomodasse no sofá, não que ele era obrigado a ficar ali.

— Há quanto tempo você dorme com minha filha?— ele vai direto ao ponto, eu aperto os lábios e olho para minha namorada, em duvida se respondo ou não. Pela forma que ela me encara está bem evidente que eu não devo abrir a boca.

— Vocês estão com fome!?— Amelie pergunta batendo palmas fortes, querendo continuar esse assunto tanto quanto eu.

— Hã, sim, eu estou sempre com fome, na verdade.— admito com um sorriso de canto e ela sorri lindamente.

— Que bom que sempre temos a mesa cheia.— ela diz e o café da manhã chega, sendo seguido por um silêncio absoluto, eu tentando ignorar o olhar do meu sogro quase abrindo um buraco profundo na minha testa.

Por um momento me sinto estranho, com saudades da minha família. O engraçado é que nem somos acostumados a passar o Natal todos juntos, o Fred e eu por vezes nos afastamos deles ficando em Hogwarts, porque mamãe anda nos estressando nos últimos anos por causa de nossos negócios e nesses momentos eu prefiro evitá-la para não me estressar, mas até que eu estou sentindo falta da minha velha chata.

— Tudo bem, ruivinho?— Dakaria me pergunta em um sussurro, enchendo minha xicara de café. A encaro e sorrio amarelo, assentindo. No próximo Natal será na minha casa, do jeitinho dos Weasley, tenho certeza que ela vai adorar acordar antes de todo mundo e ficar parada só esperando por horas até que meus pais saiam da cama.

O dia se segue perfeitamente bem, Dakaria me leva para os fundos — da casa, hein — e me mostra uma pequena estufa de rosas, o jardim é tão bem cuidado quanto o resto da mansão. Eu me segurei muito para não perguntar para ela se poderia ver uma foto de Dacre ou qualquer coisa do tipo só para eu saber como ele era, mas ela já me avisou que seus pais preferem agir como se seu irmão não tivesse existido.

Amelie apareceu não muito depois e ficou nos observando conversar de longe, os braços cruzados e um sorriso terno no rosto. Mesmo a distância era possível sentir seu orgulho.

— Eu acho que sua mãe é apaixonada por mim.— brinco com minha garota, que ri e me empurra.

— Não seja idiota.

— Sabe que é pedir demais de mim.— retruco. Fico surpreso ao encontrar fadas no seu jardim já que são um espécime que vive em florestas principalmente, mas Dakaria, totalmente acostumada, as chamou para perto com acenos e conversou com todas as sete como se fossem boas amigas. Sorri a observando interagir naturalmente com as criaturas, por que diabos tão perfeita? Eu me pergunto.

Eu vou me casar com ela.

Meu sorriso cresce quando Dakaria traz uma fada até mim com ela voando agarradinha no seu dedo. As fadas são pequenas, não passando dos doze centímetros, são criaturas dóceis e muito vaidosas, coisa que me faz lembrar que Dakaria se fantasiou de fada no Halloween, e eu só me lembro porque foi a primeira vez que tirei sua roupa. A criaturinha me fita com curiosidade, não deve estar acostumada com estranhos. Suas amiguinhas continuam a uma distância segura.

— Essa daqui é a Pandora.— minha garota fala com um sorriso lindo, ela dá apoio para que a fada se sente em sua mão e acaricia o pequeno rosto da mesma com a ponta do indicador. Eu já brinquei com fadas uma vez há uns dez anos. Elas certamente não me amaram naquela época. Estendo a mão e a fada coloca os pezinhos descalças nos meus dedos, me fazendo cócegas. Ela funga na minha direção, abraçando o polegar de Dakaria e, de repente, parece a vontade quando levanta voo e vem se enfiar debaixo do meu gorro, esfregando-se nos meus cabelos como um gato se esfrega no carpete. Como estão emaranhados, faço careta quando a fada os desembaraça. Suas amiguinhas vem usar Dakaria de assento, uma ficando de quatro na cabeça da minha namorada e as outras se apertando nos ombros dela. Dakaria ri— Acho que Pandora gostou de você.

— Ela me parece traquina.— levantei o gorro e a fada foi junto, agarrando-se nele, foi adorável de se ver, seu corpinho minúsculo totalmente relaxado, como se ela não estivesse preocupada com nada, seus olhos são pontinhos pretos e opacos, mas ela continua sendo linda.

— Por isso imaginei que fossem se dar bem.— Dakaria comenta e eu ofereço meu braço para que Pandora se apoie e deixe meus cabelos em paz, mas ela não desiste e eu resisto à vontade de sacudir o gorro porque a Thomas não gosta de maus tratos. Passamos quase a tarde toda conhecendo as fadas e eu me surpreendo outra vez quando a senhora Saint Thomas nos chama para abrirmos os presentes. O tempo parece estar passando tão rápido, é essa sensação estranha que vem no final de ano, acho.

Como eu obviamente não esperava receber nada, não fui junto das mulheres quando elas se aproximaram da arvore de Natal iluminada ao chegarmos na sala de estar, aproximando-me do senhor Lionel que ajeitava alguns livros em uma prateleira alta que ele não tinha nenhuma dificuldade em alcançar. Em uma prateleira perto de mim, vi uma plaquinha de ouro com a identificação de "piadas" e franzi a testa ao ver que todos os livros dela eram do Lockhart, o loirinho idiota pelo qual minha mãe sempre foi apaixonada.

— Então o senhor é fã do Lockhart?— eu pergunto para meu sogro feito de puro musculo. Ele me encara e depois a prateleira.

— Eu o detesto.— ele coloca ajeita o último livro e funga, encostando-se na estante, o imito, cruzando os braços— Não faz parte do meu trabalho, mas eu sei que todas as histórias que ele conta são mentira, todas roubadas dos seus verdadeiros heróis enquanto ele é só um branco aproveitador com um rosto considerado agradável por muitos.

— Eu não duvido.— dou de ombros— Minha mãe mesmo é apaixonada por ele. Eu o acho idiota, sequer tem cara de quem viveu metade das coisas que promete. Meu irmão mais velho viveu bem menos do que Lockhart fala e tem cicatrizes para as próximas reencarnações.

— Com o que seu irmão trabalha?

— Ele estuda dragões na Romênia.— comento, empolgado.

— Você soa orgulhoso.

— Eu tenho orgulho de Charlie.— respondo e ele assente. Está mais calmo, sua mulher deve ter lhe dado um puxão de orelha como a minha fez. Nós dois as encaramos e Dakaria está entregando um embrulho pequeno para a mãe que eu chuto ser algum colar porque Amelie é o tipo de mulher que gosta muito desse tipo de presente— Eu a amo, sabe?— eu comento e demoro mais um segundo para desviar o olhar de Dakaria. Lionel me observa de rabo de olho, tento não me desconcertar diante de sua postura irritantemente imponente— Sua filha é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, e olha que eu conheço muitas pessoas.— sorrio e balanço a cabeça— Eu imagino que esteja se segurando para não fazer aquela típica pergunta, mas eu posso te garantir que só tenho as melhores intenções com ela.— não o tempo todo, penso, mas é óbvio que ele não precisa ouvir. Respiro fundo e deixo escapar uma risada— Ontem o senhor disse algo com o que eu concordo. Você sabe no que é bom e não precisa agradecer aos outros por notarem isso. E, eu tenho que te dizer, senhor Thomas, eu sei que eu sou bom o suficiente para ela, mas não vou me matar tentando convencer você. Eu só o digo que irei respeitá-la e amá-la com cada parte de mim até que ela se enjoe da minha cara. Porque eu sei que é com Dakaria que eu quero ficar o resto da minha vida e acredito que ela me queira também.

Lionel passou a língua na bochecha e baixou a cabeça, coçando o queixo. Ficamos em silêncio por um momento longo e eu juro que quase pensei em pedir desculpas, mas estou apenas sendo franco, atitude esta sendo a mais adulta que eu tive até então.

Ele não me agradeceu, não me fez mais perguntas, não me desejou feliz natal.

— Me chame só de Lionel.— foi tudo o que ele disse e quando ele se afastou, eu sorri, orgulhoso. Acho que demos um passo para o caminho certo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro